quarta-feira, 28 de setembro de 2016

LIBERDADE PARA GEORGES ABDALLAH - SEMANA DE AÇÃO INTERNACIONAL DO DIA 15 A 22 DE OUTUBRO.

Georges Abdallah, comunista árabe e destacado na luta de libertação nacional da Palestina, está preso no cárcere do velho Estado francês há mais de 32 anos. Condenado à prisão perpétua por cumplicidade em atos de resistência reivindicada pelos libaneses da  Frações Revolucionárias Armadas, quando seu país Líbano foi invadido pelas tropas sionistas. É mantido na prisão por ordem do estado imperialista francês em conluio com os Estados Unidos.
Reproduzimos nota convocando entidades progressistas e revolucionárias a somarem-se na Semana Internacional pela Libertação de Georges Abdallah.


CHAMADO AOS PARTIDOS REVOLUCIONÁRIOS E PROGRESSITSAS ARABES PARA A SEMANA DE AÇÃO INTERNACIONAL DO DIA 15 AO 22 DE OUTUBRO DE 2016
PARA EXIGIR A LIBERAÇÃO DE NOSSO CAMARADA GEORGES ABDALLAH


Os partidos de esquerda árabes que integram o campo da resistência e de combate, e que se colocam como revolucionários e progressistas, vão muito em breve se encontrar diante de um exame de consciência, no curso do mês de outubro, pois irão apresentar aos olhos do mundo o que pretendem fazer por nosso camarada Georges Abdallah, ou seja, o que planejam fazer concretamente, para expressar sua solidariedade ao nosso camarada, pela ação e nas ruas.


Nesse quadro, uma única questão merece resposta hoje, de maneira urgente: o que nós devemos fazer para a enfrentar a política de Estado francês que continua a manter nosso camarada Georges Abdallah prisioneiro há mais de 32 anos? Certamente Georges Abdallah – tal como o seu companheiro Ahmad SAADAT – não se queixam jamais, nem reclamam de nada; mais suas atitudes e moral revolucionária não deve nos levar a deixar de militar por eles ou ignorar esses dois grandes dirigentes.  Fazer isso é um crime contra nossos camaradas e seria até melhor admitir então por mil vezes nossa incapacidade de agir por eles (fazendo nossa autocrítica aberta) do que continuar a viver na ilusão e na pretensão.


Camaradas, existem outras prioridades mais autênticas que essa de lutar por prisioneiros políticos revolucionários, e em especial nosso camarada Georges Abdallah?

O fascismo e a manipulação do caso Santiago Andrade


Contrapondo a venenosa propaganda que o monopólio de imprensa vem lançando nos últimos dias, sobre o caso da morte do Cinegrafista Santiago Andrade, acusando absurdamente os jovens ativistas Caio Silva e Fábio Raposo de crime doloso, quando se há intenção de matar, compartilharemos aqui a nota sobre o caso, via o Jornal a Nova Democracia, produzida pelo ativista Igor Mendes.
Igor Mendes também é um perseguido político faz parte do processo dos 23 ativistas presos na véspera da Copa da Fifa em 2014. Posteriormente, ele ficou ilegalmente preso durante 7 meses por ordem do juiz Flávio Itabaiana da 27º Vara Criminal do Rio de Janeiro.


            "  O fascismo e a manipulação do caso Santiago Andrade

No último dia 27 a quinta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou Recurso Especial do MP-RJ exigindo que Caio Silva e Fábio Raposo sejam levados a Júri Popular. Eles responderão à acusação de homicídio qualificado. O movimento popular e os democratas consequentes devem repudiar essa decisão infundada, orquestrada pelo monopólio de imprensa e o Poder Judiciário.

Mesmo o maior dos desavisados consegue perceber que bastaram os protestos contra Michel Temer ganhar vulto para que os inimigos das mobilizações populares tornassem a exigir penas “mais severas” e repressão implacável contra a juventude combatente.

A reação conta, para cumprir com seu funesto desígnio, com o concurso da falsa esquerda. Esta, quando não se omite, faz todo tipo de concessões à opinião pública reacionária. Essa atitude ficou bem exemplificada pela resposta de Gregório Duvivier a uma crítica que lhe foi dirigida pela filha de Santiago: “Eu não disse que os assassinos do Santiago eram inocentes. Eu estou falando da violência da polícia, que mata milhares de Santiagos por dia nas periferias”.

Ora, Gregório, em primeiro lugar Caio e Fábio têm direito, como todos, a um julgamento justo, ao contrário da condenação sumária que quer impor-lhes a Rede Globo (e que você repete). Quanto ao mérito da questão, como bem salientou o grande criminalista Nilo Batista, “se o nosso Delegado resolvesse fazer uma reconstituição do fato – a mídia gostaria muito – poderíamos verificar empiricamente se um rojão lançado naquelas condições, do solo, implica um curso causal dominável. A irrepetibilidade do fato confirmaria seu caráter casual”[1]. Os dois ativistas não são assassinos! Tratou-se de um acidente e não de um homicídio doloso ou dolo eventual como por fim entendeu o STJ.

Em segundo lugar, a lógica que culmina nos assassinatos dos pobres nas favelas é a mesma que justifica a repressão aos protestos populares: as forças policiais e militares têm como função primordial a repressão do povo, o “inimigo interno”. O término do regime militar não pôs fim à ditadura contra as massas populares. Pode-se dizer, inclusive, que a repressão sobre elas incrementou-se, o que fica comprovado pelas estatísticas de assassinatos em supostos “confrontos” – os famigerados autos de resistência – e encarceramentos, que nos fazem possuir atualmente a quarta maior população presa do mundo.

O responsável pela morte de Santiago foi o governo de Sérgio Cabral, que tinha como política exclusiva para lidar com os protestos a famosa tríade “tiro, porrada e bomba”. A propósito, no mesmo dia em que o cinegrafista da TV Bandeirantes foi atingido, morreu atropelado o vendedor ambulante Tasnan Acioly, que fugia da repressão desatada pela Tropa de Choque. Sobre isso, não vimos uma linha sequer nos jornais.

Também tem parcela de responsabilidade aquela emissora, pois seu funcionário cobria um evento sabidamente conflituoso sem qualquer equipamento de proteção individual. A esse respeito as “entidades de classe” jornalísticas emudecem, assim como sobre o fato comprovado de que a imensa maioria das agressões a jornalistas partem de policiais.

Teria muito mais a dizer. Mas o essencial é isto: nas figuras de Caio Silva e Fábio Raposo, bem como dos demais ativistas processados, a reação pretende atemorizar e desqualificar todos aqueles que têm ido para as ruas a partir de junho de 2013. A sua defesa é, portanto, uma batalha ideológica chave para não permitir que a opinião pública fascista e a repressão consigam prevalecer. 



[i] http://jornalggn.com.br/blog/affon/as-duas-faces-do-dominio-do-fato-por-nilo-batista "

Também gostaríamos de compartilhar o link do vídeo de parte do juri simulado realizado em 2014 pelo Dr. Nilo Batista, uma das maiores autoridades do direito penal brasileiro:


A perseguição a Caio Silva e Fábio Raposo tem o objetivo de criminalizar toda juventude combatente que participou das manifestações em 2013 e 2014 em todo o país, e com isso impedir o direito garantido pela constituição brasileira de manifestação.






Ativistas realizam ato pela passagem dos dois anos dos assassinatos e desaparecimento forçado de 43 estudantes no México



“24 meses, 43 estudantes – Dois anos de Ayotzinapa”

     No dia 26 de setembro de 2016 ativistas realizaram um ato, na praça do Largo do Machado na cidade do Rio de Janeiro, para protestarem e relembrarem a passagem dos dois anos do desaparecimento forçado, pelo Estado fascista mexicano, de 43 estudantes secundaristas. Durante a atividade estava exposto o número 43 formado com as fotos dos estudantes e ao longo do ato foram lidas as biografias dos jovens.

      No início do mês de setembro ocorreu uma apresentação no Grupo Tortura Nunca Mais- RJ de um resumo do relatório que o GIEI (Grupo Internacional de Especialistas Independentes) apresentou ao governo mexicano. Este grupo fez uma extensa e profunda investigação sobre o caso, que apesar de não poder constar nos relatórios oficiais, constata as evidências relacionadas ao desaparecimento dos estudantes. Entre as evidências está a negação da ocorrência da cremação dos corpos em um mesmo momento. Outra evidência que os peritos levantaram foi a presença de um quinto ônibus que oficialmente não existia e que foi constatada sua presença por meio da investigação que levanta a hipótese de ser este um veículo que transportava drogas para os Estados Unidos.

      Este episódio evidencia o claro envolvimento das forças policias e militares do governo mexicano com o narcotráfico, assim como a política de massacre do povo mexicano a fim de manter sua subserviência ao imperialismo norte americano por meio da exploração do povo.

    Desde o ano de 2014, quando houve o ocorrido, este mesmo Estado já assassinou e desapareceu com dezenas de ativistas, entre eles estudantes e professores que lutavam por seus direitos como neste ano de 2016, no dia 19 de junho, quando seis professores foram mortos pela polícia durante uma manifestação, onde mais de 53 pessoas ficaram feridas.






sábado, 24 de setembro de 2016

Pela garantia do direito de defesa e justiça para os jovens Caio Silva e Fábio Raposo.


PELO DIREITO À JUSTIÇA PARA
CAIO SILVA E FÁBIO RAPOSO

       Dia 27 de setembro, na próxima 3ª feira será julgado em Brasília pelo STJ- Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial, através do qual o MP-RJ- Ministério Público do Rio de Janeiro, pretende recorrer à decisão anterior do TJ-RJ- Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão do TJ RJ havia anulado a absurda denuncia do mesmo MP-RJ, que acusava os dois jovens Caio e Fábio de “homicídio triplamente qualificado”, no caso da fatalidade que causou a morte do cinegrafista Santiago Andrade. Ou seja, de terem deliberadamente ido à manifestação, com a intenção e o instrumento para matar o cinegrafista da rede bandeirantes de TV, que ocorreu em fevereiro de 2015. Esse recurso do MP-RJ já havia sido negado pelo TJ-RJ, pelo absurdo das acusações seguido da ilegalidade do seu conteúdo.

      Foi inclusive realizado na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, naquele período, um Júri simulado, a respeito dessa acusação, onde todas as ilegalidades da acusação do MP foram amplamente denunciadas, contestadas tecnicamente tanto pelo melhor perito criminal do Brasil quanto também por autoridades do Direito Penal Brasileiro, entre advogados, professores e juristas amplamente reconhecidos, diante de grande e representativa presença de setores da justiça, da sociedade e do povo carioca.

       Se o STJ aceitar o recurso vai abrir um precedente muito perigoso do ponto de vista das garantir as formalidades do processo penal, a essência das leis de defesa e garantias do cidadão e que a Justiça tem como dever preservar. Essas inclusive são as garantias legais contra as arbitrariedades cometidas pelo Estado, através de suas polícias e seus próprios órgãos. Inclusive são a base do tão anunciado “Estado de Direito”.

        Agora novamente o monopólio de imprensa volta à carga. Recentemente fizeram novo estardalhaço sobre a morte de Santiago para forçar a justiça a rever uma posição já tomada, que anulou a absurda acusação do MP-RJ. Querem pautar o STJ e conduzir a justiça. Realizaram julgamento público, como se não devessem satisfações a ninguém, nem às leis ou à Constituição Brasileira.

     Na época das grandes manifestações, durante todo o ano de 2013 e 2014, o monopólio de imprensa atacava e criminalizava abertamente os manifestantes e pedia mais repressão.Procuravam condenar antecipadamente em seus jornais e TVs, quem estava nas ruas enfrentando a violência. Atacando as organizações que surgiram nas lutas e suas lideranças, como forma de atacar e impedir as manifestações e a mobilização do povo na defesa de seus direitos. Agora novamente procuram criar clima para nova onda de repressão e arbítrios. Justamente no momento em que manifestações contra a política de desemprego miséria e fome, começam a tomar proporções.


Pela garantia do direito de defesa e justiça para os jovens Caio Silva e Fábio Raposo!
A campanha fascista do monopólio de imprensa não passará!

CEBRASPO – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos
ABRAPO – Associação Brasileira de Advogados do Povo

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Noam Chomsky e outros renomados intelectuais aderem a Campanha de Liberdade para Murali (Cam. Ajith)



Justiça para Murali (Camarada Ajith)

Judith Butler, Spivak, Noam Chomsky exigem cuidados médicos adequados para o prisioneiro maoísta camarada Ajith (K.Muraleedharan).

Publicação de 08 de setembro de 2016, traduzido pelo CEBRASPO 15 de setembro de 2016.

Prof. Judith Butler também apoia a campanha que exige cuidados médicos necessários  para o prisioneiro maoísta, camarada Ajith.
Mundialmente conhecida, a pensadora feminista e filósofa Judith Butler, professora da Universidade da Califórnia, Berkeley, apoiou a campanha global para a prestação de cuidados médicos adequados para o enfermo maoísta sob julgamento, o prisioneiro K Murleedharan de Kerala, que deu entrada na Prisão Central Yerawada perto de Pune há 15 meses. Prof. Butler havia endossado a chamada por meio de mensagem de e-mail à Justiça para Murali, um coletivo global que exige cuidados médicos e liberdade sob fiança para o Sr. Muraleedharan de 62 anos, que sofre de doenças cardíacas.
Globalmente conhecidos e renomados intelectuais públicos e cientistas sociais, como o Prof. Noam Chomsky, Prof. Gayatri Spivak Chakravarty e Prof. Partha Chatterjee já aprovaram a chamada e aderiram à campanha.
Prof. G Haragopal do Comité de Defesa para a Libertação dos Presos Políticos e o poeta Varavara Rao exigem a imediata concessão de fiança para o Sr. Muraleedharan por motivos médicos. "Como um paciente cardíaco que requer tratamento adequado e assistência médica. As autoridades estão negando mesmo esses direitos mais básicos para ele", eles disseram. Prof. GN Saibaba, Prof. C Sheshayya, Presidente Andhra Pradesh Comitê de Liberdades Civis, Prof. G Lakshman Presidente, Comissão das Liberdades Cívicas Telengana estão entre as pessoas que se apresentaram para exigir assistência médica adequada e fiança para Sr. Muraleedharan.
Justiça para Murali (Camarada Ajith)
Justiça para Murali é um coletivo global que emergiu para garantir um bom atendimento, tratamento médico e fiança para Muraleedharan.K (Murali Kannampilly), um ativista político radical  nas últimas quatro décadas e um ilustre estudioso da economia política, estudos Dalit e autor de 'Land, Casta e servidão', uma análise pioneira das relações agrárias em Kerala. Está definhando na Prisão Central de Yerawada  perto de Pune durante os últimos 15 meses como prisioneiro sob julgamento.
O estado de saúde de Murali de 62 anos, que já passou por uma cirurgia aberta no coração, tem sido um assunto de grande preocupação para os amigos, companheiros, membros de sua família e bem intencionados, desde sua prisão. Como se temia, seu estado de saúde dera  uma guinada para pior forçando as autoridades da prisão a admiti-lo no Hospital do Governo Sassoon em Pune, em 4 de setembro de 2016. Mas as autoridades de prisão deram-lhe alta do hospital em 06 de setembro de 2016 após a apresentação de uma petição de um advogado, para garantir o cuidado adequado para ele no hospital e permitindo seu filho assistir a ele lá. Até então não havia ninguém até mesmo pegue a amostra de urina que o médico havia instruído a ser testada e enviada para o laboratório.
Diante do passo tomado pelas autoridades da prisão, os globalmente reconhecidos intelectuais e cientistas sociais, como o Prof. Noam Chomsky, Prof Gayatri Spivak Chakravarty, Prof. Partha Chatterjee apoiaram o pedido de assistência médica adequada ao Sr. Muraleedharan.
O coletivo Justiça para Murali foi formado para estender esta campanha em uma escala mais ampla para garantir cuidados médicos adequados para o prisioneiro doente, bem como exigir a sua libertação da prisão. Nós procuramos a ajuda e o apoio de todas as pessoas que acreditam  na democracia, direitos humanos e na  liberdade individual para se juntarem a demanda por assistência médica adequada, assim como a liberação de Murali da prisão.
 Após sua prisão pelas acusações de ser um líder do Partido Comunista da Índia (Maoísta), ele foi apresentado a um tribunal apenas uma vez nos últimos 15 meses. Enviado para  uma prisão de alta segurança, as autoridades da prisão também  o proibiram de ter acesso a livros e outras publicações para ele.
A ação das autoridades de prisão é contra os direitos fundamentais garantidos pela Constituição indiana, os princípios consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Convenção das Nações Unidas são contra a Tortura. Mais uma vez, buscamos o apoio de todas as pessoas que acreditam na liberdade, nos direitos humanos e na dignidade individual a aderirem à campanha para garantir a assistência médica adequada e liberação de Mr. Muraleedharan da prisão.

Lista de personalidades que já aderiram campanha:

1: Prof. Noam Chomsky: MIT
2: Prof. Gayatri Spivak Chakravarty: Universidade de Columbia
3: Prof. Judith Butler: University of California, Los Angeles
4: Prof. Partha Chatterjee: Universidade de Columbia
5: Prof. Anand Teltumbde: IIT Khargapur
6: Prof. Prabhat Patnaik: Professor Emérito da Universidade Jawaharlal Nehru
7: Bernard D'Mello, Editor-adjunto, Económico e Político Semanal
8: Dr. KT Rammohan: Antiga Escola Dean de Ciências Sociais, Mahatma Gandhi University
9: Dr. TT Sreekumar: Professor, MICA, Escola de Idéias, Ahmedabad
11: Dr. J. Devika: Professor Assistente do Centro de Estudos de Desenvolvimento, Thiruvananathapuram
12: Prof. AK Ramakrishnan: Professor, Centro de Estudos sobre a Ásia Ocidental, Universidade Jawaharlal Nehru, Delhi
13: K Satchidandan: escritor poeta
14: Meena Kandasamy: escritor poeta
15: Kanam Rajendran: Secretário de Estado, Partido Comunista da Índia, Kerala
16: BRP Bhaskar: eminente jornalista e escritor
17: K Venu: O escritor e comentador social
18: MM Somasekharan: O escritor e comentador social
19: Njamal Babu (TN Joy): Intelectual Pública
21: PK Venugopal: Janakeeya Kala Sahitya Vedi
22: Prof. G Haragopal: Comité de Defesa, da Comissão para a libertação dos presos políticos
23: Varavara Rao, presidente da Frente Democrática Revolucionária, Fundador, Revolutionary Writers Association
24: Rajkishore, Secretário Geral, RDF
25: Prof. G N Saibaba, vice-secretário, RDF
26: Varalakshmi, Secretário, Virasam (Revolutionary Writers Association)
27: Prof C Sheshayya, Presidente, APCLC
28: Prof. G Lakshman, Presidente, Comissão das Liberdades Cívicas Telengana.


*Nota traduzida de: http://maoistroad.blogspot.com.br/

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Rondônia - Liberdade imediata para os camponeses presos políticos!

Terrorismo de Estado
Camponeses de Seringueiras são presos arbitrariamente
Jaru, 13 de setembro de 2016
No último dia 05 de setembro, a Polícia Civil de Rondônia iniciou a “Operação Chave” com a prisão temporária de 5 camponeses do Acampamento Enilson Ribeiro*, em Seringueiras, município rondoniense, localizado na microrregião de Alvorada d'Oeste. Foi mais um capítulo do terrorismo de Estado que o governador Confúcio Moura / PMDB, serviçal dos latifundiários de Rondônia, comete contra camponeses em luta pela terra.
Segundo a página oficial da Polícia Civil, a operação foi coordenada pelos Delegados Júlio César, William Sanches, Silvio Hiroshi e Henrique Bittencourt e contou com policiais civis de São Miguel do Guaporé, Seringueiras, Alvorada d'Oeste e São Francisco do Guaporé. E ameaçaram realizar mais prisões nos próximos dias. Os trabalhadores presos são acusados de associação criminosa, esbulho possessório, tortura, tentativa de homicídio, corrupção de menores, incêndio, dano qualificado, roubo e crimes ambientais.
No último dia 09, uma advogada popular visitou os camponeses presos e constatou várias arbitrariedades. As ordens de prisões não constavam no sistema do Tribunal de Justiça; quando prenderam os camponeses, os policiais não apresentaram os mandados, apesar da Polícia Civil afirmar que eles foram expedidos pelo juízo da comarca de São Miguel do Guaporé.
Claudeir Cleres Barros foi preso na casa de sua ex-esposa quando visitava os filhos. Logo cedo, policiais civis cercaram a casa, prenderam-no e vasculharam toda a casa e arredores procurando armas. Ele foi acusado de ser o mandante e responsável pelos danos ocorridos na fazenda Bom Futuro. A polícia divulou fotos de Claudeir em alguns sítios da internet, afirmando que ele é liderança da LCP e que praticou diversos crimes. Edicarlos Germiniano dos Santos e Jederson de Oliveira foram presos no acampamento provisório, na Área de posseiros Paulo Freire IV, em Seringueiras. Jorge Schuvnck foi preso apenas pelo fato de camponeses terem pegado ônibus para ir ao acampamento em frente de sua casa. Policiais acusaram-no de mobilizar famílias para a ocupação.
Os quatro trabalhadores estão presos no presídio de São Miguel do Guaporé.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Massacre e terror contra os filhos do povo no Rio de Janeiro O Estado continua sua política de morte

*Nota divulgada e distribuída pelo CEBRASPO na última terça-feira, 06 de setembro, no ato realizado em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde estavam presentes familiares, entidades democráticas e movimentos populares exigindo justiça e punição aos mandantes e executores deste crime bárbaro.



Massacre e terror contra os filhos do povo no Rio de Janeiro  O Estado continua sua política de morte

A juventude e o povo do Rio de Janeiro são vítimas de um massacre sistemático. Assassinatos são praticados diariamente nas favelas e comunidades. A polícia invade,comete todo tipo de arbitrariedades, desrespeito e humilhação,sempre seguida do assassinato dos jovens filhos do povo.O número de mortes violentas no Brasil no ano de 2015 foi de 57 mil pessoas. A polícia brasileira é a que mais mata no mundo e a do Rio de Janeiro é a que mais mata no país.

No caso dos adolescentes, a violência prossegue nas prisões, no chamado “Sistema Sócio Educativo”, onde os jovens em conflito com a lei são jogados às centenas em verdadeiros campos de concentração. As instituições de internação são ocupadas com muito mais que sua capacidade, essa superlotação é seguida da tortura, violência e mortes. Os jovens vivem em celas em péssimas condições de higiene, com instalações desumanas.

Somente no período de agosto a inicio de setembro foram 3 mortes no “Sistema Socioeducativo”. Um desses jovens, de 15 anos, estava detido no Centro de Atendimento Intensivo de Belford Roxo (CAI-Baixada) e morreu no Hospital Municipal Jorge Júlio Costa dos Santos, depois de perder a consciência e sair da unidade em estado de coma. Funcionários do local dizem que a unidade é uma das mais insalubres do Estado e que o adolescente foi internado às pressas na tarde do dia 26 de agosto, apresentando quadro avançado de meningite meningocócica, que é transmissível através da saliva e do ar. Depois foi dito que seria problema de coração. Essa unidade está com 380 internos, embora haja espaço para apenas 150.

Na Unidade João Luís Alves, onde o quadro também é de superlotação e maus tratos, a capacidade da unidade é para 120 pessoas, mas está com 346 internos. Houve um incêndio em uma das celas, que tem fios desencapados e colchões velhos altamente inflamáveis. Onde havia lugar para 4 haviam 12 jovens, que foram impedidos de sair , o que causou fortes queimaduras em 9 deles.Foram levados já muito feridos para vários hospitais. Ryan Pereira Bento,de 15 anos,morreu no mesmo dia. Isaías, de 16 anos, também não aguentou a gravidade dos ferimentos.


Em um grande número de casos, muitos desses jovens nem deveriam estar cumprindo medida de internação- simplesmente os juízes aplicam a medida desconsiderando a própria lei. Foram ainda mantidos algemados, nos hospitais, porque outro juiz indeferiu o pedido conjunto da Defensoria Pública e do Ministério Público - para que as algemas fossem retiradas.Isaías antes de morrer já estava em coma e mesmo assim, como todos os outros, permanecia algemado. Esse é mais um crime da “justiça”, que comprova seu papel de legitimar as atrocidades desse Estado,sustentando os hediondos crimes cometidos contra esses jovens. São um Estado e uma justiça de classe. Existem para proteger os poderosos e legitimar todos os crimes cometidos contra o povo.

O que acontece no sistema Sócio Educativo é uma extensão da política de crimes cometidos contra todo o povo pobre. Os casos como o assassinato com 111 tiros dos 5 jovens em Costa Barros, os 2 recentes massacres no baile do Complexo do Chapadão com o total de quase 15 mortos, os assassinatos de crianças em diversas favelas, entre muitos outros, comprovam a clara orientação para instalar o terror. Não são policiais “despreparados”, são exatamente preparados para matar. Assim como não é por acaso que tantos crimes e torturas ocorrem contra os jovens internados nesse criminoso e famigerado “Sistema Socioeducativo”.

Com isso cresce a revolta do povo e da juventude diante de tantas injustiças e crimes, e contra os gerentes do Estado, políticos de todos os partidos, que a cada ano, armam mais as polícias e estimulam a violência,criminalizando, encarcerando e tratando dessa forma brutal a nossa juventude. Esses governantes autorizam essas mortes cada vez mais, de todas as formas, com os crimes praticados pelas polícias ou quando jogam os jovens nessas absurdas condições de encarceramento.Toda essa política é a mesma da “tolerância zero”, dos “autos de resistência”, impostas pelo imperialismo, principalmente norte americano, a esses governos subservientes e rastejantes, que aceitam o papel de massacrar seu próprio povo para assegurar a exploração e o controle do nosso país.

As mães são a voz de seus filhos, cada vez mais se organizam e se mobilizam para exigir justiça e defender a punição dos policiais assassinos e dos agentes de Estado que no Sistema “Sócio Educativo” praticam regularmente a tortura e todas essas atrocidades. Exigir Justiça é um direito inalienável do povo.


PELO DIREITO DO POVO LUTAR PELOS SEUS DIREITOS!


O FASCISMO NÃO PASSARÁ!



CEBRASPO – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos



Em defesa da advogada Dra Lenir Correia

Pelo fim das ações criminosas e as ameaças contra a Dra. Lenir
A Dra Lenir Correia advogada do povo já amplamente reconhecida em Rondônia, com anos de trabalho em defesa das famílias camponesas e do povo pobre, teve sua casa invadida há poucos dias e agora no dia 05 de setembro, recebeu em sua caixa postal um bilhete com ameaça direta a sua vida
Essas ameaças contra a DRa. Lenir não podem  ser vistas de forma separadas de toda a realidade da questão de terras em Rondônia e dos recentes acontecimentos em torno da defesa dos camponeses da luta de Seringueiras, onde a Dra Lenir teve fundamental e valorosa atuação jurídica em defesa das famílias que ocuparam a fazenda Bom Futuro. Essa luta se iniciou dia 17 de julho, quando mais de 100 famílias, depois de anos de promessas e espera por terras, ocuparam uma área que o próprio INCRA reconhece como sendo área pública, mas que estão invadidas pelo latifúndio que mantém a posse à custa da pistolagem.
Depois de muita tensão foi feito um acordo, que previa alguns compromissos do INCRA e do Estado no sentido de resolver a questão agraria na região de Seringueira e de garantir o direito dessas famílias,no qual a Dra. Lenir teve destacado papel. O acordo contou com a participação direta do Superintendente do INCRA, da Ouvidoria Agrária Regional e CPT/RO.
Logo depois da saída das famílias para área provisória definida pelo INCRA, a Polícia do governo de Confúcio Moura (PMDB) desatou nova perseguição contra os camponeses.  Já foram feitas 5 prisões  de pessoas que definem como lideranças da luta de Seringueiras e a polícia alardeia que fará novas prisões contra os “criminosos da LCP”. O latifúndio e o governo não aceitam a realidade do acordo e seguem criminalizando a luta pela terra para escamotear a realidade de seu compromisso com os crimes do latifúndio e impedir a justa luta pela terra das famílias camponesas.
As forças policiais do governo queriam atacar o acampamentode qualquer jeito e já acusavam os camponeses de criminosos e procuravam difamar,  como sempre, a luta pela terra.  Fazendo seguidas acusações sem fundamento contra a Liga dos Camponeses Pobres – LCP
Criar clima de terror fazia parte do ataque, tentaram desocupar a terra sem autorização da justiça e inclusive usaram helicóptero para metralhar o acampamento.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

ALEMANHA - DIA DE SOLIDARIEDADE AOS PRESOS POLÍTICOS


Será realizado no próximo dia 09 deste mês na cidade de Munique atividades de solidariedade aos presos políticos na Alemanha. Lembramos que desde o dia 15 de abril do ano passado dezenas de ativistas da ATIK (Associação dos Trabalhadores Turcos na Europa) de diversos países da Europa foram sequestrados numa operação conjunta dos serviços de inteligência de vários países coordenada pelo imperialismo Alemão. Desde então diversos movimentos revolucionários, democráticos e progressistas movem uma ampla campanha internacional pela liberdade e contra as violações e arbitrariedades que os companheiros e companheiras vêem sofrendo no cárcere.
O CEBRASPO convoca a todos os democratas e revolucionários, defensores dos direitos do povo a somarem-se nessa campanha.
Para mais informações sobre a situação dos membros da ATIK que se encontram presos acessem: http://www.atik-online.net/


terça-feira, 6 de setembro de 2016

Índia - Atualização da situação dos presos políticos





O portal de notícias Redspark informou que o camarada Ajith , K. Muraleedharan , veterano líder maoísta, autor de numerosos escritos e reconhecido intelectual, que permanece na prisão sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista da Índia (Maoista) foi levado ao hospital por causa de problemas cardíacos.
Camarada Ajith, 62 anos, foi preso em 9 de Maio de 2015 e os problemas cardíacos pioraram suas condições na prisão. Amigos e familiares têm reiterado a sua preocupação e exigem que ele seja libertado sob fiança.
Defendemos a liberdade para o camarada Ajith e dos demais presos políticos da Índia, e reiteramos a necessidade de reforçar a campanha internacional em defesa da vida e liberdade dos presos políticos e pelo fim da Operação Caçada verde, verdadeira operação de guerra contra o povo indiano.

Para mais informações sobre a situação dos presos políticos na Índia acesse: http://www.icawpi.org/