Liberdade para Pablo Hásel!
Abaixo a Lei da Mordaça!
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos – CEBRASPO exige a
liberdade imediata e o fim das injustas acusações contra o artista e defensor
dos direitos do povo Pablo Rivadulla Duró, conhecido publicamente como Pablo
Hásel.
Feito prisioneiro pelo velho estado espanhol, o rapper catalão foi
condenado por ter feito uma suposta glorificação do terrorismo, e por críticas
à monarquia espanhola em mensagens no twitter e nas suas canções. As absurdas
acusações são baseadas nos artigos da dacroniana “Lei da Mordaça”. Tal lei está
em vigor na Espanha desde 2015 e é um claro atentado à liberdade de expressão e
manifestação. Nomeada de Lei de Segurança Cidadã, ela proíbe insultos à
monarquia espanhola, críticas ao governo, a divulgação de imagens de policiais,
além de permitir que autoridades policiais decretem o fim de qualquer reunião
ou manifestação nas ruas sob pena de altas multas. Em artigos específicos, a
lei também impede claramente que as massas em luta por moradia se organizem para
impedir despejos e facilita a expulsão de imigrantes sem documentos do país. O
caso de Pablo Hasél soma-se a dezenas de outros ativistas que vêm sendo
criminalizados e perseguidos por conta da “Lei da Mordaça” desde sua
promulgação.
Condenado a nove meses de prisão em 2018, Pablo recebeu a ordem para se
apresentar à polícia no dia 12 de fevereiro de deste ano. Com uma combativa e
justa posição, o rapper se recusou a se entregar. Entendendo que não cometera
nenhum crime por criticar a “realeza espanhola” e ao defender as mais diversas
lutas populares em suas canções, Pablo refugiou-se na Universidade de Lleida,
onde recebeu o apoio de centenas de estudantes que ocuparam o local para
defendê-lo. Vejamos a época em que vivemos, em pleno século 21, um artista
ser acusado por criticar os abusos cometidos pela “família real” (um título
anacrônico que deveria existir somente em museus e nos livros de história) e
por colocar em suas canções legítimas críticas ao governo que oprime as massas
populares em seu próprio país.
Um manifesto com mais de 200 artistas e personalidades democráticas foi
lançado contra a detenção do rapper e na defesa da liberdade de expressão. O
manifesto também denuncia o caráter autoritário do governo espanhol que se
utiliza da “Lei da Mordaça” para criminalizar e perseguir todos aqueles que
manifestarem, seja artisticamente ou não, uma opinião considerada contrária à
do governo. Entre os signatários estão o cineasta Pedro Almodóvar e o ator
Javier Bardem.
Pablo em suas canções defende a luta dos povos oprimidos pelo
imperialismo, o direito pela autodeterminação dos povos oprimidos dentro do
próprio Estado espanhol, e denuncia os crimes que esse Estado monárquico, nas
suas palavras um Estado “fascista”, comete contra as amplas massas do país.
Denuncia a violência policial, defende os direitos mais elementares dos
trabalhadores da cidade e do campo, como o direito à terra, à moradia, à saúde,
à educação e a salários dignos. Não há crime em defender os direitos do povo,
seja em atos, palavras e canções!
Saudamos a combatividade que Pablo encarou sua arbitrária detenção e as
massas espanholas que saíram às ruas em protestos pela sua liberdade.
Convocamos todos os democratas e organizações defensoras dos direitos do povo a
se somarem nesta campanha e a exigirem a liberdade imediata do rapper Pablo
Hásel e a anulação de sua absurda condenação!
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - Brasil
Segue abaixo a tradução da nota para o espanhol:
Libertad para Pablo Hásel!
¡Abajo la Ley Mordaza!
El Centro Brasileño de Solidaridad con los Pueblos - CEBRASPO exige la libertad inmediata y el fin de los injustos cargos contra el artista y defensor de los derechos del pueblo Pablo Rivadulla Duró, conocido públicamente como Pablo Hásel.
El rapero catalán, detenido por el antiguo Estado español, ha sido condenado por presunto enaltecimiento del terrorismo y por criticar a la monarquía española en mensajes de Twitter y en sus canciones. Las absurdas acusaciones se basan en los artículos de la "Ley Mordaza" dacroniana. Dicha ley está en vigor en España desde 2015 y es un claro ataque a la libertad de expresión y de manifestación. Bautizada como Ley de Seguridad Ciudadana, prohíbe los insultos a la monarquía española, las críticas al gobierno, la difusión de imágenes de agentes de policía, además de permitir a las autoridades policiales ordenar el fin de cualquier reunión o manifestación en la calle bajo pena de elevadas multas. En artículos específicos, la ley también impide claramente que las masas que luchan por la vivienda se organicen para evitar los desahucios y facilita la expulsión de los inmigrantes indocumentados del país. El caso de Pablo Hasél se suma a las decenas de activistas que han sido criminalizados y perseguidos a causa de la "Ley Mordaza" desde su promulgación.
Condenado a nueve meses de prisión en 2018, Pablo recibió la orden de presentarse ante la policía el 12 de febrero de este año. Con una postura combativa y justa, el rapero se negó a entregarse. Al entender que no había cometido ningún delito por criticar a la "realeza española" y por defender las más diversas luchas populares en sus canciones, Pablo se refugió en la Universidad de Lleida, donde recibió el apoyo de cientos de estudiantes que ocuparon el lugar para defenderlo. Veamos los tiempos que vivimos, en el siglo XXI, un artista es acusado por criticar los abusos cometidos por la "familia real" (título anacrónico que sólo debería existir en los museos y libros de historia) y por poner en sus canciones críticas legítimas al gobierno que oprime a las masas populares en su propio país.
Se lanzó un manifiesto con más de 200 artistas y personalidades democráticas contra la detención del rapero y en defensa de la libertad de expresión. El manifiesto también denuncia el carácter autoritario del gobierno español que utiliza la "Ley Mordaza" para criminalizar y perseguir a todos aquellos que expresan, artísticamente o no, una opinión considerada contraria a la del gobierno. Entre los firmantes se encuentran el cineasta Pedro Almodóvar y el actor Javier Bardem.
Pablo en sus canciones defiende la lucha de los pueblos oprimidos por el imperialismo, el derecho a la autodeterminación de los pueblos oprimidos dentro del propio Estado español, y denuncia los crímenes que este Estado monárquico, en sus palabras un Estado "fascista", comete contra las amplias masas del país. Denuncia la violencia policial, defiende los derechos más básicos de los trabajadores de la ciudad y del campo, como el derecho a la tierra, a la vivienda, a la salud, a la educación y a un salario digno. No hay delito en defender los derechos del pueblo, ya sea con hechos, palabras o canciones.
Saludamos la combatividad con la que Pablo se enfrentó a su detención arbitraria y a las masas españolas que salieron a la calle a protestar por su libertad. Hacemos un llamamiento a todos los demócratas y organizaciones de derechos humanos para que se unan a esta campaña y exijan la liberación inmediata del rapero Pablo Hásel y la anulación de su absurda condena.
Centro Brasileño de Solidaridad con los Pueblos - Brasil