quarta-feira, 22 de novembro de 2017

ACAMPAMENTO NOVA CACHOEIRINHA- MG É CERCADO POR PMs DE PIMENTEL-PT

DEFENDER O DIREITO A TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!


No ano de 2017 vibramos junto aos companheiros posseiros do Acampamento Nova Cachoeirinha, no Norte de Minas Gerais, seus 50 anos de resistência. Heroica resistência! Ontem recebemos a grave denuncia de  que foi concedida ordem de reintegração de posse, beneficiando o latifundiário e ameaçando despejar dezenas de famílias descendentes de quilombolas e indígenas da região que tiveram suas terras roubadas.

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos- CEBRASPO faz um chamado a todos que defendem a justeza da luta dos camponeses pobres, sem terra ou com pouca terra, a se posicionarem contra o cerco do Acampamento Nova Cachoeirinha e a defenderem os posseiros e o seu justo direito à terra, estes que resistem  a 50 anos nessas terras!
Aos companheiros de Nova Cachoeirinha enviamos nossa solidariedade e nosso compromisso em trabalharmos defendendo o direito dos povos, principalmente o direito de lutarem por seus direitos. Não mediremos esforços!

"O Governo prometeu entrar com Ação Discriminatória para provar que as terras são devolutas, suspender o COVARDE despejo e assentar as famílias e agora está gastando rios de dinheiro com tropas e mandou até helicóptero da PM sobrevoar nossos barracos, assustando nossas crianças e fazendo ameaças. "



Reproduzimos a denúncia que recebemos da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia sobre as ameças e cerco do acampamento:


"Os camponeses do Acampamento Nova Cachoeirinha denunciaram que a PM de Janaúba chegou pela noite do dia 20 no Acampamento e relataram que durante toda a madrugada as famílias  foram atacadas a bomba de efeito moral, assediadas pelos holofotes das viaturas e ameaçadas pelas tropas da policia,  segundo informações, mais de 100 policiais estão cercando o Acampamento. 

Um companheiro enfartado passou mal e foi retirado as pressas pelos companheiros. Algumas pessoas idosas e doentes tiveram que se retirar pela mata, receosas de represálias.

Também as famílias da Comunidade Vitória, vizinha do Acampamento que prestou solidariedade aos companheiros foram atacadas a bombas e intimidadas durante a madrugada, os policiais ameaçaram quem saísse de casa. 


Até agora nenhum órgão compareceu ao lugar para verificar as condições das famílias e apurar todas essas arbitrariedades, só ficam ligando para o Comitê de Apoio em Montes Claros, enquanto todas essas arbitrariedades são cometidas pela PM contra homens, mulheres e crianças do Acampamento Nova Cachoeirinha."



TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!
DEFENDER OS POSSEIROS DE NOVA CACHOEIRINHA!





x

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

DEFENDER OS POSSEIROS DA ÁREA NOVA CACHOEIRINHA!

Recebemos grave denúncia do Comitê de Defesa da Revolução Agrária  - Nova Cachoeirinha que relata a ordem de despejo emitida contra os camponeses que vivem e produzem na área revolucionária Nova Cachoeirinha em Minas Gerais. Essa região é palco da brava resistência camponesa a mais de 50 anos, e agora mais uma vez o latifúndio, com a ajuda dos órgãos do governo, tenta arbitrariamente tomar as terras das famílias camponesas .
Os camponeses já deixaram claro em suas notas e declarações que não irão entregar suas terras e resistirão a qualquer ação covarde que possa vir das forças policiais.Convocamos todos os democratas e progressistas, defensores dos direitos do povo, a se mobilizarem na defesa dos camponeses da Nova Cachoeirinha que estão exercendo seu direito de conquistar a terra para quem nela vive e trabalha.


Segue abaixo a denúncia:

Governador Pimentel/PT descumpre acordo e manda PM despejar posseiros de Cachoeirinha


O dia 21 de novembro é a data marcada pelo governador e sua “mesa de diálogo” para enviar tropas da PM, armadas até os dentes, contra as famílias camponesas da Nova Cachoeirinha. É a data que ameaçam usar seu aparato de guerra contra trabalhadores, homens, idosos, mulheres e crianças como foi na década de 60, durante o Regime Militar fascista, quando as tropas do famigerado Coronel Georgino invadiram Cachoeirinha e expulsaram os posseiros de suas terras e depois forjaram documentos, usando dos serviços de advogados como Manoel Patrício, que recebeu como paga essas mesmas terras onde nos encontramos hoje.
Há 50 anos, os posseiros resistiram contra a perseguição, prisão, assassinatos e expulsão de suas terras pela polícia militar e pistoleiros pagos pelos latifundiários, muitos perderam suas casas, lavouras, animais e tudo que tinham construído em décadas de trabalho e sacrifício, desbravando as matas, enfrentando as feras e construindo o vilarejo. Durante um dos ataques, as famílias tiveram que se embrenhar na mata e na fuga, 62 crianças morreram de fome, frio e sarampo.
Nós temos provas históricas que estas terras são NOSSAS e que FORAM ROUBADAS dos nossos pais e avós, descendentes de negros e indígenas, e apresentamos em reunião com representantes do Governo, SEDA – Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário, realizada no dia 02 de outubro em Belo Horizonte. O INCRA nacional também se comprometeu e a Ouvidoria Agrária Nacional solicitou ao desembargador Antônio Bispo, do Tribunal de Justiça de MG, para reconsiderar a liminar, visto que havia uma questão de justiça histórica que deveria ser apurada.
Esta questão já foi reconhecida pelo Governador Tancredo Neves na década de 80, que assinou decreto desapropriando 17 fazendas, que haviam sido falsamente legalizadas pela Ruralminas, decidindo que elas deveriam voltar para as mãos dos posseiros. No entanto, somente duas fazendas foram devolvidas para os camponeses: União e a Caitité, que o Coronel Georgino se dizia dono.
Além disso, as terras da Fazenda Vera Cruz estavam completamente abandonadas e agora, nós estamos criando e plantando.  
Não vamos abandonar nossas roças de feijão, milho e abóbora para grileiro destruir, como fizeram em 1967!
Descrição: E:\Escolas Populares 100 anos\NC\SAM_2785.JPG
O Governo prometeu entrar com Ação Discriminatória para provar que as terras são devolutas, suspender o COVARDE despejo e assentar as famílias e agora está gastando rios de dinheiro com tropas e mandou até helicóptero da PM sobrevoar nossos barracos, assustando nossas crianças e fazendo ameaças.  
O Prefeito de Verdelândia que sabe a situação de desemprego e miséria do nosso município, foi procurado por nós (inclusive alguns eleitores seus), ele e todo mundo que mora em Cachoeirinha, conhece bem esta história dos posseiros, mas preferiu lavar as mãos, tomando partido do latifundiário, pois sabe que esta carapuça de grileiro lhe veste bem.
Mas nós, as famílias da Nova Cachoeirinha, NÃO VAMOS SAIR DE NOSSAS TERRAS! Vamos Resistir, vamos defender nossas famílias, nossas roças, nossos barracos, nosso direito e nossa dignidade: é tudo o que temos! Não permitiremos que outro Pau D´Arco aconteça como ocorreu no Pará.
Responsabilizamos o Governador Pimentel/PT e a SEDA, o governo Temer/PMDB/PSDB, o INCRA, a Ouvidoria Agrária Nacional, o Prefeito de Verdelândia Wilton Madureira/PT e o desembargador Antônio Bispo por qualquer agressão e violência que venha a ser cometida contra nossas famílias! Nenhuma chuva do mundo poderá lavar as suas mãos sujas de sangue por mais essa injustiça.



Viva a Revolução Agrária! Cleomar Vive! Morte ao latifúndio!
Terra para quem nela vive e trabalha!
Nov./2017      Comitê de Defesa da Revolução Agrária - Nova Cachoeirinha

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

JUSTIÇA PARA O MAPUCHE BRANDON HERNÁNDEZ HUENTECOL!

Punição para o sargento Cristian Rivera Silva responsável pelos 180 estilhaços que atingiram o jovem mapuche!



Na última segunda-feira, dia 6 de agosto, foi organizada uma manifestação no Chile pedindo justiça para Brandon Hernández Huentecol. O ato contou com a presença de dezenas de pessoas, entre elas mapuches e não mapuches, que exigiam a punição do Sargento que comandou a operação das Forças Policiais Especiais, que realizaram em dezembro de 2016 uma violenta operação, contra a comunidade de Wallmapu no Chile. A comunidade mapuche exige que os crimes cometidos sejam investigados. 
O jovem mapuche, Brandon Hernandez, de 17 anos na ocasião foi atingido por cerca de 180 estilhaços de chumbo ao proteger seu irmão mais novo, de 13 anos, da violência policial. Os disparos foram efetuados pelas costas do jovem enquanto este abraçava seu irmão. 
Brandon passou por 16 cirurgias complexas e segue com 30 pedaços de chumbo alojados em seu corpo. 
Este crime bárbaro está prestes a completar um ano e até hoje o sargento permanece impune. A manifestação ocorrida no início desta semana foi duramente reprimida pela polícia que levou alguns ativistas presos, por outro lado mesmo diante da repressão dezenas de pessoas persistiram firmemente exigindo justiça para o caso e denunciando a responsabilidade do Estado chileno.

O CEBRASPO se soma a campanha com os companheiros e companheiras do Chile, exigindo justiça para o caso e denunciando as barbaridades cometidas contra os mapuches!





Viva a resistência do povo Mapuche!

Justiça para Brandon Hernández Huentecol!