sexta-feira, 21 de maio de 2021

Mais de 500 entidades democráticas e defensores dos direitos do povo assinam manifesto em defesa do acampamento Manoel Ribeiro e da Liga dos Camponeses Pobres e pela liberdade imediata dos camponeses presos(Atualizado em 30/06)


Em virtude do acirramento da repressão e dos diversos ataques ao movimento camponês no estado de Rondônia o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - CEBRASPO e a Associação Brasileira dos Advogados do Povo - ABRAPO organizam manifesto já assinado por mais de 500 entidades e personalidades progressistas e democráticas. Entre os signatários estão a Associação de Juízes para a Democracia, a Associação Americana de Juristas / Rama Brasil, a Associação Brasileira de Reforma Agrária, a Ouvidoria Geral Externa da Defensoria Pública de Rondônia, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Pedro Lobo, a Frente nacional Contra a Privatização da Saúde, Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES, Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz - ASFOC/SN, diversas associações de docentes, sindicatos, professores, juristas, artistas e personalidades democráticas e progressistas como Ennio CandottiRoberto Leher, Vladimir Safatle, Luiz Eduardo Soares, Virgínia Fontes, Eduardo Viveiros de Castro, Dermeval Saviani, José Claudinei Lombardi, Carlos Frederico Mares, Dr. Siro Darlan, Dr. João Tancredo, Dr. Jorge Luiz Souto Maior, Peter Pál Pelbart, Cacique Babau, Carlos Latuff, Georgette Fadel, Armando Babaioff, Soraya Ravenle, a medalhista olímpica Marta de Souza Sobral, Dom Roque Paloschi presidente do Conselho Indigenista Missionário, Padre Júlio Lancellottio renomado professor e democrata indiano Amit Bhattacharyya e diversos intelectuais honestos de todo o país.

Além do repúdio ao cerco policial que ocorria diariamente nas redondezas do acampamento Manoel Ribeiro, o manifesto também exige a liberdade imediata de 4 camponeses presos ilegalmente no último dia 14 de maio pela polícia militar. Esses episódios ocorrem logo após as declarações do genocida Bolsonaro atiçando a repressão contra os camponeses daquela região (https://cebraspo.blogspot.com/2021/05/bolsonaro-atica-ataque-lcp-em-rondonia.html?m=1).

O acampamento Manoel Ribeiro estava localizado na antiga fazenda Santa Elina, mesmas terras onde ocorreu o episódio conhecido como "Massacre de Corumbiara" em 1995. Em comunicado emitido no dia 23 de maio os camponeses informaram que por decisão unanime de sua Assembleia Popular defiram por uma retirada planificada e organizada da área. As 200 famílias realizaram uma façanha: bateram em retirada durante a madrugada sem serem vistos por todo o aparato policial montado em volta do acampamento. Segundo o pronunciamento, eles cumpriram uma "jornada vitoriosa para a Revolução Agrária" e com a retirada os planos de realizar mais massacre contra os camponeses foram frustrados. Ao invadir o acampamento os policiais encontram uma faixa com os dizeres "Voltaremos mais fortes e mais preparados!".

As assinaturas seguem em aberto, envie um e-mail para cebraspo@gmail.com

Para informações atualizadas acessem https://resistenciacamponesa.com/

  

NÃO ACEITAREMOS MAIS UM MASSACRE CONTRA O POVO BRASILEIRO

EM DEFESA DA VIDA DOS CAMPONESES DO ACAMPAMENTO MANOEL RIBEIRO E DA

LIGA DOS CAMPONESES POBRES, RONDÔNIA

 

Nós, movimentos sociais, homens e mulheres cidadãos brasileiros e de outros países, vimos nos posicionar contundentemente contra as ameaças do governo Bolsonaro e generais de promover mais um massacre no campo. O recente crime bárbaro ocorrido no Jacarezinho onde 27 pessoas foram executadas sem que seus crimes fossem caracterizados, processos julgados e condenados, num país onde não há pena de morte, mostra que eles não titubeiam, se preciso for, em violar as próprias leis que dizem defender. A senha já foi dada: Bolsonaro chama todos os movimentos sociais de defesa de direitos, nos quais se encontra o sagrado direito a terra, de “terroristas”. E não somente, celebra o avanço do latifúndio de velho e novo tipo (o agronegócio) sobre florestas protegidas, reservas indígenas e terras públicas, ao arrepio da legislação e condenando quem quer fiscalizar.

A situação da vez, criminalizada diretamente por Bolsonaro, é o acampamento Manoel Ribeiro, da Liga dos Camponeses Pobres, no município de Chupinguaia, Rondônia. Atualmente mais de 200 famílias estão acampadas na área e foi montada operação ilegal de guerra contra os camponeses, perseguições diárias e sistemáticas com uso de bombas de gás lacrimogêneo, tiros de bala de borracha e spray de pimenta, tentativas de invasão, uso de helicópteros sobrevoando o acampamento e ainda cerco e isolamento da área, impedindo que as famílias possam locomover-se para comprar produtos de subsistência básica, como clara tentativa de causar tortura psicológica, terror e intimidação. Até a presença de trabalhadores da atenção básica à saúde foi retirada, em plena pandemia de COVID-19, em que as ações de vacinação estão sendo conduzidas para as populações de risco. Todo esse ataque aos camponeses ocorre a despeito do Juiz responsável pelo processo de reintegração de posse ter suspendido a mesma, garantindo, mesmo que provisoriamente, a presença dos camponeses no local.

Numa escalada de agressões contra o acampamento, no dia 14 de maio, os policiais atacaram covardemente dez camponeses, prendendo outros quatro, em acusações infundadas e forjadas com maquinação ilegal de plantar provas de crimes.

A região é parte da antiga fazenda Santa Elina, onde ocorreu o episódio que ficou conhecido como “Massacre de Corumbiara” em 1995, lembrado pelos camponeses como a Heroica Resistência Camponesa de Corumbiara, quando 12 camponeses que ocupavam a fazenda foram mortos pelas forças policiais e outras dezenas foram covardemente torturadas e espancadas, inclusive mulheres e crianças. Essa ação hedionda ocorreu sob o comando do coronel José Hélio Cysneiros Pachá, hoje o secretário de segurança pública do Estado de Rondônia, que está à frente de ações ilegais perpetradas contra os camponeses que ocupam a área.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

MÉXICO: TRÊS ANOS DO DESAPARECIMENTO FORÇADO DO DR. ERNESTO GARCIA, ADVOGADO DO POVO

No dia 10 de maio último, completaram-se três anos do desaparecimento forçado do doutor Ernesto Sernas Garcia, catedrático de direito da Universidade Autônoma Benito Juarez de Oaxaca – UABJO, ensaísta, pesquisador, conferencista, e advogado da frente de defesa legal dos 22 militantes da Corrente do Povo Sol Rojo detidos e processados por delito de terrorismo e porte de material explosivo de uso exclusivo das forças armadas, dentro do julgamento-farsa montado pelo velho estado burguês-latifundiário contra a Corrente do Povo Sol Rojo. O desaparecimento forçado do Dr. Ernesto Sernas Garcia ocorreu no momento em que a fase de instruções deste processo estava prestes a concluir-se.

Desde então houveram centenas de manifestações, atos públicos, comícios, bloqueios, marchas, etc. pela sua família e pela sua apresentação com vida, bem como por diversos figuras do movimento popular que se têm mostrado solidários com esta luta pela verdade, justiça e apresentação viva. A nível internacional, a Campanha #DrSernasPresentaciónConvida também teve grandes repercussões, com manifestações nas embaixadas e consulados do México em vários países do mundo, com cartas diplomáticas dirigidas ao Estado mexicano, comícios e atos de solidariedade que não escaparam à atenção do velho Estado mexicano. Organizações internacionais como o Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais, os Defensores da Linha da Frente, a Organização Mundial contra a Tortura, o Comitê das Nações Unidas contra os Desaparecimentos Forçados, entre outros, também fizeram desta exigência sua, apontando claramente a responsabilidade do Estado mexicano.

O CEBRASPO reforça sua participação nesta campanha internacional e exige a apresentação com vida do Dr. Sernas Garcia. Reiteramos também a responsabilidade do velho estado mexicano no seu desaparecimento. #DrSernasPresentaciónConvida

VIVA A LUTA DOS ADVOGADOS DO POVO!


Veja também: http://solrojista.blogspot.com/2021/05/breves-iniciando-semana_10.html

segunda-feira, 17 de maio de 2021

LCP: Liberdade imediata para os 4 camponeses presos no acampamento Manoel Ribeiro!

Reproduzimos grave denúncia publicado no portal Resistência Camponesa sobre o ataque da PM contra camponeses acampados na Área Manoel Ribeiro e subsequente prisão ilegal de 4 acampados no dia 14 de maio último.

Nos dias seguintes, numa tentativa de criminalizar a luta pela terra e os camponeses, a imprensa, as forças policiais e o governo estadual fizeram intensa campanha contra os camponeses em luta, em particular a Liga dos Camponeses Pobres (LCP). 

Compartilhamos a seguir, na íntegra, a nota da LCP:

Liberdade imediata para os 4 camponeses presos no acampamento Manoel Ribeiro


Na manhã do dia 14 de maio, policiais militares que ilegalmente cercam o acampamento Manoel Ribeiro atacaram covardemente 10 camponeses, atropelando e prendendo 4 acampados. Desde agosto de 2020, camponeses lutam por aquelas terras que são a última parte da antiga fazenda Santa Elina retomadas pelos camponeses. Foi nessas terras que pistoleiros e esta mesma polícia militar, a mando de latifundiários, aterrorizaram e torturaram centenas de camponeses, assassinaram 11 camponeses, inclusive a pequena Vanessa, de apenas 7 anos, em 1995, crimes que o atual secretário de segurança, coronel Hélio Cysneiros Pachá, o carniceiro de Santa Elina, teve papel destacado ao comandar (como capitão na época) tropa de assassinos que cometeram tais barbaridades. Há alguns meses o governo de Rondônia através dos seus aparatos policiais seguem atacando de forma sistemática as famílias do acampamento Manoel Ribeiro, cumprindo papel de guaxebas (pistoleiros) do latifúndio, e preparando novo massacre nas mesmas terras já tão encharcadas de sangue indígena e camponês.

A polícia guaxeba de latifundiários, está substituindo os pistoleiros a soldo da fazenda, presos a partir de denúncia movida pela Defensoria Pública, e atualmente tem feito a segurança da sede da fazenda Nossa Senhora Aparecida, protegendo os interesses particulares do latifundiário criminoso Toninho Miséria, usando para isso recursos públicos. A polícia está reforçado seus efetivos e já conta com dezenas de viaturas na sede da fazenda, tratores para remover defesas dos camponeses, bem como um avião. Recentemente, deputados estaduais aprovaram o crédito adicional de 500 mil reais (dinheiro público recolhido de impostos) para as tropas criminosas, encobertas pelo cínico nome “Operação Paz no Campo”.

domingo, 9 de maio de 2021

Noam Chomsky e diversas personalidades e entidades democráticas assinam manifesto em apoio à Liga dos Camponeses Pobres

O Grupo de Estudos Ao Povo Brasileiro emitiu nota conclamando entidades e personalidades democráticas a declararem apoio e solidariedade à Liga dos Camponeses Pobres e ao movimento camponês em luta, em particular no estado de Rondônia. Atualmente neste estado os acampamentos organizados pela LCP  estão sendo alvos dos ataques do velho Estado que visa realizar um massacre dos camponeses aos moldes dos episódios que ficaram conhecidos como "Massacre de Corumbiara" ocorrido nesta mesma região em 1995.

Leia mais em:

https://aopovobrasileiro.medium.com/chamamento-conjunto-ao-apoio-e-%C3%A0-solidariedade-%C3%A0-liga-dos-camponeses-pobres-7bf183afbe70

BOLSONARO ATIÇA ATAQUE A LCP EM RONDÔNIA!

Em Rondônia, quem são os terroristas?


CHAMAMENTO CONJUNTO AO APOIO E À SOLIDARIEDADE À LIGA DOS CAMPONESES POBRES 

“Não há maior padecer

Do que um camponês viver

Sem terra pra trabalhar.”

(Patativa do Assaré)

A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) nasce como fruto da resistência. Foi resistindo ao latifúndio que os camponeses tomaram justamente as terras de Santa Elina, palco da Heroica Resistência de Santa Elina (1995), na qual armados de paus, pedras, armas rudimentares, os camponeses lutaram bravamente contra pistoleiros e policiais que defendiam os interesses de Antenor Duarte, latifundiário mandante. O governador Valdir Raupp (PMDB) foi quem sancionou a ação assassina à época. Após a resistência, os camponeses rendidos foram torturados e massacrados, mesmo idosos e crianças. Vanessa, de 7 anos, foi morta com um tiro de fuzil.

A brutalidade cometida pelo velho Estado, pelo latifúndio e seus lacaios foi respondida não com rendição, mas com maior resistência, com organização, com demarcação de linha revolucionária clara. A morte destes companheiros e companheiras regou com sangue a formação da LCP. Mesmo condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, o velho Estado brasileiro, sob nenhum governo, levou a cabo a punição dos envolvidos no massacre posterior à batalha. Prova disso é que José Hélio Cysneiros Pachá, um dos carniceiros de Corumbiara, hoje é secretário de defesa de Rondônia e continua a conduzir a mesma política, ordenando um massacre ainda maior de sua posição junto ao burocrata Marcos Rocha, governador do estado. 25 anos após a resistência que deu início à LCP, a antiga fazenda Santa Elina foi conquistada. Não houve como parar os camponeses e é por isso que agora os ladrões de terra e cães do velho Estado os temem tanto mais.

Desde 1995, portanto, a Liga dos Camponeses Pobres vem organizando o campesinato brasileiro em uma linha revolucionária, realizando a revolução agrária e tendo como objetivo a destruição total do latifúndio. Vivemos em um país onde em mais de 500 anos a questão da terra nunca foi resolvida, e isso é proposital, serve para manter uma classe dominante de latifundiários que se alimenta da miséria do povo. É por este motivo que a LCP sempre foi vista como uma ameaça ao velho Estado burocrático. Como toda ameaça aos desígnios da classe dominante, o Estado burguês-latifundiário tratou de tentar eliminá-la, sempre, de qualquer forma possível.

Da fundação da Liga até agora diversos dirigentes e militantes foram presos, perseguidos e assassinados pelo latifúndio e pelo velho Estado. Destacamos os companheiros Zé Bentão, dirigente revolucionário da Liga, e Renato Nathan, professor e militante. Zé Bentão foi emboscado e Renato Nathan foi assassinado e tachado de guerrilheiro por ter mapas de cartografia em sua casa. Destacamos mais recentemente as mortes do companheiro Fernando, testemunha ocular da Chacina de Pau D’Arco, que assistiu nesta chacina seus companheiros e o próprio namorado serem mortos pela polícia e pistoleiros, do companheiro Jerlei, covardemente assassinado a mando do latifúndio, desarmado e sem como resistir, e do companheiro Roberto, comerciante apoiador da Liga, também violentamente e covardemente assassinado.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

RIO DE JANEIRO: CHACINA NA FAVELA DO JACAREZINHO É TERRORISMO DE ESTADO!

POLICIA CIVIL REALIZA OPERAÇÃO DE GUERRA NO RIO DE JANEIRO: CHACINA NA FAVELA DO JACAREZINHO É TERRORISMO DE ESTADO!

 

A operação da polícia civil ocorrida no dia 06 de maio na favela do Jacarezinho foi uma verdadeira chacina. Oficialmente deixou 25 pessoas mortas (moradores denunciam que o número é maior), inúmeros feridos e até passageiros que estavam em vagão do metrô que passava nas proximidades foram atingidos por projeteis de arma de fogo e estilhaços. Denúncias de moradores e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro relatam violações de direitos, invasões de residência, extrema violência armada, evidências de práticas de execução extrajudicial e o desfazimento de cenas de crime por parte dos agentes policiais para impedir o trabalho da perícia. Foi a chacina mais letal da história do Rio até hoje.

Há que se ressaltar que a operação no Jacarezinho foi coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Agora podemos crer que as crianças da favela do Jacarezinho estão com seus direitos assegurados e com certeza não correrão mais o risco de no curso de sua vida ingressarem para trabalhar no tráfico varejista de drogas? Não há limites para o cinismo, o sadismo, e o sentimento anti-povo destes senhores, que após cometerem a barbárie vão as câmeras com as justificativas mais vis.

Representantes da polícia civil falam em “ativismo judicial”, em frontal escárnio à decisão do STF que restringe operações policiais nas favelas a casos excepcionais. A continuidade dessas operações que só resultam em mortes e o desafio ao órgão supremo do Judiciário no país apenas evidencia a decadência do Estado Democrático de Direito que não é capaz de assegurar o mínimo de direitos e garantias civis à população pobre, que historicamente vive as consequências das desigualdades, ausência dos direitos básicos para uma vida digna e a barbárie cotidiana da violência policial.

A chacina do Jacarezinho é mais um nefasto episódio onde o Estado dilacera as vidas do povo pobre e negro das favelas e periferias e seu sangue lava as ruas, becos e vielas. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), 453 pessoas foram mortas pela polícia do Rio apenas entre janeiro e março deste ano, em média são mais de 5 mortos pela polícia por dia no Rio de Janeiro, segundo dados oficiais. A quantidade de mortos e episódios recorrentes de chacinas nas décadas recentes, para citarmos os casos mais conhecidos, chacina de Acari (1990); da Candelária (1993); de Vigário Geral (1993); da Nova Brasília (1994 e 1995); do Borel (2003); Favela da Coreia (2003); do Caju (2004); da Baixada (2005); chacina do Pan no Complexo do Alemão (2007); do Falet/Prazeres (2019); do Alemão (2020); da Vila Ibirapitanga (2020) e tantas outras pouco noticiadas pelo monopólio de imprensa, mostram o verdadeiro caráter da política de guerra contra o povo pobre do Estado brasileiro. Assassinar pobres não é exceção, é a regra, e periodicamente os algozes do povo decidem deixar esse lastro de sangue e terror em alguma favela para mostrar sua verdadeira face.

A política contra insurgente do Estado brasileiro segue a sua lógica de mando sobre a vida e a morte da população pobre e negra das favelas, de tempos em tempos revela sua face genocida e o caráter fascista de suas ações. É de conhecimento público e notório a alta letalidade policial e a ineficácia de décadas de ações policiais midiáticas e espetaculares, sempre recheadas de requintes de crueldade e covardia.

            Nos solidarizamos com os moradores da favela do Jacarezinho que mesmo sob o terror imposto pelas forças policiais lançaram-se as ruas da favela para protestar contra a covardia que estavam submetidos. Apoiamos todas as iniciativas que surjam para denunciar mais esse crime cometido contra a população das favelas do Rio de Janeiro e defendemos que o povo tenha o direito de se organizar e criar suas formas de luta para garantir seus direitos, entre eles o mais elementar que é o direito à vida. Convocamos todas as entidades democráticas e progressistas a se manifestarem contra este crime de estado e a exigirem punição aos mandantes e executores desta barbárie cometida contra o povo trabalhador.

 

Abaixo o Terrorismo de Estado!

   

Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - CEBRASPO

 

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Organização democrática emite nota e faz chamamento conjunto ao apoio e à solidariedade à LCP

 

O Grupo de estudos ao Povo Brasileiro, organização democrática, emitiu em 5 de maio nota de apoio a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) onde faz um chamamento a todas as forças democráticas do Brasil à se solidarizarem com a LCP e se posicionarem contra as medidas do velho Estado de ataques contra o movimento camponês.

Diversos movimentos, entidades e democratas já assinaram o texto, reafirmando apoio a LCP e se posicionando contra as ações do velho Estado gerenciado por Bolsonaro e Generais.

Na nota, o grupo relembra a história da Liga, seu surgimento em meio a luta pela terra onde  camponeses pobres e sem terra encontram em seu caminho sempre encontraram o latifúndio que em conluio com o velho Estado, promoveu massacres a fim de amedrontar e cessar a sina dos que lutam pelo direito de plantar, colher e viver na terra. 

A nota foi divulgada na internet e compartilhamos com nossos apoiadores em sua íntegra abaixo, deixando nosso apoio a essa importante iniciativa e, nos somamos ao chamamento à total solidariedade com a LCP e a todos os camponeses que lutam pela terra!


Imagem divulgada pela campanha


Chamamento conjunto ao apoio e à solidariedade à Liga dos Camponeses Pobres

quarta-feira, 5 de maio de 2021

BOLSONARO ATIÇA ATAQUE A LCP EM RONDÔNIA!


Em participação por videoconferência na 86ª Expozebu (feira pecuária) o presidente Jair Bolsonaro criminalizou acintosamente a Liga dos Camponeses Pobres e o movimento camponês de Rondônia. Assista ao vídeo abaixo (trecho entre 14min50seg e 15min53seg retirado de https://www.youtube.com/watch?v=URJGWAMIFiI)


Utilizando-se dos tradicionais jargões, como "terror" e "terroristas", sempre carcarejados pelos governantes para criminalizar a luta popular no campo, Bolsonaro se junta à imprensa porta voz do latifúndio e à polícia militar do estado de Rondônia na tentativa de criar justificativas para realizar o massacre dos camponeses em luta naquele estado.  Em nota proferida pela Liga dos Camponeses Pobres está clarividente que os verdadeiros terroristas e criminosos são o latifúndio e seus bandos armados. Leia neste link Em Rondônia, quem são os terroristas?

Convocamos todas as entidades e personalidades democráticas e progressistas e todas e todos os defensores dos direitos do povo a ficarem vigilantes sobre a onda de criminalização da luta pela terra, em particular aos camponeses de Rondônia. E conclamamos a se solidarizarem com a LCP e com os camponeses em luta pela terra no Estado de Rondônia.

LUTAR NÃO É CRIME!
TERRA PRA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!
ABAIXO A PERSEGUIÇÃO AO MOVIMENTO CAMPONÊS!