quarta-feira, 27 de maio de 2020

CHILE: REPERCUSSÃO INTERNACIONAL DA CAMPANHA PELOS PRESOS POLÍTICOS MAPUCHE

Compartilhamos em nosso blog vídeo produzido em razão da campanha de libertação aos presos políticos Mapuche do Chile, recebido em nosso correio eletrônico.


O vídeo demonstra a repercussão internacional da Campanha de liberdade, como divulgado pelo nosso blog, acompanhada da canção "Falando a Verdade", de autoria do falecido companheiro Zé Bentão, um dos fundadores da Liga dos Camponeses Pobres.

O CEBRASPO vem a público reiterar seu apoio à libertação imediata de todos os presos políticos mapuche, e também o apoio à sua luta por autodeterminação, contra o velho estado chileno e a exploração latifundiária e imperialista de suas terras!

quinta-feira, 21 de maio de 2020

ABAIXO AS OPERAÇÕES POLICIAIS NAS FAVELAS!


ABAIXO AS OPERAÇÕES POLICIAIS NAS FAVELAS!
NÃO ESTÃO TODOS NO MESMO BARCO! AOS RICOS A GARANTIA DA VIDA, AOS POBRES O VÍRUS, A FOME, E AS BALAS DE FUZIL!

Os seguidos assassinatos de quatro jovens filhos do povo trabalhador e as 12 mortes em decorrência de uma chacina no complexo do Alemão desmascaram toda a verborragia humanista e em defesa da vida dos governos de turno e evidencia a continuidade da política de extermínio contra o povo pobre e trabalhador, tendo como alvos principalmente a juventude negra,  do velho Estado brasileiro.
No contexto de grande mobilização das massas, da cidade e do campo, para a prevenção do contágio do Coronavírus, alcançada por meio de suas redes de solidariedade, moradores de diversas favelas do Rio de Janeiro foram alvos, mais uma vez, da sanha assassina dos agentes da repressão do estado. Somente nesta semana (de 17 a 22 de maio), no complexo do Salgueiro, no município de São Gonçalo, agentes da polícia federal e civil metralharam e lançaram granadas contra uma residência onde jovens estavam reunidos. Na casa foram encontradas 72 marcas de tiros. João Pedro Mattos, de apenas 14 anos, veio a falecer por conta da ação de guerra das tropas policiais. Na favela de Acari Iago César dos Reis de 21 anos foi executado com requintes de crueldade, tendo sido vítima de torturas. Na Cidade de Deus, durante a distribuição de cestas básicas, outra operação da polícia militar tirou a vida de João Vitor Gomes de 18 anos. E no Morro da Providência, favela da região central do Rio de Janeiro, Rodrigo Cerqueira de 19 anos foi baleado enquanto trabalhava. O jovem era aluno do Pré Vestibular  Machado de Assis, e durante seu assassinato ativistas do pré vestibular comunitário estavam distribuindo cestas básicas na localidade. Soma-se a esses assassinatos a chacina ocorrida no dia 15 de maio no Complexo do Alemão, em operação do BOPE, 12 pessoas foram assassinadas com sinais de torturas e facadas. Não contentes com tamanha brutalidade, os policiais negaram assistência aos que ainda estavam vivos. Aos moradores e familiares restaram carregar os corpos para parte baixa da favela.
A chacina e os consecutivos assassinatos dos jovens é o recado que os governos de Bolsonaro/Generais e Witzel dão aos moradores das favelas: A GUERRA CONTRA O POVO CONTINUA!

As classes dominantes impõem ao povo pobre a morte. Seja pelo vírus e a fome, seja por suas forças policiais.

As massas pobres do país estão à mercê da fome, do desemprego, da morte em função das décadas de sucateamento do sistema público de saúde, humilhadas nas filas da Caixa Econômica. Apesar de todas essas políticas criminosas dos governantes de todas as esferas, federal, estadual e municipal, em conluio com o judiciário e o legislativo, o povo trabalhador da cidade e do campo resiste das formas mais diversas, lutando para conseguir os itens básicos para prevenção do vírus, organizando comitês de solidariedade para garantir alimentação, produtos de higiene, e seus direitos mais elementares de sobrevivência. Enquanto isso, este velho Estado brasileiro, lacaio da grande burguesia e do latifúndio, não mede esforços para mostrar seu desprezo pelo povo, e, nesse caso, da forma mais odiosa e covarde, ceifando a vida das pessoas em forma de chacina.
Tanto o governo de Bolsonaro/Generais quanto Witzel aprofundam as políticas genocidas dos governos anteriores, conduzindo o extermínio dos pobres, principalmente negros, com a desculpa do combate ao tráfico de drogas. Tal política foi mantida e aprofundada pelos anos de gerenciamento petista, a exemplo da ocupação criminosa do Haiti, do complexo de favelas do Alemão e da Maré, e apoio político e financeiro às UPPs no Rio de Janeiro. A política de guerra ao povo tem matado milhares de pessoas no país, sem qualquer impacto significativo nas atividades ilícitas, que manipulam muito dinheiro e envolvem gente “de bem” de todas as esferas dos poderes, deputados, senadores, latifundiários, banqueiros. São décadas de defesa de policiais assassinos, da política de extermínio e do encarceramento em massa contra os pobres.
Os gerentes de turno do velho Estado e seus emissários, com a Rede Globo à frente, ao mesmo tempo, não investem em testes, leitos, hospitais de campanha e exigem que o povo das favelas fique em casa. Desprezam todas as dificuldades que a vida nesse sistema capitalista impõe, como a habitação em ambientes insalubres, falta de saneamento básico, falta de espaço para todos viveram harmonicamente, escassez de comida na dispensa, falta de renda. Além da ameaça de contaminação com o vírus, os moradores das favelas ainda convivem com a possibilidade de serem alvo dos tiros de fuzil da PM, ou mesmo serem torturadas e espancadas em suas próprias casas por esses agentes do Estado.
Os últimos assassinatos de jovens em decorrência das diárias operações policiais e a chacina no Complexo do Alemão demonstram que as reivindicações que pautam a prevenção ao vírus e defendem políticas em defesa da saúde pública devem estar atreladas ao repúdio à política genocida do velho Estado e ao direito de o povo viver. Exigir o fim das operações policiai tem que fazer parte das campanhas em defesa dos direitos do povo. É necessário que os movimentos democratas, progressistas, intelectuais honestos, artistas e todas as organizações de defesa dos direitos do povo mobilizem-se para que as operações policiais não ocorram mais em favelas e periferias do país, e não somente para que aconteçam sob determinadas regras (como restritas a uma janela de horários, ou acompanhada de ambulâncias). O povo tem demonstrado que somente a sua organização é capaz de prevenir a contaminação pelo Coronavírus, são seus comitês que estão garantindo alimentos e os itens básicos para sobrevivência.  Defender seus direitos de organização e mobilização passa por impedir que forças policiais continuem deixando seu rastro de sangue e dor por favelas e periferias do país, ceifando a vida de jovens, principalmente negros, filhos e filhas do povo trabalhador.

PELO FIM DA POLÍTICA DE EXTERMÍNIO DO POVO DAS FAVELAS
ABAIXO O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE POBRE E NEGRA

sábado, 16 de maio de 2020

MÉXICO: PRONUNCIAMENTO DA CORRENTE DO POVO - SOL VERMELHO #DRSERNASAPRESENTAÇÃOCOMVIDA

Compartilhamos com nossos leitores e apoiadores, importante pronunciamento da Corriente Del Pueblo - Sol Rojo em razão dos 2 anos de desaparecimento forçado do Dr. Ernesto Sernas Garcías, advogado do povo responsável pela absolvição de 23 presos políticos falsamente acusados de terrorismo pelo velho estado mexicano e pelo aniversário de 1 ano do assassinato do Luis Armando Fuentes Aquino, destacada liderança popular, pescador e lutador do povo. 

O pronunciamento homenageia a memória de ambos lutadores, ao mesmo tempo que acusa o estado de prevaricar as investigações dos dois casos e de seguirem com a campanha de criminalização e luta contra as massas que lutam por seus direitos.

O CEBRASPO exige, em conjunto com as organizações populares, democráticas e revolucionárias do México, apresentação com vida de Dr. Sernas e justiça para Luis Aquino! 

Segue abaixo a tradução:


"Nós ainda cantamos, ainda perguntamos,
Ainda sonhamos, ainda esperamos,
Apesar dos golpes
O que atingiu nossas vidas
A sagacidade do ódio
Banindo o esquecimento
Para nossos entes queridos. "

Victor Heredia



Dois anos se passaram desde 10 de maio de 2018, quando nosso colega Ernesto Sernas García foi visto pela última vez em sua casa, localizada em San Agustín de las Juntas, Oaxaca.

Sernas García é Doutor em Direito Constitucional, professor, ensaísta, conferencista e advogado. Ele foi defensor da autonomia da academia e da universidade, assessorou comunidades em defesa de terras e territórios. Sua última grande contribuição centrou-se na defesa de 23 presos políticos, membros de nossa organização, acusados ​​de terrorismo e portadores de explosivos para uso reservado do exército.

Seu desaparecimento ocorre no âmbito da sentença de absolvição proferida pelo Juiz do Terceiro Distrito em meio a um julgamento falso que durou três anos contra os ativistas, mantidos em prisões federais de alta segurança.

Os meios de prova apresentados por Sernas García permitiram a absolvição dos acusados, indicando claramente a responsabilidade do Estado na produção de provas e na criminalização de nossos colegas.

Por esse motivo, seu desaparecimento é claramente um desaparecimento forçado, ordenado das esferas mais altas do antigo estado e realizado por grupos contra-insurgentes que buscam parar a luta do povo com base no terror.

Há apenas um mês, foi também um ano depois do 11 de abril de 2019 em que nosso camarada Luis Armando Fuentes Aquino foi artisticamente assassinado, em San Francisco Ixhuatán.

Fuentes Aquino foi assassinado no meio de uma emboscada paramilitar um dia depois de liderar uma mobilização de mais de dois mil camponeses e pescadores contra os megaprojetos do imperialismo europeu e canadense que procuram impor parques e mineração e mineração em territórios rurais e indígenas às custas a desapropriação e deslocamento de dezenas de comunidades.

O companheiro era um líder notável e amado pelo povo em vários municípios e comunidades do istmo de Tehuantepec e dos estados de Oaxaca, Chiapas e Veracruz.

Membro do Comitê Regional do Istmo de nossa organização e membro do Comitê de Defesa da Terra da Zona Leste do Istmo. Pescador de profissão, tornou-se fundador e presidente de várias cooperativas de pesca da Riviera. Ele ocupou o cargo de Agente Municipal na Comunidade Cerro Grande, de onde era originário, local de onde promoveu a criação e o desenvolvimento de novos sistemas de assistência, justiça e segurança comunitária para impedir a exploração excessiva dos recursos naturais das comunidades; exploração realizada por grandes proprietários de terras e empresas transnacionais que usam gangues criminosas para flagelar os povos da região.

Luis também é lembrado como o pescador que chamou o início de uma greve de pagamentos contra as altas tarifas da energia elétrica que já tem 13 anos em várias comunidades.

Dois anos após o desaparecimento forçado do Dr. Ernesto Sernas García e um ano após o assassinato de Luis Armando Fuentes Aquino, não há ninguém na prisão, as investigações estão repletas de irregularidades e, como é evidente, justiça para as famílias de nossos camaradas é um ato burocrático, insensível e terrivelmente tortuoso.

Por outro lado, o governo do estado de Oaxaca respondeu com mandados de prisão contra pelo menos oito membros de nossa organização, todos ligados ao processo, enquanto um número crescente de pastas de investigação surgiu contra nossa militância.

Mesmo em meio à pandemia, essa situação não parou. Assédio, hostilização, perseguição e vigilância contra nossa organização, nossos líderes e nossos ativistas continuam.

A emergência de saúde chegou como um dedo para o estado antigo, poupando politicamente as grandes concentrações de massas que continuam a exigir justiça e respeito pelos direitos do povo.

Os governos estaduais estão reforçando as medidas antipopulares, a direita e a extrema direita querem militarizar a quarentena, querem avançar o atual golpe reacionário preventivo. Causar o caos, falhar, causar o caos novamente, falhar novamente e assim até fracassar: essa é a lógica dos reacionários e eles não podem ir contra ela. Isso é demonstrado pela história da luta de classes, é demonstrado por esses 75 anos que também foram cumpridos com a vitória da União Soviética sobre o nazi-fascismo alemão, derrotado em suas próprias mandíbulas pelo glorioso Exército Vermelho.

Esta situação não vai durar para sempre.

É verdade que, neste momento, é imperativo cuidar da saúde e da vida das pessoas, e isso só pode ser feito pelas próprias pessoas, ou seja: por baixo. O regime passou quatro décadas desmantelando a seguridade social e privatizando a saúde pública; portanto, não tem capacidade nem interesse em cuidar da população antes do COVID19.

Diante disso, sem renunciar à luta pelo respeito e cumprimento dos Cinco Pontos Centrais, também prestamos atenção às necessidades das massas, formamos Comitês de Saúde e Higiene em Defesa do Povo, que realizam tarefas de informação, prevenção e sanitização, promovendo a solidariedade, a organização e a vida comunitária, principalmente nas populações rurais onde não há serviços médicos, mas também nas áreas urbanas altamente marginalizadas, onde também estão ausentes os serviços.

Queremos enfatizar que, apesar das tentativas do velho estado de dizimar nossas forças, elas ainda estão intactas. Nossa tarefa é preservar e aumentar essas forças para voltar às ruas o mais rápido possível.

O slogan compartilhado por Ernesto e Luis, o slogan levantado muitas vezes por Faustino, Alfredo, Rosalino, Paulino, Fernando, Morales, Javier, Roberto, Angela, Jorge, Crescenciana e os camaradas que morreram ou foram mortos, é o mesmo slogan que mantemos hoje, à espera de novos tempos: inundar as ruas e praças com bandeiras vermelhas!

Ernesto Sernas García, apresentação com vida!
Luis Armando Fuentes Aquino, justiça!

Camaradas caídos na luta, na luta vocês serão vingados!
Chega de terrorismo de Estado e a guerra contra o povo!

Chega de processo criminal contra a nossa militância!
Respeito e cumprimento dos nossos cinco pontos centrais!

A pandemia não cancela nossa luta!
Que a crise econômica e de saúde seja paga pelos ricos!

Com o Sol Vermelho, as pessoas vão ganhar!
Fluxo de pessoas do sol vermelho
Comitê Central
10 de maio de 2020


O pronunciamento pode ser visualizado em sua íntegra no portal da Corriente del Pueblo: http://solrojista.blogspot.com/2020/05/pronunciamiento-de-corriente-del-pueblo.html

segunda-feira, 11 de maio de 2020

RS: DOIS CAMPONESES SÃO ASSASSINADOS POR PARAMILITARES

No dia 30 de abril, dois camponeses foram assassinados por paramilitares no Assentamento Santa Rita de Cássia II, em Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul. Os trabalhadores Adão do Prado, de 59 anos, e Airton Luis Rodrigues da Silva, de 56 anos, foram mortos em frente a familiares.

De acordo com relatos, ambos foram abordados na casa de Adão no meio a noite por dois indivíduos que estavam em um VW Gol e alvejados.

Os camponeses Adão e Airton eram destacados na luta pela terra, participaram de diversas marchas e ocupações e conquistaram a terra onde viviam no ano de 2005. O assentamento Santa Rita de Cássia II é produtor de arroz orgânico e junto a outros 14 assentamentos na região gaúcha há aproximadamente 20 anos formam uma cadeia produtiva que conta com oito cooperativas e 364 famílias.


Airton Luis Rodrigues da Silva e Adão do Prado, camponeses assassinados por paramilitares lutavam pela terra há mais de 20 anos. Foto: MST

domingo, 10 de maio de 2020

CHILE: COMUNICADO DOS PRESOS POLÍTICOS MAPUCHES DA PRISÃO DE ANGOL

Compartilhamos, em nosso blog, comunicado público dos presos políticos mapuches, encarcerados na Prisão de Angol. Eles exigem liberdade imediata para os presos políticos do seu povo, ou ao menos uma sentença em que não precisem ficar presos no sistema penitenciário diante da realidade da pandemia de COVID-19, denunciam sua perseguição política, que, segundo a nota, prova que o julgamento tem tido dois pesos e duas medidas entre presos mapuche e demais agentes do Estado. No comunicado, eles exigem seu direito sagrado a terra e autodeterminação, propondo a saída imediata de empresas florestais, mineradoras, empresas de energia, de pesca industrial e demais exploradores que ocupam seus territórios e, também, a desmilitarização dos mesmos, acusando os militares de estarem lá apenas para proteger os interesses dos empresários, grandes fazendeiros e latifundiários.

Os presos políticos mapuche também anunciam que iniciarão, a partir deste 4 de maio, o início de uma greve de fome, até que suas exigências sejam atendidas. Nós, do CEBRASPO, nos solidarizamos com a luta do povo mapuche por autodeterminação e pelas suas terras ancestrais, exigimos liberdade imediata para todos os presos políticos do velho estado chileno, em especial os mapuche, e afirmamos que é de responsabilidade do estado o que pode acontecer aos presos políticos durante estes tempos de pandemia e crise profunda do imperialismo!






4 de Maio de 2020.

Nos dirigimos a nosso povo nação mapuche, à comunidade nacional e internacional, organizações sociais, estudantis, trabalhadores e a todos os se identificam com nossas justas demandas territoriais e políticas.

E lembramos, através deste comunicado, que hoje, 04 de maio de 2020 tomamos a decisão de começar uma greve de fome líquida para exigir ao Estado chileno o seguinte:

KIÑE: a liberdade dos presos políticos mapuche ou a troca por uma medida alternativa diferente da prisão, como estipulado pelo Convenção da OIT (Organização Internacional do Trabalho) n° 169, Artigos 8, 9 e 10 e considerando também a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas.

Consideramos necessária esta medida como prevenção ao contágio pela pandemia de COVID-19 por razões humanitárias e porque o governo não se pronunciou para salvaguardar a vida dos presos políticos mapuche nem dos presos políticos em geral.

sábado, 9 de maio de 2020

ÍNDIA: COMITÊ DE LIBERTAÇÃO EXIGE LIBERDADE IMEDIATA AO PROFESSOR GN SAIBABA

Reproduzimos, traduzido e na sua íntegra, importante comunicado produzido pelo Comitê para Defesa e Libertação do Dr. G. N. Saibaba em que é exigido a liberdade imediata do mesmo, diante da realidade da pandemia e seus impactos no precário e desumano sistema penitenciário e na já fragilizada saúde do Dr.

O Comitê ressalta as injustiças e incoerências do sistema judiciário e do velho estado indiano ao tratar do caso do preso político G.N. Saibaba, destacando sua atuação como verdadeiro democrata e defensor dos direitos do povo e das massas mais profundas da Índia (dalits, advasis e mulçumanos, por exemplo) e o quid pro quo jurídico que viola não só leis internacionais como os direitos mais elementares para o Dr. Saibaba.

Assinam a nota importantes figuras democráticas, ativistas e intelectuais progressistas, como a escritora Arundhati Roy. Assim como os signatários do documento, o CEBRASPO vem a público exigir liberdade imediata a todos os presos políticos democráticos e revolucionários da Índia e, em especial, ao Dr. G.N. Saibaba, importante defensor dos direitos do povo! Denunciamos que ao manter Saibaba encarcerado, visto seu histórico de doenças graves e saúde debilitada, é uma sentença de morte! 

Segue abaixo o comunicado:

quarta-feira, 6 de maio de 2020

TURQUIA: MAIS UM PRESO POLÍTICO MORRE EM GREVE DE FOME

Repercutimos a denúncia de mais um preso político do velho estado turco que morreu durante greve de fome, 20 dias após a morte da artista turca do grupo musical Grup Yorum, Helin Bolek, que morreu no dia 03 de abril após uma greve de fome de 288 dias. Desta vez foi Mustafa Koçak, preso político do velho Estado turco, que morreu em 23 de abril, com 29 kg, no 297° dia de sua greve de fome em luta por liberdade. Preso em 23 de setembro de 2017 e sentenciado à prisão perpétua em dia 11 de julho de 2019 por "violação da ordem constitucional" do velho Estado turco, o vendedor de sanduíches, de 28 anos, em forma de protesto, iniciou a greve de fome já no terceiro dia do mesmo mês. 

 Mustafa Koçak e sua mãe (Fonte: Free Grup Yorum)

Mustafa foi acusado por um informante policial de ter “traficado armas” para um grupo revolucionário de esquerda. Detido dia 23 de setembro de 2017 e levado ao Departamento de Polícia de Istambul, de acordo com o relato escrito por Mustafa, os policiais colocaram um documento à sua frente e disseram que desse uma declaração de acordo com o documento, para “dar o fora” ou que “o prenderiam e ele não voltaria a ver a luz do dia”. Por não se sujeitar a tamanha injustiça, ele foi submetido a uma série de torturas físicas. Ameaçaram ele, sua mãe, seu pai e sua irmã. Ameaçaram estuprar sua irmã grávida. Ele foi torturado durante 12 dias, até ser preso no dia 4 de outubro. No dia 3 de julho de 2019 ele começou uma greve de fome, com uma série de demandas (liberdade, um processo justo, o fim das torturas). 

No seu processo do dia 11 de julho de 2019, as únicas "provas" oferecidas pelo velho Estado foram testemunhas forjadas. Uma delas, inclusive, declarou que sua afirmativa não era verdade, e que só a fez sob ameaça.

Já no dia 12 de março de 2020, ele foi levado forçadamente ao hospital. Lá ele foi submetido à soros que violavam sua greve de fome, algo que a Anistia Internacional declara uma forma de tortura. Ele foi preso lá por cinco dias, onde o amarraram com cordas, colocaram objetos em sua boca para não gritar, agiram com violência física e sexual. Ele relatou que não apenas médicos, mas inclusive figuras policiais estavam envolvidas nesses atos. Ele heroicamente mordia as agulhas do soro e as arrancava.

Cabe destacar que o informante policial que acusou Mustafa em 2017, Berk Ercan, foi o mesmo que acusou Mahir Mete Kul, um estudante de ciência da computação de 21 anos, de Istambul, que morreu após ser preso por dez meses, acusado de participar de um grupo de esquerda. Ele foi solto com controle judicial que o proibia de muitas coisas, inclusive de estudar. Após sua soltura, o jovem tentou escapar do regime sanguinário de Erdogan numa viagem a barco arriscada pelo rio Maritsa até a Grécia, mas sofreu um acidente e seu corpo só foi achado por "autoridades" gregas só no mês seguinte.


O CEBRASPO vem através desta postagem prestar sua solidariedade aos presos políticos democráticos e revolucionários da Turquia, denunciar a situação desumana e ilegal sob a qual são submetidos os prisioneiros, sem acesso a julgamentos justos e aos direitos democráticos mais básicos. Exigimos, principalmente em tempos de pandemia, liberdade imediata para os presos políticos e extinção desses processos criminosos promovidos pelo estado fascista da Turquia!

Com informações de Jornal A Nova Democracia e do Blog Dazibao Rojo

terça-feira, 5 de maio de 2020

MARROCOS: ATIVISTAS DENUNCIAM PERIGOSA SITUAÇÃO DOS PRESOS POLÍTICOS SAARAUÍS DURANTE PANDEMIA

Compartilhamos em nosso blog grave denúncia sobre a situação que se encontram os presos políticos saarauís em Marrocos.

Segundo denunciam ativistas independentes e a Liga para a Proteção dos Prisioneiros Saarauís nas Prisões Marroquinas (LPPS), as condições sanitárias não são apenas insuficientes, como desumanas, após diversas denúncias de presos políticos sem acesso aos mínimos meios de higiene, além de prisões superlotadas e pequenas. A Liga também denuncia a tortura a qual são submetidos os presos, que inclusive foi utilizada para obter ilegalmente confissões. 

O CEBRASPO se solidariza com os presos políticos saarauís, e exige liberdade imediata para todos os presos políticos encarcerados nas masmorras do velho estado marroquino.! Defendemos o direito sagrado a autodeterminação do povo saarauí e sua luta para alcançá-la!


Abaixo, segue tradução da denúncia recebida:


Marrocos desconsidera petições diante dos presos políticos saarauís em perigo de Covid-19



A ONU, a União Européia e a Espanha permanecem caladas diante do perigo a que os prisioneiros políticos saarauís são expostos por conta da pandemia de Covid-19. Numerosas organizações soaram o alarme diante do perigo que os presos políticos saarauís estão enfrentando, trancados em prisões não-sanitárias.