terça-feira, 30 de julho de 2019

ENEPE: ESTUDANTES SE SOLIDARIZAM COM PRESOS POLÍTICOS DA ÍNDIA E COM DR. SERNAS


Foto: Jornal A Nova Democracia

Durante a realização do 39º ENEPE (Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia), em Guarulhos (SP), estudantes do curso de pedagogia organizaram um ato no dia 25 de julho em defesa da educação pública, contra a “reforma” da Previdência e pela Greve Geral de Resistência Nacional. Ao final da manifestação, como parte da campanha internacional pela liberdade dos presos políticos democráticos e revolucionários, os estudantes prestaram solidariedade aos indianos Ajith e professor Saibaba, ambos lutadores populares criminalizados e jogados nas masmorras do velho Estado indiano. Outro que foi lembrado pelos estudantes foi o advogado e pesquisador mexicano Ernesto Sernas, desaparecido em maio de 2018. 

A ação de solidariedade atende os chamamentos internacionais pelas campanhas de liberdade dos presos políticos da Índia, e pela reaparecimento com vida do Dr. Sernas.

LCP: 'A guerra contra o povo que o governo Bolsonaro declarou vai ser respondida com guerra'

Repercutimos vídeo com a fala de um representante da Coordenação Nacional das Ligas de Camponeses Pobres (LCP) durante uma Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais no dia 10 de julho. Na ocasião, ele falou sobre o criminoso despejo realizado contra as famílias camponesas de Miravânia em 09/07, conforme denunciamos anteriormente em nosso blog, e advertiu: 'A guerra contra o povo que o governo Bolsonaro declarou vai ser respondida com guerra'.



quinta-feira, 25 de julho de 2019

ÍNDIA: PRESOS POLÍTICOS DENUNCIAM PERSEGUIÇÃO

Repercutimos em nosso blog uma carta assinada por 8 presos políticos da Índia, entre eles ativistas defensores dos direitos do povo, alguns presos desde agosto de 2018 como forma de intimidação por parte do velho estado indiano para desencorajar não só aqueles que lutam, mas os que defendem o direito do povo lutar. 

A carta denuncia a farsa montada para justificar a prisão dos 8 ativistas, bem como as políticas reacionárias do velho estado e o aumento da violência praticada contra o povo desde que o governo dirigido pelo Partido do Povo Indiano (BJP, na sua sigla original) assumiu a gerência. 

Repudiamos veementemente as prisões arbitrárias contra os democratas e revolucionários indianos e fazemos coro com a exigência, imediata e incondicional, de liberdade a todos os presos políticos da Índia! 


Abaixo, segue uma tradução livre feita pelos nossos colaboradores:

"Ao Governador de Maharashtra
Mumbai

Estivemos sob custódia judicial durante o último ano na prisão central de Yerawada em Poona. Cinco de nós fomos presos dia 6 de junho de 2018, pelo suposto delito relacionado ao 'Elgar Parishad' que ocorreu em Shaniwarwada de Poona, e outros quatro foram presos em 28 de agosto de 2018. Fomos acusados de várias conspirações criminais como incitação a violência em Bhima Koregaon em 1º de janeiro de 2018, assim como incitação ao ódio e a hostilidade entre duas comunidades, a segregação, o antinacionalismo, etc. Estas acusações são totalmente falsas.

Se “a nação” significa seu povo, como pode ser um ato de antinacionalismo se o povo do país fala contra o governo eleito e inspira outros a pensar da mesma maneira? Não é verdade que o público tenha sido provocado à violência contra o governo a através de discursos, canções motivadoras ou peças de teatro apresentadas na Convenção de Elgar Parishad. Porém, se fez um chamamento ao povo para que lutara coletivamente contra a exploração e a opressão com o fim de "defender a Constituição, a democracia e a nação", e de abster-se de votar pelo governo de BJP que tem estado atuando em contra da Constituição. É por este ato que temos sido acusados por crimes fabricados. Um grave ato de injustiça está se cometendo sobre nós.

Apesar das diretrizes claras da Suprema Corte através da regra de "fiança no cárcere", a questão de nossos pedidos de fiança está sendo arrastado indefinidamente pela promotoria. Como o promotor e o oficial de polícia investigador tem manejado o caso como um julgamento midiático, nossas audiências de fiança também se converteram em um mini julgamento midiático. Os correios eletrônicos que supostamente foram trocados com os maoistas foram publicados facilmente na imprensa através dos meios de comunicação. Mas os documentos eletrônicos relevantes, porém, não foram entregues a parte acusada por mais de um ano. Isto põe dúvidas sobre as intenções da promotoria. Desta maneira, os presos políticos estão apodrecendo no cárceres por anos, o que constitui uma violação direta dos princípios fundamentais de "justiça para todos" e "justiça a tempo".

AbSabka Saath Sabka Vikaasʹ (Tradução livre: Desenvolvimento com todos): este tem sido o slogan deste novo governo, mas uma pessoa poderia suspeitar o quão efetivamente seria real simplesmente observando os feitos passados dos governos anteriores. Se o governo deseja ganhar a confiança do povo de todas as facções, primeiro deverá demonstrar seu compromisso com a Constituição, dependendo de sua função. E para isso, deve fornecer justiça igual para todos. Aplastar todos os desentendimentos, as posturas antigovernamentais e as ideias críticas, e arrastar todos os opositores sob a acusação de antinacionalismo é um ataque aberto à liberdade de expressão. A medida que o novo governo chegou ao poder, o linchamento de vacas começou de novo. O governo não só está ignorando tal violência, senão que tampouco está tomando medidas para evitar que o fanatismo religioso incite o ódio e a hostilidade, ou atos como a comemoração pública de Nathuram Godse. "Sabka Vikaas" é claramente um engano.

Se democracia significa constitucionalidade, por que nem todas as pessoas no país obtêm a mesma justiça? Por que alguns são mantidos como prisioneiros enquanto outros vagam livremente? Se realmente vai ser estabelecido uma democracia constitucional na Índia, exigimos como condição previa que todos os presos políticos sejam libertados de maneira imediata e incondicional.

Seus presos políticos

(1) Sudhir Dhawale
(2) Surendra Gadling
(3) Mahesh Raut
(4) Rona Wilson
(5) Arun Ferreira
(6) Vernon Gonsalves
(7) Varavara Rao
(8) Sudha Bhardwaj
(9) Shoma Sen

A Carta foi enviada pelos presos políticos no cárcere de Pune."

terça-feira, 23 de julho de 2019

ACAMPAMENTO DO MST É ATACADO NO NORTE DE MINAS

Repercutimos séria denuncia sobre um ataque de um bando de pistoleiros a um acampamento ligado ao MST em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas, no dia 18 de julho. 

Segundo a denúncia, 6 pessoas em 3 motos invadiram o acampamento das famílias camponesas e atearam fogo nas casas dos acampados. As famílias conseguiram se esconder, mas tiveram todos os seus pertences destruídos pelo incêndio. 

O MST denunciou ainda que "a conivência do Estado permitiu que a prática de pistolagem se tornasse comum e propagasse um triste histórico de violência na região".

Repudiamos este covarde ataque contra estas famílias camponesas e fazemos um chamamento às entidades e personalidades democráticas e progressistas para denunciar e repudiar este mesmo ataque!




Abaixo, segue matéria sobre o ataque na íntegra: 


No último dia 22 de julho, a página do jornal Resistência Camponesa repercutiu a denúncia de que o acampamento Bela Vista, organizado pelo MST e localizado em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas Gerais, foi atacado na noite de 18 de julho.

Seis pessoas em três motos invadiram o acampamento, ameaçaram as famílias camponesas gritando “vamos matar todo mundo” e atearam fogo nos barracos. As famílias conseguiram se esconder no mato, mas tiveram todos os seus pertences destruídos. Segundo os acampados, uma moto com duas pessoas não conhecidas rodaram a área no período da manhã do mesmo dia.

Segundo a página do MST, "O acampamento possui 30 famílias, que estão na área desde fevereiro de 2017. A área era da fazenda Santa Bárbara, uma terra pública, registrada no nome do Estado de Minas e que estava sendo explorada irregularmente pela Gerdau. Trata-se de uma grilagem denunciada pelos trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra da região. A empresa entrou com pedido de reintegração de posse, mas o Estado manifestou-se na justiça, reconhecendo a área pública, por isso as famílias continuam na posse da área".

O MST denunciou ainda que "a conivência do Estado permitiu que a prática de pistolagem se tornasse comum e propagasse um triste histórico de violência na região". E apontou que "em 2009 houve em uma tentativa de massacre das famílias acampadas nas terras devolutas da fazenda Capão Muniz. A mando de Mario Nascimento Neto, 40 pistoleiros espancaram e torturam as pessoas. Felizmente ninguém foi assassinado na ocasião, mas até hoje o processo corre na justiça e a impunidade permanece".

Os camponeses exigem que os órgãos de proteção garantam a defesa das famílias que sofreram este grave ataque e que os criminosos sejam investigados e detidos, antes que a ameaça se torne um atentado à vida das pessoas que se organizam e lutam somente para que a lei seja cumprida.

terça-feira, 16 de julho de 2019

JANUÁRIA: LCP DENUNCIA TERROR CONTRA FAMÍLIAS CAMPONESAS

Repercutimos grave denúncia que recebemos da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia sobre uma operação de guerra realizado pela Polícia Militar contra as famílias camponesas que moram na Comunidade Barra do Mirador em Miravânia nos dias 9 e 10 de julho. 

Segundo a LCP, a operação ocorreu a mando do latifúndio, contou com cerca de 120 homens fortemente armados, isolando os moradores, fechando a cidade e pegando os moradores de surpresa. A LCP denuncia ainda que agentes do Velho Estado coagiram e ameaçaram os moradores para que assinassem um absurdo acordo de "compra e venda" das terras, fazendo com que alguns dos moradores assinassem tal acordo para não terem suas casas e demais construções derrubadas no momento da operação.

Compartilhamos, na íntegra, a nota divulgada pela LCP sobre a operação ocorrida:




Operação de guerra em Miravânia não foi reintegração de posse:
É Grilagem de Terras, Perseguição Política e Vingança!

Nos dias 09 e 10 de julho o 30 o batalhão da PM de Januária, sob o comando do tenente-coronel Rubens Pereira fez uma operação de guerra à serviço do latifundiário Walter Arantes Santana (dono do supermercado BH, preso na operação Lavajato por corrupção), contra as famílias de camponeses pobres na Comunidade Barra do Mirador em Miravânia.
A mega operação policial que custou o olho da cara (enquanto o hospital de Januária tá quase fechando por falta de verbas) contou com mais de 15 viaturas da PM, 3 viaturas do corpo de bombeiros, caminhonetes do latifundiário, trator de Edvan Canabrava de Miravânia, caminhões e viaturas locais e reuniu aproximadamente 120 homens fortemente armados para criar o terror contra os camponeses que resistiam há 6 meses à grilagem de suas terras, onde vivem e produzem ha 19 anos.

Covardia e crimes contra o povo: ameaças, chantagens, roubos e destruição a serviço da grilagem

Pela madrugada do dia 09, a tropa da PM cercou a cidade e bloqueou a passagem para a comunidade,
impedindo que apoiadores, advogados, organizações populares e moradores pudessem circular para saber o que estava ocorrendo.
Enquanto isso, o oficial de justiça Antonio Dourado Fraga, o Ivanilton (pistoleiro do Waltinho que
indicava quem eram os alvos preferenciais), junto com o comando da PM e a advogada Débora Uchoa, que atuaram como capitães do mato do latifundiário “Waltinho” foram à caça dos camponeses que mesmo sob diversas ameaças e chantagens, ainda não haviam assinado um absurdo contrato de “Compra e venda”. Neste infame contrato, chamado ironicamente de “acordo” e “de boa fé”, os camponeses entregavam suas terras, casas e construções e assumiriam todas as dívidas, inclusive do antigo latifundiário como multas ambientais.
O ataque de surpresa pegou algumas casas sem moradores, pois alguns se preparavam para irem à
audiência pública dos Direitos Humanos que ocorrera na ALMG no dia 10, onde seriam contestadas as ilegalidades da reintegração de posse que ameaçava a comunidade, assinada pelo juiz da Vara Agrária de MG Walter Zwicker Esbaille Jr.
As casas e sítios destruídos foram uma vingança contra as pessoas que fincaram pé que não assinariam tal contrato, das que denunciaram a grilagem das terras, que reuniram farta documentação comprovando o direito das famílias sobre a terra e particularmente das que denunciaram o prefeito Raimundo Luna/ DEM como representante do latifundiário, por encabeçar criminoso esbulho.
Isolados, cercados e ameaçados de prisão, alguns camponeses foram obrigados a assinarem tal contrato ou senão teriam suas casas, cercas e todas as construções derrubadas naquele momento. O tratorista covardemente roncava o motor ameaçando executar a ordem, e a caneta ou estojo de tinta eram oferecidos como única saída para evitar tal atrocidade. Algumas casas foram violadas antes de serem destruídas, parte de seus pertences arrancados, transportados e jogados na cidade e há vários objetos e animais desaparecidos.

Nenhum terror vai parar a luta pela terra

Este velho e podre Estado brasileiro de burgueses e latifundiários, com suas instituições e poderes
decadentes, está caindo aos pedaços e o governo reacionário de generais já declarou guerra contra o povo, dando rédea solta para os latifundiários contra os camponeses, quilombolas e indígenas, enquanto executam tenebroso plano de entrega da nação aos monopólios estrangeiros e de guerra total ao povo.
Ao longo de séculos no Brasil, os camponeses tem resistido contra o latifúndio e lutado por um pedaço de terra para trabalhar e viver com dignidade e nenhum terror conseguiu deter esta legítima luta. 
Toda covardia como esta cometida em Miravânia e o sangue derramado de tantos heróis e heroínas como do companheiro Cleomar Rodrigues assassinado em Pedras de Maria da Cruz em 2014, será cobrado em alta conta como parte da dívida histórica do latifúndio e do velho Estado para com o povo brasileiro. Como diz a canção popular: “o risco que corre o pau, corre o machado...”

Abaixo a PM covarde e serviçal do bandido Waltinho!
As terras da Barra do Mirador são dos camponeses pobres!
Cleomar Vive! Morte ao latifúndio! Viva a Revolução Agrária!

Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia

Abaixo a operação de guerra covarde contra os camponeses pobres!

Repudiamos o covarde ataque contra as famílias camponesas de Miravânia e o sinistro plano de
Walter Arantes (testa de ferro de Newton Cardoso) de se adonar de todas as terras dos camponeses,
quilombolas e indígenas do Norte de Minas, com cobertura da PM dos reacionários Zema e Bolsonaro.
Conclamamos ao povo norte mineiro, aos honestos e de bem, as camponeses, quilombolas e povo
Xakriabá, aos professores, estudantes, comerciantes, trabalhadores da cidade e do campo, aos verdadeiros democratas a manifestar seu repúdio a esta covarde ação e apoio à legitima luta dos camponeses de Miravânia e região por terra para quem nela vive e trabalha!


Imagens mostram o antes e o depois da operação realizada

quinta-feira, 11 de julho de 2019

QUATRO REVOLUCIONÁRIOS TURCOS SÃO PRESOS NA EUROPA

Repercutimos grave denúncia sobre a situação de ativistas turcos na Europa, 3 deles membros da Confederação dos Trabalhadores Turcos na Europa (ATIK) e um militante com grande histórico de luta.





Os 4 revolucionários foram presos sob acusações de terrorismo, acusações arbitrarias que não se sustentam. Dr. Banu Büyükavci, Dr. Sinan Aydin e Sami Solmaz, ativistas da ATIK acusados de fazerem parte de uma organização terrorista 
Erdal Gökoğlu, conhecido militante anti-fascista e anti-imperialista, que está sendo acusado de “apoio à uma organização terrorista estrangeira”.

O 3 ativistas da ATIK já haviam sido presos anteriormente, mas por inconsistencias no caso, foram liberados. Erdal Gökoğl também já foi perseguido por suas atividades na Europa.

Nós do CEBRASPO, denunciamos energicamente estas prisões arbitrárias e exigimos a liberdade de todos os presos políticos democráticos e revolucionários, presos sob o mando de potências imperialistas, estas sim as verdadeiras terroristas.


Segue abaixo, na íntegra, a notícia repassada pelo Jornal A Nova Democracia: