segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ÍNDIA - 28 COMBATENTES DO EGPL SÃO ASSASSINADOS PELA OPERAÇÃO CAÇADA VERDE

Neste segunda-feira foram noticiados em sites internacionais os detalhes do combate no distrito de Malkangiri, onde foram mortos 28 combatentes EGPL(Exercito Guerrilheiro Popular de Libertação). Há informações que a comida dos guerrilheiros foi envenenada, e a autopsia revelou marcas de torturas em diversos corpos além de execuções sumárias sem chances de defesa.
Através do trabalho de espionagem e de informantes os agentes  da repressão possuíam o conhecimento da presença do responsável pelo Comitê da Zona Especial de Andrha Odisha, conhecido como camarada RK, um líder veterano, de 60 anos e membro do Comitê Central do PCI (MAOISTA), além de outros membros do partido, responsáveis militares e políticos.
Tanto o PCI (MAOISTA) quanto o EGPL são muito ativos nesta área. Em setembro passado organizaram massivas assembleia populares convocando as massas a aderirem ao boicote a farsa eleitoral  e organizaram a luta contra as empresas de mineração internacionais que procuram destruir o distrito, privando os agricultores de suas terras tribais e de seus meios de sobrevivência.
Uma unidade conjunta de comando policial, através de transportes aéreos conseguiu localizar a unidade maoista, cerca de sessenta combatentes, nas proximidades de uma área arborizada, ocasionando uma batalha com as unidades EGPL.
Os relatos contam que os guerrilheiros de forma heroica, e as custas de suas próprias vidas, contiveram os esbirros policiais, conseguindo retirar o grosso da unidade. O líder maoista camarada RK e outros quadros encontram-se desaparecidos.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

DOIS ANOS DO ASSASSINATO DO DIRIGENTE CAMPONÊS CLEOMAR RODRIGUES!

Reproduzimos nota da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia pela passagem dos dois anos do assassinato do dirigente camponês Cleomar Rodrigues.


NEM ESQUECIMENTO, NEM PERDÃO! PUNIÇÃO PARA OS MANDANTES E ASSASSINOS DO COMPANHEIRO CLEOMAR!


No dia 22 de Outubro deste ano completa-se 2 anos do covarde assassinato do companheiro Cleomar, por pistoleiros e policiais, à mando dos latifundiários. Cleomar Rodrigues de Almeida, dirigente da Liga dos Camponeses Pobres, foi fuzilado por disparos de armas de grosso calibre numa tocaia, na porteira que dá acesso à Área Unidos com Deus Venceremos em Pedras de Maria da Cruz, onde trabalhava e vivia com 35 famílias, desde 2008.

Seu assassinato causou grande repercussão na região, revolta entre os camponeses e comoção entre os apoiadores da luta pela terra e democratas em várias partes do país e também manifestações de solidariedade à LCP vindas de outros países.

O companheiro Cleomar há muito tempo vinha sendo ameaçado de morte, juntamente com outros companheiros, por conhecidos pistoleiros da região e por policiais e denunciou amplamente isto, exigindo providencias das “autoridades” (INCRA, Ouvidoria Agrária, Promotoria Pública, órgãos municipais etc...), que ao contrário de apurar e punir os responsáveis, passaram como de costume, a criminalizar a luta dos camponeses e acobertar os crimes dos latifundiários e seus capangas. Tudo isto sob a gerencia do PT/Dilma/Lula.Só a Revolução Agrária fará verdadeira justiça

No final de 2014, depois de um inquérito farsante, que tinha como objetivo esconder os nomes dos latifundiários mandantes do assassinato do companheiro Cleomar, bem como impedir que viesse à tona a participação de agentes policiais de Januária no crime, foram presos os pistoleiros Marcos Ribeiro de Gusmão e Marco Aurélio da Cruz Silva acusados pelo assassinato. No entanto, menos de 1 ano depois, em 03 de novembro de 2015, um habeas corpus do STJ concedeu liberdade provisória para eles.

Agora, todos os assassinos de Cleomar estão livres: Os acusados que estavam presos, os latifundiários mandantes que sequer foram citados até hoje, o aparato policial do Estado que participou da trama e que permaneceu neste tempo todo intocável: mas, a história não os absolverá!

domingo, 23 de outubro de 2016

Estado policial brasileiro é o responsável pela morte de Valdir Pereira da Rocha

Estado policial brasileiro é o responsável pela morte de Valdir Pereira da Rocha

Acusado de ligação com o Estado Islâmico, preso desde julho pela “operação Hastag”, entre outros acusados de “terrorismo”, Valdir Pereira da Rocha de 36 anos, havia se entregado  em Vila Bela da Santíssima Trindade, depois de ser procurado pela Polícia Federal.  Na tarde de sexta-feira (14) de outubro, Valdir foi espancado na Cadeia Pública do Capão Grande, em Várzea Grande, para onde havia sido transferido no dia anterior. Não resistiu ao espancamento, morrendo no dia 15 no pronto socorro municipal daquela cidade.
A morte de Valdir é de inteira responsabilidade do Estado brasileiro, do ministério da justiça e do poder judiciário federal. As circunstâncias e ilegalidades das prisões da operação Hastag demonstram que essas prisões nem mesmo deveriam ter ocorrido. Dessa forma Valdir que nem deveria estar preso morre quando está sob custódia do Estado e da Justiça. Os acusados na aparatosa operação Hastag, seguem presos desde julho em circunstâncias semelhantes, sem direito à defesa e em situação de isolamento.
Várias suspeitas cercam a morte de Valdir. Porque um preso tão “perigoso” mantido em regime fechado e obrigado até a usar tornozeleira eletrônica é conduzido de uma penitenciária federal para uma cadeia  pública?  A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (Sejudh), afirma  que Valdir  foi transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (MS), na quinta-feira (13), sob pedido da Justiça Federal, para que permanecesse na Cadeia Pública de Várzea Grande. E em menos de 24 horas Valdir foi espancado dessa forma .
Vários juristas honestos alertaram e fizeram declarações sobre a ilegalidade e a desproporção dessas prisões, como o caso de Yuri Felix, professor de processo penal e ouvidor do IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais). Em artigo na Folha de São Paulo afirma que “a lei que busca definir o que são atos de terrorismo diz que esses atos exigem organização. Então já é complicado dizer que tenha sido uma prisão necessária”. E ainda que “as prisões feitas pela Polícia Federal parecem excessivas”, pois, a partir das informações do ministro da justiça de que “era um grupo desorganizado e amador”, ele indagava: “Aí já cabe um questionamento. Como um grupo desses poderia promover atos de terrorismo?" Afirmações que  deixam evidente que o Judiciário funciona para dar ares de legitimidade ao Estado de exceção, não para assegurar o direito.

sábado, 22 de outubro de 2016

TODO APOIO E SOLIDARIEDADE AO DR. MARINO D'ICARAHY!


PELA IMEDIATA SUSPENSÃO DA PERSEGUIÇÃO AO ADVOGADO DO POVO, DR. MARINO D'ICARAHY

Além de toda uma trajetória de vida e luta em defesa de organizações populares e suas lutas, Dr Marino se destacou na defesa dos 23 ativistas vítimas de perseguição do Estado, a partir dos processos que envolvem as grandes manifestações de 2013 e 2014, que tem se estendido até hoje.
No caso desse processo, desde o primeiro momento o Dr. Marino denunciou a sua natureza política e toda a armação orquestrada em torno da criminalização e do ataque aos ativistas e às organizações que participaram daquelas mobilizações. Como sendo esta a forma, na realidade, de atacar e impedir o direito de manifestação e expressão.
Denunciou com veemência as ilegalidades que marcaram os procedimentos em torno desse processo, desde sua origem. As provas forjadas pela polícia e o uso das acusações surgidas dessa forma para instruir o processo. Sua posição foi clara ao identificar a DRCI- Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, já em 12 de julho de 2013, como sendo o DOPS da atualidade no Rio de Janeiro. Mostrando que agiam para fazer escutas telefônicas e vigilâncias digitais ilegais, etc., com o objetivo de montar deliberadamente acusações contra manifestantes e ativistas que protestavam junto a outros milhões de pessoas nas ruas.
Denunciou as arbitrariedades cometidas pelo Juiz Flávio Itabaiana na condução dos depoimentos e audiências. Inclusive a absurda ordem de prisão desse juiz contra três ativistas, que manteve Karlayne Moraes e Elisa Quadros na ilegalidade e o ativista Igor Mendes preso no complexo de Bangu por sete meses. Essa ordem de prisão foi inclusive suspensa primeiramente em Liminar deferida pelo Ministro Sebastião Reis do STJ, em 22 de junho de 2015, confirmada por unanimidade pela 6ª turma do STJ, demonstrando toda a arbitrariedade e o uso indevido e absurdo dessa prisão preventiva.
Em função da sua atuação firme nessas denúncias e na defesa dos ativistas, o Dr. Marino D'Icarahy está sendo vítima de processos que tem o objetivo de atingir, não só ele, mas todos os defensores e advogados do povo, o que se expressa, por exemplo, no processo instaurado na 29ª vara, onde a partir de denuncia do MP- RJ, responde acusação de calúnia e difamação supostamente praticadas justamente contra o juiz da 27ª Vara Criminal! O que se constitui num claro cerceamento do exercício de suas prerrogativas profissionais

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Abaixo o terror policial fascista do Estado de Rondônia! Viva a Resistência do Acampamento Jhone Santos!

Reproduzimos nota da Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres em repúdio a “mega operação” militar que cumpriu reintegração de posse no dia 18 de outubro contra o Acampamento Jhone Santos, na Fazenda Santa Aline, na região de Ji-Paraná no estado de Rondônia.

Abaixo o terror policial fascista do Estado de Rondônia!
Viva a Resistência do Acampamento Jhone Santos!
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Camponesa acampada no Jhone Santos, filmada e provocada pelas hordas policiais, não se intimida e responde.


Como foi noticiado pelos sites da polícia de Rondônia, uma “mega operação” militar cumpriu reintegração de posse no dia 18 de outubro contra o Acampamento Jhone Santos, na Fazenda Santa Aline, na região de Ji-Paraná.
Foi por panfletar em defesa dos camponeses que lutavam por esta área que 04 estudantes e um professor foram injusta e arbitrariamente presos no dia 24 de maio de 2016, fato repudiado internacionalmente que obrigou a PM a se explicar, tamanha a truculência e a ilegalidade das prisões.
Foi após várias agressões e tentativas de intimidação da PM contra os camponeses do Acampamento Jhone Santos que um dos Coordenadores da LCP na área, Sebastião Pereira dos Santos, levou seis tiros quando visitava sua família, em Vale do Paraíso, e morreu em 28/09/2016.
O documento da Fazenda Santa Aline, do grupo Amaralina, diz que a área total é de quase 2.000 hectares. Mas este mesmo grupo se aposseou de 16.000 hectares. Mais de 14.000 hectares, pelo menos, grilados e roubados do Estado (porque o documento dos 2.000 hectares também não deve ser verdadeiro).
E o explorador desta área vive luxuosamente nos Estados Unidos.
Esta é a mega operação que se jacta a polícia de Rondônia. Esta é a justiça que clamam os reacionários, os fascistas, os latifundiários ladrões de terra.
Para beneficiar um ricaço que mora nos Estados Unidos, expulsar 300 famílias brasileiras de uma terra pública!
Por isso no Brasil a comida é tão cara, o povo passa fome. O latifúndio improdutivo manda prá fora tudo o que tira da terra, têm bilhões de financiamento, tratores, máquinas, tudo do bom e do melhor, mas quem coloca o arroz e o feijão, as verduras e os legumes na mesa do brasileiro é o camponês pobre, sob as maiores dificuldades e sempre atacado.
E mais: torturar camponeses e camponesas com afogamento; atingir com spray de pimenta centenas de camponeses, inclusive uma mãe com uma criança de 2 meses de vida no colo; queimar documentos e roupas de centenas de camponeses; destruir a roça coletiva de mais de 5.000 pés de mandioca e a horta coletiva de mais de um hectare.


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As crianças se protegem do gás de pimenta, jogado por cima e com spray. Mas o seu desenho nenhuma força do mundo apagará!
Verdugos covardes, canalhas seus mandantes e os omissos!
Mas as massas camponesas que resistiram ao longo do dia 18 aos ataques fascistas da Polícia de Rondônia, com sua simplicidade e valentia, diante de um inimigo armado até os dentes, mostraram quem vai ganhar essa luta. Mostraram quanto cresce o ódio do povo contra tanta injustiça, corrupção e entreguismo dessa burguesia e desse latifúndio podres que, servindo ao imperialismo, gerenciam o país. Todas as fotos deste panfleto foram tiradas e divulgadas pela própria polícia, e mostram o que estamos dizendo e muito mais.


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Viva a Liga dos Camponeses Pobres de Rondonia!    Viva a aliança camponesa, indígena e quilombola!
Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.
Castro Alves


Convocamos uma campanha para arrecadar alimentos e roupas para as famílias que tiveram os pertences, alimentos e documentos queimados pela polícia e foram para Ji-Paraná!

Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres, 19/10/2016

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Marrocos - Ataque contra os presos políticos do Saara Ocidental


Os presos políticos saharauis do grupo Gdeim Izik foram atacados pelos funcionários da administração penitenciária da prisão marroquina de El Aarjat por protestarem contra as duras condições na prisão e o confisco de todos os seus bens. Vários presos ficaram feridos na ocasião. As autoridades marroquinas realizaram em agosto passado a tranferencia  de 21  presos políticos saharauis  do grupo Gdeim Izik da prisão de Salé para a prisão de El Aarjat após o anúncio do Supremo Tribunal marroquino, em 27 de julho de 2016, referindo-se ao o caso dos 23 presos políticos saharauis condenados por um tribunal marroquino a pesadas penas que variam de 20 anos à prisão perpétua, perante um tribunal penal de direito.
Em novembro de 2010, os confrontos eclodiram no Sara Ocidental, quando as forças de segurança marroquinas desmantelaram um acampamento saharauido  Gdeim Izik onde milhares de sarauís protestavam por demandas sociais e econômicas. Centenas de sarauís foram presos e 25 deles foram condenados por um tribunal militar a penas de prisão que vão de 20 anos à prisão perpétua.

fonte: http://maoistroad.blogspot.com.br/2016/10/maroc-attaque-contre-les-prisonniers.html

Solidariedade a luta pela terra em Rondônia

 

Compartilhando uma importante nota do jornal Resistência Camponesa sobre a situação dos camponeses em luta pela terra em Rondônia:

" Viva a justa revolta das massas camponesas contra a PM assassina de Enedy, Confúcio e do latifúndio!

Manifestação em SeringueirasManifestação em SeringueirasNo último dia 22 de setembro, as famílias da Área Paulo Freire IV, em Seringueiras, e a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental, comemoram os 9 anos de luta pela área, terra pública grilada. Na programação, uma passeata em Seringueiras, um ato político, e uma festa de congraçamento das famílias. Também seria uma oportunidade a mais para denunciar as perseguições e os ataques contra o Acampamento Enilson Ribeiro, cuja firmeza e combatividade dos camponeses no enfrentamento ao latifúndio e às autoridades do Estado corruptas que tentaram de todas as formas reprimir os camponeses para esconder a grilagem de terras públicas na região, chamaram a atenção da opinião pública nacional e internacional particularmente no último mês de agosto.
A passeata, que ocorreu na parte da manhã foi tranquila, com a população da cidade saudando o boletim distribuído pelos camponeses, que divulgava a história da luta, e o avanço na produção camponesa nesta área, particularmente nos últimos dois anos, os únicos nestes 09 anos em que os camponeses não sofreram reintegração de posse.
Camponeses preparando o almoçoCamponeses preparando o almoçoConcluída a passeata, as famílias foram para o Barracão da área, onde a fartura de carne e a comida zelosamente preparada, tudo com recursos dos próprios camponeses e de apoiadores da cidade, demonstrava a superioridade moral, política e econômica das massas que lutam pela terra, contra o latifúndio ladrão e os gerentes do Estado corruptos.
Banca em Seringueiras com produtos da Área Paulo Freire IVBanca em Seringueiras com produtos da Área Paulo Freire IVBarriga cheia, alegria, confraternização, apoio aos camponeses do Acampamento Enilson Ribeiro que estão lutando pela terra neste momento, mal terminara o ato político que se seguiu, um morador da cidade, que havia participado das atividades, informa aos camponeses que foi parado em uma blitz da PM quando voltava para a cidade. Outra informação: a moto de um camponês da área havia sido detida, e estava circulando em zona rural, onde não é necessário comprovar habilitação. Revolta generalizada. Provocação da PM, tentar estragar uma festa tão justa, criminalizar os camponeses. A decisão foi unânime: NÃO ACEITAMOS! Rodrigo Silva Rodrigues dono do site jarunoticias preso na Operação Mors recebe das mãos do comandante Enedy o diploma de amigo da políciaRodrigo Silva Rodrigues dono do site jarunoticias preso na Operação Mors recebe das mãos do comandante Enedy o diploma de amigo da políciaVamos acabar com isso. Ninguém que já veio ou que ainda vai vir para a nossa comemoração vai ser intimidado. E mais: no ato político, os camponeses da Área Paulo Freire IV haviam homenageado os Coordenadores da Liga Isaque e Edilene, assassinados quando iam trabalhar na roça no Acampamento 10 de Maio, em Alto Paraíso, pelos esquadrões da morte composto por PM´s e pistoleiros a soldo do latifúndio.
Corpos dos companheiros Isaque e EdileneCorpos dos companheiros Isaque e EdileneCarros pequenos, motos, carrocerias de caminhonetes lotadas, todos foram para onde estava se dando a “blitz”. Os camponeses cobraram o fim da blitz. Mas a intenção provocadora, despropositada e ilegal da abordagem da PM logo ficou evidente quando os camponeses avistaram chegando ao local uma segunda caminhonete apinhada de policiais já com as armas em punho apontadas na direção dos camponeses. E começou a chegar gente, camponeses a pé, de moto ou de carro: Fora daqui, PM assassina! era o que mais se ouvia.
Camponeses exigem fim da blitz. Com a chegada de mais camponeses, PM bate em carreira desabaladaCamponeses exigem fim da blitz. Com a chegada de mais camponeses, PM bate em carreira desabaladaDescontrolados e intimidados os PM´s saíram em debandada. Atirando contra os camponeses, que não se intimidaram. Estavam no seu direito. A PM mente quando diz que os camponeses atiraram. Os camponeses soltaram rojões para o alto. E nós podemos provar. Temos a filmagem do ocorrido, as cápsulas das balas disparadas pela polícia covarde.
As reportagens que se seguiram, baseadas na versão da PM dos fatos, tentam passar que a PM foi atacada pela Liga. Algumas até citaram a Liga e o MST. Mentirosos! A PM foi expulsa pelo povo, está completamente desmoralizada pelo seu envolvimento nos esquadrões da morte e grupos de extermínio do latifúndio. Camponeses exigem fim da blitz. Com a chegada de mais camponeses, PM bate em carreira desabaladaCamponeses exigem fim da blitz. Com a chegada de mais camponeses, PM bate em carreira desabaladaA PM armada foi expulsa pelo povo desarmado. A PM foi expulsa pelo ódio acumulado em quase 10 reintegrações de posse ilegais nestes últimos 09 anos. A PM foi expulsa pela sua participação nos assassinatos de camponeses. A PM foi expulsa e saiu correndo de ré por que estava errada. Pessoas desarmadas só se impõem contra pessoas armadas se carregam a verdade consigo, se são moralmente superiores e nada têm a temer. Foi o caso.
Que todos os companheiros e companheiras que acompanham a saga dos camponeses brasileiros em luta pela conquista da terra saúdem a Área Paulo Freire IV, o acampamento Enilson Ribeiro, e todos que, em Rondônia e no Brasil, apoiaram a realização das atividades do dia 22 de setembro.
Foi mais uma das incontáveis provas de que nem toda a violência e as mentiras do latifúndio e do Estado vão parar a luta pela terra, de que o sangue dos companheiros Isaque e Edilene não foi em vão, de que as massas podem tudo, de que a miséria e a exploração podem ser vencidas se o povo conquistar a terra, de que é justo se rebelar...

Viva a Área Paulo Freire IV!

Viva o Acampamento Enilson Ribeiro!

Companheiros Isaque e Edilene: Presentes na Luta!

Viva a Revolução Agrária!

Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres

26 de setembro de 2016 "