segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

BOLETIM INFORMATIVO CEBRASPO - EDIÇÃO Nº 20

BOLETIM CEBRASPO: SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL E A LUTA DOS POVOS NO BRASIL E NO MUNDO. EM DEFESA DA LIBERDADE DOS PRESOS POLÍTICOS DEMOCRATAS E REVOLUCIONÁRIOS

CEBRASPO - Defender o direito do povo lutar pelos seus direitos!


Edição nº 20 - Janeiro, 2020

Companheiras e companheiros,

Estamos enviando nosso boletim informativo com uma relação de notícias dos acontecimentos dos povos em luta no Brasil e no mundo.






Wanderson de Jesus Rodrigues Fernandes (a esquerda) e seu pai, Celino Fernandes (a direita)/Foto: Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão

Reproduzimos​ em nosso blog​ nota pública, assinada por diversas entidades e organizações, denunciando o covarde assassinato de dois camponeses na comunidade de Cedro, na Baixada Ocidental Maranhense (Arari), no Maranhão. Segundo a nota, na madrugada do dia 05 de janeiro de 2020, quatro pistoleiros fortemente armados, invadiram a residência de CELINO FERNANDES e WANDERSON DE JESUS RODRIGUES FERNANDES, pai e filho, respectivamente, moradores da comunidade Cedro, município de Arari e os executaram com vários disparos de arma de fogo nos seus rostos, sem oportunidade de qualquer defesa, fato presenciado pela esposa, filhos e netos; Os dois camponeses, juntamente com Adriana de Jesus Rodrigues Fernandes, filha de Celino, já haviam sido criminalizados anteriormente, e ficaram presos por 70 dias, conforme denunciam na nota.​ 
A nota pode ser visualizada em sua íntegra no seguinte endereço:


INTERNACIONAL:

Cristian Montero, ativista político, foi preso pela polícia equatoriana, segundo nota difundida pela Frente de Lutas em Defesa do Povo (FLDP) do Equador. O ativista foi acusado de rebeldia, paralisação de serviços públicos e terrorismo, entre outras coisas. Na realidade, ele participa da luta contra as grandes mineradoras que expulsam camponeses no interior do país.
​Pelo menos 33 crianças palestinas detidas pelo Estado de Israel foram transferidas da prisão de Ofer para a de Damoun, em um processo impróprio sem a presença de responsáveis adultos. A Sociedade de Prisioneiros da Palestina (PPS) denunciou em um comunicado oficial que tal ação compromete a responsabilidade de fornecer direitos de guarda a menores de idade, deixando-os vulneráveis a abusos por parte das forças de repressão sionistas. 

Segundo o portal de notícias internacional Dazibao Rojo, foi preso em 18 de janeiro de 2020 o Professor da Universidade de Osmania, Chintakindi Kaseem, detido pela polícia de Telengana sob a draconiana Lei de Prevenção de Atividades Ilegais (UAPA) por suposto envolvimento com os revolucionários maoístas do Partido Comunista da Índia (Maoísta).​​

O Escritório de Recrutamento Militar de Austin, Texas, amanheceu no dia 25 de janeiro com pichações escritas Combater e resistir ao imperialismo ianque, junto de enormes foices e martelo em suas janelas. O escritório recruta para todos os ramos das Forças Armadas do USA, como Exército, Marinha e Força Aérea.​ ​A ação vem junto da campanha de revolucionários estadunidenses contra a agressão imperialista, mais recentemente contra a nação iraniana, assim como a sanha dos imperialistas em pilhar os recursos naturais e travar guerras de rapina contra diversos países do Oriente Médio visando dominá-los. No dia 9 de janeiro, dezenas de pessoas em Charlotte realizaram uma manifestação anti-agressão imperialista, com uma ativista sendo brutalmente presa, acusada de violação de uma ordem de silêncio quando falava ao megafone. As tentativas da polícia de parar ou isolar o evento foram recebidas com grande resistência por parte dos participantes.


Bombeiros marcharam em Paris, no dia 28 de janeiro, contra a “reforma da Previdência” propugnada pelo presidente Emmanuel Macron. Esse é um dos episódios da luta contra a medida, que engloba jovens, operários de diversos ramos da indústria e demais trabalhadores.​ ​Os bombeiros, em particular, pedem também melhores salários e condições de trabalho, incluindo um aumento na sua bonificação por risco que não é incrementada desde 1990. A marcha contou com um contingente de 7 a 10 mil pessoas.
Após 77 dias de manifestações pela derrubada do governo Piñera e contra o Neoliberalismo, ontem foi a noite mais violenta. Houve manifestações por todo país e 3 governos locais foram simplesmente banidos das cidades sede. Uma pessoa foi assassinada, outra está em estado grave, com traumatismo craniano, há ao menos 120 presos. ​Denúncias do uso de substâncias químicas também tem sido relatada pelos manifestantes, comprovada por análises laboratoriais de instituições como o ​Colégio de Químicos Farmacêuticos e Bioquímicos do Chile.


NACIONAL

Na madrugada do dia 1º de dezembro, a Polícia Militar (PM) do governador João Doria/PSDB assassinou nove jovens ao atacar um baile funk que era realizado na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Os agentes de repressão realizavam a Operação “Pancadão” e a multidão que se divertia no evento se assustou com os barulhos de disparos dos militares. Em meio ao tumulto, jovens foram torturados, espancados e asfixiados pelos militares.


No dia 2 de janeiro, usuários realizaram mais um ato em frente ao​​ Hospital de Emergência de Macapá contra a demora na realização de cirurgias ortopédicas. Em alguns casos a demora dura mais de três meses. Os trabalhadores, apesar de adoecidos, decidiram interditar a via completamente e apenas a passagem de ambulâncias era liberada.
Moradores do bairro Barroso, em Fortaleza, fizeram uma manifestação, no dia 2 de janeiro, cobrando punição para os policiais militares que participaram da abordagem ao cabeleireiro Aldicélio da Silva Frazão, de 31 anos, que faleceu no dia 1 de janeiro após um período internado.​ ​Aldicélio foi abordado por policiais militares no dia 28 de dezembro e, segundo a população, foi submetido a torturas pelos militares. Em decorrência delas, o homem faleceu e os assassinos estão impunes.

​Um trator blindado conhecido como “caveirão”, a mando do latifúndio, passou por cima de oito moradias do povo Guarani Kaiowá. O ataque aconteceu na área de retomada Nhu Vera, em Dourados, no Mato Grosso do Sul.​ ​Os indígenas que dormiam na área foram acordados pelo barulho do trator e fugiram antes do avanço da máquina. Pistoleiros que estavam nos arredores incendiaram o que sobrou das moradias como madeira, lona e pertences pessoais dos indígenas. Como resposta, os guarani kaiowá atearam fogo no trator blindado.​ ​A Polícia Militar (PM) chegou no início da manhã e deu continuidade ao trabalho do latifúndio, atirando com balas de borracha e bombas de efeito moral contra os indígenas. Enquanto agiam com truculência, os paramilitares do latifúndio começaram a plantar soja no território de retomada dos guarani kaiowá, sob a proteção policial.

O governo federal encabeçado p​or​ Bolsonaro, sob a tutela dos generais do Alto Comando das Forças Armadas (ACFA), anunciou no dia 21 de janeiro a criação de uma “Força Nacional Ambiental” que atuará na Amazônia com o pretexto de combater o desmatamento. Essa tropa, que reunirá milhares de policiais militares, será comandada pelo Conselho da Amazônia, presidido pelo vice-presidente e general reacionário Hamilton Mourão, conselho este que servirá para coordenar as ações voltadas supostamente para a “proteção” e “defesa” da região. A proposta já havia sido feita durante o governo de Luiz Inácio, em 2008.​ ​A “Força Nacional Ambiental” se somará às tropas que já estão em atividade, segundo o ministro Meio Ambiente, Ricardo Salles. A presença de militares no campo se intensificou no último ano. Em agosto de 2019, com a “Garantia da Lei e da Ordem” (GLO), foi autorizado o uso das Forças Armadas na região Amazonia em ocasião dos incêndios promovidos pelo latifúndio. A presença dos militares foi prorrogada, estendendo-se até 16 de abril de 2020.

Já fazem quase 3 meses que há uma onda de protestos por parte dos servidores da saúde, por conta de salários atrasados, falta de remédios, leitos e o mínimo necessário para se ter boas condições não só de trabalho como de atendimento para os pacientes. Desde então a defasagem na saúde só aumenta, pessoas chegam às unidades de atendimento e não conseguem ser atendidas, muitas delas com quadros patológicos graves acabam vindo a óbito.

A quarta manifestação contra o aumento da tarifa dos transportes em São Paulo tomou as ruas do centro da cidade no dia 23 de janeiro desafiando todo o aparato repressivo do governo Dória (PSDB).​ ​O protesto teve início em frente ao terminal de ônibus D. Pedro II reunindo centenas de jovens e estudantes que marcharam até a Secretária de Transportes da cidade, onde denunciaram os cortes das linhas de ônibus.

Na manhã do dia 27 de janeiro, trabalhadores em dois bairros de Belém realizaram atos contra as precárias condições de saneamento básico que pioram ainda mais devido ao chamado "inverno amazônico", período em que ocorrem fortes chuvas diárias na região.​ ​Por volta das 9h os trabalhadores interditaram com barricadas de pneus e pedaços de madeira a rodovia do Tapanã, umas das principais via do bairro. O trabalhador João da Cruz mora há 18 anos no bairro e denuncia as precárias condições. 

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