terça-feira, 25 de outubro de 2022

26/10: MOTHERS OF POLICE VICTIMS DENOUNCE BRAZILIAN STATE AT CIDH/OEA.

 

 

The Inter-American Commission on Human Rights (IACHR/OAS) will hold a closed
hearing on the "Impacts of State Violence on Afro-descendant Families in Brazil. The hearing will take place on October 26, at 3pm. On this occasion, mothers representing movements of family members of victims from all over the country will address the structural and institutional racism in Brazil, the daily violations of the police forces in favelas and urban peripheries, the delays and racism of the institutions of the justice system, the sickness and threats they suffer after reporting the cases. 

Finally, the mothers and family members will ask that the Centers for Assistance to Family Members of victims of state violence be implemented, in addition to other forms of material and symbolic reparation.

Collectives of mothers and family members from Brazil requested the hearing:
Mothers of Manguinhos (RJ),
Independent Movement Mothers of May (SP)
Mothers/family members of victims (RJ),
Mothers of Jacarezinho (RJ),
Mothers of Maré (RJ)
Network of Mothers and Families of the Baixada Fluminense (RJ),
Mothers of May of the Northeast (BA),
Moleque Movement (RJ),
Mothers of the Periphery victims of police violence (CE),
Mothers in Mourning of the East Zone (SP),
Mothers of May of the East Zone (SP),
Mothers of Osasco and Barueri (SP),
Mothers of May of Minas Gerais (MG).

Organizations that supported the request:
Conectas Human Rights,
Marielle Franco Institute,
NAPAVE/ISER,
Association of Judges for Democracy/AJD,
Brazilian Association of Anthropology (ABA),
Torture Never Again -RJ,
CEBRASPO,
LAPSUS/UFPB.

26/10: Audiência com as Mães Vítimas de Violência Estatal na CIDH: "IMPACTOS DA VIOLÊNCIA ESTATAL EM FAMÍLIAS DE PESSOAS AFRODESCENDENTES NO BRASIL (1990-2022)."

 

No dia 26 de outubro os coletivos de Mães e Familiares de vítimas de violência estatal de todo o país participarão de audiência com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre os “IMPACTOS DA VIOLÊNCIA ESTATAL EM FAMÍLIAS DE PESSOAS AFRODESCENDENTES NO BRASIL (1990-2022).

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO) apoia as mães e

familiares em mais essa luta que também conta com o apoio do Conectas Direitos

Humanos, Instituto Marielle Franco, NAPAVE/ISER, Associação Juízes para a

Democracia/AJD, Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Grupo Tortura Nunca Mais-RJ, LAPSUS/UFPB.

Não podemos nos calar diante dos crimes de Estado que dilaceram as famílias do povo todos os dias! Todo apoio a luta das Mães e Familiares de vítimas de terrorismo de Estado!

Assinam a petição:

Mães de Manguinhos (RJ), Movimento Independente Mães de

Maio (SP) Mães/familiares de vítimas (RJ), Mães do Jacarezinho (RJ), Mães da Maré

(RJ), Rede de Mães e Familiares da Baixada Fluminense (RJ), Mães de Maio do

Nordeste (BA), Movimento Moleque (RJ), Movimento Mães de Periferia de vítima por

violência policial (CE), Mães em luto da Zona Leste (SP), Mães de Maio da Leste (SP),

Mães de Osasco e de Barueri (SP), Mães de Maio de Minas Gerais (MG)

 

MÃES DE VÍTIMAS DA POLÍCIA DENUNCIAM ESTADO BRASILEIRO NA
CIDH/OEA.

 
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH/OEA) fará uma audiência
fechada sobre os “Impactos da violência estatal em famílias afrodescendentes no
Brasil”. A audiência ocorrerá no dia 26 de outubro, às 15h. Nessa ocasião, mães
representando movimentos de familiares de vítimas de todo o país versarão sobre o
racismo estrutural e institucional no Brasil, as violações cotidianas das forças policiais
em favelas e periferias, a morosidade e o racismo dos órgãos do sistema de justiça, o
adoecimento e ameaças que sofrem desde que denunciam os casos. Por fim, as mães e
familiares farão o pedido para que os Núcleos de Atendimento a Familiares de vítimas
da violência estatal sejam implementados, além de outras formas de reparação material
e simbólica.

Coletivos de mães e familiares do Brasil que fizeram o pedido da audiência:
Mães de Manguinhos (RJ),
Movimento Independente Mães de Maio (SP);
Mães/familiares de vítimas (RJ),
Mães do Jacarezinho (RJ),
Mães da Maré (RJ),
Rede de Mães e Familiares da Baixada Fluminense (RJ),
Mães de Maio do Nordeste (BA),
Movimento Moleque (RJ),
Movimento Mães de Periferia de vítima por violência policial (CE),
Mães em luto da Zona Leste (SP),
Mães de Maio da Leste (SP),
Mães de Osasco e de Barueri (SP),
Mães de Maio de Minas Gerais (MG).

Organizações que apoiaram o pedido:
Conectas Direitos Humanos,
Instituto Marielle Franco,

NAPAVE/ISER,
Associação Juízes para a Democracia/AJD, Associação
Brasileira de Antropologia (ABA),
Grupo Tortura Nunca Mais-RJ,
CEBRASPO,
LAPSUS/UFPB.


quinta-feira, 20 de outubro de 2022

O CEBRASPO repudia as ações do Velho Estado indiano contra o Dr. G.N Saibaba e a farsa processual!

 

Após diversas manifestações que ocorreram pelo mundo inteiro, as quais o CEBRASPO sempre participou, junto à democratas, personalidades e massas, o velho estado indiano foi obrigado a reconsiderar sobre a prisão ilegal do Dr. G.N  Saibaba, que foi absolvido pela corte no dia 14 de outubro.

No entanto, a suspensão da decisão (no dia seguinte) com as acusações de que G.N Saibaba é o “cérebro” e uma “grave ameaça à segurança nacional” é mais uma tentativa do velho estado indiano fascista de Modi em criminalizar e encarcerar todos aqueles que lutam defesa dos direitos do povo, como sempre fez o Dr. G.N Saibaba.

  

O Dr. G.N Saibaba não é o único prisioneiro que enfrenta as violações dos direitos humanos na Índia, há milhares como ele. Milhares de pessoas em muitos países do mundo são presas, torturadas e maltratadas nas prisões por suas ideias e opiniões políticas. Entendemos que esta ofensiva e tentativa de manter o Dr. G.N Saibaba é parte do plano das classes dominantes da India em tentar desmoralizar a causa justa de luta do povo que Saibaba sempre defendeu. Reproduzimos abaixo a nota do Jornal A Nova Democracia sobre este processo:

 

 GN Saibaba conquista absolvição, porém Suprema Corte da Índia suspende decisão e mantém farsa de processo 

Um mês após grande campanha internacional por parte de movimentos, organizações e personalidades democrática e populares da Índia e de todo o mundo, GN Saibaba, professor da Universidade de Delhi, presidente da Frente Democrática Revolucionária (FDR) e um dos mais importantes presos políticos indianos foi absolvido pelo Tribunal Superior de Bombaim, no dia 14 de outubro. Contudo, o Supremo Tribunal indiano decidiu suspender a decisão por considerar Saibaba o “cérebro” e uma “grave ameaça à segurança nacional”. Saibaba foi condenado à prisão perpétua em março de 2017 na farsa processual que, sem provas, o acusa de ter vínculos com o Partido Comunista da Índia (Maoista), organização considerada ilegal pelo velho Estado indiano.

O julgamento realizado no dia 14 de outubro no Tribunal Superior de Bombaim absolveu Saibaba e outros cinco (Mahesh Tirki, Pandu Pora Narote, Hem Keshwdatta Mishra, Prashant Rahi, Vijay Nan Tirki) condenados no mesmo processo de 2017 que tratava de uma suposta "ligação com maoistas". Um dos condenados, Pandu Norote, morreu em 26 de agosto aos 33 anos na Cadeia Central de Nagpur devido a uma gripe suína contraída desde a prisão, localizada na maior e mais importante cidade da Índia, e não tratada efetivamente.

Absolvição é concedida e Suprema Corte a revoga

A absolvição foi decretada por uma divisão de juízes do Tribunal Superior de Bombai composta por Rohit Deo e Anil Pansare e garantiria a soltura de Saibaba da Cadeia Central de Nagpur. Ela ocorre cinco anos após sua condenação de prisão perpétua por supostas "ligações com maoistas", condenação dada em primeira instância. Em sua decisão, os juízes afirmam que a acusação de Saibaba na Lei de Prevenção a Atividades Ilegais (UAPA, na sigla original) é “vazia e inválida”. O Comitê de Defesa da liberdade de GN Saibaba denuncia a UAPA como “arbitrária”.

Imediatamente após decretada a absolvição pelo Tribunal Superior de Bombaim, o governo de Maharashtra, através da Agência Nacional de Investigação (ANI) da Índia, moveu um pedido pedindo para a Suprema Corte do país pedindo a suspensão da absolvição. O procurador-geral Tushar Meta foi quem proferiu o pedido diretamente para o Chefe da Justiça da Índia. Meta afirmou que a acusação contra Saibaba era "uma ofensa muito, muito grave contra a nação" e que "a mera irregularidade na concessão da condenação [dada em 2017] não justifica a absolvição", além de indicar que Saibaba realizava "reuniões com comandantes naxalistas [como os maoistas são chamados pela reação indiana]" e que "planejava eliminar a forma parlamentar de democracia". O pedido foi negado pelo Chefe de Justiça. A real apreensão do procurador-geral, reconhecido pelo próprio juiz Chandrachud, era de que havia grande probabilidade de GN Saibaba e os outros condenados serem libertados da prisão. Ainda assim, por uma brecha dada pela própria Justiça indiana permitiu que a ANI movesse um pedido que listava como urgente a solicitação para suspender a absolvição. Uma sessão especial foi organizada para ouvir o recurso contra a absolição nas primeiras horas de 15 de outubro.

Em 15 de outubro, a Suprema Corte decidiu suspender a sentença que absolvia GN Saibaba. Segundo o tribunal, as acusações contra Saibaba são muito graves e representam perigo aos interesses da sociedade, da soberania e da integridade da Índia.

As ilegalidades da decisão da Suprema Corte foram reconhecidas pelo próprio monopólio de imprensa indiano: no editorial Urgência questionável, de 17 de outubro, o 3º maior jornal da Índia, o The Indu, afirma que a suspensão da absolvição “é bastante incomum e levanta questões críticas” e que “a Corte demonstrou zelo extraordinário em cumprir o desejo do governo de Maharashtra de ter uma audiência imediata”. No mesmo modo, outro jornal do monopólio de imprensa, o Indian express, questiona o motivo da Suprema Corte ter tratado a absolvição com grande gravidade, “como se os céus caíssem”. Tudo isto evidencia o desespero das classes dominantes indianas, que buscam conduzir o processo contra o preso político evitando a todo custo evidenciar seu nítido caráter político.

Em farsa processual, Suprema Corte dispensa provas para manter democrata indiano preso

Segundo o monopólio de imprensa Indian Express, um dos argumentos utilizados pela bancada que pedia a anulação da absolvição de Saibaba era de que os demais acusados “são soldados de infantaria”, enquanto “o acusado 6 (Saibaba) é o cérebro”, defendendo que o tratamento da Corte ao democrata deveria ser diferenciado. Acatando o argumento, o ministro Shah da Suprema Corte afirmou que "no que diz respeito às atividades terroristas ou maoistas, o cérebro é mais perigoso", e afirmou que, assim sendo, não é necessária nenhuma prova de ligação de Saibaba com maoistas para a decisão da Corte. Além disso, o ministro da Suprema Corte concedeu uma licença (recesso) para o caso, no objetivo de ouvir os demais acusados. Mesmo após o advogado de Saibaba, R. Basant, ter defendido que não havia a necessidade de suspender a decisão e revogar a absolvição, a decisão da Suprema Corte em suspendê-la se manteve. Com isto, Saibaba e os demais processados no processo farsante seguriam presos.

A corte também recusou um pedido de R. Basant para que Saibaba continue a pagar sua pena em prisão domiciliar, o que seria compreensível uma vez que GN Saibaba tem 90% do corpo paralisado, é cadeirante, e sofre de outras graves doenças, além de não ter antecedentes criminais. Basant disse que Saibaba estava longe de sua família (que mora em Delhi) e que suas condições físicas e de saúde exigiam cuidados médicos constantes e especializados, o que a estrutura da Cadeia Central de Nagpur não poderia fornecer. Nesta mesma cadeia, Pandu Norote morreu em 26 de agosto aos 33 anos na Cadeia Central de Nagpur devido a uma gripe suína contraída desde a prisão e não tratada efetivamente.

Uma outra audiência está marcada para ocorrere em 8 de dezembro.

Horas após a decisão da Suprema Corte, a Associação de Estudantes de Toda a Índia denunciou que a polícia deteve cinco estudantes que se manifestavam na Faculdade de Artes da Universidade de Nova Delhi após atacar um protesto em defesa da liberdade imediata para GN Saibaba. O grupo de estudantes foi levado para a delegacia de Burari, próximo à Nova Delhi. 

Quem é GN Saibaba

GN Saibaba tem 52 anos, contraiu poliomelite aos cinco anos de idade e atualmente tem 90% de seu corpo paralisado e se locomove com a ajuda de cadeira de rodas. Concluiu seu mestrado em Artes e em 1991 ingressou no curso de pós-graduação no Instituto Central de Inglês e Línguas Estrangeiras. Em 2014, ano de sua primeira prisão, estava lecionando como Professor Assistente no Departamento de Inglês da Universidade de Delhi e teve seu contrato encerrado em 2021. De acordo com sua esposa Vasantha, Saibaba sofre de várias doenças com risco de vida: cardiomiopatia hipertrófica com disfunção ventricular esquerda, hipertensão, cálculos renais, um cisto no cérebro, problemas pancreáticos, atenuação dos músculos do ombro e do braço, e nervos resultando em paralisia parcial de seus membros superiores.

O velho Estado indiano confinou Saibaba em um tipo de cela reservada a presos de “máximo perigo” (“segurança máxima”) com tamanho reduzido e formato que favorece a vigilância, realizada por câmeras. A tortura sistemática conduzida contra o professor G.N. Saibaba é ainda reforçada pelo fato de ser verão na Índia, com dias em que a temperatura ultrapassa os 45 graus.

Durante todo o período em que está preso, Saibaba tem enfrentado o velho Estado desde a prisão, denunciando os diversos direitos básicos que lhe são negados.  Através de greves de fome e cartas direcionadas aos democratas de todo o mundo, que têm incansavelmente promovido campanhas em apoio ao professor e de denúncia ao velho Estado indiano, a luta de Saibaba tem sido exitosa em desmascarar as condições em que são submetidos Saibaba e os mais de 10 mil presos políticos da Índia, muitos dos quais não foram condenados formalmente. Ao longo dos últimos 20 anos, quase 2 mil deles foram assassinados nas prisões indianas por meio de torturas, negação de tratamento médico ou condições insalubres.

 

https://anovademocracia.com.br/noticias/18240-com-grande-campanha-internacional-o-professor-sn-saibaba-e-absolvido

 

 

 

 

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

CIDH considera o Estado brasileiro responsável pela impunidade dos assassinos de Gabriel Sales Pimenta!

 

  Brasil é condenado na Corte IDH por morte de advogado no Pará

 

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS CONSIDERA ESTADO BRASILEIRO RESPONSÁVEL PELA IMPUNIDADE DOS ASSASSINOS DE GABRIEL SALES PIMENTA

 

Na sentença de 30 de junho de 2022, divulgada na tarde da última terça-feira, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) reconheceu a responsabilidade do Estado brasileiro na violação dos artigos 1.1, 5.1, 8.1 e 25 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, em razão da impunidade dos assassinos, negligência nas investigações e descumprimento das garantias processuais, como o prazo razoável para o deslinde do caso, devido à demora excessiva.

Essa decisão foi uma vitória conquistada pelo esforço conjunto de diversas entidades democráticas, como Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO), Associação Brasileira dos Advogados do Povo Gabriel Pimenta (ABRAPO), entre outras, além da dedicação de ativistas e lutadores do povo na responsabilização do Estado brasileiro pelas referidas violações, como o irmão da vítima, José Sales Pimenta, saudoso presidente do CEBRASPO, e seus familiares.

 

Corte da OEA julgará em 21 de março o caso de Gabriel Pimenta, brutalmente  assassinado no Pará - Hora do Povo


GABRIEL PIMENTA, PRESENTE NA LUTA!





terça-feira, 4 de outubro de 2022

GEORGES ABDALLAH APOIA A GREVE DE FOME DE 30 PALESTINOS CONTRA A DETENÇÃO POR TEMPO INDETERMINADO!





No sábado, 1 de Outubro, Georges Ibrahim Abdallah, o comunista árabe libanês lutador pela Palestina preso em França nos últimos 38 anos, anunciou que iria fazer uma greve de fome de um dia em solidariedade com os 30 prisioneiros palestinianos que lutam pela liberdade. Desde 25 de Setembro, 30 palestinos presos sem acusação ou julgamento sob "detenção administrativa" estão em greve de fome pela liberdade.

Numa carta dirigida ao director da prisão de Lannemezan, onde se encontra detido, declarou "Em solidariedade com os resistentes palestinianos presos nas prisões sionistas que estão em greve de fome para denunciar a sua detenção arbitrária e exigir a revogação da lei que permite a detenção administrativa, estou em greve de fome hoje, 1 de Outubro". Georges Abdallah é um lutador empenhado pela Palestina que é reconhecido como parte do movimento dos prisioneiros palestinianos pelos próprios prisioneiros palestinianos. Tem participado repetidamente em greves de fome e recusado refeições em solidariedade com os seus camaradas presos pela ocupação israelita, tais como em 2016, 2017 e 2019.




A greve:

Trinta palestinos detidos sob custódia israelita iniciaram uma greve da fome desde o domingo passado para protestar contra a sua detenção por tempo indeterminado.


A greve visa satisfazer as exigências dos detidos pelo fim da sua detenção administrativa na prisão de Ofer, a oeste de Ramallah, disse Qadura Fares numa conferência de imprensa, chefe da ONG Sociedade de Prisioneiros Palestinos.


Todos os detidos são quadros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).


O ramo prisional da Frente Popular de Libertação da Palestina emitiu uma declaração em que afirmava que "estes 30 prisioneiros passaram quase 200 anos em detenção administrativa no seu conjunto. Duzentos anos de cativeiro sem acusação ou julgamento, por capricho dos agentes dos serviços secretos da ocupação.... centenas de anos, durante os quais a ocupação nos impediu de abraçar as nossas famílias ou de ver os nossos filhos à medida que nasciam e cresciam. Nunca celebramos os seus aniversários, não os acompanhamos no seu primeiro dia de escola. Não partilhamos as memórias da sua celebração de graduação, e os agentes dos serviços secretos vieram então dizer-nos: "Vamos privar-vos da alegria do casamento dos vossos filhos e filhas". Duzentos anos em que perdemos pais, mães e irmãos, e as nossas esposas souberam que tinham casado com um fantasma que vivia na escuridão das celas, a pedido de um carcereiro fascista".


As tarifas esperavam que mais detidos palestinos se juntassem à greve de fome nos próximos dias.


A política de detenção administrativa permite às autoridades israelitas deter qualquer pessoa durante seis meses sem acusação ou julgamento, o que pode ser prolongado indefinidamente.


De acordo com números palestinos, há cerca de 4.650 detidos palestinos a definhar nas prisões israelitas, incluindo pelo menos 780 detidos sem acusação ou julgamento.


Durante anos, os palestinos dentro dos muros das prisões israelitas utilizaram esses protestos para obter melhores condições de vida e pôr termo às detenções por tempo indeterminado.


Mais de 70 organizações envolvidas no apoio ao mês internacional de ação para a libertação de Georges Abdallah,de 22 de Setembro a 22 de Outubro.


Desde o início da década de 1970, a extinção da revolução palestina tem sido a agenda das forças imperialistas e dos seus administradores reacionários regionais: "As guerras e os assassínios têm sido uma característica de rotina desde então e as massas populares têm lidado com os meios e capacidades disponíveis. A luta revolucionária estava num estado de planalto, entre uma tendência que procurava negociações e concessões sem fim a todo o custo, e a outra tendência que se prendia com uma resistência armada incessante. Numerosas batalhas foram travadas, algumas perdidas, outras vencidas, mas no geral e apesar das graves perdas e erros, as massas populares conseguiram consolidar a resistência .


Como parte do mês internacional de ação para a libertação de Georges Abdallah, a Campanha da Unidade organizou um comício no dia 30 de Setembro em frente à saída do metrô de Ménilmontant.


A próxima iniciativa da Campanha Unida será um segundo comício em Menilmontant, na próxima sexta-feira, 7 de Outubro, a partir das 18 horas, para exigir a libertação de Georges. Um comício de maior impacto no quadro do mês para a libertação de Georges Ibrahim Abdallah, em Paris, há 3 dias.


Em Berlim, foi realizado um poderoso protesto em solidariedade com os corajosos prisioneiros, em apoio da sua heróica greve de fome e contra as detenções injustas e a sua resistência inflexível ao enfrentarem os racistas sionistas fascistas.


Após 38 anos de detenção e enquanto foi libertado desde 1999, Georges Abdallah continua incansavelmente a sua luta política, enquanto a mobilização para a sua libertação se expande, intensificando-se ano após ano, não só a nível nacional mas também no estrangeiro. Este apoio sistemático é conduzido numa gama muito diversa, em todas as frentes, expressando total solidariedade.


É positivo que tenha sido construído um tempo mobilizando as pessoas para enfrentar as ações nefastas de Israel e identificar o sionismo como manifestação da onda de fascismo, prevalecente no mundo de hoje...









*Harsh Thakor é um jornalista freelance que cobre movimentos de massas e estuda lutas anti-imperialistas.