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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

BOLETIM INFORMATIVO CEBRASPO - EDIÇÃO Nº 18

BOLETIM CEBRASPO: SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL E A LUTA DOS POVOS NO BRASIL E NO MUNDO. EM DEFESA DA LIBERDADE DOS PRESOS POLÍTICOS DEMOCRATAS E REVOLUCIONÁRIOS

​​CEBRASPO - Defender o direito do povo lutar pelos seus direitos!

Edição nº 18 - Outubro, 2019

Companheiros e companheiras,

Estamos enviando nosso boletim informativo com uma relação de notícias dos acontecimentos dos povos em luta no Brasil e no mundo.






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Na semana do dia 21 ao dia 25 de outubro, a Abrapo (Associação Brasileira dos dvogados do Povo) com o apoio do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO) e de diversas entidades classistas, combativas, democráticas e revolucionárias como a Liga dos Camponeses Pobres (LCP), o Movimento Estudantil Popular revolucionário, a Liga  perária, o Movimento Feminino Popular e outros, organizou uma série de atos em Minas Gerais, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Recife em solidariedade à luta pela terra na Baixada Maranhense, como parte da campanha nacional pela liberdade dos presos políticos do governador Flávio Dino (PCdoB), que são os camponeses Joel Roque, Emilde Cardoso, Edilson Diniz e Jose Laudivino, todos organizados pelos Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão.
Mais informações podem ser acessadas no seguinte endereço: https://cebraspo.blogspot.com/2019/10/campanha-nacional-de-liberdade-aos.html




INTERNACIONAL:

O povo iraquiano se rebelou aos milhares em uma semana de protestos pelos seus direitos, como direito ao trabalho e aos serviços públicos, além de rechaçar o sistema político. Os protestos, iniciados no dia 1º de outubro e tornados diuturnos por todo o país, tomaram grandes proporções com ações combativas das massas. Pelo menos 104 pessoas, incluindo oito membros das forças de repressão, foram mortas, e 6,1 mil pessoas ficaram feridas. Inúmeros são os relatos de disparos de armas letais contra os manifestantes.
Um tribunal de Surat ordenou no último 14 de outubro a libertação de Kobad Ghandy. Kobad Ghandy, 73 anos, está sendo processado por "sedição" em um caso de nove anos contra o Partido Comunista Maoista. As condições de liberação são a obrigação de comparecer às audiências, a proibição de deixar o condado e o pagamento de fiança. Kobad Ghandy foi libertado e preso novamente várias vezes e ainda está sendo processado em vários casos que dizem respeito a guerra popular dirigida pelo Partido Comunista Comunista da Índia (Maoísta). O velho estado indiano o manteve preso durante esses anos sem apresentar provas de sua participação em ações atribuídas aos maoístas.
Fontes do Collectif Palestine Vaincra (Coletivo Palestina Vencerá) relatam a participação de mais de 500 pessoas na manifestação do dia 19 de outubro para exigir a libertação imediata do revolucionário Georges Abdallah, que está confinado há 35 anos nas prisões dos imperialistas franceses. A manifestação, segundo o Coletivo, é o culminar dos dias de mobilização, organizados pelo referido grupo em conjunto com Secours Rouge e a Rede Palestina de Solidariedade de Prisioneiros. A manifestação reuniu delegações de diversas regiões da França e seguiu em direção a prisão de Lannemezan, onde segue confinado Abdallah. 

Numa demonstração de solidariedade internacional, na noite de 22 de outubro, o Comitê de Apoio à Luta Popular no Brasil (CALPB) em Los Angeles realizou uma celebração pela vida e luta de Cleomar Rodrigues de Almeida, dirigente camponês da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) em um complexo de apartamentos no Centro-Sul. O dia 22 de outubro marcou cinco anos da morte de Cleomar. A realização do evento só foi divulgada quase uma semana depois.


O Grup Yorum é uma organização de artistas populares na Turquia. Suas canções revolucionárias e shows ​politizados​ provocaram a repressão do regime fascista de Erdoğan, que os criminalizou e os chamou de terroristas. Por 160 dias, membros do Grup Yorum presos pelo governo turco estão em greve de fome por seus direitos.
Hoje, os membros do Grup Yorum em greve de fome estão em estado crítico, como evidenciado pelo peso de um deles, Bahar Kürt, caiu para 42 kg.


​Organizações revolucionárias lançam campanha internacional de solidariedade com presos políticos comunistas e revolucionários na Europa, como o camarada Theo El Ghozzi na França. Segundo o documento assinado por diversas organizações, ​a ofensiva geral realizada na Europa principalmente pelas antigas potências imperialistas contra a tendência crescente do comunismo é ​reflexo da crise geral do imperialismo​. O documento afirma a necessidade de solidariedade e apoio ​àqueles que dedicam sua vida à causa revolucionária e ficam sob fogo do Estado, enfrentando não só processos contra os indivíduos, ​mas campanhas de criminalização contra a luta e os movimentos dos quais fazem parte. O documento pode ser lido na íntegra abaixo:

Em meio a onda de intenso protestos que se encontra o Chile, em que o povo chileno luta contra seus direitos que foram pisoteados nas últimas décadas, manifestantes, ativistas, organizações democráticas e revolucionárias denunciam todo um quadro da mais cruenta repressão, comparada aos anos da ditadura fascista de Pinochet, onde, segundo números oficiais, foram 1.200 feridos, mais de 3.200 pessoas detidas (283 menores de idade), pelo menos 20 foram assassinadas pelas forças de repressão (incluindo uma criança de 4 anos), fora denunciado o uso de centros de tortura onde a polícia levaria manifestantes para as sessões. Movimentos femininos também denunciam abusos sexuais durante a repressão aos protestos. Ainda assim, em meio à uma repressão das mais violentas, as massas não se intimidaram, e continuam a lutar por seus direitos.

NACIONAL


Moradores do Complexo do Alemão, na zona norte no Rio de Janeiro, realizaram mais um ato contra a política genocida de Wilson Witzel e exigindo justiça ao covarde assassinato de Ágatha Felix. O protesto, ocorrido no dia 27 de setembro, contou com a presença de mais de 800 pessoas, dentre estudantes das escolas da região, professores, mototaxistas, movimentos populares e familiares de Ágatha, que caminharam da Grota até a Fazendinha, onde a menina foi alvejada com um tiro de fuzil por um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), segundo confirmam as testemunhas.

No dia 1º de outubro, a Polícia Militar (PM) invadiu um acampamento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e despejou as famílias que nele viviam e trabalhavam, em uma ação incoerentemente ostensiva, contando com cerca de 20 agentes da Força Tática. O caso ocorreu em uma propriedade entre os municípios de Sorriso e Ipiranga do Norte, na região de Nortão, no Mato Grosso.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Marabá (Pará), em uma semana, cancelou duas reuniões seguidas que haviam sido marcadas para negociar com camponeses em luta por terra e, após estes ocuparem o prédio do Instituto indignados no dia 1º de outubro, enviou agentes da Polícia Militar (PM) e a Polícia Federal (PF) para reprimir e expulsar os manifestantes. Os trabalhadores exigiam que o Incra acelerasse o processo de regulamentação das terras onde vivem e produzem, bem como a desapropriação de terras para criação de assentamentos e a promoção de uma infraestrutura decente nos assentamentos já existentes, mas têm se deparado com a negligência do órgão para com suas demandas.

Estudantes universitários indígenas moradores das aldeias Bororó e Jaguapiru bloquearam, por três dias, a rodovia MS-156, no trecho que liga os municípios de Dourados e Itaporã. A motivação do protesto, que iniciou-se no dia 1º de outubro, foi a falta de ônibus para transporte de universitários residentes na Reserva Indígena.​ ​Os estudantes indígenas relataram que estavam há mais de 30 dias sem o ônibus da prefeitura de Dourados que fazia o transporte dos 150 universitários da Reserva até as universidades da cidade
Um protesto de indígenas e estudantes nas dependências do Instituto Federal de Rondônia (campus Calama), na capital Porto Velho, foi reprimido por policiais militares armados com metralhadoras, no último dia 4 de outubro. Os agentes da Força Tática e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram mobilizados e apoiaram uma plenária composta por grandes empresários e fascistas, cujos participantes xingaram, agrediram, ameaçaram e impediram os indígenas de se manifestarem.

No último dia 5 de outubro, policiais militares invadiram a horta comunitária África Livre - organizada pela organização 'Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto' e localizada no Parque Solar Boa Vista, em Salvador, Bahia - e agrediu o militante e escritor Hamilton Borges, que também é articulador da Escola Winnie Mandela.​ ​Em nota de denúncia publicada no dia 7 de outubro, o Comando Vital Reaja, do Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto, apontou que "em suas práticas costumeiras de ataques, esculacho, achaques e abordagens violentas e sem motivos fundados – que envolvem socos, tapas e prisões arbitrárias de jovens pretos e pretas frequentadores do Parque, [os policiais] entraram aos gritos de 'mãos na cabeça, porra!'"



Cerca de 200 representantes do povo Munduruku protestaram em frente à Câmara dos Vereadores de Jacareacanga, sudoeste do Pará, contra a liberação dos garimpos e da mineração em sua terras. Os indígenas levavam a mensagem de 140 caciques das aldeias da Terra Indígena Munduruku do Alto Tapajós aos vereadores do município, onde afirmam que os parlamentares não têm o direito em falar em nome do seu povo, e que não aceitarão passivamente essa exploração.


Durante debate realizado pelo Jornal A Nova Democracia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) no dia 22 de outubro, que discutia a luta revolucionária e contava com a participação do filósofo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Vladimir Safatle, representantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), da Liga Operária, do Movimento Feminino Popular (MFP) e do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), participantes levantaram placas e cartazes exigindo liberdade para os presos políticos do imperialismo, em português e em inglês. Os cartazes exigiam também liberdade para Théo El Ghozzi (preso político e militante operário da França) e camarada Dallas (militante revolucionário dos EUA, preso e perseguido pelo estado). 

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