RJ: Moradores e movimentos populares, em protesto, exigem fim às chacinas nas favelas do Rio e do Brasil
Proprietários de terra devem quase R$ 1 trilhão à União
O agronegócio leva nas costas, como alegam seus defensores, as contas do Estado brasileiro? Segundo o relatório Terrenos da desigualdade: terra, agricultura e desigualdade no Brasil rural, publicado pela Oxfam, não. Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional mostram que 4.013 pessoas físicas e jurídicas detentoras de terra devem R$ 906 bilhões, uma dívida maior que o PIB de 26 estados.
O montante é equivalente a metade do que todo o estado brasileiro arrecadou em 2015. Ou aproximadamente 22 petrolões.
Cada um dos 4.013 devedores tem dívidas acima de R$ 50 milhões. Segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), há um grupo ainda mais seleto de 729 proprietários que declararam possuir 4.057 imóveis rurais, somando uma dívida de R$ 200 bilhões. As terras pertencentes a esse grupo abrangem mais de 6,5 milhões de hectares, segundo informações cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro Rural.
O Incra estima que com essas terras seria possível assentar 214.827 famílias – considerando o tamanho médio do lote de 30,58 ha/famílias assentadas. Em outras palavras, seria possível atender, com as terras dos maiores devedores do Estado brasileiro, o dobro das 120 mil famílias que estavam acampadas demandando reforma agrária em 2015.
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Viva os 27 anos da Heroica Resistência Camponesa de Corumbiara!
RJ: Moradores do Chapadão se rebelam contra assassinato de moradores pela polícia
Mesmo durante o justo protesto contra o assassinato, os trabalhadores continuaram sofrendo todo tipo de ataques e provocações pelas forças de repressão. Para combater a revolta, mais policiais militares foram deslocados para o complexo do Chapadão, incluindo um veículo blindado. O envio de reforços policiais serviu claramente como tentativa de intimidação para conter a revolta da massa. Ainda assim, os protestos seguiram.
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MG: Povo de Ouro Preto segue em luta combativa contra privatização da água
Uma manifestação contra a privatização do saneamento e distribuição de água municipal foi realizada no dia 8 de agosto em Ouro Preto. As massas, junto do com o Comitê Sanitário de Defesa Popular (CSDP), expulsaram a empresa multinacional Saneouro do distrito Santa Rita e queimaram os boletos das contas da Saneouro em uma fogueira de são joão.
Após tentativa desesperada da Saneouro de invadir o distrito e instalar à força os hidrômetros para atingir a meta contratual de 90% das casas do município hidrometradas, o que lhe possibilitaria, segundo os termos do contrato com a prefeitura, iniciar a cobrança abusiva pelo consumo sobre toda a população, os moradores do distrito derrotaram mais uma vez os planos da multinacional.
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RJ: Em manifestação, agentes de saúde exigem direitos
DR. SERNAS: Chamamento para reforçar a campanha internacional #DrSernaspresentacionconvida 30/08
Reproduzimos aqui a carta de convocatória para campanha internacional por #DrSernaspresentacionconvida:
Em 10 de Maio de 2018, o Dr. Ernesto Sernas García, professor na Universidade Autónoma Benito Juárez de Oaxaca (UABJO), ensaísta, investigador, professor, ativista e defensor dos direitos do povo, desapareceu. O camarada Sernas García foi o conselheiro jurídico do Corriente del Pueblo Sol Rojo e esteve encarregado da defesa de 23 militantes presos em prisões de alta segurança acusados de terrorismo e transportando explosivos para uso reservado do exército mexicano.
A magistral defesa liderada pelo camarada Sernas García levou à libertação e subsequente absolvição dos militantes da CP-Sol Rojo, bem como de dois outros co-arguidos. Isto gerou um profundo ódio de classe entre as elites dominantes, que ordenaram este crime contra a humanidade contra um intelectual revolucionário.
Desde então, o nosso camarada desapareceu e a posição da nossa organização e da sua família é exigir que ele seja apresentado vivo.
Ao longo destes mais de quatro anos, a CP-Sol Rojo realizou inúmeras atividades de protesto, enquadradas na campanha #DrSernasPresentaciónConVida. A isto se juntaram personalidades, escolas, instituições culturais, organizações de direitos humanos, organizações democráticas-revolucionárias e partidos comunistas em todo o mundo.
Como parte destas ações no nosso país houve marchas, comícios, caravanas, desfile, graffitis, etc. Ativistas e amigos levantaram o seu nome, o seu rosto e a sua luta em estados como Oaxaca, Guerrero, Chiapas, Hidalgo, Veracruz, Estado do México e Cidade do México.
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15/08: Enfrentando “morte iminente”, preso político palestino em greve de fome é enviado à hospital
O preso político Khalil Awadeh, 40 anos e pai de 4 filhos, em greve de fome há 164 dias, foi no dia 15 de agosto, enviado a um hospital não especificado segundo informações de sua companheira, mãe de seus 4 filhos, e do Palestinian Prisoners Club, organização responsável pela defesa dos palestinos presos pela ocupação sionista, afirmou nesta segunda-feira o monopólio de imprensa Al Jazeera, com sede no Catar.
Khalil Awadeh é vítima das chamadas “Detenções Administrativas”, de acordo com a organização de direitos humanos, com sede em Jerusalém, “a detenção administrativa é o encarceramento sem julgamento ou acusação formal, com base na afirmação de que o indivíduo em questão planeja cometer outro crime no futuro. Não há limite para o tempo da prisão e as provas com que esta se baseia não são apresentadas ao público” e ainda “o indivíduo é preso sem bases legais, por ordens do comandante militar local, com base em provas confidenciais que não são apresentadas à defesa. Isto deixa os detidos sem para onde ir – enfrentando acusações desconhecidas, com nenhuma forma de enfrenta-las, sem saber quando serão liberados, e sem ser formalmente acusados, julgados e condenados.”.
Segundo Al Jazeera, Awadeh foi detido em dezembro, sob pretexto de ser parte de um grupo armado, o que Ahlam Hadad seu advogado, nega. Sua libertação foi exigida pelas organizações de resistência palestina como parte do cessar fogo do dia 7 de agosto.
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Índia: Camponeses se levantam contra velho Estado
Nos dias 22 e 16 de agosto, milhares de camponeses de diversas regiões da Índia realizaram massivos protestos contra o Primeiro-Ministro fascista Narendra Modi e os latifundiários das grandes corporações agroindustriais. Os protestos ocorreram em Nova Delhi, capital da Índia, e em Himachal Pradesh, no norte do país. Foram exigidos subsídios para os produtos agrícolas, cancelamento das dívidas dos camponeses pobres e pagamento dos seus direitos.
Milhares de camponeses de regiões como Punjab, Haryana e Uttar Pradesh foram até a capital indiana para exigir subsídios mínimos para todos os produtos agrícolas, o cancelamento das dívidas dos camponeses pobres e o pagamento dos benefícios que são direito do povo. Mahendra Singh, uma camponesa de Punjab que teve os dedos e parte da mão amputados após um acidente, denunciou que não está recebendo as pensões que o velho Estado deveria pagar.
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Haiti: 231 anos após a Revolução, massas se levantam por melhores condições de vida e enfrentam a repressão
PAREM COM AS CHACINAS NAS FAVELAS DO RIO E DO BRASIL!
No dia 21 de julho as polícias Civil e Militar de Cláudio Castro realizaram mais uma operação de guerra no Complexo do Alemão. Contando com um efetivo de 400 policiais, desataram nova chacina assassinando ao menos 18 pessoas, espalhando terror desde antes do amanhecer e deixando rastros de sangue pelas ruas e becos. Como se não bastasse a dura realidade a qual estamos submetidos, com mais de 18 milhões de famílias na extrema pobreza, 33 milhões de brasileiros passando fome, sendo 2,8 milhões do estado do Rio de Janeiro, 40 milhões trabalhando na informalidade, 10 milhões em busca de emprego e 5 milhões de desalentados, ainda nos impõem o extermínio.
Em menos de um ano foram dezenas de operações de alta letalidade, Jacarezinho (28 mortes) e Vila Cruzeiro (25 mortes) são alguns exemplos da barbárie cometida pelo Estado diariamente, julgam-se no direito de invadir casas, humilhar e matar. Essa realidade não é exclusiva do Rio de Janeiro, não são “fatos isolados”, tampouco resultado da “falta de planejamento”, como argumentam alguns. O plano é justamente esse: sob a falsa alegação de estar combatendo o “tráfico de drogas” perpetuar o genocídio e encarceramento da população pobre e negra como única forma de gestão da pobreza.A
Assim como os governos anteriores, Bolsonaro e generais, os mesmos que compram 700 toneladas de picanha, cerveja e uísque com nosso dinheiro em meio à fome, dão “carta branca” para matar, isso quando não intervém diretamente nos massacres com a Força Nacional de Segurança, Polícias Federal e Rodoviária Federal e Forças Armadas, tudo com o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) que, por um lado, impõe restrições às incursões policiais durante a pandemia de Covid-19 e, por outro, faz “vista grossa” para as violações cometidas nas favelas e periferias. Por tudo isso manifestamos nosso repúdio à política de morte, exigimos vida digna para o povo do campo e da cidade, emprego, salários, moradia, saúde, educação e o fim imediato das chacinas no Rio de Janeiro e de todo o Brasil!
JÁ ASSINAM A CAMPANHA:
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