Mulheres protestam contra as detenções administrativas segurando cartazes com a foto de Khalil Awadeh no dia 01 de agosto.
O preso político Khalil Awadeh, 40 anos e pai de 4 filhos,
em greve de fome há 164 dias, foi no dia 15 de agosto, enviado a um hospital
não especificado segundo informações de sua companheira, mãe de seus 4 filhos,
e do Palestinian Prisoners Club, organização responsável pela defesa dos
palestinos presos pela ocupação sionista, afirmou nesta segunda-feira o
monopólio de imprensa Al Jazeera, com sede no Catar.
Khalil Awadeh é vítima das chamadas “Detenções
Administrativas”, de acordo com a organização de direitos humanos, com sede em
Jerusalém, “a detenção administrativa é o encarceramento sem julgamento ou
acusação formal, com base na afirmação de que o indivíduo em questão planeja
cometer outro crime no futuro. Não há limite para o tempo da prisão e as provas
com que esta se baseia não são apresentadas ao público” e ainda “o indivíduo é
preso sem bases legais, por ordens do comandante militar local, com base em
provas confidenciais que não são apresentadas à defesa. Isto deixa os detidos
sem para onde ir – enfrentando acusações desconhecidas, com nenhuma forma de
enfrenta-las, sem saber quando serão liberados, e sem ser formalmente acusados,
julgados e condenados.”.
Segundo Al Jazeera, Awadeh foi detido em dezembro, sob
pretexto de ser parte de um grupo armado, o que Ahlam Hadad seu advogado, nega.
Sua libertação foi exigida pelas organizações de resistência palestina como
parte do cessar fogo do dia 7 de agosto.
Diversas organizações de defesa de direitos, como já
mencionado B’Tselem, Médicos Pelos Direitos Humanos (Israel) e a organização de
juristas e advogados, Instituto Pela Defesa do Indivíduo (HaMoked), assinaram
nota afirmando que a morte de Awadeh é iminente. Segundo a nota “no dia 11 de
Agosto, o presidente dos Médicos Pelos Direitos Humanos (Israel), Dr. Lina
Qasem-Hassan, o visitou, e relatou que ele perdeu metade de sua massa corporal.
Pesando então 42 kg, apresentou sistomas de dano neurológico severo e
diminuição das suas capacidades cognitivas que podem ser permanentes”. Na nota,
as organizações afirmaram também a justeza das greves de fome diante das
detenções administrativas e que o Comitê das Nações Unidas contra a tortura
exigiu em 2017 que o governo da ocupação sionista “urgentemente tomasse medidas
para o fim das detenções administrativas e que todas as pessoas atualmente sob
este regime tivessem seus direitos básicos assegurados” e que a prática
draconiana e arbitrária das detenções administrativas tem como objetivo “afetar
famílias e comunidades e prejudicar toda a sociedade palestina enquanto
coletivo político”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário