quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

ÍNDIA: VARAVARA RAO RECEBE INJUSTAS CONDIÇÕES POR SUA LIBERTAÇÃO


Segundo denuncia Arasavili Krishna, presidente da Virasam, o poeta Varavara Rao, membro fundador da Associação de Escritores Revolucionários, recebeu fiança temporária por motivos de saúde, mas as condições são injustas: não pode sair de Bombaim e deve ficar apenas com seus parentes. É como uma espécie de prisão domiciliar. 

Varavara Rao, que está nas prisões de Maharashtra há dois anos e meio, acusado de ter participação com uma suposta conspiração no levante de Bhima-Karageon, está em estado crítico. Em todo o mundo, intelectuais, escritores, artistas, organizações e vários partidos políticos da sociedade indiana têm exigido sua libertação dada a sua idade estado de saúde. 

Apesar da desmedida tentativa de manter o poeta Varavara Rao em prisão domiciliar, a possibilidade de sua libertação para que possa cuidar de sua saúde fragilizada pela idade avançada e pelas más condições das masmorras do velho estado indiano só surgiu depois de intensa luta por solidariedade nacional e internacional.

Um relatório recente da firma forense norte-americana Arsenal no caso Bhima Koregaon concluiu que as alegações feitas pela polícia foram inventadas e que as provas que exibiram foram contrabandeadas para os computadores dos suspeitos. Esta revelação urge a libertação imediata das 16 pessoas que foram detidas ilegalmente no caso. Stan Swamy e Sudha Bhardwaj, que estão sendo julgados junto com Varavara Rao, têm sérios problemas de saúde. A revelação também exige que Saibaba, que sofre de covid junto com muitos outros problemas de saúde, receba fiança imediata e busque um tratamento melhor.

As informações podem ser acessadas nos seguintes endereços:

http://dazibaorojo08.blogspot.com/2021/02/india-es-extrano-que-quieran-llamarlo.html

http://avaninews.com/article.php?page=2952

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

ESPANHA: LIBERDADE PARA PABLO HÁSEL



Liberdade para Pablo Hásel!

Abaixo a Lei da Mordaça!

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos – CEBRASPO exige a liberdade imediata e o fim das injustas acusações contra o artista e defensor dos direitos do povo Pablo Rivadulla Duró, conhecido publicamente como Pablo Hásel.

Feito prisioneiro pelo velho estado espanhol, o rapper catalão foi condenado por ter feito uma suposta glorificação do terrorismo, e por críticas à monarquia espanhola em mensagens no twitter e nas suas canções. As absurdas acusações são baseadas nos artigos da dacroniana “Lei da Mordaça”. Tal lei está em vigor na Espanha desde 2015 e é um claro atentado à liberdade de expressão e manifestação. Nomeada de Lei de Segurança Cidadã, ela proíbe insultos à monarquia espanhola, críticas ao governo, a divulgação de imagens de policiais, além de permitir que autoridades policiais decretem o fim de qualquer reunião ou manifestação nas ruas sob pena de altas multas. Em artigos específicos, a lei também impede claramente que as massas em luta por moradia se organizem para impedir despejos e facilita a expulsão de imigrantes sem documentos do país. O caso de Pablo Hasél soma-se a dezenas de outros ativistas que vêm sendo criminalizados e perseguidos por conta da “Lei da Mordaça” desde sua promulgação.


Condenado a nove meses de prisão em 2018, Pablo recebeu a ordem para se apresentar à polícia no dia 12 de fevereiro de deste ano. Com uma combativa e justa posição, o rapper se recusou a se entregar. Entendendo que não cometera nenhum crime por criticar a “realeza espanhola” e ao defender as mais diversas lutas populares em suas canções, Pablo refugiou-se na Universidade de Lleida, onde recebeu o apoio de centenas de estudantes que ocuparam o local para defendê-lo.  Vejamos a época em que vivemos, em pleno século 21, um artista ser acusado por criticar os abusos cometidos pela “família real” (um título anacrônico que deveria existir somente em museus e nos livros de história) e por colocar em suas canções legítimas críticas ao governo que oprime as massas populares em seu próprio país.


Foto: Reuters

Um manifesto com mais de 200 artistas e personalidades democráticas foi lançado contra a detenção do rapper e na defesa da liberdade de expressão. O manifesto também denuncia o caráter autoritário do governo espanhol que se utiliza da “Lei da Mordaça” para criminalizar e perseguir todos aqueles que manifestarem, seja artisticamente ou não, uma opinião considerada contrária à do governo. Entre os signatários estão o cineasta Pedro Almodóvar e o ator Javier Bardem.

Pablo em suas canções defende a luta dos povos oprimidos pelo imperialismo, o direito pela autodeterminação dos povos oprimidos dentro do próprio Estado espanhol, e denuncia os crimes que esse Estado monárquico, nas suas palavras um Estado “fascista”, comete contra as amplas massas do país. Denuncia a violência policial, defende os direitos mais elementares dos trabalhadores da cidade e do campo, como o direito à terra, à moradia, à saúde, à educação e a salários dignos. Não há crime em defender os direitos do povo, seja em atos, palavras e canções!

Saudamos a combatividade que Pablo encarou sua arbitrária detenção e as massas espanholas que saíram às ruas em protestos pela sua liberdade. Convocamos todos os democratas e organizações defensoras dos direitos do povo a se somarem nesta campanha e a exigirem a liberdade imediata do rapper Pablo Hásel e a anulação de sua absurda condenação!

 

Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - Brasil


Segue abaixo a tradução da nota para o espanhol: 


Libertad para Pablo Hásel!

¡Abajo la Ley Mordaza! 


El Centro Brasileño de Solidaridad con los Pueblos - CEBRASPO exige la libertad inmediata y el fin de los injustos cargos contra el artista y defensor de los derechos del pueblo Pablo Rivadulla Duró, conocido públicamente como Pablo Hásel.

El rapero catalán, detenido por el antiguo Estado español, ha sido condenado por presunto enaltecimiento del terrorismo y por criticar a la monarquía española en mensajes de Twitter y en sus canciones. Las absurdas acusaciones se basan en los artículos de la "Ley Mordaza" dacroniana. Dicha ley está en vigor en España desde 2015 y es un claro ataque a la libertad de expresión y de manifestación. Bautizada como Ley de Seguridad Ciudadana, prohíbe los insultos a la monarquía española, las críticas al gobierno, la difusión de imágenes de agentes de policía, además de permitir a las autoridades policiales ordenar el fin de cualquier reunión o manifestación en la calle bajo pena de elevadas multas. En artículos específicos, la ley también impide claramente que las masas que luchan por la vivienda se organicen para evitar los desahucios y facilita la expulsión de los inmigrantes indocumentados del país. El caso de Pablo Hasél se suma a las decenas de activistas que han sido criminalizados y perseguidos a causa de la "Ley Mordaza" desde su promulgación.

Condenado a nueve meses de prisión en 2018, Pablo recibió la orden de presentarse ante la policía el 12 de febrero de este año. Con una postura combativa y justa, el rapero se negó a entregarse. Al entender que no había cometido ningún delito por criticar a la "realeza española" y por defender las más diversas luchas populares en sus canciones, Pablo se refugió en la Universidad de Lleida, donde recibió el apoyo de cientos de estudiantes que ocuparon el lugar para defenderlo.  Veamos los tiempos que vivimos, en el siglo XXI, un artista es acusado por criticar los abusos cometidos por la "familia real" (título anacrónico que sólo debería existir en los museos y libros de historia) y por poner en sus canciones críticas legítimas al gobierno que oprime a las masas populares en su propio país.

Se lanzó un manifiesto con más de 200 artistas y personalidades democráticas contra la detención del rapero y en defensa de la libertad de expresión. El manifiesto también denuncia el carácter autoritario del gobierno español que utiliza la "Ley Mordaza" para criminalizar y perseguir a todos aquellos que expresan, artísticamente o no, una opinión considerada contraria a la del gobierno. Entre los firmantes se encuentran el cineasta Pedro Almodóvar y el actor Javier Bardem.

Pablo en sus canciones defiende la lucha de los pueblos oprimidos por el imperialismo, el derecho a la autodeterminación de los pueblos oprimidos dentro del propio Estado español, y denuncia los crímenes que este Estado monárquico, en sus palabras un Estado "fascista", comete contra las amplias masas del país. Denuncia la violencia policial, defiende los derechos más básicos de los trabajadores de la ciudad y del campo, como el derecho a la tierra, a la vivienda, a la salud, a la educación y a un salario digno. No hay delito en defender los derechos del pueblo, ya sea con hechos, palabras o canciones.

Saludamos la combatividad con la que Pablo se enfrentó a su detención arbitraria y a las masas españolas que salieron a la calle a protestar por su libertad. Hacemos un llamamiento a todos los demócratas y organizaciones de derechos humanos para que se unan a esta campaña y exijan la liberación inmediata del rapero Pablo Hásel y la anulación de su absurda condena. 

Centro Brasileño de Solidaridad con los Pueblos - Brasil

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

BOLETIM INFORMATIVO CEBRASPO - EDIÇÃO Nº 30

BOLETIM CEBRASPO: SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL E A LUTA DOS POVOS NO BRASIL E NO MUNDO. DEFESA DA LIBERDADE DOS PRESOS POLÍTICOS DEMOCRATAS E REVOLUCIONÁRIOS


CEBRASPO - Defender o direito do povo lutar pelos seus direitos!

Edição nº 30 - Janeiro, 2021

Companheiras e companheiros,

Estamos enviando nosso boletim informativo com uma relação de notícias dos acontecimentos dos povos em luta no Brasil e no mundo.



Famílias do acampamento Manoel Ribeiro resistiram com firmeza à ataques da polícia e do latifúndio que se estenderam por todo o dia 18 de janeiro.​ Após a vã tentativa do latifúndio de intimidar os camponeses enviando pistoleiros até a área ocupada, dezenas de policiais de diferentes órgãos de repressão empreenderam dois ataques contra as famílias.​ ​Os trabalhadores conseguiram registrar em vídeo o momento das agressões.​ ​Segundo relato das famílias, na manhã do dia 18, 2 homens do latifúndio Nossa Senhora, portando armas curtas na cintura, um deles encapuzado, se deslocaram em direção ao acampamento em uma pickup variante do modelo bandeirante, de cor branca, e se aproximaram de uma das porteiras da área ocupada.​ Ao perceberem que os camponeses não se intimidaram, disseram que desejavam apenas conversar e que queriam que os trabalhadores desocupassem a área alegando que precisavam retirar parte do gado do latifundiário.​ ​Frente à intimidação, reunidos, os camponeses se mantiveram firmes e recusaram-se a sair do local.


Leia mais: https://resistenciacamponesa.com/luta-camponesa/camponeses-do-acampamento-manoel-ribeiro-rechacam-ataque-coordenado-de-policiais-e-pistoleiros-em-um-dia-inteiro-de-resistencia/



INTERNACIONAL:


06/​01​:Chile: Prefeitura, delegacia e tribunal de justiça são incendiados após assassinato pela polícia de artista

Massas chilenas incendiaram por completo a prefeitura da cidade de Panguipulli, assim como a delegacia, o tribunal de justiça e os correios da cidade após o assassinato arbitrário e em plena luz do dia do artista de rua Francisco Martínez enquanto esse exercia sua profissão, no dia 6 de janeiro.​ ​O vídeo do assassinato cometido pelos agentes de repressão foi postado na internet, tendo uma repercussão enorme. Após isso, milhares de manifestações exigindo justiça para Francisco foram vistas.

https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-02/assassinato-de-artista-de-rua-gera-protestos-em-cidade-no-sul-do-chile


18/01Guatemala: Polícia reprime brutalmente caravana de 9 mil migrantes

Cerca de quatro mil migrantes da América Central (de 9 mil ao total) foram reprimidos com cassetetes e gás lacrimogêneo pela polícia guatemalteca enquanto tentavam atravessar a fronteira para o México, rumo ao Estados Unidos (USA) em busca de condições melhores de vida e de emprego, frente à brutal crise de superprodução que se reflete na América Latina como um todo. A ação contra os milhares de homens, mulheres, crianças e idosos, principalmente hondurenhos, ocorreu no dia 18 de janeiro, na cidade de Chiquimula.

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55702740


18/01Colômbia: Grupos paramilitares promovem chacinas sucessivas contra o povo

Nos dezoito primeiros dias de janeiro, a Colômbia registrou cinco massacres contra trabalhadores e camponeses pobres. Um total de 15 pessoas foram mortas em Cauca, Valle del Cauca, Antioquia e Caquetá. Na maioria dos casos, a autoria dos crimes foi atribuída a pistoleiros ou paramilitares ligados ao narcotráfico.​ ​Em 18 de janeiro, foi registrado o segundo massacre no departamento da Antioquia, cidade de Tarazá. Três pessoas foram mortas e outra ficou gravemente ferida. Os moradores de Tarazá narram que homens fortemente armados chegaram na cidade às 09 horas da noite, efetuando uma série de disparos que atingiram quatro homens, três dos quais foram fatalmente atingidos e morreram. Um deles era menor de idade. Eles acrescentam que o crime foi cometido por um dos dois grupos paramilitares ligados ao narcotráfico na região, o Clan Del Golfo e os Los Caparrapos.

https://anovademocracia.com.br/noticias/15036-colombia-grupos-paramilitares-promovem-chacinas-sucessivas-contra-o-povo


19/01:Peru: Médicos entram em greve de fome exigindo investimentos básicos na saúde

Cerca de uma dúzia de médicos que protestavam em frente ao Ministério do Trabalho do Peru iniciaram uma greve de fome no dia 19 de janeiro exigindo mais investimentos no setor da saúde e em rechaço a forma com que foi gerenciada a pandemia da Covid-19 no país. A greve de fome ocorre em meio à segunda onda de infecções do vírus, de acordo com uma declaração do Sindicato Nacional Médico da Previdência Social do Peru (Sinammsop) divulgada no dia 20/01.​ ​A greve de fome se soma a inúmeros protestos em diferentes partes do país desde a semana anterior ao fato, onde médicos e outros trabalhadores da saúde exigiam mais equipamentos médicos, ajuste salarial e um aumento no orçamento para o setor da saúde, segundo a Federação Médica Peruana.

https://cnnespanol.cnn.com/2021/01/21/grupo-de-medicos-peruanos-esta-en-huelga-de-hambre-en-medio-de-la-creciente-segunda-ola-de-casos-de-covid-19/


23/01:​ Vozes em todo o mundo exigem liberdade para Ahmad Sa'adat e prisioneiros palestinos!

De 15 a 23 de Janeiro de 2021, ativistas e organizações de todo o mundo juntaram-se à Samidoun Palestinian Prisoner Solidarity Network na Semana de Ação para libertar Ahmad Sa'adat e todos os prisioneiros palestinianos. A semana de eventos online, ações m​i​diáticas, manifestações e stands de rua destacaram o caso de Sa'adat, o secretário-geral da Frente Popular de Libertação​ da Palestina​ preso, e os 4.500 prisioneiros políticos palestinos nas prisões israelitas. A semana destacou também a cumplicidade da Autoridade Palestiniana com a prisão de Sa'adat, parte do projeto Oslo e a sua "coordenação de segurança" com Israel, bem como a responsabilidade direta dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e outras potências imperialistas pelo encarceramento de Sa'adat e a contínua despossessão e colonização da terra e do povo da Palestina.

https://samidoun.net/2021/01/report-on-global-actions-voices-around-the-world-demand-freedom-for-ahmad-saadat-and-palestinian-prisoners/


26/01Índia: Marcha camponesa toma as ruas de Nova Déli; um camponês é morto e 200 são detidos

No dia 26 de ​janeiro, Dia da República da Índia, dezenas de milhares de camponeses marcharam até o Forte Vermelho em Nova Déli, em continuação aos protestos contra as novas leis de agrárias pró-latifúndio realizados nos últimos dois meses. Com tratores, cavalos ou a pé, a grande massa se dirigiu e invadiu o complexo histórico, enfrentando a repressão policial que fez o uso de gás lacrimogêneo, canhões de água e barricadas. Esse foi o maior ato em pressão ao governo de turno do fascista Narendra Modi desde o início dos protestos em novembro do ano passado.

https://anovademocracia.com.br/noticias/15081-india-marcha-camponesa-toma-as-ruas-de-nova-deli-um-campones-e-morto-e-200-sao-detidos


28/01Líbano: Povo queima prédio municipal contra repressão e militarização do velho Estado

Em Trípoli, cidade do Líbano, o povo ateou em chamas um prédio municipal durante um protesto do dia 28 de janeiro, quarto dia de protestos combativos que tomaram o país. Os protestos iniciaram-se no dia 25/01 contra as novas medidas de toque de recolher impostas pelo velho Estado sob a alcunha de combater a pandemia. Elas servem, na verdade, para controlar a miséria e revolta, elevadas a um novo nível pela crise geral do imperialismo, militarizando mais a sociedade através de toques de recolher e impulsionando um maior cerceamento às liberdades democráticas.

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/novos-protestos-no-libano-contra-medidas-de-confinamento_n1293969


30/​01​:Catalunha: Manifestação em solidariedade ao rapper revolucionário Pablo Hasel

Mais de mil pessoas marcharam no sábado à noite em solidariedade com o rapper Pablo Hasel, que foi notificado pela Audiencia Nacional de que deve ​se apresentar voluntariamente na prisão para cumprir duas sentenças contra ele. O velho estado acusa-o de ​fazer apologia ao terrorismo. Pablo declarou que não se apresentará e esperará pelas forças repressivas do Estado na sua casa. Houve confrontos com os Mossos (polícia catalã); os jovens populares montaram barricadas e incendiaram contentores na câmara municipal.

http://solrojista.blogspot.com/2021/02/breves-iniciando-semana.html



NACIONAL


14/01:PI: A mando do latifúndio, militares atacam povo Gamela e casas são incendiadas

No dia 14 de janeiro, policiais militares realizaram, sob ordem do judiciário, um despejo contra o povo Gamela que vive na comunidade Morro D’Água, em Baixa Grande do Ribeiro, estado do Piauí.​ ​O despejo teve início às 16h da tarde enquanto os indígenas trabalhavam na roça. Após a expulsão, os agentes da reação queimaram casas. No dia 17, agentes da reação voltaram a ameaçar os indígenas no local. Apenas em 19/01, o judiciário do Piauí suspendeu a ordem de despejo. Um outro ataque onde casas foram incendiadas já havia acontecido em 2020 por iniciativa de latifundiários que praticam a grilagem de terras indígenas na região. 

​https://cimi.org.br/2021/01/grileiros-ameacam-vidas-e-territorios-do-povo-gamela-no-piaui/


20/01:​ ​RO: Indígenas denunciam omissão e descaso em meio a pandemia

Uma denúncia protocolada junto ao Ministério Público Federal (MPF), destinada à Procuradora do MPF/RO Gisele Dias de Oliveira Bleggi Cunha explicita o descaso vivido por inúmeros povos indígenas que vivem em áreas urbanas, sobretudo os que residem na periferia da capital de Rondônia. A denúncia foi protocolada no dia 20/01/2021 por meio da sala de atendimento online do MPF.​ ​​Segundo o texto compartilhado pelas lideranças indígenas, que relata todo o calvário a que estão submetidos​, os indígenas destacam que são de diversas etnias, que vivem em contextos urbanos, chamados pelos agentes estatais de “desaldeados” e que, segundo a denúncia, pelo entendimento do gerenciamento genocida de Bolsonaro e generais somente serão vacinados os indígenas que “estão nas aldeias”, deixando assim sem atendimento os indígenas que vivem nas cidades.

https://anovademocracia.com.br/noticias/15111-ro-indigenas-denunciam-omissao-e-descaso-em-meio-a-pandemia


31/01: BA: Família protesta após PMs matarem jovem em Camaçari

Familiares e amigos de Ruan dos Santos Neves, de 19 anos, protestaram em frente ao Ministério Público de Camaçari, região metropolitana de Salvador, no dia 3 de fevereiroEles cobram justiça e punição para os assassinos do jovem. Ruan foi morto durante uma operação da Polícia Militar (PM), no dia 31 de janeiro, num local conhecido pelo nome de Invasão da Buri.​ ​Segundo a família do jovem, Ruan estava voltando da casa da namorada, quando foi baleado por PMs, o garoto correu e foi alvejado novamente.

https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/02/03/jovem-e-morto-em-acao-da-pm-em-camacari-e-familiares-protestam-eles-me-destruiram-diz-mae-da-vitima.ghtml


02/02: MT: Homem desaparece após ser espancado e levado por PMs; familiares protestam

Familiares do pedreiro, Rubson Farias dos Santos, de 28 anos, protestaram contra o seu desaparecimento. O sumiço do trabalhador se deu após ser espancado e sequestrado por Policiais Militares (PMs) de sua casa enquanto estava inconsciente no dia 29 de janeiro, no município de Cáceres, localizado a 220 km de Cuiabá, capital do estado do Mato Grosso.​ ​Revoltados com o desaparecimento do trabalhador, familiares fizeram, na noite do dia 2 de fevereiro, uma manifestação em frente ao Comando Regional da Polícia Militar​. Os familiares exigiram justiça: cobraram informações sobre o paradeiro de Rubson, a investigação do caso e a punição para os PMs envolvidos.

https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2021/02/03/familia-de-pedreiro-que-desapareceu-apos-ser-espancado-por-policiais-e-levado-inconsciente-de-casa-faz-protesto-em-mt.ghtml


02/02:RO: Despejo truculento expulsa camponeses e favorece latifundiário Ernandes Amorim

Mesmo com adiamento confirmado em reunião virtual da Câmara Nacional de Conciliação Agrária do INCRA, realizada no dia 02 de fevereiro a pedido de três associações de posseiros do local, o judiciário rondoniense deu a ordem para o despejo de 380 famílias do Projeto de Assentamento (PA) Alta Floresta, nos municípios de Governador Teixeira e Campo Novo, em Rondônia. As terras desse assentamento haviam sido griladas pela família Amorim e os camponeses organizados em associações a ocuparam.​ ​A ação foi cumprida por forte aparato militar e foi acompanhada, segundo os relatos dos camponeses, pelo latifundiário Ernandes Amorim e pistoleiros. As massas de camponeses, resistiram derrubando pontes, mas diante do cerco por terra e ar, foram obrigadas a abandonar seus lares, sua produção e suas criações. As famílias, segundo denunciam os camponeses, estão sendo deslocadas e serão amontoadas em uma escola no município de Buritis, mesmo com toda situação de aumento dos casos de contaminação e mortes por Covid-19.

https://www.cptnacional.org.br/publicacoes/noticias/conflitos-no-campo/5511-adiado-despejo-de-380-familias-em-rondonia​


​03​/02: AM: PM assassina mais um trabalhador na periferia de Manaus e trabalhadores reagem com barricadas

O jovem trabalhador Felipe Cavalcante dos Santos, 21 anos, foi assassinado por um Policial Militar (PM) com um tiro no rosto, por volta das 19h do dia 3 de fevereiro, enquanto realizava entregas no bairro Mauazinho, zona leste de Manaus. No momento em que foi assassinado, o mesmo estava com sua moto em uma borracharia na Avenida Solimões aguardando o envio de outros pedidos.

https://d24am.com/amazonas/policia/populacao-se-revolta-apos-morte-de-jovem-com-tiro-de-um-policial-em-manaus-veja-videos/

08/02​​Mortes por polícias no RJ em 2020: em meio à pandemia, PM segue praticando genocídio

O ano de 2020 encerrou com 1239 assassinatos cometidos exclusivamente por agentes de repressão somente no Rio de Janeiro. O número inclui mortes feitas por policiais militares, civis, e outros “agentes de segurança pública”.​ ​A taxa de mortes em decorrência de intervenção estatal do ano que se iniciou a pandemia do coronavírus no Brasil fica atrás somente dos anos de 2019 e 2018 (com 1814 e 1534 mortes, respectivamente), em um acompanhamento feito desde 2003. Os dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP).

https://anovademocracia.com.br/noticias/15132-mortes-por-policias-no-rj-em-2020-em-meio-a-pandemia-pm-segue-praticando-genocidio