terça-feira, 10 de junho de 2025

ATO PÚBLICO NA UNIR DENUNCIA ESCALADA DE VIOLÊNCIA NO CAMPO EM RONDÔNIA

vídeo sobre as violências praticadas por guaxebas em conluiu com a polícia militar de Rondônia

O Ato Público intitulado Conflitos Agrários em Rondônia: a luta pela terra e as ações da “Invasão Zero”, foi realizado no dia 15 de maio de 2025, às 19 horas, no auditório da UNIR Centro, em Porto Velho/RO. O objetivo da atividade foi compartilhar e debater o relatório de investigação e solidariedade realizado nas áreas camponesas do município de Machadinho d’Oeste, após uma visita realizada por várias entidades, organizações e grupos de pesquisas, nos dias 12 e 13 de abril de 2025, além de outras denúncias das organizações que atuam na defesa dos direitos humanos e movimentos sociais do campo em relação aos ataques violentos ao campesinato.
O Ato, convocado pelo CEBRASPO e ABRAPO, contou com a participação de inúmeras entidades, organizações de classe, grupos de pesquisa, jornalistas e ativistas; destacando-se a Comissão Pastoral da Terra – CPT/RO, Comissão de Direitos Humanos da OAB/RO, Grupo de Pesquisa Gestão do Território na Amazônia – GTGA/UNIR, Núcleo de Estudos Históricos e Literários – NEHLI/IFRO, Grupo de Pesquisa História, Sociedade e Educação no Brasil – HISTEDBR/UNIR, Associação dos Docentes da UNIR – ADUNIR – Seção Sindical do ANDES-Sindicato Nacional; Diretório Central dos Estudantes – DCE/UNIR; Ouvidoria Externa da Defensoria Pública de Rondônia, além de vários docentes, técnicos e estudantes da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO). Além do público presente no auditório, houve participação online da diretoria de algumas entidades nacionais e estaduais. 



Na abertura, foi apresentado um vídeo com as denúncias e depoimentos dos camponeses da área Gedeon José Duque e o relatório da missão de solidariedade nesta e em outras áreas camponesas de Machadinho d’Oeste-RO (Valdiro Chagas, Gonzalo I e II). O relatório circunstanciado contém depoimentos dos camponeses sobre os ataques à área Gedeon José Duque por pistoleiros e Polícia Militar desde o dia 30 de março de 2025, fotos da produção e da destruição de suas casas e pertences e a situação de conflito permanente. A vice-Presidente do Cebraspo expôs as diversas faces dos crimes cometidos por grupos de pistoleiros e agentes de segurança pública, em articulação com o Invasão Zero, movimento organizado pelos latifundiários, que vem atacando e matando camponeses e indígenas em vários estados do país. Em seguida, houve apresentação dos dados do Relatório de Conflitos no Campo em 2024 pela representante da CPT, destacando a violência do latifúndio na luta pela terra e pela água; relato da advogada da ABRAPO sobre o ataque à área São Francisco (Porto Velho), em 13 de abril em que foram presos 26 camponeses; relatos da Ouvidora da Defensoria Pública e do Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB sobre diversos casos semelhantes e outras violações de direitos no campo rondoniense. Os pesquisadores de grupos de pesquisa da UNIR e do IFRO falaram do importante papel dessas instituições no estudo da questão agrária e manifestaram apoio à luta camponesa. Também a coordenação do DCE, em nome de todas as combativas entidades estudantis da UNIR, destacou a participação ativa dos estudantes na missão de solidariedade às áreas em Machadinho d’Oeste e seu compromisso com a luta revolucionária dos camponeses, expressado em diversas palavras de ordem durante o evento. 
Após o debate, a proposta de se constituir um Comitê de Apoio à Luta Pela Terra (CALT) em Rondônia teve a adesão unânime das representações de entidades e grupos presentes, além da adesão individual de pesquisadores, estudantes e ativistas. 


O Comitê de Apoio à Luta pela Terra, quer ser espaço de solidariedade para as inúmeras lutas camponesas, espaço de discussão sobre a questão agrária e, ao mesmo tempo, caixa de ressonância para as inúmeras denúncias de violações de direitos humanos cometidos por agentes estatais e organizações paramilitares no campo rondoniense.

Compõem o Comitê (que permanece em processo de novas adesões):

1. Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos – CEBRASPO
2. Comissão Pastoral da Terra – CPT/RO
3. Associação Brasileira de Advogados do Povo – ABRAPO
4. Comissão de Direitos Humanos da OAB/RO
5. Grupo de Pesquisa Gestão do Território na Amazônia – GTGA/UNIR
6. Núcleo de Estudos Históricos e Literários – NEHLI/IFRO
7. Grupo de Pesquisa História, Sociedade e Educação no Brasil – HISTEDBR/UNIR
8. Associação dos Docentes da UNIR – ADUNIR – Seção Sindical do ANDES-Sindicato Nacional
9. Diretório Central dos Estudantes – DCE/UNIR
10. Jornal A Nova Democracia – Comitê de Apoio/Porto Velho
11. Professores e pesquisadores da UNIR e IFRO
12. Ouvidoria Externa da Defensoria Pública de Rondônia








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