Foto de Ellan Lustosa
No dia 14 de agosto estivemos presente em grande ato realizado por centenas de pessoas no Centro do Rio, cujos temas eram a defesa dos 23 ativistas recentemente condenados em primeira instância, pelo direito à livre manifestação, contra a intervenção militar, contra o genocídio do povo pobre e negro nas favelas e em repúdio ao assassinato político de Marielle Franco.
A manifestação ficou marcada pela sua grande combatividade, contando com a importante participação de mães e familiares de vítimas do genocídio do povo negro e pobre cometido pelo Estado. Ativistas progressistas, membros de movimentos revolucionários, populares, estudantis e democráticos e os próprios familiares das vítimas da violência de Estado fizeram falas contundentes, denunciando a guerra que é travada contra as massas populares, a intervenção militar que intensificou a violência cometida pelo Estado, o assassinato de Marielle Franco e a perseguição política que vem sofrendo a juventude que se rebela contra todas essas injustiças.
Marcaram também as falas, a denúncia de que o Estado que comete chacinas nas favelas é o mesmo que persegue o povo que luta, perseguição essa expressa na condenação dos 23 ativistas. As mães de vítimas da violência denunciaram os crimes do Estado, reafirmaram sua decisão de manterem-se na luta combativa, além de estenderem sua solidariedade aos 23 lutadores do povo.
No decorrer do ato, os participantes também saudaram o apoio internacional recebido desde a Palestina, através da jovem combatente Ahed Tamimi.
As ações de solidariedade repercutiram em outros lugares no país como em Belo Horizonte, MG, onde foi realizado cinedebate sobre o filme "Operações de Garantia da Lei e da Ordem" e em Montes Claros, MG onde ocorreu uma agitação do Dia Nacional de Luta por estudantes da Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) e Executiva Nacional de Estudantes de Filosofia (ENEF) e os participantes prestaram apoio aos 23.
Na preparação do ato, os manifestantes também realizaram um chamado internacional de solidariedade à todas e todos que lutam, o que foi atendido por várias organizações e entidades como a Agrupación de Víctimas de violencia policial e outras organizações no Chile, membros da Universidade de Moscou, além do próprio apoio da jovem palestina Ahed Tamimi.
Para mais informações, acessar o seguinte endereço: https://anovademocracia.com.br/noticias/9342-centenas-marcham-no-rio-contra-a-intervencao-militar-e-a-condenacao-dos-23
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