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sexta-feira, 31 de julho de 2020

ALEMANHA: MÜSLÜM ELMA CONQUISTA LIBERDADE!

Compartilhamos com nossos apoiadores importante notícia sobre a conquista da liberdade dos acusados de "terrorismo" pelo estado alemão no caso TKP / ML. Dentre eles, Müslüm Elma era o único que não respondia em liberdade. A vitória se deu na última audiência com o Supremo Tribunal no final do Julho, em que foi decidido pela liberdade de todos os acusados.

Esta importante vitória não teria sido possível sem a pressão e luta de diversas organizações progressistas, democráticas e revolucionárias, que agitaram uma grande campanha internacional pela liberdade de todos os presos e perseguidos políticos da ATIK.

O CEBRASPO saúda a tenacidade das massas e ativistas organizados que participaram desta campanha, como também de todos os presos políticos da ATIK, em especial Müslüm Elma que estava preso desde abril de 2015 e só conquistou a liberdade com a decisão final do judiciário alemão.

Na ocasião da audiência, diversos ativistas e organizações de luta pelos direitos do povo se reuniram e se manifestaram a favor dos presos políticos da ATIK e também de outros presos políticos em todo o mundo, como Georges Ibrahim Abdallah, Ahmed Sadat, GN Saibaba, Varavara Rao e o Professor Abimael Gúzman.

Segue abaixo tradução da notícia divulgada pelo portal de notícias Dazibao Rojo: 


A audiência final dos acusados no caso contra os trabalhadores da Confederação dos Trabalhadores Turcos na Europa (ATIK) em Munique, Alemanha, realizada em 28 de junho, decidiu pela liberdade dos réus, que seriam julgados por terrorismo, argumentando sua relação com o Partido Comunista da Turquia / Marxista-Leninista (TKP / ML).


A promotoria solicitou multas individuais para cada acusado, de acordo com o projeto original: 6 anos e 6 meses para Müslüm Elma, 4 anos e 6 meses para Erhan Aktürk, 3 anos e 6 meses para Sinan Aydın, 3 anos e 4 meses para Haydar Bern, 3 anos e 6 meses para Banu Büyükavcı, 3 anos para Musa Demir 4 meses, Deniz Pektaş 5 anos, Sami Solmaz 3 anos, Seyit Ali Uğur 4 anos e 6 meses e Mehmet Yeşilçalı 2 anos e 9 meses.

Os sindicalistas foram presos em abril de 2015 em vários países da Europa e extraditados para a Alemanha, em claro apoio ao governo reacionário da Turquia. A hipótese do imperialismo é que o ATIK serve como organização de frente para o TKP / ML, mas nem um e nem outro são consideradas organizações ilegais no país onde o caso criminal foi julgado, tornando-o um julgamento de farsa e um acerto de contas terrorista contra a trabalhadores democráticos.

Em um de seus discursos perante o Supremo Tribunal, o revolucionário Müslüm Elma argumentou: ... ”Vocês representam os interesses da burguesia imperialista alemã. Nós, por outro lado, somos membros do proletariado internacional e dos povos oprimidos do mundo. Somos responsáveis ​​por defender seus interesses. Suas acusações "terroristas" não fazem sentido para nós revolucionários internacionalistas. Sempre dissemos, repetimos novamente: os verdadeiros terroristas são os que administram empresas de armas. São burgueses sugadores de sangue que controlam grandes monopólios e bancos. Eles estão arrastando o mundo para a destruição, para o desastre ”…

Fora da audiência final, uma importante concentração de massas estava se desenvolvendo, aguardando a saída dos revolucionários, exigindo também a libertação de outros presos políticos em todo o mundo, como Georges Ibrahim Abdallah, Ahmed Sadat, GN Saibaba, Varavara Rao e Presidente Gonzalo. Os sindicalistas da ATIK presos foram recebidos por slogans e discursos combativos por palestrantes de várias organizações internacionalistas em um sólido ato de unidade.


A notícia pode ser lida em seu formato original no seguinte endereço: http://dazibaorojo08.blogspot.com/2020/07/alemania-muslum-elma-esta-libre.html

quinta-feira, 30 de julho de 2020

CHILE: SEMANA DE MOBILIZAÇÕES EM APOIO AOS PRISIONEIROS POLÍTICOS MAPUCHE

Compartilhamos com nossas apoiadoras e apoiadores importante notícia divulgada pelo portal de notícias Periodico El Pueblo sobre campanha pela libertação dos presos políticos mapuche.

A campanha denuncia a situação de presos políticos mapuche que se viram obrigados a realizarem greve de fome para lutar por seus direitos e contra o processo de criminalização e ataques graves aos direitos fundamentais dos povos mapuche. 

O CEBRASPO se solidariza com a campanha e se soma ao exigir libertação imediata a todos os presos políticos mapuche!

A seguir, a matéria traduzida:




As mobilizações continuam a apoiar os presos políticos mapuche nas prisões de Angol, Temuco e Lebu, que estão em greve de fome. No caso dos presos da prisão de Angol, eles cumprem 90 dias nesta semana e sua saúde se deteriorou consideravelmente.

Por essa razão, durante esta semana a luta se intensificou, exigindo inúmeras ações, como bloqueios nas estradas, retomadas, ayekanes, marchas e ataques em apoio às demandas dos presos políticos.

Na manhã desta segunda-feira, 27 de julho, foram registradas fotos em todos os municípios da província de Malleco, além do município de Temuco. Em Temuco, a repressão foi imediata, deixando um saldo de 12 detidos, dos quais 9 lamien e um peñi estão detidos e na terça-feira de manhã, 28 de julho, eles passariam ao controle de detenção.

Os municípios que possuem atuações da campanha são os de Ercilla, Victoria, Lonquimay, Collipulli, Traiguén, Galvarino, Curacautín. Que continuam sendo ocupados pelas famílias e comunidades dos prisioneiros de Peñi .


O funcionário da comunidade Newen Ñuke Mapu, Ada Huentecol, destaca: “O fundamental aqui são as demandas de nossos irmãos que estão em greve de fome, eles estão em greve de fome há 85 dias, onde o estado deve fornecer uma solução para nossas demandas , em que a Convenção 169 da OIT, nos artigos 7,8,9, 10, não foi respeitada. Minha pergunta é por que um prisioneiro normal de winka tem privilégios? Como o que aconteceu com o assassino de Camilo Catrillanca "

Essas mobilizações fazem parte da chamada para intensificar ações de solidariedade nesta semana, com várias ações para o povo mapuche e também o povo chileno. Entre essas ações, uma grande marcha Mapuche-Huilliche foi convocada para a manhã desta quarta-feira, dia 29, que será replicada com várias ações em todo o país.

Liberdade para os presos políticos mapuche!

quarta-feira, 29 de julho de 2020

ALEMANHA: MANIFESTAÇÃO EM BRENEN CONTRA SENTENÇA NO PROCESSO TKP / ML



De acordo com o portal de notícias Dem Volke Dienen, em 28 de julho, dia do veredicto do longo julgamento da TKP / ML, várias organizações revolucionárias realizaram uma manifestação espontânea em solidariedade aos acusados em frente ao tribunal do distrito de Bremen. O julgamento dos 10 suspeitos começou há mais de quatro anos. Em 28 de julho, o Tribunal Regional Superior de Munique anunciou as sentenças, que são de dois anos e meio a seis anos e meio de prisão. Os acusados ​​foram condenados por "apoiar uma organização terrorista estrangeira", embora o TKP / ML ainda não esteja na lista de terrorismo alemã ou da União Europeia.

Trechos das declarações das organizações Partizan e AGEB foram lidos no comícioAlém disso, outros discursos foram feitos e houveram contribuições culturais. Embora a sentença tenha sido a ocasião mais candente para sair às ruas e manifestar-se contra a criminalização do TKP / ML naquele dia, também foi feita uma declaração por ocasião da Semana dos Mártires na Índia para o Partido Comunista da Índia (Maoista). Nele, os camaradas exigem a libertação imediata dos prisioneiros revolucionários e democráticos Varavara Rao e GN Saibaba, que, apesar de suas já debilitadas saúdes, estão expostos às más condições nas prisões indianas. Varavara Rao está infectado com o vírus Corona e já está em coma. No entanto, o velho estado indiano se recusa a libertar seus companheiros em liberdade condicional. Essas condições nas prisões do velho estado indiano foram denunciadas em outros discursos.
A manifestação foi ao mesmo tempo um forte sinal de internacionalismo proletário e um passo à frente na cooperação de diferentes forças revolucionárias em Bremen.

LIBERDADE IMEDIATA PARA VARAVARA RAO E GN SAIBABA!

LIBERDADE IMEDIATA PARA VARAVARA RAO E GN SAIBABA, CUJAS VIDAS ESTÃO AMEAÇADAS NAS PRISÕES INDIANAS

                                    

O CEBRASPO vem se juntar a campanha movida por diversas organizações democráticas e progressistas em todo mundo em defesa da vida e pela libertação dos intelectuais progressistas e defensores dos direitos do povo, o poeta revolucionário Varavara Rao e o Professor G.N Saibaba, presos políticos do velho Estado indiano.

Como resultado da ofensiva econômica das classes dominantes indianas, premidas pela crise mais global do imperialismo, em explorar ainda mais os trabalhadores, numa tentativa impossível de a reverter, os governos se tornam mais e mais reacionários e fascistas. Pois, se faz necessário aplastar as vozes democráticas que denunciam o aumento da desigualdade e a piora das condições de vida das amplas massas. Para isso, passam por cima dos direitos democráticos mais elementares e votam leis draconianas visando calar o povo.  Acirram preconceitos contra setores historicamente oprimidos como os Dalits, minorias muçulmanas, Adivasis e mulheres.  Assassinam opoentes ideologicamente contrários (racionalistas) e aplicam encarceramento em massa a intelectuais, artistas e demais defensores dos direitos do povo democráticos e progressistas.

Dois destes intelectuais encarcerados estão em situação de saúde extremamente precária., com risco de morte. A epidemia de COVID-19 tem se espalhado intensamente nas prisões cuja ocupação está muito além da recomendada, não possuindo assistência médica adequada. Muitos organismos internacionais, como  a própria OMS, reconhecendo a dificuldade de controle da COVID-19 nas prisões, tem recomendado a libertação e alteração de pena de presos em situação de risco para a pandemia, como é o caso destes lutadores.

O poeta consagrado Varavara Rao que tem 81 anos, e há 2 anos na prisão, está com COVID-19, o que veio somar a condições anteriores de saúde bastante precárias.  Ele é um ativista pela autonomia do estado de Telangana. GN Saibaba, professor da Universidade de Delhi é paralítico. Eles com mais 12 ativistas de direitos sociais, escritores, poetas foram colocados na prisão sob falsas acusações de “terrorismo urbano”. E desde então seus companheiros e familiares denunciam a falta de atendimento médico adequado e a piora em seus estados de saúde.

Exigimos que esses dois defensores dos direitos do povo, pessoas idosas com a saúde extremamente fragilizada, sejam libertados imediatamente das prisões.
Conclamamos a todos os democratas a exigir a liberdade imediata de VARAVARA RAO e GN SAIBABA!

Em defesa da vida de VARAVARA RAO e GN SAIBABA!
Liberdade para todos os prisioneiros políticos da India!
Todos os prisioneiros acima de 60 anos devem ser liberados.


CENTRO BRASILEIRO DE SOLIDARIEDADE AOS POVOS - BRASIL



IMMEDIATE FREEDOM FOR VARAVARA RAO AND GN SAIBABA, WHICH LIVES ARE THREATENED IN INDIAN PRISONS

CEBRASPO joins the campaign led by various democratic and progressive organizations worldwide in defense of life and for the liberation of progressive intellectuals and defenders of the rights of the people, the revolutionary poet Varavara Rao and Professor GN Saibaba, political prisoners of the old Indian State.

terça-feira, 28 de julho de 2020

ALEMANHA: SOLIDARIEDADE AOS MÁRTIRES DO GRUPO YORUM E AOS REVOLUCIONÁRIOS TURCOS

Uma manifestação em homenagem pelos ativistas caídos durante greve de fome do Grupo Yorum, bem como pelos revolucionários turcos atualmente em greve de fome, ocorreu em Mannheim no dia 12 de julho, em frente à principal estação de metrô da cidade. Os manifestantes tocaram músicas revolucionárias, distribuíram panfletos e gritaram palavras de ordem como "liberdade para todos os presos políticos", "com solidariedade internacional", "morte ao fascismo em todos os lugares", entre outros.





segunda-feira, 27 de julho de 2020

ÍNDIA: COMITÊ INTERNACIONAL DE APOIO A GUERRA POPULAR NA ÍNDIA FAZ CHAMADO DE SOLIDARIEDADE AOS PRESOS POLÍTICOS

Compartilhamos com nossos apoiadores importante chamamento do Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia de ações de solidariedade com a dramática situação naquele país que, em plena pandemia, tem um governo de turno fascista que tem tornado a situação das massas exploradas ainda mais insuportável. O chamando para as ações é para o dia 28 de julho, dia em que se desenvolve vasta ação dos maoístas e dos combatentes da guerra popular durante a semana dos mártires da revolução.

O CEBRASPO faz um apelo a todos e todas as personalidade e organizações progressistas, democráticas e revolucionárias a atenderem juntamente conosco o chamado para a luta pela liberdade de todos os presos políticos revolucionários e democráticos indianos, em especial de Varavara Rao e do Prof. Saibaba, devido a condições de saúde debilitadas dos mesmos

Segue abaixo, em sua íntegra, o documento traduzido para o português:


Cartaz da campanha: "Libertem todos os presos políticos; Considerando suas condições de saúde deteriorantes: Varavara Rao e G. N. Saibaba deveriam ser libertados sob fiança imediatamente! Organizações por direitos: CLC, HRF, CLMC, PUCL, OPDR"

"A pandemia está se expandindo na Índia. No ranking, é o terceiro país do mundo depois dos EUA e do Brasil. Nas últimas horas, ocorreram 30 mil infecções, o total de casos é de 1 milhão e as mortes são de 24 mil. Os estados mais afetados são Maharashtra e Tamil Nadu, seguidos por Karnataka. O novo lockdown (bloqueio) decidido pelo regime fascista afeta 12 estados, incluindo Bihar. Estes são os estados mais pobres. Ao mesmo tempo, Bangalore também é atingida, que é o centro de tecnologia mais desenvolvido na Índia, onde estão localizados os escritórios da Microsoft, Apple e Amazon. Mais de 3 milhões de trabalhadores perderam o emprego e estão chegando às suas aldeias.

O sistema de saúde na Índia mostra todo o seu atraso para uma massa tão grande de população e a ausência de qualquer serviço de saúde real.

O Partido Comunista da Índia (Maoista) luta desde abril para defender as condições das massas. O porta-voz do Comitê Central chamou o coronavírus de "arma biológica" que tem suas raízes nas políticas imperialistas. Ele solicitou que pelo menos 10% do produto interno bruto fosse destinado à nutrição e saúde das massas; ele denunciou como o governo Modi não hesitou em continuar a exportação pró-imperialista de medicamentos químicos para os Estados Unidos, apesar das dramáticas necessidades das massas indianas.

É nesse contexto que um drama dentro do drama é composto por presos políticos que, além de serem vítimas da repressão fascista do governo, arriscam suas vidas e saúde nas prisões do regime.

O PCI (Maoísta) pediu a libertação imediata de Varavara Rao, um artista intelectual revolucionário, conhecido e apreciado pelas massas indianas, assim como do Prof. Saibaba, uma figura proeminente da oposição democrática revolucionária ao regime Modi e ao sistema indiano de subserviência ao imperialismo.

A luta contra a repressão e libertação desses presos políticos faz parte da resistência das grandes massas populares em luta e, ao mesmo tempo, faz parte da denúncia do governo que usa a força policial, usando o bloqueio, contra as massas. e que nada faz pela segurança dos médicos, profissionais de saúde.

Por esse motivo, hoje é necessário mais do que nunca desenvolver a denúncia do governo Modi, intensificar a solidariedade com as massas indianas em luta e armas, ampliar a demanda pela libertação imediata de Varavara Rao e Saibaba em todos os países.

O Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia sempre esteve envolvido nessa batalha e hoje pede urgentemente uma nova fase de mobilização. Através da repressão desses dois intelectuais, atingiram um número impressionante de militantes, professores, estudantes e artistas, membros de organizações democráticas; O terrorismo de Estado é praticado contra a liberdade de imprensa, de opinião em um país onde o regime aprova leis racistas e discriminatórias, como as últimas sobre cidadania que afetam milhões de muçulmanos.

O desenvolvimento da pandemia também transforma prisões em armadilhas mortais.

Portanto, o Comitê pede um novo dia internacional de informação, ação e solidariedade para 28 de julho, dia em que se desenvolve a vasta ação dos maoístas e dos combatentes da guerra popular durante a semana dos mártires da revolução.

O Comitê divulgou, ainda neste dia, os numerosos documentos que circulam na Índia e no mundo todo em apoio a essa batalha.

Mais de 130 intelectuais renomados assinaram um apelo alegando que a deterioração das condições de saúde do Prof. Saibaba e Varavara Rao e o surto de Covid nas prisões ameaçam suas vidas e exigem sua libertação imediata sob fiança. Documentos da mesma natureza são assinados em Bangladesh e por grupos de deputados no mesmo parlamento indiano.

À luz disso, o Comitê apela a alguns objetivos imediatos:

espalhar esses documentos por todos os meios na internet;

organizar um envio em massa pelo correio no dia 28 de julho à imprensa internacional, às embaixadas indianas, aos ministros das Relações Exteriores e da Justiça do maior número de governos, ao Parlamento Europeu, ao Tribunal Internacional de Justiça;

organizar reuniões, protestos e todo tipo de ações que, juntamente com mensagens de solidariedade, permitam ampliar a frente de mobilização; em particular, para esta última tarefa, apelamos a todas as organizações políticas e sociais que lidam com prisão, repressão, solidariedade internacional e internacionalista.

São iniciativas já em andamento em alguns países nos últimos meses. O que se pede no dia internacional é a concentração, socialização que pode desenvolver uma campanha prolongada com o objetivo de obter resultados concretos ao longo desses meses, caracterizados pela pandemia."

terça-feira, 21 de julho de 2020

ATIK: AUDIÊNCIA DO JULGAMENTO DO TKP/ML SE APROXIMA! LIBERDADE PARA MÜSLÜM ELMA!

Compartilhamos abaixo tradução de documento da ATIK (Confederação dos Trabalhadores da Turquia na Europa) denunciando a aproximação do "julgamento do TKP/ML" na Alemanha, onde membros da ATIK são acusados de terrorismo por, supostamente, pertencerem ao TKP/ML (Partido Comunista da Turquia/ Marxista Leninista).

No documento, a ATIK expõe que um dos acusados, Müslüm Elma, permanece encarcerado há mais de 5 anos, e que os outros nove correm risco de serem presos novamente. O CEBRASPO se soma a ATIK e exige liberdade para Müslüm Elma e absolvição de todos os demais acusados! 

A seguir, a tradução do documento:


A audiência do julgamento do TKP / ML de Munique está se aproximando - o tribunal quer pronunciar um julgamento escandalosamente horrendo!

Exigimos: absolvição de todos os acusados ​​e liberdade para Müslüm Elma

No julgamento de quatro anos com a acusação forjada de "terrorismo" contra dez revolucionários da Turquia no Tribunal Regional Superior de Munique, o Ministério Público exigiu punições draconianas.

Os acusados ​​nem sequer são acusados ​​de crimes concretos, mas apenas de associação ou "liderança" no TKP / ML, o que não é proibido na Alemanha. Portanto, trata-se de sua mentalidade e organização revolucionárias! O promotor federal quer que isso seja punido com pena de prisão de três anos e seis meses, até seis anos e nove meses. Depois que nove dos dez réus foram libertados da custódia, eles ainda devem voltar para a prisão.

CEBRASPO: ATIVIDADES DA CAMPANHA EM DEFESA DOS TRÊS PERSEGUIDOS DE AUSTIN




Atendendo o chamado da Campanha internacional pela defesa dos 3 perseguidos políticos de Austin, no Texas (USA) o CEBRASPO realizou no dia 16 de julho um ato-panfletagem no centro do Rio de Janeiro. Contando com a participação de cerca de 30 ativistas do movimento popular (movimentos estudantis, da educação, de mulheres, etc), foram distribuídos 500 panfletos, que denunciavam a perseguição e prisão política dos 3 ativistas de Austin. Os ativistas e os membros do CEBRASPO realizaram importantes falas de denuncias e exposição da situação política explosiva dos USA nos últimos meses, desencadeados pelo covarde assassinato de George Floyd nas mãos da polícia de Minneapolis, Minnesota. 





Após a panfletagem, o CEBRASPO também realizou uma exposição e um debate sobre a situação política dos USA em sua sede no Rio de Janeiro, contando com a participação dos ativistas que estavam na panfletagem. 



Abaixo reproduzimos reportagem do Jornal A Nova Democracia sobre a campanha convocada pelo CEBRASPO no Brasil: 

domingo, 19 de julho de 2020

LIBERDADE PARA TODOS OS PRESOS DO GRUPO DE RISCO DA PANDEMIA!

A recente decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela soltura de Fabrício Queiroz evidencia o caráter de dois pesos e duas medidas da balança do poder judiciário do velho Estado, que longe de equilibrada pende sempre para o lado dos burgueses, latifundiários e toda sorte de capangas associados, como é o caso de milicianos fartamente favorecidos.

Ainda que a decretação da prisão preventiva de Queiroz tenha se dado em razão de diversos elementos justificáveis – risco de fuga, fornecimento de informações falsas, comunicação constante com grupos de milicianos – cabe ressaltar que a decisão que ordenou sua transferência para prisão domiciliar possui amparo jurídico, considerando que, de acordo com suas alegações, ele apresenta comorbidades que caracterizam grupo de risco em meio a pandemia do novo coronavírus.

Trata-se, entretanto, de decisão esdrúxula, pois estende-se à sua então foragida esposa, sob a alegação de que seria ela cuidadora indispensável ao estado de grave enfermidade de Queiroz. Grau de enfermidade, entretanto, incompatível com sua participação em churrascos e festas na casa de Frederick Wasseff, onde se abrigava.

Todo o contorcionismo dessa decisão, proferida por um juiz que não é conhecido por ser garantista e defensor dos direitos de acusados em sua corte, demonstra como atua esse Judiciário, quais direitos e vidas são protegidas, enquanto outras são dispensáveis. Tal decisão contrasta com o histórico de julgamentos desse tipo no STJ, que de acordo o site do monopólio de imprensa das organizações globo (G1, 11/07/2020), negou pedido de prisão domiciliar em 95% dos casos de foragidos que tiveram sua prisão preventiva decretada.

Já análise feita pela Folha de São Paulo em maio de 2020 mostra que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a soltura de apenas 6% de um total de 1.386 habeas corpus examinados desde março até o dia 15 de maio. Negando a soltura e a prisão domiciliar até em casos com atestados médicos comprovando graves riscos à saúde das pessoas.  

O mesmo STF que reconheceu “o estado de coisas inconstitucional” do sistema penitenciário brasileiro, chamando atenção para a grande possibilidade de expansão do risco de contágio diante a pandemia do COVID-19, que possui elevado grau de transmissibilidade, e em razão das dificuldades para garantia de observância da higiene e isolamento necessário de indivíduos. 

As masmorras do sistema prisional brasileiro são conhecidas pelas mais deploráveis condições de insalubridade, superlotação e toda sorte de violências físicas, psicológicas e humilhações cometidas contra a população carcerária e seus familiares, em sua gigantesca maioria pobres, negros e negras. A disseminação de doenças como tuberculose, sarna e sarampo é uma dura realidade que faz parte do cotidiano dos presos e seus familiares.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

ÍNDIA: CAMPANHA EXIGE LIBERDADE IMEDIATA PARA VARAVARA RAO!

Compartilhamos com nossos leitores e apoiadores importante documento divulgado pela Campanha Contra a Repressão Estatal (CASR, em sua sigla original) exigindo a liberdade imediata de de Varavara Rao, poeta revolucionário de 80 anos preso nas masmorras do velho estado indiano e, recentemente, diagnosticado com COVID-19, agravando a sua já debilitada saúde. A situação delicada que se encontra Varavara Rao e outros presos políticos democráticos e revolucionários como o professor GN Saibaba urge uma campanha enérgica pela libertação imediata dos presos políticos, pelo direito a vida e saúde dos mesmos, por isso fazemos um chamado para todos e todas os democratas, progressistas, intelectuais, revolucionários e demais defensores dos direitos do povo a se somarem a esta importante e urgente campanha de solidariedade internacional.

O CEBRASPO repudia o descaso com que tem sido tratado Varavara Rao e os demais presos políticos e exige sua liberdade imediata! 

Reproduzimos, abaixo, o documento traduzido da Campanha:

A Campanha Contra a Repressão Estatal (CASR) exige a libertação imediata do poeta revolucionário Varavara Rao, que deu positivo para o COVID-19.


A Campanha Contra a Repressão do Estado (CASR, na sigla original) exige a libertação imediata do poeta revolucionário Varavara Rao, que testou positivo para COVID-19. De acordo com as informações recebidas pelos membros da família, a saúde de Varavara Rao deteriorou-se rapidamente nas últimas duas semanas. Isso também é evidenciado pelo seu estado físico enfraquecido, fala incoerente e incapacidade de desempenhar independentemente funções diárias ou corporais. Após esforços persistentes dos membros da família para destacar sua condição de saúde, as autoridades da prisão, que negaram essas preocupações, foram obrigadas a transferir Varavara Rao para o Hospital JJ em Mumbai, no dia 13 de julho. No entanto, sua saúde piorou ainda mais porque as autoridades do hospital não cuidaram dele. Eles até mandaram embora sua família à força por levantar preocupações sobre ele ser abandonado em uma maca suja e insalubre. Hoje, ele testou positivo para COVID-19 e foi transferido para o Hospital Saint George, Mumbai.

O papel deliberado desempenhado pelo Estado na saúde debilitada de Varavara Rao captura, de várias maneiras, o impacto das ações do Estado na onda nacional em casos de COVID-19. Em vez de tomar providências para atendimento e tratamento médico imediato, as autoridades da cadeia de Taloja negaram-lhe atendimento médico. Simultaneamente, a Agência Nacional de Investigação (NIA) trabalhou horas extras para bloquear todos os esforços para a libertação dos presos sob o caso Bhima Koregaon-Elgaar Paris, apesar da ameaça crescente de uma infecção por COVID-19 em cadeias apertadas. É notório que vários dos que estão sob julgamento são pessoas acima de 60 anos de idade, que sofrem de comorbidades e, portanto, particularmente vulneráveis ​​a uma infecção por COVID-19. Além de Varavara Rao, incluem Anand Teltumbde, Gautam Navlakha e Shoma Sen. O que começou como uma caça às bruxas em ativistas em 2018 pela Polícia de Maharashtra agora se tornou uma tentativa de assassinato em custódia pelas autoridades da NIA, da cadeia e do hospital. Essa é uma extensão bárbara da política de marcar as vozes de dissidência como "naxalitas urbanos" e encarcerá-las por longos períodos de tempo sob acusações fabricadas, facilitadas por leis draconianas. À medida que a pandemia do COVID-19 se espalha mais e mais rapidamente em todas as partes do país, as cadeias desumanas e superlotadas foram transformadas em forca para aqueles que o Estado procura silenciar.

Para promover essas ações, a NIA convocou várias outras pessoas, incluindo o professor da Universidade de Delhi, Hany Babu, e o jornalista de Hyderabad, Kranti Tekula, para testemunhar diante deles em Mumbai. O apelo por atrasos devido a restrições de viagens e a implodente crise de saúde ter sido rejeitado revela os interesses básicos desta agência e de seus senhores no Ministério da Administração Interna. Eles pretendem instilar medo entre aqueles que ousam exigir direitos para as classes, castas e comunidades oprimidas. O caso do Dr. GN Saibaba, um professor com 90% de seu corpo debilitado e cadeirante da Universidade de Delhi, que continua encarcerado, apesar dos repetidos apelos à liberdade condicional, provavelmente se desenvolverá semelhante ao caso de Varavara Rao. A negação de indenização a essas pessoas torna os Tribunais cúmplices no assassinato em custódia de ativistas, intelectuais, advogados, jornalistas, poetas e sindicalistas. Deve-se reiterar que vários ativistas anti-CAA, NRC, NPR presos pela polícia de Delhi permanecem na prisão apesar dos apelos por sua libertação. Essa política de negar assistência médica a presos políticos novamente se manifesta no encarceramento contínuo dos líderes camponeses Akhil Gogoi e Manas Konwar, juntamente com outros que testaram positivo para COVID-19 enquanto estavam presos em Assam. Todos esses pedidos de fiança estão sendo negados, invocando a draconiana Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas (UAPA) e a Lei da NIA. O uso dessas leis draconianas para encarcerar ativistas e negar a fiança, apesar da disseminação do COVID-19 nas prisões, é uma violação flagrante do direito à vida dos presos.

É óbvio que o governo central liderado pelo BJP e agências como a NIA estão usando o caso Bhima Koregaon como uma tática para suprimir as vozes que coletivamente se opõem ao fascismo brâmane do Hindutva. Ao mesmo tempo, as forças Hindutva acusadas de atacar dalits, adivasis, muçulmanos e as seções progressistas e democráticas de nossa sociedade são protegidas e defendidas. Isso torna imperativo que nos unamos para resistir ao ataque do fascismo hindutva bramânico, exigir a libertação de todos os presos políticos e exigir atenção médica a todas as pessoas encarceradas em prisões e prisões em todo o país. A Campanha Contra a Repressão Estatal (CASR) insta todas as seções progressistas e democráticas de nossa sociedade a se unirem e atrairem as grandes massas para resistir coletivamente às forças fascistas e se opor à repressão estatal. Exigimos:

1) Libertação imediata do poeta revolucionário Varavara Rao e do Dr. G. N Saibaba.

2) Libertação imediata de todos os ativistas e intelectuais acusados no caso fabricado de Bhima Koregaon

3) Libertação imediata de todos os ativistas anti-CAA, NRC e NPR.

4) Libertação imediata de todos os presos políticos alojados em prisões em todo o país.

5) Revogação de todas as leis draconianas, incluindo UAPA, PSA, NSA e outras.

Campanha Contra a Repressão Estatal
(Equipe organizadora: AISA, AISF, APCR, BCM, Exército de Bhim, Bigul Mazdoor Dasta, BSCEM, CEM, CRPP, CTF, Disha, DISSC, DSU, DTF, IAPL, IMK, Karnataka Janashakti, KYS, Lokpaksh, LSI, Mazdoor Adhikar Sangathan, Mazdoor Patrika, Mehnatkash Mahila Sangathan, Morcha Patrika, NAPM, NBS, NCHRO, Nowruz, NTUI, Observatório do Povo, Rihai Manch, Samajwadi Janparishad, Satyashodak Sangh, SFI, Unidos Contra o Ódio, WSS)

quarta-feira, 15 de julho de 2020

USA: DEFENDER OS TRÊS PERSEGUIDOS POLÍTICOS DE AUSTIN!



O CEBRASPO manifesta seu repúdio à criminosa perseguição aos 3 manifestantes de Austin e expressa toda sua solidariedade. Fazemos um chamamento a todas e todos defensores dos direitos do povo, democratas, progressistas, e suas organizações a defenderem os 3 manifestantes perseguidos de Austin, e também a apoiarem sua justa luta por direitos e dignidade, contra o racismo e todas as opressões do repressivo sistema imperialista do USA!
Exigimos a libertação dos presos políticos e o fim dos processos contra os mais de 10 mil manifestantes que estão injustamente incriminados no USA pós os protestos em repúdio ao brutal assassinato de George Floyd. Reproduzimos abaixo tradução do editorial do jornal revolucionário estadunidense The Tribune of the People, tratando sobre essa mais recente perseguição do Estado imperialista contra os jovens militantes do movimento popular do país. 

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A Força-Tarefa Conjunta entre o Departamento de Polícia de Austin e o FBI começou a selecionar, rastrear e prender manifestantes que se acredita estarem associados a um protesto contra a corporação Target. Até agora, três pessoas foram presas e acusadas de crimes violentos fabricados como “participação em um tumulto” e “roubo de um prédio”.
A primeira prisão criminosa foi taticamente realizada contra uma jovem mãe negra, que recebeu as duas acusações acima mencionadas. Ela apenas transmitiu ao vivo o protesto sem entrar no prédio ou realizar qualquer ato físico que pudesse ser considerado tumulto. Ela foi alvo do Estado que imediatamente começou a rotulá-la de “Antifa” na tentativa de criminalizar suas reportagens e o movimento por vidas negras. Ela não tem condenações anteriores e está sendo perseguida porque o Estado teme as vozes das mulheres negras que defendem o povo e acreditam que a revolução é necessária.
O protesto da Target que levou as autoridades a perseguir os manifestantes.
Mais dois manifestantes foram presos pelo Estado e acusados quase de forma idêntica. Em nenhum caso o Estado sequer tentou articular um ato criminoso real, apenas que eles acreditavam estar no protesto e eram “membros conhecidos da Antifa”. Isso não é crime, e nenhum dos outros tem registro de sequer ter sido condenado por um crime associado ao amplo e nebuloso movimento “Antifa”.
As agências estatais tentam, com ataques generalizados, rotular qualquer pessoa que se oponha ideologicamente ao fascismo ou racismo como membro da “Antifa” porque sonha em tornar ilegal a dissidência. Embora nenhum dos Três negue ser contra o fascismo (quem o faria!), eles não se identificam com grupos organizados que possuem o nome “Antifa” e não têm envolvimento com esses grupos. Este rótulo foi uma invenção da polícia aplicada a ativistas da comunidade e jornalistas independentes para difamá-los na imprensa e aumentar os vínculos e agravantes em curto prazo. A longo prazo, seu objetivo é corromper potenciais corpos de jurados, de forma que as acusações fraudulentas não se sustentem em nada além da base de medos e inseguranças da direita.
O caso dos Três Perseguidos se tornou notícia local e nacional, tendo sido relatado no New York Times. Os Três são os únicos casos nos EUA em que declarações policiais afirmam, sem nenhuma base de fato, que houve “membros da Antifa” presos, tornando-se uma ponta de lança na representação da fantasia de Donald Trump dos provocadores de “Antifa”. Esse fato torna o apoio e a conscientização em torno deste caso primordial. Se o Estado for capaz de deter aqueles que cobrem protestos e os que participam deles como “arruaceiros e bandidos da Antifa”, certamente generalizarão essa tática. Qualquer pessoa que proteste, qualquer pessoa que registre um protesto pode ser vista como “extremista” ou “terrorista”, para usar as palavras do Estado, e qualquer pessoa que não seja lambe-botas de fascistas pode ser considerada criminosa e rotulada como “Antifa”.
O protesto em que os Três teriam participado não foi uma “ação antifascista”. Foi um protesto para exigir que a corporação varejista Target parasse de financiar a vigilância policial anti-negra em Minneapolis e nos EUA. Não havia símbolos visíveis nem palavras-de-ordem associados ao movimento antifascista.
O NEOMACARTISMO: O NOVO TERROR VERMELHO COMO TENTATIVA DE DETER O ATIVISMO ANTI-POLÍCIA E ANTI-RACISTA
“Antifa” é um termo guarda-chuva que é derivação vulgar da Ação Antifascista, uma organização anterior ao ascenso do fascismo na Alemanha, proibida por Adolf Hitler em 1933. Os discursos do ultrarreacionário Presidente Donald Trump de proibir o contemporâneo “Antifa” ainda fede a hitlerismo. Desde do fim da organização Ação Antifascista original, o nome tem sido usado por diversos grupos, movimentos, organizações e indivíduos, principalmente da vertente anarquista, que não mantêm uma coesão ideológica ou estrutura organizativa. Não é usado para descrever a organização original dirigida e apoiada pelo Partido Comunista da Alemanha. O termo é mais comumente usado para descrever qualquer um em oposição ao fascismo, que usam uma variedade de métodos e táticas. O atual nome não possui nenhuma associação com o uso original, mas as razões fundamentais para querer proibir ele são as mesmas de Hitler.
Ação Antifascista, liderada pelo Partido Comunista da Alemanha, 1932
Em tempos de crise econômica e maior revolta, o Estado se torna desesperado por um bode expiatório para a raiva do povo contra o que eles chamam de “grupos marginais”. Durante a Primeira Guerra Mundial eles usaram os Palmer Raids, e seguindo isso as audiências McCarthy na sede do Comitê sobre Atividades Antiamericanas e os Julgamentos do Terror Vermelho. Nos anos 60, as autoridades usaram a Contra Inteligência e a COINTELPRO para dividir os movimentos populares, com foco claro de destruir organizações de negros e de apoio ao povo.

ÍNDIA: LIBERDADE IMEDIATA PARA VARAVARA RAO!

DAZIBAO ROJO: INDIA: El escritor maoísta Vara Vara Rao denuncia ...

Democratas e progressistas assinaram nota exigindo a liberdade imediata do intelectual, poeta, escritor revolucionário, e defensor dos direitos do povo indiano Varavara Rao.
Varava Rao é um preso político do Estado Indiano. Encarcerado injustamente em condições sub-humanas a mais de 22 meses, sua condição de saúde tem deteriorado desde o final do mês de maio. Seus familiares e companheiros recentemente denunciaram a urgente necessidade de cuidados médicos pois o professor Varava Rao está passando por confusão mental e dificuldades de locomoção para realizar tarefas como cuidar da própria higiene pessoal. Em suas denuncias afirmam que o estado indiano pretende matar o poeta e escritor revolucionário na cadeia.
Do Brasil nos do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - CEBRASPO nos somamos a está luta e exigimos a imediata soltura do intelectual e defensor dos direitos to povo Varava Rao, o governo indiano não tem o direito de negar o direito a saúde e a vida de seus prisioneiros políticos.



Exija em Voz Alta a Soltura do Poeta Revolucionário Varavara Rao

Enquanto a Índia se revira com o Covid-19, os governos central e estaduais estão relutantes em soltar um idoso octogenário da prisão. Varavara Rao, um poeta revolucionário de 81 anos, está na cadeia no caso Bhima Koregaon. Enquanto isso, alguns prisioneiros desta cadeia morreram devido a Covid-19. Personalidades proeminentes do país e no estrangeiro exigem em voz alta a soltura deste poeta revolucionário. Como pessoas pensantes, progressistas na sociedade, pensamos que é nossa obrigação moral exigir em voz alta a soltura de Varavara Rao, ao menos por razões humanitárias.
Na ocasião do 200o aniversário da vitória dos Dalits na guerra contra a casta superior Peshwas em Bhima Koregaon, Maharashtra, as forças Hindutva espalharam violência e, em 28 de setembro de 2018, Varavara Rao, Sudha Bharadwaj, Vernom Gonsalves, Arun Ferreira, Gautam Navlakha foram presos em Delhi, Pune, Faridabad, Mumbai, Hyderabad com múltiplas acusações. Mais tarde, Shoma Sen, Anand Teltumbde, Surendra Gadling, Mahesh Raut, Sudhir Dhawale, Rona Wilson e muitos outros trabalhadores sociais, advogados, poetas e professores universitários foram presos. Eles foram acusados sob diversas leis inconstitucionais como o Ato de Prevenção a Atividades Ilegais (UAPA), sedição e etc.
A lista também inclui o Professor G. N. Saibaba, com 90% do corpo paralisado, que está sendo mantido em uma pequena ‘Cela Anda’ do presídio Nagpur. Não há infraestrutura para manter uma pessoa com o corpo paralisado como ele. Como resultado, sua condição física está de deteriorando a cada dia. Por outro lado, o líder teórico Maoista veterano Kobad Ghandy, apesar de sofrer de uma doença mortal como o câncer, há um complô para impedir sua soltura da prisão com novas acusações falsas.
Em 28 de maio, o poeta Varavara Rao desmaiou na cadeia. Ele foi registrado no Hospital JJ em Mumbai. Apesar de sua condição ser levemente estável, ele foi trazido de volta a cadeia dia 1 de junho. A família de Varavara Rao não foi autorizada a visitá-lo no hospital. Eles não tiveram nem a chance de falar com o poeta ao telefone. Nesta situação, a esposa de Varavara Rao entrou com uma fiança no tribunal de NIA, mas o pedido foi negado. Apesar de o artigo 21 da Constituição Indiana garantir o direito à vida, mesmo se um cidadão estiver preso. Em 26 de junho, o tribunal de NIA rejeitou novamente o pedido de fiança de Varavara Rao sobre a doença.
Vimos que, na Índia, diferentes partidos nacionais e locais fazem diferentes promessas durante as eleições, mas há pouca diferença entre eles em termos de políticas e leis anti-povo como a UAPA, sedição, etc. Quase todos os partidos têm usado estas leis para reprimir dissidentes. Entretanto, apesar desta política repressiva do Estado, os protestos e movimentos de operários, camponeses, estudantes, e trabalhadores sociais em diferentes partes da Índia não pararam. E é aí que as classes dominantes temem o octogenário Varavara Rao, ou o parcialmente paralisado Professor Saibaba. Por isso que eles precisam ser mantidos na cadeia mesmo durante a crise do coronavírus.
Em contraste, ao menos 100 intelectuais proeminentes no mundo, tal como Noam Chomsky, Judith Butler, Homi K Bhabha, Partha Chatterjee e Gerald Horne têm escrito cartas ao Presidente e Chefe de Justiça da Índia exigindo a soltura de Varavara Rao. 375 personalidades proeminentes da Índia, incluindo Amol Palekar, Shabana Azmi, Shankha Ghosh, Aparna Sen, Kaushik Sen escreveram uma carta aberta para o Governo Central da Índia.

terça-feira, 7 de julho de 2020

BOLETIM INFORMATIVO CEBRASPO - EDIÇÃO Nº 25

BOLETIM CEBRASPO: SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL E A LUTA DOS POVOS NO BRASIL E NO MUNDO. DEFESA DA LIBERDADE DOS PRESOS POLÍTICOS DEMOCRATAS E REVOLUCIONÁRIOS

CEBRASPO - Defender o direito do povo lutar pelos seus direitos!

​Edição nº 25 - Junho, 2020

Companheiras e companheiros,

Estamos enviando nosso boletim informativo com uma relação de notícias dos acontecimentos dos povos em luta no Brasil e no mundo.


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O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - CEBRASPO e a Associação Brasileira dos Advogados do Povo - ABRAPO vêm manifestar nosso apoio à solicitação de medida cautelar impetrada no início de abril de 2020 em favor de Abimael Guzmán, prisioneiro de guerra e preso político peruano, para que seja garantido seu direito à saúde e à vida, conforme a petição encaminhada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) - MEDIDA CAUTELAR - CIDH - Número: MC-535-20
O Professor Abimael Guzmán Reynoso encontra-se há 27 anos encarcerado numa cela subterrânea na base naval do Callao e em situação de completo isolamento. É um idoso com 85 anos de idade e portador de uma série de doenças crônicas, o que o inclui entre os grupos de risco para a presente epidemia de COVID-19. 



INTERNACIONAL:

Compartilhamos tradução de importante nota da Confederação dos Trabalhadores Turcos na Europa (ATIK) recebida via correio eletrônico, em que exigem liberdade imediata aos presos políticos da Turquia neste período de pandemia, principalmente daqueles que já possui quadro de saúde comprometidos, em especial Ismail Yilmaz, de 66 anos, que está detido há 16 anos. Yilmaz, que foi condenado à prisão perpétua por conta de seus pontos de vista políticos, está sujeito a um judiciário extremamente hostil, dizem a ATIK em nota. O CEBRASPO, estendendo sua solidariedade com os presos políticos turcos, reforça a exigência da ATIK de liberdade a todos os presos políticos turcos! Liberdade imediata para Ismail Yilmaz e todos os prisioneiros doentes!

Jorge Eduardo Olivares del Carpio, um prisioneiro político peruano, foi morto pelo estado peruano no início de junho. Ele é o terceiro preso político a cair durante a pandemia nas prisões peruanas abandonadas e superlotadas. Em mais um exemplo de negligência e perseguição reacionária, a atenção a nosso companheiro foi negada e ele chegou ao hospital de Almenara sem vida. No dia 24 de maio, é morto Marino Rafael Uscata, vítima da política de ódio e perseguição do Estado contra presos políticos e de guerra. Três semanas antes morreu também Bernardo Natividad Villar, sob as mesmas condições desumanas que se encontram os demais presos. 

Reproduzimos grave denúncia feita pelo portal Tribune of the People (Tribuna do Povo) sobre perseguição política desatada em Austin contra três manifestantes que, por exercerem seu direito democrático de se manifestar politicamente, estão sendo falsamente acusados de "participação em um tumulto" e "roubo de um prédio". O editorial do portal explicita o quão injustas são as acusações, e, pela falta de evidências de qualquer participação dos acusados em tais atos, também são criminosas. O documento denuncia também que, além do direito democrático de livre manifestação, o que também está sendo criminalizado é o ato de se declarar "antifascista", associando o termo ao terrorismo. Entre os que estão sendo perseguidos, está uma jovem mãe negra, cujo único "crime" comprovado foi filmar e divulgar manifestações antirracistas, numa clara tentativa de dar um recado as massas rebeladas. 

Catorze membros do parlamento indiano redigiram uma petição ao Ministro-chefe de Maharashtra, Uddhav Thackeray, exigindo tratamento médico ao poeta revolucionário de 81 anos, Varavara Rao, e ao professor universitário Dr. G.N. Saibaba, preso desde 2014 com saúde fragilizada, atingido por mais de 19 problemas de saúde desde sua prisão e com 90% de seu corpo paralisado. Os parlamentares argumentam as frágeis situações de saúde de ambos os presos políticos e que as precárias condições das masmorras do velho estado não oferecem atenção médica necessária para ambos. O CEBRASPO reproduz a denúncia e exige não apenas o atendimento médico aos mencionados, mas também a liberdade incondicional aos mesmos e a todos os presos políticos do velho estado indiano.

Importante artigo compartilhado pelo portal de notícias chileno El Pueblo expõe toda a injustiça aplicada pelo velho estado chileno contra o lutador mapuche, Victor Llanquileo Pilquimán, condenado há 21 anos de prisão. O autor demonstra que o caso violou uma série de direitos democráticos básicos, e aponta um conluio entre os poderes judiciários e as polícias investigativas, bem como a desconsideração das eviências apresentadas pela defesa durante o julgamento de Victor Llanquileo. Llanquileo Pilquimán, acusado erroneamente de um crime que não cometeu, e condenado injustamente há 21 anos de prisão se viu obrigado e realizar uma greve de fome, que foi iniciada em 4 de maio. O CEBRASPO reproduz a tradução do artigo, repudia esta covarde e injusta prisão política e exige liberdade imediata para Victor Llanquileo Pilquimán! Também convocamos todos os democratas e revolucionários a  se posicionarem, exigindo liberdade para o preso político mapuche e apoiando sua justa luta pelo direito à terra e a autodeterminação!

No dia 27 de junho de 2020, foi realizado uma importante manifestação em solidariedade ao povo palestino contra a recente ofensiva sionista para ocupação da Cisjordânia. Os manifestantes também expressaram solidariedade aos presos políticos palestinos e a causa da libertação da Palestina, lendo, ao final do ato, uma poderosa declaração de Georges Abdallah, lutador comunista árabe, que está preso nas masmorras do estado francês há 36 anos. 


NACIONAL

​A Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres (LCP)​ denuncia em nota ​diversos crimes cometidos pelas polícias e as Forças Armadas do exército reacionário, como a tentativa de prisão de uma família em 19 de maio na região de Jacinópolis, distrito de Nova Mamoré (RO), que foi respondido com a justa resistência das massas camponesas, impedindo assim os agentes de levarem a família para uma delegacia.​ ​A LCP também denuncia que, no distrito de Nova Dimensão, camponeses da área Dois Amigos resistiram a mais um ataque do latifúndio e seus bandos armados. No final de abril os pistoleiros cortaram cerca feita pelos camponeses e abriram fogo com armas de grosso calibre contra as famílias da área. Segundo informações dos camponeses o bando armado do latifundiário teve participação de policiais que deram apoio ao ataque desde a sede da fazenda, e incendiaram alguns barracos da área.​ ​Outros pontos da nota, a LCP denuncia o uso das "GLOs" na "defesa da Amazônia", que na verdade tem sido ostensivamente usada para reprimir camponeses pobres sem terra ou com pouca terra na região amazônica, com o emprego das Forças Armadas

Reproduzimos nota lançada pelos Centros Acadêmicos da Universidade Federal do Paraná sobre o protesto do dia 01 de junho, a repressão da Polícia Militar e a detenção de 7 pessoas, das quais 6 continuam sob custódia​, estando em condição de presos políticos​. Uma delas foi presa arbitrariamente – depois que a manifestação já havia sido encerrada – por levar Álcool 70 no carro​.

Tropas da Polícia Militar (PM), do governador Wilson Witzel, atacaram covardemente uma manifestação que repudiava, no dia 31 de maio, as operações de guerra promovidas nas favelas e bairros pobres no Rio, cujos resultados recentes foram mortes de jovens. O ato, na frente do Palácio Guanabara, foi atacado com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Um policial, esquecendo-se das câmeras, apontou seu fuzil para ameaçar um jovem manifestante, preto, desarmado.

Nos dias 28 e 31 de maio, paramilitares efetuaram disparos de arma de fogo contra indígenas da comunidade Yhovy, Tekoha Guasu Guavirá, do povo Avá Guarani, localizado no município de Guaíra, Paraná. Os paramilitares atravessavam em um veículo a Avenida Martin Luther King, que faz divisa com a aldeia, quando atacaram a comunidade.​ ​A tentativa de assassinato soma-se a uma série de ataques sofridos pelos indígenas: houveram diversas tentativas de atropelamento nas imediações da aldeia e, em 29 de fevereiro, um jovem foi morto devido a um atropelamento. Somente nas duas últimas semanas cinco pessoas relataram este tipo de ataque e duas delas foram hospitalizadas.​ ​Em março, o indígena Avá-Guarani Virgínio Benites, de 24 anos, foi assassinado e Lairton Vaz, de 18 anos, Felix Benites e Everton Ortiz, de 20 anos, foram gravemente feridos depois de uma emboscada feita por pistoleiros no  oeste do Paraná.

Na madrugada de 27 de maio de 2017, acontecia na zona rural do Pará um dos maiores massacres camponeses da história do país. Algumas dezenas de camponeses ocupavam a área grilada pelos que se diziam proprietários, na Fazenda Santa Lúcia, quando dois ônibus escolares com cerca de 30 policiais civis e militares comandados pela Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) torturaram e assassinaram os camponeses.​ ​Uma mulher e nove homens foram covardemente assassinados: Antônio Pereira Milhomem, Bruno Henrique Pereira Gomes, Clebson Pereira Milhomem, Hércules Santos Oliveira, Jane Júlia de Oliveira, Nelson Souza Milhomem, Regivaldo Pereira da Silva, Ronaldo Pereira de Souza, Oseir Rodrigues da Silva e Wedson Pereira da Silva Milhomem.

Na manhã do dia 7 de junho seria realizado em Belém, no Mercado de São Braz, um ato contra o fascismo e contra o governo de Bolsonaro e dos generais, porém foi impedido por forte aparato repressivo da Polícia Militar (PM). Cerca de 112 pessoas que chegavam ao local foram detidas. Estiveram presentes cerca de 200 militares que contavam com Tropa de Choque, Cavalaria e Canil, segundo dados do governo.​ ​As prisões foram efetuadas com base no decreto estadual, nº 800/2020, que proíbe aglomerações com mais de dez pessoas; contudo por meio de outro decreto, no dia anterior, a abertura de Shoppings Centers em todo o Pará foi liberada, e no final de maio as igrejas também tiveram suas atividades liberadas parcialmente.

A grande mineradora Vale, responsável pela morte de 259 pessoas e o desaparecimento de 11 após o rompimento de uma barragem na cidade de Brumadinho em Minas Gerais, entrou com uma ação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e conseguiu proibir qualquer tipo de manifestação nas estradas de acesso ao município, bem como nas dependências administrativas da empresa e de suas terceirizadas na região.​ A juíza Renata Nascimento Borges acatou o pedido e agora, segundo a ordem judicial, cada morador que teve seu ente querido morto ou que teve sua casa destruída e quiser protestar terá que pagar uma multa de R$ 5 mil.​ ​De acordo com a liminar, as manifestações “atrapalham” as obras de reconstrução do município e causam “aglomeração”.  


Na manhã do dia 16/06, cerca de 900 famílias foram expulsas de um terreno em Guaianases, na zona leste da capital São Paulo. Por volta das 4h30 policiais chegaram para acompanhar o oficial de justiça na ação de despejo. Retroescavadeiras chegaram ao local para demolir os barracos, só dando tempo de as famílias retirarem alguns de seus pertences, antes que tudo fosse jogado ao chão. Famílias ficaram desabrigadas e sem ter para onde ir, em meio a pandemia do novo coronavírus.​ ​A líder comunitária Dania Lima de Oliveira, revoltada com a situação, desabafou: “A situação causa revolta no povo, as autoridades mesmo dizem o seguinte: não saiam de suas casas. Hoje as próprias autoridades jogaram o povo pra fora das suas casas”, denunciou.

​N​o dia 18 de junho, às 22h, ​ocorreu ​a live organizada pelo jornal Tribuna da Imprensa Livre​ com o ativista político, escritor e ex-preso político Igor Mendes. A live tra​tou da situação política do país, entre outros assuntos.

Moradores das comunidades do Salsa e do Merengue, dentro do Complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, fizeram uma ação denunciando o descaso do velho Estado com a população das favelas em meio à pandemia de Covid-19 que assola o país.​ ​Os moradores colocaram panos pretos em suas casas para protestar pelo alto número de mortos pela doença, que já passou de 50 mil, resultado do descaso dos governos.​ ​Os moradores também colocaram cartazes e faixas por toda a comunidade denunciando a falta de leitos nos hospitais, falta de testes, roubalheira na construção dos hospitais de campanha etc. Eles também culparam o governo federal, estadual e municipal pelas vítimas do coronavírus, chamando a palavra de ordem: Estado assassino!