segunda-feira, 30 de setembro de 2019

ABRAPO: NOTA DE APOIO AO DESEMBARGADOR SIRO DARLAN

Reproduzimos em nosso blog nota divulgada pela ABRAPO (Associação dos Advogados do Povo Gabriel Pimenta) em defesa do desembargador Siro Darlan.


Em nota, a ABRAPO manifesta solidariedade com Dr. Siro Darlan, membro da AJD – Associação de Juízes para a Democracia, em decorrência de perseguições políticas sistemáticas que tem sofrido há anos e que tomaram nova forma em eventos recentes. A ABRAPO afirma que as acusações são falsas e requentadas de outras perseguições que o Desembargador já havia sofrido. 




"Associação Brasileira dos Advogados do Povo
Filiada a Associação Internacional dos Advogados do Povo – IAPL
O direito do povo é o direito de lutar pelos seus direitos!


NOTA DE APOIO AO DESEMBARGADOR SIRO DARLAN
 25/09/2019

A ABRAPO – Associação dos Advogados do Povo Gabriel Pimenta vem manifestar seu apoio irrestrito ao Desembargador Siro Darlan de Oliveira, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, contra as perseguições políticas sistemáticas que o mesmo vem sofrendo há mais de uma década, por conta de sua independência, que lhe confere a coragem e a altivez com que profere as suas decisões.

O Desembargador Siro Darlan é um juiz garantista, que não tergiversa na defesa dos direitos e das garantias fundamentais da pessoa humana. Além disso, mantém firme posição abolicionista, contra as penas privativas de liberdade, posições essas que são de conhecimento público e notório. É um defensor da liberdade.

É acima de tudo um democrata, com profundo sentimento humanista, que o faz um defensor de muitas causas do povo, incluindo os direitos da infância e da juventude.

É um cidadão com consciência de seu papel político no sentido maior da expressão. É membro da AJD – Associação de Juízes para a Democracia, através da qual tem grande articulação com os temas de interesse da sociedade e estreito relacionamento com os mais diversos movimentos sociais. Também luta contra a política interna vigente no TJRJ, o que, sabidamente, faz criar toda uma plêiade de “poderosos” inimigos, capazes de qualquer coisa para tentar fulminar o perseguido.

São absolutamente infundadas as falsas acusações contra esse grande magistrado, fruto de uma perseguição política já antiga e que, vez ou outra, é requentada com novas calúnias contra esse grande brasileiro.

Desta feita, se utilizam de prova frágil e duvidosa, para, através de busca e apreensão ruidosa e espetaculosa, com ampla cobertura da mídia corporativa, com o fim de tentar mais uma vez, covardemente, jogar lama na reputação de um homem digno.

Repudiamos essa manipulação política e midiática contra o Desembargador e emprestamos a ele toda a nossa solidariedade em mais esse difícil momento, que será superado com a honradez que lhe é de costume.

Contatos: advogadosdopovo.abrapo@gmail.com - Tel: (31) 3222-7799"

PA: CAMPONÊS É ASSASSINADO EM ACAMPAMENTO VITÓRIA DA UNIÃO

Repercutimos grave denúncia que recebemos de apoiadores por correio eletrônico:

No dia 26 de setembro, o camponês José Araújo dos Santos foi covardemente assassinado no Acampamento Vitória da União, na Zona Rural de Conceição do Araguaia, Pará. Segundo a denúncia, o acampamento já vinha sendo palco de um intenso conflito, onde os camponeses assentados reivindicavam as terras como terras públicas que foram griladas pelo suposto proprietário Roberto Mussa. 

Condenamos o brutal assassinato do camponês José Araújo dos Santos, e convocamos demais entidades democráticas e progressistas a denunciarem e repudiarem esta ação covarde que se soma aos demais crimes cometidos contra os camponeses da região a mando do latifúndio!

Abaixo, compartilhamos a denúncia em sua íntegra:


"Camponês é assassinado no acampamento Vitória da União, região sul do Pará

No dia 26 de setembro do ano corrente, o Camponês José Araújo dos Santos foi brutalmente assassinado no Acampamento Vitória da União, localizado na zona rural de Conceição do Araguaia, Estado do Pará. Segundo testemunha, no momento do assassinato José se encontrava fora de seu barraco, que ao escutar disparo de arma de fogo se dirigiu até o local onde José Araújo agonizava, vez que havia sido atingido pelo disparo. A investigação do homicídio será realizada pela Delegacia Especializada em Conflitos Agrários de Redenção - DECA - Pará.

Essa DECA, no começo desse ano, realizou um processo de perseguição aos camponeses dessa área, tendo efetuado prisão e gerado vários inquéritos em segredo de justiça, dificultando a defesa dos camponeses. 03 camponeses ficaram mais de um mês presos e as denúncias sequer são conhecidas em função do SEGREDO imposto. 

Os camponeses defendem que as terras são públicas, que pertencem a um projeto de assentamento, onde o INCRA não efetuou assentamento das famílias e o grileiro Roberto Mussa grilou as mesmas e se utiliza de meios escusos para manter sua posse.

Um dia antes do assassinato do Sr. José Araújo Santos, aconteceu, perante a Vara Agrária de  Redenção, Pará, audiência pública com a finalidade de se discutir o cumprimento da reintegração de posse do imóvel denominado Fazenda Safita, onde o Acampamento Vitória da União está localizado há mais de um ano. Nesta audiência nem INCRA, ITERPA, Município de Conceição do Araguaia ou qualquer órgão responsável pela política agrária estiveram presentes, e mesmo assim o cumprimento da reintegração de posse foi definido para o início de outubro.  

Os camponeses que vivem no Acampamento Vitoria da União relatam que as ameaças sofridas se intensificaram nos últimos meses. O suposto proprietário: Roberto Mussa sempre ameaçou as famílias, tendo tido outros episódios de violência no local, praticados pelos jagunços do Roberto, pela polícia e pelo próprio - tendo ele, em plena luz do dia, efetuado disparos de arma de fogo contra as famílias, mesmo denunciado, nada foi feito pela DECA.

A omissão do Estado para com as famílias de camponeses que lutam por terra para plantar e viver tem contribuído para o acirramento dos conflitos no campo, até o momento nem INCRA ou ITERPA sequer fizeram o cadastramento das pessoas que vivem no acampamento, podendo estas sofrerem despejo em total discordância com diretrizes garantidoras de direitos humanos. Ressalta-se que no acampamento vivem pessoas idosas, com deficiência e crianças.

O assassinato do Sr. José Araújo dos Santos reforça que a tão buscada paz no campo é realidade distante quando os envolvidos no conflito são camponeses, pobres e sem terra."


quarta-feira, 25 de setembro de 2019

MÉXICO: SOL ROJO ANUNCIA MOBILIZAÇÃO INTERNACIONAL PELOS 43 DE AYOTZINAPA

A organização Sol Rojo - Corriente del Pueblo realizou um chamamento nacional e internacional para todas as entidades democráticas, progressistas e revolucionárias para a Jornada de Ação Global por Ayotzinapa, convocado para o 26 de setembro, dia que se cumprem 5 anos do vil assassinato de 9 estudantes de magistério e a desaparição de outros 43 normalistas, cometido por agentes policiais, com o respaldo de autoridades do velho estado mexicano.

O Sol Rojo denuncia este caso como parte da guerra contra o povo e do terrorismo de estado que deixaram mais de 40 mil mortos ao redor do país, muitos deles ativistas populares e defensores dos direitos do povo como Dr. Ernesto Sernas Garcia, desaparecido em 10 de maio de 2018 em Oaxaca.

Reproduzimos abaixo, na íntegra, nota divulgado no blog da organização:


"CORRIENTE DEL PUEBLO SOL ROJO ANUNCIA MOVILIZACIÓN

A la clase obrera y los trabajadores

A los campesinos pobres y los pueblos en resistencia

Al magisterio democrático y las organizaciones hermanas

Los grandes cambios que requiere este país sólo podrán venir desde la organización y la lucha de las amplias masas populares; el pueblo y sólo es pueblo es la fuerza motriz que hace la historia mundial. Esta es una ley universal del desarrollo de las sociedades.

Están por cumplirse 5 años de la noche de Iguala, donde estudiantes de la Normal Rural “Raúl Isidro Burgos” de Ayoztinapa, Guerrero, fueron atacados por grupos policiacos y para-policiacos, dejando como saldo 9 asesinados, 27 heridos y 43 desaparecidos.

RO: Forças armadas reacionárias ameaçam camponeses em Seringueiras

Reproduzimos nota divulgada pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP) sobre uma série de ameaças e intimidações aos camponeses da área Enilson Ribeiro, no município de Seringueiras, na semana de 7 de setembro, sob o pretexto de estarem combatendo as queimadas da região. 

Na nota, a LCP denuncia que as forças armadas, realizando a operação por meio da GLO (Garantia da Lei e da Ordem), tem ameaçado, intimidado, abusado e humilhado as famílias que trabalham nas terras da região, enquanto pouco fazem para combater de fato as queimadas. 

As massas camponeses, que há anos lutam por essas terras, haviam conseguido arrancar dos estado acordos para garantia de seus assentamentos. Ainda segundo a denúncia, o velho estado não honrou com nenhuma das suas promessas, e as terras, griladas pelo latifundiário Augusto Nascimento Tulha e ordenadas pelo judiciário a serem devolvidas para União, não foram assentadas. 

Nós, do CEBRASPO, nos solidarizamos com as centenas de famílias em luta pela terra e defendemos o direito à livre organização e denunciamos a tentativa de criminalizarem os advogados do povo que tem defendido os direitos dos camponeses da região. 

Abaixo, reproduzimos a nota na integra: 

"Forças armadas reacionárias ameaçam camponeses em Seringueiras (RO)

No dia 7 de setembro dezenas de homens das Forças Armadas e Força Nacional desembarcaram na área Enilson Ribeiro, município de Seringueiras (Rondônia), permanecendo na área por uma semana realizando operação baseada na GLO (Garantia da Lei e da Ordem) por ordem do defensor dos latifundiários Bolsonaro e seu governo de generais.

A justificativa usada para a presença de tropas militares numa área camponesa foi o combate a incêndios, mas isso não passou de cortina de fumaça. A verdade é que não fizeram concretamente nada em relação ao fogo. O real motivo da presença das tropas era incrementar a militarização na região, reprimir e intimidar os camponeses que enfrentam injusta ação de despejo movida absurdamente pelo próprio Incra.

Camponeses da área relataram que durante uma semana os militares das forças armadas reacionárias cometeram todo tipo de intimidação, ameaça, abuso e humilhações. Invadiram e revistaram casas de camponeses, apreenderam espingardas de caça, buscaram insistentemente informações sobre as lideranças, sobre quando seriam realizadas as reuniões e assembleias e sobre os advogados que defendem as famílias. Fizeram ameaças de prisão a torto e a direito, inclusive dos advogados. Além de clara intenção de cercear o direito de livre associação e de defesa das famílias, em diversos momentos não faltaram declarações caluniosas visando criminalizar a luta dos camponeses e a LCP – Liga dos Camponeses Pobres.

Centenas de famílias camponesas lutam por essas terras há vários anos. Em 2016 enfrentaram forte repressão, o acampamento foi cercado por grande aparato da polícia militar e as famílias resistiram bravamente por vários meses. Após negociações foi feito acordo com o Incra e os camponeses concordaram em sair da área com o compromisso estabelecido de que as famílias participantes da ocupação não seriam perseguidas, e que receberiam lotes na fazenda Bom Futuro após encerramento do processo que corria no judiciário contra o latifundiário ladrão de terra. Os camponeses tinham razão, tempos depois, o judiciário (que normalmente só toma decisões em favor dos latifundiários) se viu obrigado a determinar a retomada da fazenda Bom Futuro para a União, comprovando o que os camponeses afirmavam e toda a população de Seringueiras já sabia: a fazenda era terra pública, grilada pelo latifundiário Augusto Nascimento Tulha, grileiro e médico oficial reformado do Exército.

Após os camponeses saírem da área, o velho Estado não cumpriu com nenhum dos compromissos. Dezenas de acampados foram perseguidos e processados. Depois de quase 2 anos, em abril de 2018 centenas de camponeses retomaram as posses das terras e permanecem produzindo nelas desde então.

O Incra, agora comandado por um general insiste em ignorar e descumprir o acordo feito em 2016 e não reconhece a posse dos camponeses. Querem despejar milhares de pessoas que produzem nas suas terras para engrossar o crescente exército de desempregados e despossuídos e “assentarem” apenas pessoas indicadas pelos latifundiários da região e seus apadrinhados políticos.

Assim como recentemente ocorreu em Rio Pardo, pretendem despejar camponeses de suas posses em Seringueiras se utilizando de tropas das forças armadas reacionárias. E a imprensa esconde tudo isto.

O que teme esse governo latifundista é que a resistência e luta dos camponeses de Seringueiras, sirva de exemplo e por isso move tropas contra os camponeses. Se enganam se acham que sempre poderão derrotar o povo. Os camponeses precisam da terra para sobreviver, não querem e não podem abrir mão dela. Por isso não se intimidam, persistem na luta e é exatamente dessa persistência, da luta para superar inúmeras dificuldades, e tirando lições de sucessivas derrotas, que os camponeses estão conhecendo o caminho da vitória e mais cedo que tarde os camponeses se levantarão em grandes ondas varrendo e tomando todas as terras do latifúndio seguindo o caminho da Revolução Agrária como parte da Revolução de Nova Democracia!

Nem Bolsonaro! Nem Mourão! Nem Congresso de corruptos! Fora Forças Armadas reacionárias! Pela Revolução de Nova Democracia!

Defender a posse pelos camponeses da área Enilson Ribeiro!

Terra pra quem nela vive e trabalha!


Comissão Nacional das Ligas dos Camponeses Pobres"

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

TODO APOIO A RESISTÊNCIA POPULAR CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE POBRE E NEGRA DAS FAVELAS!


ABAIXO O TERRORISMO DE ESTADO!

A polícia militar NUNCA MATOU TANTO NO RIO DE JANEIRO. Estatísticas oficiais apontam para 1249 assassinatos cometidos pela polícia militar, uma média de 5 mortes por dia. Não entram nessa conta os desaparecidos, os executados por grupos de extermínio e milicianos e aqueles casos onde acuados familiares não prestam queixa. O assassinado da menina Agatha de apenas 8 anos, segue este roteiro de sangue e violência que as forças policiais tem deixado nas favelas e periferias da cidade.
E em todos os fatos quais respostas dão os porta vozes oficiais dos governos estadual e federal?
Tanto o governo Bolsonaro quanto Witzel aprofundam as políticas genocidas dos governos anteriores, conduzindo ao extermínio dos pobres, principalmente negros, com a desculpa do combate ao tráfico de drogas. Política essa que já tem matado milhares de pessoas no país, sem qualquer impacto significativo nas atividades ilícitas, que manipulam muito dinheiro e envolvem gente “de bem” de todas as esferas dos poderes (executivo, legislativo e judiciário), latifundiários, banqueiros. Isso não vem de hoje, mas é resultado de anos de defesa de policiais assassinos e da política de extermínio e encarceramento em massa contra os pobres. Política essa mantida e aprofundada pelos anos de gerenciamento petista, a exemplo da ocupação criminosa do Haiti, a ocupação da favela da Maré pelo exército, e apoio político e financeiro às UPPs no Rio de Janeiro.
Diferentemente dos governos passados, alguns fatos, como o uso dos atiradores de elite nas favelas – denunciado durante meses pelos moradores de Manguinhos – e do caveirão voador – helicóptero de guerra blindado utilizado pelas forças da repressão – somente compravam que o que antes era realizado por baixo dos panos agora está sendo feito de forma aberta e declarada: a GUERRA CONTRA O POVO!
OU NÃO SERIA UM ATO DE GUERRA DISPARAR 257 TIROS DE FUZIL CONTRA O CARRO DE UMA FAMÍLIA? 8 TIROS DE FUZIL CONTRA UMA KOMBI OCUPADA POR CRIANÇAS E TRABALHADORES?
Saudamos os moradores das favelas e periferias, que não têm se deixado intimidar frente a esse ataque mortal contra suas vidas e organizam protestos e manifestações. Recentemente exemplos foram dados por moradores da Cidade de Deus, complexo do Chapadão e Complexo do Alemão, que fecharam vias, “desceram o morro”, e se manifestaram por seus direitos e contra a violência policial.
CONVOCAMOS TODOS OS DEMOCRATAS, PROGRESSISTAS E DEFENSORES DOS DIREITOS DO POVO A CERRAR FILEIRAS EM OPOSIÇÃO A GUERRA EM MARCHA CONTRA O POVO POBRE E TRABALHADOR, DA CIDADE E DO CAMPO. Na situação política atual é dever dos que estão ao lado dos trabalhadores do campo e da cidade ter participação ativa e denunciar o genocídio da juventude trabalhadora, principalmente negra, e se solidarizar com a luta das massas pelos seus direitos, direito a saúde, educação, ir e vir, pelo direito a vida e fundamentalmente pelo direito à organização e manifestação, pois como diz o velho ditado: “onde há opressão, há resistência”.
TODO APOIO A RESISTÊNCIA POPULAR CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE POBRE E NEGRA DAS FAVELAS!

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

REPUDIAMOS O ATAQUE AOS MILITANTES E LIDERANÇAS DOS FÓRUNS DE REDES E CIDADANIA, ESTENDEMOS A NOSSA SOLIDARIEDADE E REITERAMOS NOSSO APOIO AO DIREITO SAGRADO À TERRA

REPUDIAMOS O ATAQUE AOS MILITANTES E LIDERANÇAS DOS FÓRUNS DE REDES E CIDADANIA, ESTENDEMOS A NOSSA SOLIDARIEDADE E REITERAMOS NOSSO APOIO AO DIREITO SAGRADO À TERRA


O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos repudia veemente a prisão arbitrária de 4 militantes movimento Fóruns e Redes de Cidadania, ocorrida no último dia 13 de setembro no município de Arari. Este episódio trata-se de mais uma tentativa do velho estado, seus poderes executivos, legislativo e judiciário, em conluio com o latifúndio, de perseguir e criminalizar o movimento popular e aqueles que lutam pelos seus direitos, em particular o justo direito de acesso à terra.


Nos recentes episódios iniciados com o “Dia do fogo” em 10 de agosto, onde o latifúndio e seus grupos paramilitares atearam fogo em diversos cantos do país, podemos constatar que para os latifundiários, grileiros, madeireiros, e toda corja que exploradores e opressores do povo e destruidores das matas e florestas a conivência dos governantes e da polícia militar é a regra. Para os camponeses sem terra ou com pouca terra os despejos, reintegração de posses de prisões arbitrárias e execuções e assassinatos de lideranças é a lei. Fica muito claro de qual lado estão os governantes, os promotores, os vereadores. Ao lado dos algozes do povo. Contra toda essa opressão e injustiças LUTAR NÃO É CRIME!


Saudamos os camponeses, pescadores, quebradeiras de coco, marisqueiras, vaqueiros, enfim, todos os lutadores e lutadoras de Arari e região em sua brava luta contra o latifúndio seus grupos paramilitares e os agentes de repressão do velho Estado.  E convocamos todas as entidades democráticas e progressistas do país a se solidarizarem a essa luta.


LIBERDADE AOS PRESOS POLÍTICOS E ARARI!


LUTAR NÃO É CRIME!


CEBRASPO - DEFENDER O DIREITO DO POVO LUTAR PELOS SEUS DIREITOS

GO: CAMPONÊS É PRESO INJUSTAMENTE ACUSADO DE INTEGRAR 'ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA'

Em nota divulgada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em 10 de setembro, o movimento camponês denunciou a prisão de Natalino de Jesus, em Mozarlândia, no estado de Goiás, (GO).

Em 2016, Natalino, que é camponês e trabalhador, participou de uma ocupação das terras da Usina Santa Helena, em Santa Helena de Goiás, pertencente ao grupo Naoum, um dos maiores devedores da União e que acumula dívidas trabalhistas e ambientais há anos. 

Por esse motivo, Natalino, junto com José Valdir, Luís Batista e Diessyka Lorena, foram acusados de integrar uma “organização criminosa”, com base na lei 12.850/2013. Segundo o Ministério Público de Goiás, a referida organização criminosa era o “Movimento Sem Terra”, “um ajuntamento de aproximadamente mil pessoas”. 

Repudiamos este grave atentado contra o direito a livre organização! Conclamamos todos e todas as entidades e lutadores de direitos democráticos e demais progressistas a denunciarem e resistirem a esta criminalização não somente a luta pela terra e ao direito que possuem os camponeses de trabalharem nas terras, mas também à criminalização dos instrumentos de organização das massas de nosso povo.

Divulgamos abaixo a nota do MST, na íntegra:



O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra de Goiás vem a público comunicar e manifestar sua indignação pela prisão do militante Sem Terra Natalino de Jesus.
Natalino foi preso em Mozarlândia Goiás enquanto se dirigia para capital do estado para visitar sua família. 

Desde 2016, o MST de Goiás vem sofrendo um processo de criminalização e perseguição na tentativa de enquadrar o movimento que faz luta pela terra como organização criminosa, teoria defendida pelo juiz da comarca de Senta Helena Tiago Boghi,  devido à ocupação  de terras da Usina Santa Helena, pertencente ao grupo Naoum. 

A referida usina tem centenas de processos ambientais, trabalhistas, previdenciários e está na lista das maiores devedores da União. 

O MST reivindica a adjudicação das terras da usina pela União para sanar as dívidas dos trabalhadores e ao mesmo tempo destinar as terras para assentar as famílias do acampamento Leonir Orback que ocupam uma parte da área.  

Seguiremos lutando pela liberdade do companheiro Natalino e pelo assentamento das famílias acampadas em Goiás e em todo o Brasil. 

Lutar, Construir Reforma Agrária Popular
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST/GO

Goiânia, 10 de Setembro de 2019

A nota também pode ser lida no seguinte endereço: https://www.mst.org.br/2019/09/13/em-nota-o-mst-se-pronuncia-sobre-prisao-de-sem-terra-em-goias.html

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

MA: PM PRENDE 4 LIDERANÇAS DOS FÓRUNS E REDES DE CIDADANIA

Recebemos e repercutimos séria denúncia da invasão de domicílios ilegal e prisão de 4 moradores da comunidade de Fleixeiras (município de Arari, Maranhão), lideranças dos Fóruns e Redes de Cidadania. 

Em nota, os Fóruns de Redes e Cidadania denunciam que a PM estava acompanhada por conhecidos grileiros da região, faz parte da Área de Preservação Ambiental da Baixada Ocidental Maranhense, apontando uma clara conivência com a prática ilegal de grilagem. 

Repudiamos o ataque aos militantes e lideranças dos Fóruns de Redes e Cidadania, estendemos a nossa solidariedade e reiteramos nosso apoio ao direito sagrado à terra.

Segue abaixo, na íntegra, a nota redigida pelos integrantes dos Fóruns de Redes e Cidadania:

"PARA QUE TODOS/TODAS SAIBAM

Avisamos a todas as entidades que lutam por direitos, justiça e dignidade humana:

Madrugada de hoje, às 04:00 hs, polícia militar do Estado do Maranhão prendeu, com sua prática rotineira, abusiva e ilegal de invasão de domicílios, 04 moradores da comunidade Fleixeiras, município de Arari/Ma, lideranças comunitárias e militantes sociais dos Fóruns e Redes de Cidadania, que lutam por seu território, cercado criminosamente por grileiros de terras públicas, com a conivência total dos órgãos do Estado e do governo.

Município integrante da Área de Preservação Ambiental da Baixada Ocidental Maranhense, criada por lei em 1991 e reconhecida como Zona de Proteção Internacional, pela Convenção de Ramsar, esse território tem sido objeto da prática criminosa de grilagem de terras, com a conivência e cumplicidade dos órgãos do Estado, secretarias do governo Flávio Dino, judiciário e ministério público.

Até a presente data nenhuma ação contra os grileiros por partes dos órgãos do Estado, crime previsto na Lei 4.947 /1966, demonstração clara de que tais órgãos do Estado e do governo não são só coniventes, também garantem a impunidade de tais práticas, trabalhando como verdadeiros capatazes do latifúndio destruidor, violento e criminoso.

Que o país inteiro saiba o que se passa no Maranhão, em que comunidades tradicionais são objetos de despejos truculentos, lideranças são perseguidas e presas e a grilagem de terras públicas continua como prática rotineira e impune, como forma de apoiar essa forma de exercício do latifúndio, destrutiva e exploradora, chamada de agronegócio, financiador-mor do atual governador do Maranhão.

Ao latifúndio, seus capatazes, aos algozes do povo e seus pelegos de sempre, renovados nas caras, mas essencialmente os mesmos, queremos dizer em alto e bom som:

Iremos resistir pois só vence que resiste!

Como diz a canção Opinião, de Zé Keti: "Podem me prender/podem me bater/Podem até deixar-me sem comer/Que eu não mudo de opinião/Daqui do morro eu não saio não"

Dessa terra nosso  povo não irá sair!

Nosso grito de guerra continuará sempre o mesmo: abaixo as cercas, campos livres!

Judiciário, ministério público e polícia: capatazes do latifúndio.

Governo do Estado: protetor e garantidor da grilagem de terras!

Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão"


RO: EXÉRCITO E PM DESPEJAM CAMPONESES EM PORTO VELHO

Repercutimos grave denúncia sobre despejo criminoso contra 400 famílias camponesas do Acampamento Boa Esperança em Porto Velho.

O despejo ocorreu no dia 10 de setembro e contou com agentes do Exército, da Força Nacional e da Força Tática da Polícia Militar. Os camponeses registraram e denunciaram também que agentes da PM haviam incendiado o acampamento, além de agirem com truculência contra as famílias despejadas.

Segundo a denúncia, o advogado popular Ermogenes de Souza também está sendo perseguido por prestar orientação jurídica às famílias camponesas, numa clara tentativa de criminalizar os defensores dos direitos do povo. 

A denúncia foi vinculada no portal do Jornal A Nova Democracia e pode ser visualizada na íntegra abaixo:

11 de setembro

Foto: Bando de dados/AND

O Exército reacionário, a Força Nacional e a Força Tática da Polícia Militar (PM) expulsaram 400 famílias camponesas do Acampamento Boa Esperança, em Porto Velho, no dia 10 de setembro.

A denúncia urgente feita pelos camponeses relata que os militares agiram com violência e atearam fogo na área, o que foi gravado em vídeo pelos próprios trabalhadores, além de prenderem um camponês que há anos relata ser perseguido. 

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

ÍNDIA: CAMARADA AJITH RELATA SUA EXPERIÊNCIA NO CÁRCERE

Murali Kannampilly, conhecido como camarada Ajith, participou de um encontro organizado pelo Coletivo Justiça para Murali onde denunciou violações aos direitos do povo realizados regularmente contra presos políticos e comuns nas masmorras do velho estado indiano, de acordo com o portal de notícias Redspark

O evento contou com a participação de diversas entidades e figuras democráticas, que, mesmo não tendo acordo com a ideologia de Ajith, se unificou em torno da campanha dos presos políticos. 

Ajith pôde também denunciar o que chamou de "estado de emergência não-declarado" e citou o cerco a Jammu e Caxemira como exemplos de como o velho estado indiano tem atuado contra os direitos democráticos e os ataques à luta pela autodeterminação dos povos. 

Camarada Ajith foi preso em 8 de maio de 2015, e permaneceu encarcerado até 23 de julho de 2019, quando conquistou liberdade por meio de pagamento de fiança após mais de 4 anos de intensas campanhas internacionais pela sua liberdade.

A matéria pode ser lida na íntegra abaixo:




September 9, 2019 C. Kistler / Redspark.

A reception accorded to Maoist leader Murali Kannampilly in Kerala’s Kochi on Sunday turned out to be a convergence of rights activists, both supporting and opposing his radical left movement.

The event – organised by Justice for Murali Collective – was Murali’s first public event after he walked out of Yerwada Central Jail in Pune on July 23, four years after he was arrested. His arrest had drawn global attention with thinkers, such as Noam Chomski, Judith Buttler and Gayatri Spivak and Partha Chatterjee, among others, joining the campaign for his release.