quarta-feira, 25 de maio de 2016

Estudantes e professor são presos em RO ao panfletarem em apoio aos camponseses

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos- CEBRASPO repudia veemente a prisão arbitrária de estudantes  e professor enquanto panfletavam na cidade de Ji Paraná-RO.


Na última terça-feira, dia 24 de maio, um professor, três estudantes universitários e uma adolescente secundarista foram presos pela polícia militar de Rondônia ao realizarem um ato de panfletagem em solidariedade as famílias camponesas despejadas do acampamento Jhone Santos.

O CEBRASPO conclama aos ativistas, democratas e intelectuais, assim como entidades e movimentos populares que se posicionem, denunciem a prisão dos ativistas, assim como exigir a anulação de qualquer processo de cunho político persecutório.

Na foto: A camisa que a estudante secundarista de 16 anos usava na hora da panfletagem.

Segue nota de denúncia da Liga Operária:

"A Liga Operária repudia a arbitrária prisão feita pela PMRO de quatro estudantes e de um professor, ocorrida ontem, dia 24/05, em Ji Paraná, devido eles estarem participando de uma panfletagem de apoio as famílias camponesas do Acampamento Jhone Santos de Oliveira, arbitrariamente despejadas de uma área de 16.000 alqueires.


Em Rondônia matar camponês não é crime, mas distribuir panfleto denunciando esses covardes assassinatos é crime!

No panfleto, assinado pelos Camponeses de Ariquemes e Ji-Paraná, é denunciado:

- O latifundiário Miguel Martins Feitosa mora em Pittsburgh, nos Estados Unidos; ocupa uma área 20 vezes maior do que o documento que possui, rouba madeira na área e é inadimplente em banco público.

- Operação policial comandada pelo Capitão Braguim na mesma estrada e mesmo dia em que os irmãos Jesser e Nivaldo Cordeiro foram assassinados e jogados no Rio Candeias.

- Utilização da PM pelo coronel Enedy e capitão Braguim para aterrorizar o povo.

- Ameaças do oficial de justiça Brito contra os camponeses despejados etc.

O venal site “Comando 190” vinculado a polícia e ao latifúndio noticiou o fato da seguinte forma: “Em Ji-Paraná, professor e universitários de Porto Velho são presos distribuindo panfletos caluniando oficiais da Polícia Militar”.

É muito importante aumentar a denúncia dessa onda de perseguições e de criminalização ao movimento camponês que é tachado de “terrorista” e seus apoiadores presos quando denunciam as arbitrariedades policiais. Notem que dois policiais militares estão atualmente presos  e um foragido, o sargento Moisés Ferreira de Souza, além do latifundiário Paulo Iwakami, acusados do assassinato de dois jovens camponeses na fazenda Tucumã, sendo que um deles foi torturado e queimado vivo, seu corpo encontrado carbonizado dentro de um veículo e a ossada do outro jovem camponês foi localizada enterrada na mata dentro da fazenda. Estes assassinatos ocorreram na fazenda Tucumã, em Cujubim, dia 31/01/2016.

Segue, em anexo, a citada noticia do site Comando 190 e o panfleto distribuído pelos estudantes.

Ressaltamos a importância do apoio a justa luta pela terra pelos nossos irmãos camponeses e a ecoar as arbitrariedades e crimes que sofrem.,

Saudações classistas,


Gerson Lima "




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