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O que significa o massacre Israelense contra a
“Grande marcha do retorno” do Povo Palestino?
Grande Marcha do Retorno é brutalmente reprimida
A “Marcha do
retorno” é uma grande mobilização do Povo Palestino pelo retorno às suas terras
ocupadas pelo sionismo israelense há 70 anos. Nesse período muitos massacres e as
mais diversas atrocidades já foram cometidas, diretamente pelo exército sionista
ou por suas milícias paramilitares, armadas e com apoio direto do exército,
como os massacres de Sabra e Chatila no Líbano em 1982, que duraram mais de 30
horas, com milhares de mortos, entre muitos outros, além das seguidas tentativas
de ocupar Gaza.
Só entre o final de
março e o início de abril o exército sionista já havia executado 28 palestinos
na Faixa de Gaza. Agora em um só dia foram mais de 60 mortos e 2700 feridos num
total de mais de 100 mortos e pelo menos 11000 feridos pelos ataques nos
últimos meses, segundo o Ministério da saúde de Gaza. Até final de 2017, eram
mantidos em torno de 7000 presos palestinos por Israel, entre eles 313
crianças, metade das quais tem quadro grave de desnutrição. Foram mais de 800.000 expulsos de suas
terras, 300 a 500 aldeias destruídas e queimadas desde 1948, ano da criação de
Israel.
Na faixa de Gaza
vivem mais de 2 milhões de palestinos sofrendo todo tipo de restrições e dificuldades,
em função do criminoso bloqueio, imposto por Israel, onde é proibida a entrada
de remédios, alimentos, gêneros básicos para a vida, atingindo toda a
população, principalmente as crianças.
Mas nem toda a
escalada de crimes conseguiu quebrar e submeter o espírito do Povo palestino, mesmo
que a cada ano novos e maiores absurdos aconteçam nessa história de massacres.
Pelo contrário, a resistência cresce cada vez mais.
E agora os EUA estabelecem sua embaixada em
Jerusalém, em desrespeito completo a decisões da ONU, leis e acordos
internacionais que propõem respeitar o fato de Jerusalém ser referência para
três grandes religiões. Essa ação, além da provocação aberta aos povos árabes,
é mais um passo no sentido da desestabilização e do ataque às nações e povos do
oriente médio. E fica ainda mais exposta agora, depois de terem perdido espaço
na Síria e novamente procuram criar tumultos para abrir espaço através de mais
agressões.
A crise que sacode o
sistema capitalista ameaça a dominação imperialista, como nunca antes. E como
sempre fizeram, sua única saída é provocar, atacar e pilhar as nações e povos
com suas guerras de agressão e o ataque aos direitos dos povos onde Estados burocráticos
com governos fantoches, mantém as nações em condições de semifeudalidade, como
semicolônias. E quando os povos e governos não se submetem são desestabilizados
e atacados abertamente.
O massacre ao povo palestino está exatamente dentro
desse quadro.
Faixa de Gaza, 14/05. Foto: Mahmud Hams
Usando todos os seus
meios de propaganda para justificar seus ataques e crimes, os monopólios de imprensa
e comunicação fazem o papel para o qual são financiados, apresentando o
genocídio como “guerra entre Israel e radicais palestinos”. Reproduzem mil
vezes como “notícias”, os argumentos dos criminosos. Repetem as afirmações dos
governantes sionistas e norte-americanos de que os mortos são “culpa do Hamas”,
e declarações como a do Ministro da defesa de Israel, Avigdor Liberman, de que
“não há inocentes em Gaza”! Isso significa a ordem do massacre!
Só falta os
dirigentes de Israel marcarem os palestinos com estrelas e construírem câmaras
de gás para dizimar e dar uma “solução final” ao povo palestino!
Hitler fez
exatamente o mesmo tipo de declaração em relação aos judeus na década de 30, e
mesmo quando as atrocidades que causaram
os milhões de mortos da segunda grande guerra, eram respondidas pela resistências
dos povos. Assim como fazem hoje os EUA,
culpando Saddam Hussein e Kadafi pelo genocídio que fizeram no Iraque e na
Líbia! Como culpavam a resistência comunista e Ho Chi Mim pela grande e
criminosa matança que fizeram no Vietnam. E como seguem fazendo, por exemplo
quando classificam como terroristas todos os movimentos revolucionários que
desenvolvem a luta de emancipação e libertação de seus povos em várias partes
do mundo, como as guerras populares na Índia, Peru, Turquia, Filipinas, entre
muitas outras. É assim que o imperialismo procura preparar terreno para afogar
a resistência dos povos em sangue.
O que então são os “70 anos de existência de Israel”?
Porque a aspiração do povo judeu de ter
uma nação nunca correspondeu da parte do imperialismo e seus monopólios de
comunicação, ao estimulo à criação de novos Estados para outros povos
submetidos pelas nações imperialistas? Como as próprias nações árabes, ou os irlandeses,
bascos, curdos, armênios, mapuches no Chile e outras nações indígenas em muitos
países, por exemplo?
A ideia da criação
do “Estado” de Israel foi conduzida desde os primeiros momentos por poderosos
grupos econômicos imperialistas, com a finalidade de servir de ponta de lança
para assegurar os seus interesses e seu domínio na região mais rica em petróleo
do globo. Não é por acaso que a primeira colônia de judeus na palestina já
havia sido financiada no século XIX pelo maior banqueiro do mundo na época, o
inglês, Barão Rothschild. E seguiu sendo assim desde o início do século XX, quando
as nações imperialistas perdiam sua influência na região, depois de uma longa
folha corrida de crimes de toda ordem, de sustentação de governos manipulados e
subservientes às suas pilhagens, impostas na base de assassinatos, massacres e
genocídios.
Após a segunda guerra, a campanha pela criação
de “um Estado judeu” cresceu rapidamente com a ativa participação dos serviços
secretos do imperialismo de forma a colocarem os sionistas no poder do novo
”Estado”. Seguindo o objetivo de criar um Estado forte que mantivesse Estados
fracos à sua volta. Dessa forma, desde sua criação, Israel passou a ser um
enclave do imperialismo no Oriente Médio. (ver documentário Nakba)
Sendo criado assim, além de se tornar um centro
de agressão aos povos árabes e reproduzir o desvario e as atrocidades dos nazistas,
antigos algozes de seu próprio povo, o sionismo transformou Israel num dos
Estados mais criminosos do mundo. Fabricando e exportando equipamentos de
morte, de tortura, usados por governos criminosos contra seus respectivos povos
em muitos países. Os mais sinistros caveirões comprados pelo governo de São
Paulo para reprimir manifestações, por exemplo, são importados de Israel, assim
como muitos outros equipamentos de repressão usados no nosso país. Técnicas de
atentados terroristas, assassinatos, envenenamentos, crimes diversos, são
ensinadas e praticadas amplamente pelo Mossad (serviço secreto de Israel), um
centro internacional de crimes como a CIA norte americana.
A proteção e o
incentivo do imperialismo, primeiro Inglês e depois norte americano, teve
exatamente esse objetivo. Uma história de ataques e desestabilizações de
governos da região, assassinatos políticos, agressões aos povos árabes,
cometendo particularmente crimes hediondos contra o Povo Palestino. Tudo isso
diante dos olhos indignados dos povos de todo o mundo. Mas contando para agir
assim, como sempre, com o apoio dos países e governantes imperialistas, como
caso de Trump. Os
EUA, inclusive, fornecem aporte financeiro de bilhões de dólares anuais. E é
com essa mesma prepotência, conhecida de todos, que impedem a condenação de
Israel na ONU, reforçando o sinistro papel do Estado sionista.
Os alemães não eram todos
nazistas, quando aquele Estado foi imposto ao povo alemão nas décadas de 1920 e
1930, assim como não são todos os judeus que são sionistas. Esses regimes
criminosos, esse velho tipo de Estado são impostos aos povos em função do
domínio econômico e militar imperialista e seus grandes grupos econômicos, para
assegurar seu controle. Massacram seu próprio povo se for preciso, e todos os
povos que lutem por seus direitos e sua soberania ou ofereçam resistência.
Nada disso intimida o Heroico Povo Palestino!
Portanto, nossa saudação e toda a nossa solidariedade
ao povo palestino! Nossa saudação a brava resistência palestina! Que continua
dando seu exemplo de coragem, de heroísmo, de luta sem quartel contra as
agressões sionistas e imperialistas. Os povos de todo o mundo rendem a cada
dia, sua homenagem aos heróis e mártires desse grande povo! E seguem, animados
por esse grandioso exemplo no caminho inexorável da luta por sua emancipação e
a libertação de toda a humanidade. Como uma nova grande onda de lutas e
revoluções que varrerá de vez o imperialismo e seus lacaios da face da terra!
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