terça-feira, 3 de março de 2020

BOLETIM INFORMATIVO CEBRASPO - EDIÇÃO Nº 21

BOLETIM CEBRASPO: SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL E A LUTA DOS POVOS NO BRASIL E NO MUNDO. EM DEFESA DA LIBERDADE DOS PRESOS POLÍTICOS DEMOCRATAS E REVOLUCIONÁRIOS

CEBRASPO - Defender o direito do povo lutar pelos seus direitos!


Edição nº 21 - Fevereiro, 2020

Companheiras e companheiros,

Estamos enviando nosso boletim informativo com uma relação de notícias dos acontecimentos dos povos em luta no Brasil e no mundo.







​Em nota, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) denuncia, a partir de vazamento de um áudio de aplicativo, que ​​pistoleiros e policiais militares de Ariquemes, Machadinho d’Oeste, e distrito do Quinto BEC, conformam um bando armado que prestam serviços de pistolagem a fazendeiros da região. O bando é comandado pelo pm Claudenir do Quinto BEC (dono de autoescola no mesmo distrito) e pelo pm Arruda do GOE. ​Segundo a nota, além de atuarem como pistoleiros dentro das fazendas, os policiais fornecem ilegalmente armas e munições. Esse bando armado foi contratado e financiado pelo latifundiário Tiago Lopes Moura, herdeiro das terras da fazenda Jatobá, localizado a cerca de 45 km de Machadinho do Oeste, que como a esmagadora maioria dos latifúndios da região são terras griladas da União​​.

A nota pode ser visualizada em sua íntegra no seguinte endereço:


INTERNACIONAL:

Semanas após realizar um prisão puramente política contra o ativista Cristian Montero, o regime de Moreno inicia uma grave perseguição política contra o militante Joaquín Chaluisa, secretário-geral do Osuntramsa (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde), denuncia a Frente de Defesa das Lutas do Povo (FDLP) em nota divulgado em seu portal. A FDLP denuncia ainda o conluio espúrio entre a mineradora chinesa, Yankuang Donghua, interessada em tomar as terras que camponeses como Cristian Montero lutavam para conquistar.

Milhares de pessoas marcharam nas ruas de Atenas, capital grega, em repúdio ao “acordo de cooperação Grécia-USA”, aprovado pelo parlamento. Este projeto permite que tropas ianques operem através de bases militares em território grego, incluindo as principais bases aéreas. Os manifestantes denunciaram que esse projeto, além de atacar a soberania nacional, serve para impulsionar a covarde agressão imperialista à nação iraniana, visto que permite o uso das bases aéreas e demais bases militares da Grécia pelos militares ianques. Durante o protesto, bandeiras do USA foram queimadas enquanto várias bandeiras da Palestina foram desfraldadas num gesto internacionalista.

Reproduzimos em nosso blog carta aberta dos presos políticos mapuche detidos na prisão de Angol assinada por dez lutadores, manifestando sua posição política e dirigindo-a às organizações nacionais e internacionais. “Há muitos anos”, começam os presos políticos, “vêm-se falando sobre a constante luta mapuche. Mas a luta de qualquer povo que se levante contra o Estado que os oprime tem como conseqüências prisões e mortes. Por isso, não queremos perder esta oportunidade para prestar uma sincera homenagem a todos os mapuche mortos pelo Estado do Chile e pelo poder econômico. Esses mapuche têm nomes e sobrenomes, é por eles que estamos tremendamente orgulhosos desta luta travada por homens e mulheres valentes”, inicia o grupo. A nota pode ser lida em sua íntegra pode ser lida no endereço abaixo:

De acordo com a imprensa nepalesa, a polícia prendeu Chiranjivi Dhakal, presidente da União Nacional de Estudantes Independentes do Nepal (Revolucionário), ala estudantil do Partido Comunista do Nepal, liderado por Netra Bikram Chand, no dia 13 de fevereiro. O militante Dhakal já foi preso e libertado em maio de 2019. Com ele, outras quatro pessoas foram presas.

Em 15 de dezembro, dias após a Índia aprovar uma lei de cidadania que aprofunda ainda mais a situação precária e chauvinista posta em marcha pelos fascistas contra o povo muçulmano, um grande protesto irrompeu no campus universitário Jamia Millia Islamia, em Nova DeliA manifestação foi interrompida pela Polícia de Deli através de uma ação policial noturna, na qual dezenas de estudantes foram espancados com bastões em meio a disparos de projéteis de gás lacrimogêneo. Testemunhas afirmam que também ouviram rajadas de arma de fogo durante a repressão no campus. Vídeos divulgados pelo Comitê de Coordenação de Jamia, em fevereiro, mostram a polícia indiana espancando estudantes na Biblioteca da Universidade Jamia Millia Islamia (JMI), durante a repressão a um protesto que acontecia na universidade, em Nova Deli, no dia 15 de dezembro de 2019.

Grupos paramilitares com apoio do exército fascista-sionista de Israel atacou um campo palestino na montanha de Nablus, na Cisjordânia, para garantir o território para os colonos israelenses. Durante os confrontos com os manifestantes palestinos, os paramilitares e o exército reacionário israelense usaram não apenas bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, mas também armas de fogo e letais, registrando mais de 134 feridos e um garoto de 16 anos morto por tiros. O governo arqui-reacionário de Israel, liderado pelo fascista Benjamin Netanyahu, anunciou que serão construídos complexos multifamiliares, aproveitando o plano de paz unilateral do imperialismo ianque, privando novos territórios da Palestina, como parte da guerra de ocupação que é uma guerra reacionária contra os Povo palestino

NACIONAL

Uma grande mobilização tomou conta de Pau D’arco no último dia 3 de fevereiro, quando dezenas de camponeses e apoiadores compareceram a uma audiência pública que trataria da expulsão dos trabalhadores de suas terras. A ameaça em questão foi realizada contra o Acampamento Jane Júlia, situado na retomada da fazenda Santa Lúcia. Ao final da audiência, a expulsão forçada foi suspensa.

Uma ordem de despejo assinada pelo juiz Alexandre Paulichi Chiovitti, no dia 22 de janeiro contra cerca de 70 famílias na comunidade rural Vale Abençoado, foi posta em prática pela Polícia Militar no dia 4 de fevereiro pelas forças de repressão. A área, que antes da chegada dos camponeses era improdutiva, está localizada no município de Santo Antônio do Leverger.​ ​Em meio ao despejo dezenas de famílias desoladas ainda estavam desabrigadas, as escolas da comunidade foram desmontadas e tiveram seus equipamentos, como cadeiras, armários e mesas, retirados. Em entrevista ao monopólio R7, uma das camponesas afirmou: “Vamos para o meio da rua. Eu não penso só em mim. Tem muita gente que também não tem para onde ir”.

​Em nota, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) denuncia que no último dia 5 de fevereiro a ​Polícia Militar de Rondônia mobilizou um verdadeiro aparato de guerra para despejar camponeses que lutavam pelas terras da fazenda Jatobá, de 800 alqueires, localizada no Km 10 da Linha T15 no Distrito de Oriente Novo, zona rural de Machadinho d’Oeste. Esse latifúndio é terra pública grilada e quem se diz o dono é Tiago Lopes Moura e sua família que têm histórico de crimes contra os camponeses.


Policiais militares entraram na Escola Estadual Emygdio de Barros e agrediram pelo menos dois jovens, no distrito de Rio Pequeno, na zona oeste de São Paulo. As imagens foram divulgadas na internet, no dia 18/02. Um dos jovens agredidos é golpeado no rosto e nas costelas por quatro policiais.​ ​As agressões foram variadas. Um policial aplica uma rasteira contra o jovem que, depois de imobilizado, foi alvo de toda sorte de agressões e espancamento. O rapaz é identificado como Matheus da Conceição Lima, de 16 anos, que apanhou apenas porque filmou a agressão que os agentes praticavam contra outro jovem. Ele também foi alvo de spray de pimenta no rosto.

No dia 19 de fevereiro os moradores mais antigos da comunidade Cajueiro, na zona rural de São Luís no Maranhão, receberam uma nova ordem de despejo que favorece um monopólio do social-imperialismo chinês financiador da campanha eleitoral do governador Flávio Dino/PCdoB. Na comunidade vivem cerca de 500 famílias, parte delas residentes na área há mais de 40 anos que travam dura luta para permanecer na terra.​ ​A área está sendo expropriada a fim de limpar o terreno para construção de um porto privado da empresa WPR São Luís Gestão de Portos e Terminais Ltda, atual TUP Porto São Luís S/A. Tal empresa pertence ao grupo WTorre, uma construtora de São Paulo que tem como objetivo ampliar o porto de Itaqui e aprimorar o escoamento do minério de ferro extraído pela Vale, minério exportado majoritariamente para a China.

Diversos trabalhadores da saúde realizaram na manhã do dia 20 de fevereiro o quarto ato contra a privatização do laboratório e a redução na quantidade de atendimentos da Santa Casa do Pará, maior maternidade do estado. O último ato foi realizado no dia 14 de fevereiro, onde os trabalhadores da saúde interditaram parcialmente a avenida Generalíssimo Deodoro em frente à maternidade.​ ​Uma das lideranças sindicais, Benedito Silva Filho, denuncia que a privatização da maternidade está sendo realizada por partes e que o laboratório possui equipamentos de alta qualidade. “O que querem fazer com a Santa Casa é um absurdo, especialmente em se tratando do nosso laboratório, que atua há mais de 50 anos e tem um parque de equipamentos de ponta, atendendo com muita eficiência as necessidades do serviço”

De acordo com os servidores, foi feito uma avaliação ao corpo docente da escola para elencar aqueles que estavam interessados em participar da assembleia do Sintero, visto que seriam tratados temas de interesse da categoria, como a luta pelo Fundeb permanente e do Piso do Magistério. No total, 10 professores manifestaram interesse e buscaram a Direção da escola para comunicar a ausência da sala de aula, a partir das 09:00, quando começaria a assembleia. Os professores também avisaram com antecedência a necessidade de comunicar os pais previamente. No entanto, ao tomar conhecimento da ação dos professores, o Diretor Pedagógico do Colégio Tiradentes, professor Lourismar, levou a situação ao Diretor Geral, Capitão Pires, que imediatamente reuniu os servidores para informar que não estava de acordo com a decisão e que caso participassem da assembleia seriam devolvidos à Seduc.

A mineradora Mosaic/Vale Fertilizantes S/A teve acatado pelo judiciário o pedido de despejo de pelo menos cinco das 25 famílias da comunidade Macaúba, localizada no município de Catalão (GO), para aprofundar a extração de nióbio e fosfato. A ordem de despejo a pedido da mineradora contra a comunidade foi aprovada mesmo após esta cercar ilegalmente terras na região. A Mosaic/Vale Fertilizantes S/A, que coleciona irregularidades, em 11 de maio de 2019 interditou o seu funcionamento por falta de documentos que atestassem a segurança da barragem, depois do Ministério Público de Goiás pedir ao judiciário que as mineradoras de Catalão, no sudeste goiano, esvaziassem e desatistivassem as barragens de rejeitos, com urgência.

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