terça-feira, 18 de junho de 2024

 

PE: Camponeses protestam contra novo ataque do latifúndio no Engenho Barro Branco.


Fonte: Jornal A Nova Democracia 

Na manhã do dia 14/ 06, camponeses do Engenho Barro Branco realizaram uma manifestação em repúdio à colocação de cercas elétricas nas estradas que dão acesso aos arruados onde moram. Os camponeses denunciaram que as cercas representavam risco de vida às crianças e aos animais das criações dos posseiros.


Na manhã do dia 14/ 06, camponeses do Engenho Barro Branco realizaram uma manifestação em repúdio à colocação de cercas elétricas nas estradas que dão acesso aos arruados onde moram. Uma comissão de camponeses, organizados pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP), foi até o local onde estavam sendo instaladas as cercas para demonstrar seu repúdio à Agropecuária Mata Sul LTDA, empresa do latifúndio que estava construindo as cercas.

Os camponeses denunciaram que as cercas representavam risco de vida às crianças e animais das criações dos posseiros: “nós estamos avisando a vocês que não aceitaremos a instalação dessas cercas que arriscam as nossas vidas e a de nossas criações. Nós não vamos aceitar, nós estamos em nosso direito. Se querem briga, se querem conflito vocês terão conflito”, afirmou uma liderança local.

No local, os trabalhadores que estavam instalando as cercas expressaram apoio à revolta dos posseiros: “Estamos aqui apenas trabalhando, vocês estão certos. Nós somos até clandestinos, nem carteira temos”.

Durante a manifestação uma automóvel parou no local, e desceu dele um representante da empresa que, segundo os camponeses, já é conhecido pelas provocações e por andar junto à pistolagem. O elemento começou a filmar os camponeses em uma tentativa clara intimidação e foi respondido com combatividade pelos camponeses, que novamente afirmaram que não aceitariam nenhuma cerca elétrica sendo instalada contra a vontade dos posseiros. 

Um cão que passava pelo local chegou a sofrer um acidente com a cerca. A situação causou revolta aos camponeses, que indagaram: “e se fosse uma criança? Isso não pode ficar assim.”



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