sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

ALEMANHA: Polícia faz campanha de perseguição a Manifestantes contra G20



Em uma conferência ocorrida em dezembro, a polícia de Hamburgo divulgou fotos de 104 manifestantes acusando-os de “criminosos”. Os 104 manifestantes foram fotografados e filmados enquanto participavam de protestos contra a cúpula do G20 em ao menos cinco diferentes cidades da Alemanha. As imagens estão sendo divulgadas em jornais do monopólio de imprensa como o tabloide Bild.

Nas manifestações anti-imperialistas que ocorreram em julho, durante a conferência internacional, 71 ativistas foram presos e advogados denunciaram a dificuldade de falar com seus clientes, a escassa alimentação e a insalubridade das celas, com um número de detentos superior ao permitido. Antes mesmo do encontro a polícia já havia feito diversas operações para intimidar e desorganizar os grupos que preparavam manifestações contra a conferência. Houveram diversas denúncias de invasão policial e ameaças contra acampamentos de estrangeiros, centros internacionalistas e culturais como o  Centro Internacional B5 (Internationale Zentrum B5) e o antigo teatro Flora Vermelha (Rote Flora).

Apesar das intimidações, os protestos reuniram milhares de pessoas que se deslocaram de toda a Europa. O aparato de repressão contou com cerca de 30 mil agentes, canhões de água e armas “menos letais”. Durante os confrontos com a polícia, barricadas foram levantadas nas ruas de Hamburgo e nem mesmo Melania Trump, a esposa de Donald Trump, conseguiu deixar a residência oficial e chegar ao encontro.

A perseguição aos 104 manifestantes, além de ser uma continuidade da repressão aos protestos contra o G20, faz parte da política de repressão ao movimento anti-imperialista e internacionalista na Europa, assim como a prisão de 10 ativistas da ATIK (Assossiação de Trabalhadores Turcos na Europa), também encabeçado pelo governo de Angela Merkel. Mas quem são os verdadeiros criminosos?
A cúpula do G20 reúne os dirigentes econômicos de países imperialistas, como Estados Unidos e Alemanha, União Européia,  e seus subalternos em países dominados, como o caso de Brasil, África do Sul e Argentina. Desde sua fundação o grupo define políticas chamadas “neoliberais”, que são uma forma de manutenção e aprofundamento do poder dos monopólios imperialistas sobre os povos de todo o Mundo. A cúpula do G20 é portanto responsável direta por jogar nações inteiras na crise e pelas catástrofes relacionadas a ela. Os protestos contra o G20 foram resposta dos trabalhadores europeus e migrantes a precarização de suas vidas e uma demonstração de internacionalismo e solidariedade a todos os povos explorados. O site alemão Dem Volke Dienen (Servir Ao Povo) em nota sobre a perseguição aos 104 ativistas afirma: “pensamos que é importante enfatizar que essa grande caçada humana pelo Estado imperialista alemão é uma coisa em particular: uma expressão de sua fraqueza. De sua humilhante derrota em julho de 2017. Eles pensam que podem caçar pessoas. Eles pensam que podem se vingar. Mas temos um entendimento diferente. E nós sabemos, no final, vamos ganhar.”.  A apresentação de ativistas como criminosos pelos monopólios de imprensa e pela polícia alemã é uma tentativa de “virar o jogo” e esconder que imperialistas e seus cúmplices lacaios reunidos na Cúpula do G20 é quem são verdadeiros criminosos.

LIBERDADE PARA OS PRESOS POLÍTICOS DE HAMBURGO!
Abaixo a criminalização do movimentos Anti-imperialistas e internacionalistas na Europa!

PALESTINA RESISTE!

Viva a heroica resistência do povo palestino contra a ocupação sionista!



O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos- CEBRASPO manifesta seu apoio e solidariedade internacionalista a causa palestina, exemplo imortal para toda a humanidade de como um povo pode colocar-se de pé para lutar e resistir. Em nome da resistência dos povos oprimidos contra o imperialismo, gostaríamos de saudar a heroica resistência palestina!

O recente anúncio de Donald Trump sobre a mudança da embaixada estadunidense para Jerusalém foi respondida com bravura e destemor pelos palestinos em todo o seu território. Esta mudança reconheceria Jerusalém como capital do Estado invasor de Israel, possibilitando que este avance ainda mais sobre o território palestino com seu aparato de guerra genocida.

O Estado de Israel é denunciado por manter em carcere privado centenas de milhares de presos políticos, entre eles crianças e adolescentes. Estas prisões são verdadeiros campos de concentração pelas condições de tortura e privações que são submetidos os palestinos. 

Sabemos que o genocida exercito de Israel e seu armamento é referência para exércitos e polícias pelo mundo a fora, inclusive pelo Brasil apontado por ter uma das polícias que mais mata no mundo, servindo como laboratório para as forças de repressão atuarem contra o povo, e principalmente contra aqueles que ousam se rebelar.

Sabemos que na época do imperialismo, somente o justo combate feito pelas massas oprimidas de um país pode levar a cabo a guerra de resistência e de libertação nacional, sendo assim defendemos e apoiamos a justa luta palestina.



     

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

ESTADO DESAPROPRIA O LATIFÚNDIO ONDE OCORREU A CHACINA EM PAU D'ARCO, NO PARÁ

Reproduzimos matéria do Jornal A Nova Democracia:



"Sob pressão, Estado desapropria latifúndio Santa Lúcia em Pau D'arco, Pará.
Camponeses exigem justiça!
Da Redação de A Nova Democracia

Em reunião do Comitê de Decisão Regional do Incra de Marabá, realizada no SINTEP de Pau Darco no último dia 21 de dezembro, foi anunciada a compra do latifúndio Santa Lúcia pelo Estado brasileiro. O Incra se comprometeu a regularizar a posse das vítimas do covarde e criminoso massacre ocorrido no dia 24 de maio deste ano.
As terras já estão tomadas pelos camponeses, que se juntaram à Liga dos Camponeses Pobres do Pará e Tocantins e retomaram as terras no dia 13 de junho, conforme noticiou à época A Nova Democracia:

"No dia 13/06, mais de cem famílias camponesas reocuparam as terras do latifúndio Santa Lúcia – fazenda onde ocorreu a Chacina de Pau D’Arco, crime que chocou o brasil e o mundo no qual dez camponeses foram barbaramente assassinados pelas forças policiais do velho Estado no dia 24 de maio deste ano – com o apoio da LCP do Pará e Tocantins, reerguendo o acampamento e mantendo a luta pelo sagrado direito à terra."

Até a decisão lavrada no último dia 21 de dezembro, foram realizadas dezenas de reuniões de cobrança com o Incra regional e nacional, e apesar de todas as pressões os camponeses não arredaram por um milímetro que fosse de sua posse na terra.

A reunião foi realizada no Sintep sub-sede de Pau Darco, mesmo local do histórico Encontro Camponês do Sul do Pará realizado nos dias 28 e 29 de outubro passado, com a presença de camponeses da região, representantes indígenas e quilombolas, representantes da ABRAPO, CEBRASPO, além de representantes de outros movimentos regionais e de caráter nacional.

Com a palavra, a Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres, a LCP do Pará e Tocantins e a Associação Nova Vitória do Acampamento Jane Júlia (nome dado pelos camponeses em homenagem a presidente anterior da associação assassinada na chacina) demonstraram que o Estado não estava dando nada, que esta foi uma vitória da luta, e cobraram justiça, uma vez que no dia 18 o Tribunal de Justiça do Pará concedeu habeas corpus para nove dos dezessete policiais acusados pela chacina.

O local da reunião estava repleto de faixas da Liga, bandeiras e o retrato dos 11 companheiros assassinados (10 na chacina e mais o camponês Josenildo, conhecido por "Negão", logo após a reconstituição do crime pela polícia federal). "

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

SOLIDARIEDADE A FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAUCHA (FAG)

Em solidariedade a Federação Anarquista Gaúcha- FAG, que vem sofrendo perseguição política, reproduzimos em nosso blog o vídeo realizado pelo Jornal A Nova Democracia:



LUTAR NÃO É CRIME!
LIBERDADE PARA OS PRESOS POLÍTICOS!


domingo, 3 de dezembro de 2017

JUSTIÇA DE MARABÁ (PA) EXPULSA 700 FAMÍLIAS DO ACAMPAMENTO HELENIRA REZENDE

Reproduzimos grave denúncia publicada no site do Brasil de Fato sobre uma arbitraria reintegração de posse que deixou 700 famílias sem ter aonde morar e plantar. A polícia Militar, não contente com a expulsão dos camponeses também destruiu as casas e plantações da área.
O Comando de Missões Especiais (CME) da Polícia Militar cumpriu, nesta segunda-feira (27), a determinação judicial de reintegração de posse do acampamento Helenira Rezende, localizado às margens da BR -155, no Km 52, entre Marabá e Eldorado do Carajás, na região sudeste do Pará.
Paulo Pereira da Silva, de 49 anos, mora no acampamento que recebe o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Ele, a esposa e o filho moravam no Helenira Rezende há oito anos. Silva era coordenador na escola que foi construída pelos agricultores, e atualmente é estudante na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) no curso de educação do campo.
As famílias desmontam suas casas durante o cumprimento da liminar. No local, 15 ônibus foram levados para fazer o transporte das famílias; caçambas e uma retroescavadeira também estavam o local levar materiais e destruir plantações e casas / Ascom MST
Por telefone ele relata a situação enfrentada pelas famílias durante a desocupação e critica a atuação do governo em relação aos trabalhadores rurais sem-terra: “A gente está vendo esse projeto de sonho, que cuida da educação e da agricultura, sendo desmanchando hoje pelo governo do estado e pelo governo federal, que negligenciou a causa dos trabalhadores. Estamos aqui no meio da pista, polícia para todo lado, com caminhões, caçamba; para o governo mobilizar uma ação dessas aparece verba imediatamente, mas para fazer um projeto de reforma agrária não aparece [dinheiro] e as famílias estão aqui agora à mercê”.
Cerca de 700 famílias viviam no acampamento e ocupavam uma área de, aproximadamente, 10 mil hectares espalhados em lotes e vilas pelas fazendas Cedro e Fortaleza. As áreas integram um conjunto de fazendas chamado Complexo Cedro, do qual a empresa Agro Santa Bárbara Xinguara S/A afirma ser a proprietária.