terça-feira, 31 de maio de 2016

NOVAS INFORMAÇÕES DO PROCESSO DOS 23

IMPORTANTE VITÓRIA NO PROCESSO DOS 23. FOI RETIRADA A CAUTELAR QUE IMPEDIA OS ATIVISTAS DE PARTICIPAREM DE MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS.


Ontem, dia 31 de maio, o Juiz Flavio Itabaina da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que  que o acórdão proferido no Habeas Corpus  em favor de Elisa, Karlayne e Igor Mendes no ano passado, que declarou inconstitucional a medida cautelar que proibia os ativistas de participarem de manifestações passa a beneficiar a todos.

Também há pouco, um promotor de justiça pediu o arquivamento do processo em que o Juiz do processo dos 23 representou contra 6 (seis) dos acusados, por prática de suposto desacato ao mesmo. O Juiz desse processo de desacato concordou com o MP de que aquela conduta constituía fato atípico. O suposto desacato teria ocorrido em uma das audiências do processo quando os ativistas cerraram os punhos e saudaram Igor Mendes, que na ocasião estava preso há mais de dois meses nas masmorras de Bangu, com a histórica consigna antifascista "NÃO PASSARÃO". Um gesto de solidariedade e de força ao companheiro encarcerado.
Segundo o advogado do povo Dr. Marino D'Icarahy: "Custe-nos a própria liberdade, não podemos deixar de combater sem trégua."
Lutar Não É crime!
Em Defesa do Direito de Manifestação

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Estudantes e professor são presos em RO ao panfletarem em apoio aos camponseses

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos- CEBRASPO repudia veemente a prisão arbitrária de estudantes  e professor enquanto panfletavam na cidade de Ji Paraná-RO.


Na última terça-feira, dia 24 de maio, um professor, três estudantes universitários e uma adolescente secundarista foram presos pela polícia militar de Rondônia ao realizarem um ato de panfletagem em solidariedade as famílias camponesas despejadas do acampamento Jhone Santos.

O CEBRASPO conclama aos ativistas, democratas e intelectuais, assim como entidades e movimentos populares que se posicionem, denunciem a prisão dos ativistas, assim como exigir a anulação de qualquer processo de cunho político persecutório.

Na foto: A camisa que a estudante secundarista de 16 anos usava na hora da panfletagem.

Segue nota de denúncia da Liga Operária:

"A Liga Operária repudia a arbitrária prisão feita pela PMRO de quatro estudantes e de um professor, ocorrida ontem, dia 24/05, em Ji Paraná, devido eles estarem participando de uma panfletagem de apoio as famílias camponesas do Acampamento Jhone Santos de Oliveira, arbitrariamente despejadas de uma área de 16.000 alqueires.


Em Rondônia matar camponês não é crime, mas distribuir panfleto denunciando esses covardes assassinatos é crime!

No panfleto, assinado pelos Camponeses de Ariquemes e Ji-Paraná, é denunciado:

- O latifundiário Miguel Martins Feitosa mora em Pittsburgh, nos Estados Unidos; ocupa uma área 20 vezes maior do que o documento que possui, rouba madeira na área e é inadimplente em banco público.

- Operação policial comandada pelo Capitão Braguim na mesma estrada e mesmo dia em que os irmãos Jesser e Nivaldo Cordeiro foram assassinados e jogados no Rio Candeias.

- Utilização da PM pelo coronel Enedy e capitão Braguim para aterrorizar o povo.

- Ameaças do oficial de justiça Brito contra os camponeses despejados etc.

O venal site “Comando 190” vinculado a polícia e ao latifúndio noticiou o fato da seguinte forma: “Em Ji-Paraná, professor e universitários de Porto Velho são presos distribuindo panfletos caluniando oficiais da Polícia Militar”.

É muito importante aumentar a denúncia dessa onda de perseguições e de criminalização ao movimento camponês que é tachado de “terrorista” e seus apoiadores presos quando denunciam as arbitrariedades policiais. Notem que dois policiais militares estão atualmente presos  e um foragido, o sargento Moisés Ferreira de Souza, além do latifundiário Paulo Iwakami, acusados do assassinato de dois jovens camponeses na fazenda Tucumã, sendo que um deles foi torturado e queimado vivo, seu corpo encontrado carbonizado dentro de um veículo e a ossada do outro jovem camponês foi localizada enterrada na mata dentro da fazenda. Estes assassinatos ocorreram na fazenda Tucumã, em Cujubim, dia 31/01/2016.

Segue, em anexo, a citada noticia do site Comando 190 e o panfleto distribuído pelos estudantes.

Ressaltamos a importância do apoio a justa luta pela terra pelos nossos irmãos camponeses e a ecoar as arbitrariedades e crimes que sofrem.,

Saudações classistas,


Gerson Lima "




segunda-feira, 23 de maio de 2016

SEGUEM AS EXECUÇÕES DE JORNALISTAS NA ÍNDIA



“Segundo a organização ‘Repórteres Sem Fronteiras’, dos países asiáticos a Índia teve o maior número de jornalistas mortos em 2015.”

Segue tradução de um artigo publicado no blog maoistroad:


“Dois jornalistas indianos foram mortos por homens armados em menos de 24 horas, em dois estados diferentes no leste da Índia, segundo a polícia e os meios de comunicação locais. A Federação Internacional de Jornalistas pede que o país ‘ponha fim à impunidade’.
Rajdeo Ranjan, chefe do jornal diário Hindi Hindustan, foi morto a tiros por dois homens armados em Bihar no dia 13 de maio à noite. Os homens armados estavam em uma motocicleta e atiraram cinco vezes contra o jornalista.
Um oficial da polícia do distrito de Siwan, Saurabh Kumar Sah, afirmou:  ‘Ele foi baleado à queima-roupa. Nós o levamos para o hospital, mas ele já estava morto quando chegou. ’
Duas pessoas foram presas e a polícia disse que o jornalista poderia ter sido morto por causa de seus artigos.
Já na quinta-feira à noite, 12 de maio, um jornalista da televisão, Akhilesh Pratap Singh, foi assassinado por assaltantes desconhecidos quando voltava para casa em sua motocicleta, no estado vizinho de Jharkhand.
Um alto funcionário da polícia deste Estado, Upendra Prasad, disse ao jornal Indian Express, que não havia nenhuma testemunha da cena, mas os assassinos estavam em uma motocicleta. Ele acrescentou:  ‘Nós ainda não sabemos se o jornalista havia recebido ameaças. ’
Familiares e seguidores deste jornalista bloquearam estradas sexta-feira em protesto, exigindo ação imediata por parte da polícia contra os assassinatos, bem como uma explicação.
Segundo a União dos jornalistas indianos, membros da IFJ, os dois jornalistas foram mortos porque eles estavam investigando casos de corrupção e atividades criminosas nos estados mais pobres do país. A polícia também segue esta pista.
Comunicado da União de Jornalistas Indianos: ‘Os Jornalistas trabalham em áreas rurais, são menos considerados e são os menos bem pagos no país. Enfrentam ameaças e intimidações de ambiente político e criminal.’
Segundo a organização ‘Repórteres Sem Fronteiras’, dos países asiáticos a Índia teve o maior número de jornalistas mortos em 2015.  O país está na posição 133 de 180 no ranking da liberdade de imprensa estabelecida pela RSF. Jornalistas são frequentemente vítimas de assédio e intimidação por parte da polícia, políticos, administrativos ou grupos criminosos.
Em outubro, um jornalista de televisão foi morto a tiros em Uttar Pradesh (norte). Ele também tinha sido alvo de assassinos da motocicleta. Em junho, um jornalista independente foi queimado até a morte por assaltantes no mesmo Estado.
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) exigiu, no dia 15 de maio, que a Índia "acabe com a impunidade" dos assassinatos de jornalistas. A IFJ presidente Jim Boumelha disse em um comunicado: ‘Condenamos totalmente estes assassinatos e exigir uma investigação rápida e completa. ‘ Segundo a IFJ, já são 9  jornalistas mortos em um ano na Índia.”
 

sexta-feira, 20 de maio de 2016

ESTADO INDIANO PROMOVE NOVAS PRISÕES POLÍTICAS

O governo da Índia empreendeu durante no mês de maio novas prisões contra os democratas e revolucionários em luta naquele país.
Destacamos e indicamos para mais informações essas três notícias que foram divulgadas em diversos sites de solidariedade internacional.

http://maoistroad.blogspot.com.br/2016/05/india-release-comrades-ajithan-dileep.html

http://maoistroad.blogspot.com.br/2016/05/india-freedom-for-kobad-gandhi.html

http://maoistroad.blogspot.com.br/2016/05/india-delhi-dharna-by-chhattisgarh.html
 
Em breve traduziremos mais notícias e divulgaremos um balanço das prisões políticas que na Índia já somam mais de 100 mil, e da luta dos povos Advasis que como uma tempestade está estremecendo o velho estado indiano.


Um companheiro de prisão, desenvolver a solidariedade revolucionária!


FRANCIA: Um companheiro de prisão, desenvolver a solidariedade revolucionária! ! Solidaridad con el Revolucionaria camarada Antoine¡
Texto original: http://dazibaorojo08.blogspot.com.br/2016/05/francia-un-camarade-en-prison.html





Nós retransmitimos a notícia da CARA da detenção de um companheiro em Clermont-Ferrand. Para ver nossa análise da repressão atual ver o artigo “Un conflit de plus en plus prononcé”.
Reafirmamos que a sua repressão só reforça a nossa determinação em nossa luta. Como escrevemos: "É importante analisar a repressão, não como caindo do céu, mas como a lógica do funcionamento da sociedade de classes. A luta contra o direito do trabalho é a expressão da luta de classes, a luta entre dois campos com os interesses irreconciliáveis." Os revolucionários pagarem o preço da sua luta só valida essas linhas.
Nós não estamos lutando para desenvolver o sistema, mas para construir um novo, sobre as cinzas do atual. Isto implica e envolve necessariamente violentos confrontos com os guardas do sistema atual. Quando dizemos isso, não é que nós somos violentos, mas simplesmente realista. Reduzir o nosso combate a uma luta violenta é não ver que essa é uma luta revolucionária. Ela afeta todos os aspectos da vida e é executada em qualquer terreno. A luta revolucionária, é, sobretudo, o desenvolvimento da atividade revolucionária das massas. E nós sabemos que, quando as iniciativas são tomadas, a repressão cai. É aí que vem a violência. Vem do Estado que visa proteger os interesses da classe dominante. Nossa violência, pelo contrário, destina-se a nos libertar do jugo da sociedade capitalista e derrubar todo o sistema imperialista. Sua violência nos obriga a aceitar viver uma vida onde nós trabalhamos para que a burguesia possa ter suas regalias. A violência revolucionária é usada para criar as bases para uma nova sociedade onde a maioria explorada hoje assuma o seu destino comum. Hoje o trabalho que costumava gerar lucros para alguns privilegiados, amanhã irá garantir as necessidades das pessoas. Nossa violência se destina a acabar com sua violência, que estão muito além da repressão policial (fomes provocadas pela especulação, o açambarcamento de terras, massacres de povos oprimidos por suas guerras imperialistas, mortes em canteiros de obras e em fábricas, despejos de habitações, etc.).
É por isso que estamos a avançar pela via da Guerra Popular, ou seja, a guerra da classe operária e as massas contra os nossos opressores e exploradores. Guerra Popular é o confronto contra a burguesia em todas as frentes: social, cultural, econômica, política, militar, ... É o retorno ao poder daqueles que sofrem hoje. Ele está construindo uma nova sociedade, passo a passo, no caminho da revolução.
É por isso que sabemos que o nosso campo vai continuar a ser reprimido, preso, espancado, etc.
Avancemos pelo caminho revolucionário, avanvemos pelo caminho da guerra popular!

Comunicado da Cara:
"Antoine, um camarada de Vichy, militante da CARA e militante da CGT, permanece sob prisão provisória depois de se recusar aparência imediata. Ele tinha participado na ocupação do Conselho da Cidade de Clermont-Ferrand na sexta-feira dia 29 abril. Durante esta ação, o apelo de Bianchi, PS prefeito, policiais haviam desocupado o conselho com cassetetes e taser. Marc Fernandez, chefe geral da polícia Puy de Dome, comandou suas tropas nesta ação. Na vanguarda na repressão, ele  feriu uma pessoa na cabeça no meio da multidão. Os policiais então pegaram o nosso camarada e o prenderam.
No julgamento, realizado nesta segunda-feira, 2 de maio de nosso camarada recusou aparência imediata. Mas o julgamento é político. A justiça quer tornar exemplos de pessoas que se recusam a curvar a cabeça. Seja qual for a situação ou os argumentos do conselho, ele é punido por seu compromisso revolucionário. Ele está em prisão preventiva até o julgamento em 26 de maio.
A violência policial na última sexta e repressão que se acumula em Clermont (3 julgamento para vir, 10 e 23 de Maio e 7 de Junho) mostra que a justiça não é cega, como nos querem fazer  acreditar no mito republicano, mas afeta principalmente os mais pobres entre as pessoas e os revolucionários. Essa é a justiça de uma classe "linha reta, de cabeça para baixo, e se estiver a tomar de volta o, você sabe o que o espera." Mas, como temos dito repetidamente, não vamos ser intimidados. Eles podem tentar "fazer exemplos". Isso não é o que vai trazer para baixo a nossa determinação, pelo contrário!

Fazemos um apelo para uma manifestação no sábado, 7 de maio às 14h, Coloque Delille, Clermont-Ferrand
Confrontado com a repressão, vamos golpe por golpe!
Liberdade para Antoine!