terça-feira, 26 de janeiro de 2016

CONDENAÇÃO E REPÚDIO INTERNACIONAL AO GOVERNO INDIANO!!!


Pela imediata libertação do Dr. G N Saibaba e Pelo fim da perseguição política contra a escitora Arundhati Roy.
Governo e tribunal indiano prendem novamente o professor Dr GN Saibaba e instalam processo contra a escritora Arundhati Roy.
Dr Saibaba é professor da universidade de Delhi, conhecido pelos seus artigos e publicações. Participou ativamente da campanha em solidariedade à luta dos povos palestino, iraquiano, entre outros. Participa da campanha contra a “ operação caçada verde” na Índia e pela libertação dos presos políticos. A escritora Arundhati Roi, conhecida internacionalmente por seus trabalhos, conviveu e escreveu sobre a vida e a experiência dos povos atingidos pelo ataque do Estado indiano.
A prisão do Dr GN Saibaba e o processo contra a escritora Arundhati Roy são uma prova de que o governo indiano desata ampla perseguição aos lutadores e também a todos que se solidarizam com o povo e suas organizações. A agressão e as perseguições são seguidas da suspensão dos direitos mais elementares, como no caso do Professor Saibaba, que além de sua condição de cadeirante, ainda necessita de tratamentos e medicamentos especiais. Hoje na Índia existem mais de 10 mil presos políticos.
O governo move uma guerra contra seu próprio povo e realiza uma grande operação de repressão que massacra sistematicamente os povos nativos na região central do país. Já mobilizou nessa guerra mais de um milhão de soldados, em uma operação que denomina de “Operação caçada verde”. A guerra é usada para assegurar áreas de exploração mineral para grandes empresas multinacionais com a expulsão de nações e comunidades inteiras de suas terras. O imperialismo norte-americano, do qual o governo indiano é mero instrumento e serviçal, dirige e presta assessoria militar a índia como estratégia de dominação.
A partir dessa realidade, se desenvolveu a resistência do povo contra os ataques do governo, à expulsão de seu território e ao massacre do qual é vítima. O governo acusa e criminaliza todos que se opõem a sua política de genocídio.
Contra as agressões do Estado indiano também se mobilizam escritores, intelectuais, professores, artistas, democratas e defensores do povo em geral. Apoiam a luta de resistência e de libertação do povo contra a devastação do território e o massacre das populações nativas.
Dessa forma o Cebraspo expressa o seu repudio a prisão do professor G N Saibaba em Nova Delhi e a perseguição à escritora Arundhati Roy e a repressão ao povo indiano


Pinheirinho: A ordem do fascismo

No domingo, dia 22 de janeiro, toda a truculência desencadeada contra milhares de famílias desalojadas do bairro Pinheirinho, em São José dos Campos, comprovou, mais uma vez, a que ponto tem chegado os absurdos cometidos contra o povo pobre no Brasil. O CEBRASPO se solidariza com a população de Pinheirinho em sua justa luta pelo seu direito à moradia e convoca todas as entidades, democratas, lutadores e todos que defendem os direitos do povo a denunciar mais essa agressão, mais esse crime praticado contra o povo brasileiro.
Não só no Brasil, mas pessoas em todo o mundo assistiram o que ocorreu. Não são mais cenas do Egito, da Síria ou da Grécia. Essa mesma política que o imperialismo orienta em todo o mundo é apresentada ao povo brasileiro como um aviso do que está por vir. O fato de terem sido usados 2000 soldados da tropa de choque da PM de São Paulo, da ROTA e da Guarda Municipal, com 220 viaturas, 40 cães e 300 agentes da Prefeitura., é apenas uma amostra da realidade do “Estado de Direito”, do “Estado Democrático” que vigora no nosso país. Na ação, também foram utilizados cavalaria, armamentos letais, balas de borracha, gás lacrimogêneo e de pimenta. Celulares, telefones e internet foram cortados. Tudo deliberadamente preparado para que o crime e as atrocidades das forças policiais não pudessem ser divulgados na sua verdadeira dimensão. As forças de repressão tornaram o local inacessível e foram convocadas as polícias de 33 municípios para promover o massacre. A região se transformou em uma praça de guerra. O clima de terror instalado para intimidar a resistência das famílias contou, inclusive, com helicópteros e veículos blindados. E como se tudo isso não fosse suficiente, como se não bastassem as mortes e agressões, tratores foram usados para realizar a demolição de casas com os pertences dos moradores dentro. Numa demonstração de ódio ao povo que se organiza e luta em defesa dos seus direitos. Como já é feito na Palestina e em várias outras partes do mundo. Tudo isso faz parte desta escalada fascista, dessa política de tolerância zero com o povo pobre, de tratar dos problemas sociais com Exército, Forças Especiais e polícias. De realizar toda uma campanha de criminalização das organizações do povo e de sua luta. Essa é a orientação do imperialismo que se espalha pelo mundo para ser aplicada pelos Estados submissos, como o Estado brasileiro. O que é seguido à risca tanto pelas gerências estaduais como na federal.
Agora são contados os mortos do lado do povo, inclusive de crianças. Todo o enorme transtorno e sofrimento daquele povo vêm sendo divulgado por todos os meios, naturalmente fora do monopólio de imprensa. Da mesma forma, os detalhes e os crimes das máfias dos grupos de poder que tinham interesse nessa remoção vão sendo também conhecidos, e toda a proporção do crime, vai ficando clara, por mais que e o monopólio de imprensa tente esconder. Que a comunidade do Pinheirinho vivia em um terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados, situado em São José dos Campos-SP, onde moravam milhares de pessoas desde 2004. Que a desocupação dos terrenos atende aos interesses da especulação imobiliária, do investidor libanês Naji Nahas, que deve R$ 15 milhões, só à prefeitura da cidade. Afora sua história de roubos e operações financeiras fraudulentas conhecidas em todo o país. E as ligações não só dele, mas de todo o ramo imobiliário com políticos e partidos.
Essa situação vem se repetindo em todas as esferas de poder desse velho e apodrecido Estado. Onde as máfias e os grandes grupos econômicos são capazes de todos os crimes para assegurar sua roubalheira, às custas da expulsão e dos massacres do povo. Assim estão agindo no Rio de Janeiro na preparação da Copa do mundo e das olimpíadas, que serão na verdade totalmente controladas por essas máfias e grupos. Assim como acontece no campo, onde o grande latifúndio, atualmente denominado de agronegócio, realize a maior concentração de terras do mundo, às custas também, do massacres de camponeses. Que são perseguidos de todas as formas, com a multiplicação dos crimes e assassinatos dos que lutam pela terra. Com todo o apoio e comemorações dos políticos de turno no poder de Estado, e com a impunidade assegurada pela “justiça”.
No massacre de Pinheirinho inclusive, a comunidade aguardava uma negociação com essa “justiça”. Mas a ação traiçoeira da Polícia Militar que agia sob as ordens diretas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e com um juiz “de plantão”, impediu que isso acontecesse.
A discussão que foi divulgada nesses dias pelo monopólio de imprensa, sobre “qual” “justiça” foi responsável por autorizar o massacre, (estimula, como é do papel desse tipo de imprensa) e expõe apenas o futuro uso eleitoral do massacre. Em nenhum momento essa discussão cogita a restituição das casas para as famílias por qualquer “justiça”. Ou por qualquer dos políticos oportunistas que empolam a voz, como Dilma Roussef e outros do PT, para falar de exageros ou “excessos”! Agora aproveitam para criticar o “massacre do PSDB”, como se os massacres do PT fossem “democráticos”.
Esse Estado e essa “justiça” deixam claro, mais uma vez, a que classe servem. Saem prontamente em defesa de um de seus mais característicos representantes, o bandido de colarinho branco. Para garantir os interesses de gente desse tipo, toda essa “justiça” e esse Estado se mobilizam imediatamente. Enquanto atacam, reprimem e massacram o povo, para o qual não existe nenhum tipo de direito. Como nesse caso, onde milhares de famílias, velhos, crianças, jovens, homens e mulheres, são agredidos brutalmente, massacrados e presos, por apenas lutarem pelo seu direito à moradia.
Essa escalada fascista vem se desenvolvendo no nosso país. Contra os que lutam no campo e na cidade. Essa mesma mobilização de forças militares e policiais para massacrar e assassinar o povo pobre que luta pelos seus direitos não acontece pela primeira vez. A repressão e desocupação com massacres e assassinatos já ocorreu em Belo Horizonte-MG, na Vila Corumbiara (1996); em Betim-MG, na Bandeira Vermelha (1998). E na fazenda Forkilha, em Redenção – Sul do Pará (2007). E recentemente, no mês de dezembro, quando o governo de Dilma Roussef convocou exército e aeronáutica para ameaçarem um novo massacre na fazenda Sta Elina, em Rondônia. É a mesma repressão que age nas comunidades do Rio de Janeiro. Sempre as “Forças Especiais” das Polícias Militares acompanhadas pela “Força Nacional”, sempre o mesmo Estado na manutenção dos privilégios e da alta concentração de riquezas dos grupos em torno do poder, enquanto reprimem ferozmente a revolta e a luta do povo pelos seus direitos.
Essa é a característica que segue se acentuando e desenvolvendo o velho Estado no Brasil. E tanto as gerências estaduais quanto a federal se esmeram em cumprir essas exigências e a presidirem a mais feroz repressão contra o povo.  O crescimento do fascismo, a agressão contra os povos em luta, contra as populações e comunidades que defendem os seus direitos, essa tem sido a única alternativa desse Estado genocida por natureza. Sempre acompanhado e apoiado pela sua “justiça” e pelo monopólio de imprensa.
Não é esse ou aquele partido, todos os que querem gerenciar esse putrefato Estado, todos os que disputam seus lugares nessa máquina, além de sua promessa e cantos de sereia eleitoreiros se dispõem a fazer parte dessa mesma política genocida.
TODO APOIO A LUTA PELA MORADIA!
PELA DEVOLUÇÂO DAS CASAS E INDENIZAÇÃO AS FAMILIAS!
PELO DIREITO DO POVO LUTAR PELOS SEUS DIREITOS!
CEBRASPO - Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos

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