quinta-feira, 28 de abril de 2016

CAMPONESES SÃO COVARDEMENTE ASSASSINADOS EM BURITIS

CAMPONESES SÃO COVARDEMENTE ASSASSINADOS EM BURITIS
Os irmaos Nivaldo Batista Cordeiro e Jesser Batista Bordeiro foram covardemente assassinados no dia 24-04-2016.
Seus corpos foram encontrados boiando no rio Candeias a cinco kilometros de distancia do lugar em que foram abordados.
Nivaldo deixou esposa e quatro filhos pequenos.
A moto em que viajavam estava suja de sangue. Isso leva a crer que eles foram baleados na estrada enquanto viajavam e seus corpos carregados e desovados no rio candeias.
Ambos eram acampados na Área 10 de maio, e haviam recebidos ameaças de morte do latifundiario Caubi Moreira Quito, que em varias ocasioes afirmou que iria matar todos os “sem terra antigos” do acampamento. 
No dia 29 de dezembro de 2014 Caubi informou ao delegado Renato Morari, de Ariquemes, que havia contratado 10 PM`s de Buritis para fazer a segurança armada de sua fazenda.
Policiais Militares de Buritis fizeram diversas tentativas de reintegraçâo de posse na Área 10 de Maio sem ordem judicial.
Esse crime tem todas as caracteristicas dos crimes praticados por policiais. Os camponeseses sairam de casa no domingo cedo, à luz do dia, em uma estrada muito movimentada.  Foram assassinados em um lugar e seus corpos encontrados em outro. Pistoleiros não teriam como fazer tal operação sem chamar a atenção.
Moradores da região informaram ter visto o Comandante da PM de Ji-Paraná, Braguim, fazendo blitz nas imediaçoes; outros camponeses da Área 10 de Maio relataram terem sido perseguidos pelo helicóptero onde estava o PM Braguim que sadicamente parecia estar brincando de videogame com o helicóptero amedrontando os camponeses.
Estes crimes são a proposta do Estado para acobertar a grilagem de terras pelos latifundiarios: matar camponeses e acobertar os assassinos.
Como sempre a imprensa vendida nada diz sobre os crimes da pistolagem contra os camponeses.
Os camponeses estão acumulando revolta devido a mais uma ação covarde de agentes do Estado em conluio com os bandos armados dos latifundiarios.
Esse crime não ficará impune, os camponeses não vão desistir de lutar pela terra, nem com todoo o terror perpetrado pelos agentes do Estado.
Companheiro Jesser, presente na luta!
Companheiro Nivaldo, presente na luta!
Viva a luta pela terra!
Terra para quem nela vive e trabalha.
Liga dos Camponeses Pobres de Rondonia e Amazonia Ocidental !

Comissao de moradores da Área 10 de Maio.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

DECLARAÇÃO A IMPRENSA DO PROFESSOR SAIBABA



Reproduzimos uma declaração à imprensa, escrita pelo prof Saibaba, que foi solto novamente depois de ampla campanha internacional de solidariedade.

Declaração à Imprensa

G N Saibaba

12 de abril de 2016.

No dia 4 de abril, o Supremo Tribunal da Índia me concedeu fiança e eu, finalmente, voltei para casa depois de passar mais de três meses e meio na prisão, por causa do cancelamento da caução provisória concedida a mim pelo Bombay High Court. Esta última temporada na cadeia afetou negativamente a minha saúde e eu tenho que continuar o tratamento médico imediatamente para tentar restaurar a mobilidade básica de alguns dos meus membros e músculos. Primeiramente, eu gostaria de agradecer a todos os meus advogados em Nova Deli, Bombaim, Nagpur, e Gadchiroli, que apareceram e me defenderam de maneira muito forte no Tribunal, tanto para garantir a minha fiança como durante a realização do julgamento do meu caso, em Gadchiroli. Sem eles eu ainda estaria definhando na cadeia. Minha luta por justiça está longe de terminar e eu prevejo muitos outros desafios legais no caso, mas estou confiante de que meus advogados vão lidar com esses desafios com habilidade profissional e dedicação. Gostaria especialmente de agradecer aos professores, estudantes e ativistas, que formaram um Comitê de Defesa e realizaram várias atividades nos últimos dois anos exigindo que fosse imediatamente libertado. Agradeço ao Professor Haragopal, Dr. Nandita Narain, Dr. Karen Gabriel, Dr. Hany Babu e todos os outros membros do Comitê de Defesa, que incansavelmente lutaram por minha libertação. Agradeço à Associação do Professores Universitários de Déli (Duta) e aos sindicatos de diferentes universidades, que se levantaram por minha liberação e direitos de vários dos professores. Eu também gostaria de agradecer a todos os intelectuais, professores, estudantes, organizações políticas, escritores, ativistas dos direitos democráticos, ativistas dos direitos dos deficientes, ativistas culturais, pessoas da mídia e muitos outros que lutaram por minha libertação. Na prisão, eu tive notícias sobre várias atividades que estavam sendo realizadas em todo o mundo exigindo que eu fosse libertado. Isso me deu força mental e força de vontade para combater e resistir nas condições hostis e desumanas que eu estava exposto na prisão. Eu, pessoalmente, não conheço muitas das pessoas que me apoiaram e que saíram para protestar contra a violação dos meus direitos democráticos. Sinto­me humilde e estou realmente grato em ter recebido esse apoio generalizado.
Agora, mais do que nunca em nossa história, temos que enfrentar um ataque sem precedentes sobre todas as formas de direitos e liberdades democráticas. Nossas campanhas, portanto, não devem terminar com a libertação de alguns indivíduos, mas devem se opor à todas as formas de injustiça, opressão e exploração. Centenas de milhares de Adivasis estão sendo deslocadas de suas casas e florestas e eles enfrentam a repressão brutal nas mãos do Estado e muitos deles permanecem na prisão, sem representação legal adequada e sob acusações muito frágeis. Devemos sair em apoio à essas camadas mais pobres e vulneráveis da nossa população. Devemos também, como objetivo de se libertar da prisão maior, que nos obriga a viver sob os grilhões do feudalismo Brahmanical e o fascismo. Devemos permanecer vigilantes, para que os direitos das minorias, tanto étnicos e religiosos, não sejam violados pelo Estado. Como alguém que tem sido um ativista dos direitos democráticos em toda a minha vida, posso dizer com confiança, que nos dias que estão por vir, essas lutas vão continuar, com renovada paixão e vigor.

G N Saibaba

University of Delhi

Délhi

domingo, 10 de abril de 2016

EXITOSA SEMANA INTERNACIONAL PELA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS POLÍTICOS DA ÍNDIA

Ocorreu do dia 2 de abril ao dia 9 de abril de 2016 a Semana Internacional Pela Libertação dos Presos Políticos da Índia. 
Além do Brasil, participaram da campanha movimentos revolucionários e democráticos da Alemanha, Holanda, Itália, Espanha, Turquia, Grécia, Equador, Chile, Bolívia e diversos outros países espalhados pelos cinco continentes.
Por todo o Brasil foram realizados debates, atos, panfletagens, em solidariedade aos presos políticos da Índia e exigindo o fim da Operação Caçada Verde.
Em São Paulo foi realizado uma manifestação na porta do Consulado Indiano no Brasil. Participaram do ato convocado pelo CEBRASPO integrantes da Associação Brasileira dos Advogados do Povo - ABRAPO, do Movimento Feminino Popular - MFP, do Movimento Estudantil Popular Revolucionário - MEPR, da Unidade Vermelha, da Liga Operária, do Sindicato dos Nutricionistas do Estado do Rio de Janeiro - SINERJ, e da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo.
Membros do CEBRASPO e da ABRAPO tentaram entregar um documento exigindo a liberdade dos presos políticos e o fim da Operação Caçada Verde ao consulado, mas o cônsul geral da Índia no Brasil se negou a recebê-los. O memorando pode ser conferido neste link: https://drive.google.com/file/d/0B7nNcx2XLij0V0lnaGtBQ1FVcjg/view?usp=sharing 

No Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte foram realizados debates e panfletagens, houve ainda registro de várias pichações nos muros desses centros.
Nas áreas da Liga dos Camponeses Pobres debates e palestras foram organizados com os camponeses que deram um exemplo de internacionalismo.
Segue um breve documento do CEBRASPO sobre a situação da luta dos povos Adivasis na Índia e sobre a Operação Caçada Verde: https://drive.google.com/open?id=0B7nNcx2XLij0cElWU2djcTVmLUZEZS1Wa3V2cUFxbTRXNkZn


Abaixo, fotos de algumas atividades que foram realizadas pelo Brasil.

Atividades realizadas em duas áreas revolucionárias no Norte de Minas (Cidades de Manga e Pedras de Maria da Cruz).


 

 


Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros campus Darcy Ribeiro)


 


 


Atividade realizada pelos camponeses da área revolucionária José Ricardo, no município de Lagoa dos Gatos/PE


 

Universidade de São Paulo - USP


 
 











SÃO PAULO


 

 

 



CEFET-MG

 



Ato realizado em São Paulo em defesa do povo indiano em frente ao Consulado da Índia.


 


 


 














Debate realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

 

 

 



quarta-feira, 6 de abril de 2016

Semana Internacional Pela Liberdade dos Presos Políticos da Índia



Liberdade incondicional para todos os presos políticos na Índia!
Solidariedade com todos os presos políticos do mundo!
Fim da Operação Caçada Verde, os ataques de guerra e aéreos contra o povo!
Apoiar a Guerra Popular na Índia!

Na Índia, mais de 10.000 prisioneiros políticos estão definhando em prisões. Eles são líderes, quadros e membros do PCI (Maoista) e do EGPL (Exército Guerrilheiro Popular de Libertação); aldeões adivasis que resistiam à evacuação forçada; camponeses que lutavam contra os acordos assinados por governos e empresas transnacionais para explorar as pessoas e continuar a pilhagem imperialista dos recursos naturais; ativistas das minorias nacionais organizadas contra a crescente ameaça do fascismo comunal Hindu; intelectuais como Dr. Saibaba, artistas, estudantes e ativistas de outras organizações democráticas, culpados por ficar de pé ao lado das pessoas que enfrentam a guerra contra o povo levada a cabo pelo estado indiano; mulheres do povo, feministas, unidas para se rebelar contra a enorme escalada de estupros, cometidos em parte pelas forças militares e policiais e pelos esquadrões fascistas paramilitares patrocinados pelo Estado. Em prisões os prisioneiros enfrentam todo tipo de perseguição, tortura, de negação de fianças, condições de vida desumanas, transferências arbitrárias, agressões brutais e castigos de confinamento solitário, e muitas vezes as mulheres detidas são violadas.
Apesar da condição feroz de detenção, os presos estão resistindo e lutando com espírito revolucionário e transformando as prisões escuras em que estão confinados em uma batalha contra o fascismo crescente na Índia e o regime Indiano.
A luta pela sua libertação incondicional é uma tarefa urgente para todas as forças de solidariedade e é parte integrante do apoio para a vitória de sua guerra de libertação.
Toda Índia é mais e mais transformada pelas classes dominantes em uma "prisão dos movimentos populares". As classes dominantes indianas, sob a orientação e com a ajuda de imperialistas, lançou a ofensiva multifacetada em todo o país chamada Operação Caçada Verde. Ela é supostamente voltada para acabar com o movimento maoista, mas na verdade ela tem como objetivo suprimir qualquer demanda democrática genuína do povo. Milhares de líderes e membros de organizações revolucionárias e democráticas de massa foram assassinados, torturados e colocados em prisões. Culpados sob casos falsos, muitos deles estão enfrentando severas punições, de acordo com as leis draconianas adotadas pelos governos central e estadual, que marca líderes populares e lutadores como antinacionalistas ou terroristas ".
A crise econômica e financeira imperialista está se intensificando continuamente e também as agressões e guerras imperialistas reacionárias intensificam. Nesta situação, o governo brahmanical BJP fascista de Modi tem dado prioridade em sua agenda para aniquilar o mais breve possível a luta maoista, os recém formados órgãos de poder político popular, os Krantikari Janatana Sarkar (Comitês Populares Revolucionários) e para saquear as riquezas naturais a passos rápidos e a qualquer custo. Modi, que é o primeiro servo das Casas Corporativos domesticas e estrangeiras, não só iniciou como também está implementando agressivamente a terceira fase da Operação Caçada Verde. Neste contexto, o regime de Modi propôs ataques aéreos em áreas adivasis.
Maoístas indianos conclama a todos os partidos e organizações revolucionárias, organizações internacionais de solidariedade, sindicatos, renomados intelectuais progressistas e democráticos, operários, camponeses, estudantes, jovens, artistas, escritores, cientistas, ambientalistas, professores, a levantar a voz contra a decisão de realizar ataques aéreos em áreas de maioria adivasi e para tomarem as ruas em protesto.
A guerra de libertação das massas na Índia não pode ser interrompida pela repressão selvagem, mas sim se estender a solidariedade política e moral para a guerra popular.
O Comitê Internacional de Apoio a Guerra Popular na Índia lança uma Semana de Ação Internacional de 02 a 09 de abril de 2016 em todo o mundo.
Nesta semana, todas as iniciativas irão expressar solidariedade com todos os presos políticos nas prisões do imperialismo e regimes reacionários e apoio a todos os esforços para a sua libertação.

Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - CEBRASPO
Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia
cebraspo@gmail.com