Atendendo o chamado da Campanha internacional pela defesa dos 3 perseguidos políticos de Austin, no Texas (USA) o CEBRASPO realizou no dia 16 de julho um ato-panfletagem no centro do Rio de Janeiro. Contando com a participação de cerca de 30 ativistas do movimento popular (movimentos estudantis, da educação, de mulheres, etc), foram distribuídos 500 panfletos, que denunciavam a perseguição e prisão política dos 3 ativistas de Austin. Os ativistas e os membros do CEBRASPO realizaram importantes falas de denuncias e exposição da situação política explosiva dos USA nos últimos meses, desencadeados pelo covarde assassinato de George Floyd nas mãos da polícia de Minneapolis, Minnesota.
Após a panfletagem, o CEBRASPO também realizou uma exposição e um debate sobre a situação política dos USA em sua sede no Rio de Janeiro, contando com a participação dos ativistas que estavam na panfletagem.
Abaixo reproduzimos reportagem do Jornal A Nova Democracia sobre a campanha convocada pelo CEBRASPO no Brasil:
Comitê Sanitário de Pinhais solidariza-se e toma parte na campanha: "Defender os três perseguidos políticos de Austin!"
No dia 16 de julho, em São Paulo, em frente ao Consulado Geral ianque, manifestantes se reuniram para denunciar a ação do Estado imperialista ianque contra os três perseguidos políticos em Austin. Os perseguidos de Austin sofrem processos e foram injustamente acusados e criminalizados pela tresloucada caça aos "antifascistas" desencadeada por Trump e o FBI.
Na manifestação de solidariedade diversos cartazes e uma grande faixa foi estendida com o símbolo da empresa Targeted (um dos pilares da criminalização), e com mensagens em português e inglês clamando: Defend the Austin's targeted three - Defender os três perseguidos de Austin! Os presentes também manifestaram a solidariedade dos brasileiros ao povo e aos lutadores estadunidenses, através da leitura de um manifesto e de palavras de ordem.
No centro da cidade de São Paulo, na praça da República, diversos panfletos foram entregues à população e a situação dos três perseguidos de Austin foi esclarecida para os que passavam. Muitos populares manifestaram apoio à luta dos trabalhadores e do povo preto e oprimido no Estados Unidos (USA). Um dos transeuntes ressaltou à equipe do AND: "Isso não acontece só no USA, ocorre aqui também no Brasil, por isso é uma luta de todo mundo".
Ação em São Paulo ocorreu em frente ao Consulado Geral e, depois, em movimentada praça central
No Rio de Janeiro, também em 16 de julho, cerca de 30 ativistas se reuniram no Largo da Carioca em defesa dos três, e também para como rechaçar a prisão em massa de outros 10 mil manifestantes durante os Levantes de Maio naquele país e denunciar as condições de vida do povo estadunidense.
Os ativistas fizeram falas sobre a perseguição do Estado imperialista ianque dos que tomaram parte na rebelião no final de maio, em particular dos três acusados de Austin; denunciaram a situação de miséria, desemprego e de genocídio em massa pela pandemia da Covid-19 entre o povo estadunidense e fizeram uma atividade de panfletagem em defesa da liberdade dos três presos políticos entre os transeuntes.
Ao final da atividade, os ativistas se dirigiram ao Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) para uma apresentação sobre os levantes daquele mês e uma maior compreensão política da perseguição sistemática e brutal dos que se rebelam contra a velha ordem, seguidas de um debate e um lanche.
Rio de Janeiro, RJ
Em Belo Horizonte (MG), também dia 16, um grupo de jovens, mulheres e operários realizaram uma intervenção pública. Em seu discurso, um dos manifestantes afirmou que “defender o direito de lutar é muito importante, já que a escalada fascista está por todo mundo e os três de Austin estão sendo criminalizados por defenderem esse direito negligenciado pelo governo reacionário Donald Trump, que persegue os imigrantes, pobres e pretos, covardemente atacados por grupos de fascistas e do braço armado do Estado imperialista ianque”.
Ademais, um grupo de operários da construção civil fez sua saudação aos lutadores do povo estadunidense e se uniu com as companheiras do Movimento Feminino Popular (MFP), que também fizeram sua saudação.
Uma panfletagem também foi realizada na estação do metrô Lagoinha. Cartazes e uma faixa estampavam: Em defesa dos três perseguidos de Austin! Rebelar-se é justo!
Belo Horizonte, MG
Em Goiânia, o Comitê de Solidariedade Popular e o Comitê de Apoio ao AND distribuíram panfletos para a população com a denúncia da perseguição aos presos políticos de Austin. Os ativistas marcaram a atividade na praça do Bandeirante, localizada na avenida Goiás com a avenida Anhanguera, cruzamento mais movimentado da cidade.
Além dos panfletos distribuídos, foi levantada uma faixa com a consigna Defender os três perseguidos de Austin! e foram feitas várias intervenções com caixa de som para toda a população ali presente, denunciando o teor das perseguições, a necessidade de defender os três perseguidos, assim como defender o direito de se organizar e de lutar, além de intervenções sobre a situação de crise mundial que se aprofunda.
Os ativistas denunciaram também o papel vergonhoso que o Estado brasileiro desempenha frente à pandemia de Covid-19 e como o povo está abandonado à própria sorte. Apontaram que diante de tal cenário, a tendência é que cada vez mais os povos de todo o mundo, inclusive do Brasil se levantem para lutar e daí vem a importância de não deixar que se criminalize aqueles que participam de qualquer forma de manifestação ou organização.
Ademais, no início da semana, antecedente ao dia 16, uma ação em Aparecida de Goiânia, estado de Goiás, já havia tomado parte da campanha, conforme foi noticiado por AND.
Goiânia, GO
Em Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), o Comitê Sanitário de Defesa Popular confeccionou uma faixa e realizou agitação em defesa dos três perseguidos. A faixa dizia: Defender os três presos políticos de Austin!
Pinhais, região metropolitana de Curitiba
CAMPONESES JUNTAM-SE À CAMPANHA
Nas cidades de Pedras de Maria da Cruz, Januária e Montes Claros (todas no Norte de Minas), nos dias 15 e 16, também ocorreu ato de solidariedade. A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) da região, atendendo ao chamado, distribuiu mais de 1 mil panfletos e 50 cartazes em formato A3 foram colados em comércios, vilas, casas de camponeses e áreas. Atividades de discussões e leitura do editorial do jornal The Tribune of the People foram também realizadas.
Norte de Minas, Brasil
Camponeses de Área no interior de Pernambuco, com conhecido histórico de luta e resistência, também somaram à campanha internacional.
ALGUMAS PICHAÇÕES PELO BRASIL
Leitores enviaram à redação de AND fotos de alguns das pichações registradas no dia 16 de julho. As fotos, a seguir, são de Campinas (interior de SP); no Rio de Janeiro, bairro operário de São Cristóvão; em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR) e em uma cidade do Mato Grosso do Sul.
Campinas, São Paulo
Rio de Janeiro, São Cristóvão
São José dos Pinhais, PR
Mato Grosso do Sul
Guarulhos, SP
OS TRÊS PERSEGUIDOS DE AUSTIN
O caso dos três presos políticos de Austin diz respeito à prisão de três pessoas acusadas injustamente de “participação em rebelião” e “assalto a um prédio” durante a grande rebelião de maio no USA, na cidade de Austin (Texas). Um dos acusados é uma jovem, mãe e negra, cujo único "crime" foi filmar ao vivo o protesto que passava em frente à loja Target, sem nem entrar no prédio ou fazer qualquer tipo de ação.
Também não há nenhuma prova contra os outros dois acusados além da suposição de que eles estariam no protesto naquele momento e eram “membros conhecidos da organização antifascista”, como se fosse crime ser contra o fascismo, embora eles nunca tenham se proclamado membros de qualquer organização.
A matéria também pode ser lida no seguinte endereço: https://anovademocracia.com.br/noticias/13854-brasil-algumas-acoes-em-defesa-dos-tres-perseguidos-de-austin
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