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sexta-feira, 27 de março de 2020

PALESTINA: PANDEMIA ANUNCIA SITUAÇÃO DRAMÁTICA

Palestinos que trabalham em Israel foram obrigados a decidir entre viver meses separados de suas famílias ou manter seus empregos,
devido ao fechamento das fronteiras. Foto: Mohammad Abu Zaid/Middle East Eye

Reproduzimos em nosso blog trechos de importante matéria do Jornal A Nova Democracia denunciando a situação do povo palestino em meio a crise da pandemia do coronavírus:

"Em meio a crise causada pelo surto de coronavírus em todo o mundo, a situação vivida pelos palestinos, tanto na Faixa de Gaza sitiada, como nos territórios ocupados e dentro dos próprios limites de Israel, que já é calamitosa, tem se aprofundado ainda mais. O momento, principalmente após o fechamento das fronteiras de Israel, tem exposto para o mundo as condições subumanas a que o povo palestino é submetido sob o regime de ocupação do sionismo israelense, lacaio e principal aliado do imperialismo ianque na região do Oriente Médio Ampliado.

Como consequência do isolamento imposto pelo imperialismo e dos constantes bombardeios sofridos por parte do Exército israelense, Gaza possui um sistema de saúde deficitário, com uma aguda falta de medicamentos e outros itens essenciais, devido às limitações à passagem de produtos e pessoas pelas fronteiras, além de ter tido diversos hospitais destruídos e bombardeados nos últimos 12 anos.

Além da condição precária do sistema de saúde de Gaza, outro fator que agrava a chegada da pandemia ao enclave é a quantidade de pessoas vivendo em campos de refugiados. De uma população de cerca de 1,8 milhões de pessoas, a “Organização das Nações Unidas” (ONU) indica que 14 milhões vivem espalhados nos 8 campos de refugiados existentes em Gaza, o que corresponde a quase 80% da população vivendo com acesso escasso à água, saneamento, emprego e outros recursos básicos.

Outro impacto sofrido pelos palestinos da Cisjordânia se deu sobre a força de trabalho, desde que Israel decidiu fechar suas fronteiras no dia 17. Os mais de 100 mil palestinos empregados em Israel que precisam atravessar a fronteira diariamente para poderem trabalhar foram repentinamente obrigados a escolher, em apenas três dias, entre meses separados de suas famílias ou ficarem desempregados, após o ministro da Defesa de Israel, Naftali Bennett, anunciar que qualquer trabalhador palestino que decidisse continuar trabalhando no país seria impedido de voltar para casa por pelo menos um ou dois meses."

Reproduzimos essa denúncia e conclamamos demais ativistas e organizações democráticas e progressistas a denunciarem e repudiarem esta grave situação, causada e agravada pela ação do imperialismo ianque por meio de sua ponta de lança no Oriente Médio, Israel. Estendemos nossa solidariedade internacional ao aguerrido povo palestino! 

GAZA TRIUNFARÁ!

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