Reproduzidos em nosso blog denúncias emitidas pelo Jornal Resistência Camponesa e pelo Jornal A Nova Democracia, sobre ameaças e tentativa de assassinato a mando do latifúndio contra um camponês morador da Área Bacuri.
Segundo a denúncia, há mais de uma semana, pistoleiros a serviço do latifundiário Gesulino Cezar Travagini Castro vigiam a casa do camponês Joel, que escapou de uma tentativa de assassinato no dia 2 de janeiro.
Gesulino é autor e mandante de dezenas de assassinatos na região de Buritis, na região de Ariquemes. Ele pôde contar com a cumplicidade de alguns policiais civis e militares, em especial se destaca a cumplicidade do delegado da Polícia Civil de Buritis, Lucas Torres Ribeiro, denunciam os camponeses.
Ainda de acordo com a denúncia, em Cujubim, Gesulino cooptou também policiais civis e militares para acobertar seus crimes, contando inclusive com o Prefeito Pedro Marcelo Fernandes Pereira.
Várias vítimas da pistolagem na região apresentam algo em comum: entraram em contradição com Gesulino Cezar Travagini Castro. Como os assassinatos ocorridos na região em 2019 e no final de 2020 demonstram.
Na imagem da esquerda para direita, corpo de Jarbas Teixeira de Sena, foto do mesmo em vida e foto de Cristiano Rezende Exterkotter. Ambos assassinados a mando do latifúndio. Foto: Resistência Camponesa.
ASSASSINATOS A MANDO DO LATIFÚNDIO
Em 12 de janeiro de 2019, o ex-vereador Jarbas Teixeira de Sena, 45 anos, foi assassinado a tiros em um bar na cidade de Cujubim. O assassino estava em uma motocicleta.
Em 16 de outubro de 2020, Cristiano Rezende Exterkotter, 34 anos, foi assassinado na Área Bacuri. A esposa relatou que ele seguia de motocicleta até o vizinho para buscar um cacho de banana quando foi alvejado.
Em 25 de dezembro de 2020, Ronaldo Leonardo da Silva, 43 anos, foi assassinado em uma área de conflito agrário.
Tanto Cristiano Rezende, quanto Jarbas foram assassinados na Área Bacuri a mando de Gesulino e seus pistoleiros com a conivência da polícia de Cujubim e Ariquemes.
As mortes provocadas por este latifundiário nunca são investigadas. Mesmo sendo estas do conhecimento amplo da população de Buritis, o criminoso segue sendo acobertado pelo delegado Lucas Torres. Mesmo os executores de suas ordens, os pistoleiros, quando passam a saber muito sobre sua empreitada criminosa, Gesulino os mata.
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