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quinta-feira, 18 de abril de 2019

FRANÇA: GEORGES ABDALLAH ENTRA EM GREVE DE FOME POR PRISIONEIROS PALESTINOS

Georges Ibrahim Abdallah, em solidariedade com os prisioneiros palestinos que estão em greve de fome desde 8 de abril, e como já havia feito durante os dois movimentos grevistas de 2014 e 2017, começou uma greve de fome de três dias, a partir de 11 de abril. Ele é acompanhado nesta greve por vinte co-detidos, incluindo uma dúzia de camaradas bascos que oferecem solidariedade ativa.


Georges Abdallah, é um militante comunista árabe, combatente pela luta de libertação nacional da Palestina e preso nos cárceres do Estado francês há 35 anos. Condenado à prisão perpétua por cumplicidade e atos de resistência reivindicados pelas Frações Armadas Revolucionárias libanesas. Seu país, o Líbano, foi invadido por tropas sionistas e ele foi liberado em 1999. Apesar das libertações  pronunciadas pelo Tribunal Judicial de Execução de Sentenças, George Abdallah continua preso na França por medida cautelar exigida pelo governo do USA.


quarta-feira, 17 de abril de 2019

USA: Manifestantes denunciam ataques à direitos do povo na Índia e exigem liberdade para Saibaba

Em 6 de abril, manifestantes se reuniram em frente ao Consulado da Índia em Nova Iorque para denunciar os recentes ataques aos ativistas de direitos do povo, enquadrados nas leis draconianas UAPA (Ato de Prevenção de Atividades Ilegais) and the AFSPA (Ato para Poderes Especiais para as Forças Armadas) e os desdobramentos da Operação Samadhan, operação que visa atacar e intimidar defensores dos direitos do povo da cidade. 

Imagem divulgada na página Free Saibaba Coalition - US 

Durante a manifestação, os ativistas exigiram liberdade incondicional para o professor universitário GN Saibaba, Varavara Rao, Arun Ferreira, Surendra Gadling, Gautam Navlakha e outros ativistas de direitos democráticos, intelectuais progressistas e artistas. 

Os manifestantes denunciaram as desumanas condições em que está Saibaba, que sofre com diversos problemas de saúde, alguns que tiveram agravamento e outras que surgiram ao longo de sua prisão.

Os manifestantes denunciaram também o hindutva, o fascismo hindu que vem sendo aplicado contra as massas mais profundas, incentivado pelo Partido do Povo Indiano, partido do Primeiro Ministro Modi, que resulta no fortalecimento de grupos fascistas e no aumento da violência contra os dalits, os advasis e os mulçumanos na Índia.

A Coalizão Liberdade Para Saibaba - USA denuncia que o imperialismo ianque é um dos principais algozes do povo indiano, sendo um dos principais saqueadores dos recursos do povo indiano e participando da repressão às massas em luta na Índia, com apoio logístico (financiamento, armas e treinamento) e político, tendo apoiado as campanhas militares de guerra ao povo, como a Operação Caçada Verde.


segunda-feira, 15 de abril de 2019

MÉXICO: SOL ROJO DENUNCIA ASSASSINATO DE LUIS ARMANDO AQUINO

Documento emitido pela organização Corriente del Pueblo Sol Rojo (Corrente do Povo Sol Vermelho) denuncia covarde assassinato do militante Luis Armando Fuentes Aquino pelas mãos de um bando paramilitar em uma ação de emboscada no último dia 11 de abril na comunidade de San Francisco Ixhuatá. 

Luis Armando Fuentes Aquino foi um militante e ativista de longa atuação na região de Oaxaca, um defensor dos direitos do povo, foi Agente Municipal que encabeçou lutas pela captação de recursos para as comunidades que atuava e teve ampla atuação durante a greve contra as altas tarifas de energia elétrica de 2012. 

O camarada Luis desempenhava importante papel como integrante da Comissão de Defesa da Terra e do Território da Zona Leste do Istmo, era membro do Comitê Regional Istmo da Corriente del Pueblo Sol Rojo e participava como assessor das novas comunidades contra as chamadas "Zonas Econômicas Especiais - Plano para o Desenvolvimento do Istmo".

Luis também estava participando ativamente da Jornada em Defesa dos Direitos do Povo, onde no dia 10 de abril, durante ato realizado, junto ao grupo de manifestantes, bloquearam uma rodovia e exigiram o reaparecimento com vida do Dr. Ernesto Sernas Garcia.

O CEBRASPO repudia veementemente este assassinato covarde e fazemos das palavras dos companheiros do Sol Rojo as nossas: a responsabilidade deste crime contra os defensores dos direitos do povo está nas mãos do Estado!

Segue abaixo, na íntegra, o comunicado:

sábado, 13 de abril de 2019

RJ: ATO DENUNCIA E REPUDIA ASSASSINATO DE EVALDO ROSA POR MILITARES

No último dia 11 de abril, no Centro do Rio de Janeiro, um grupo com cerca de 40 manifestantes realizou um ato em repúdio ao covarde assassinato do músico Evaldo Rosa durante a ação de genocídio do Exército em Guadalupe, em 07/04, ocasião em que militares dispararam 80 vezes contra o carro em que Evaldo levava sua família para um chá de bebê.

Foto retirada de página do evento nas redes sociais

Os ativistas se reuniram por volta das 18h e seguiram em marcha da entrada da Escola de Formação de Professores Paulo Freire, próxima ao Comando Militar do Leste (CML), em direção a estação Central do Brasil.

Puxando palavras de ordem de denúncia e rechaço ao Exército genocida e à violência policial, os manifestantes denunciaram o velho Estado de grandes burgueses e latifundiários como um Estado assassino que é especializado em matar trabalhadores pobres. O manifestantes marcharam em frente ao Palácio Duque de Caxias (CML), onde pararam para expressar seu ódio de classe e total repúdio ao crime cometido pelas Forças Armadas.

O ato seguiu até a Central do Brasil, onde recebeu apoio quase que unânime dos populares que retornavam dos seus trabalhos, dos camelôs e demais transeuntes. Os manifestantes adentram a estação e lá permaneceram até cerca de 20h, quando diminuiu a circulação de pessoas.

O Cebraspo esteve presente no ato e distribuiu cerca de 100 panfletos que denunciavam o crime cometido contra o povo, o caráter reacionário do velho Estado brasileiro e de seu aparato de repressão assassino.

A nota pode ser visualizada em sua totalidade no seguinte endereço: https://cebraspo.blogspot.com/2019/04/rj-nota-de-repudio-ao-fuzilamento-de.html

Matéria retirada do jornal A Nova Democracia, pode ser acessada no seguinte endereço: https://anovademocracia.com.br/noticias/10758-cebraspo-denuncia-o-exercito-genocida-em-protesto-no-centro-do-rio

sexta-feira, 12 de abril de 2019

RJ: NOTA DE REPÚDIO AO FUZILAMENTO DE EVALDO ROSA PELO EXÉRCITO BRASILEIRO EM GUADALUPE


NOTA DE REPÚDIO AO FUZILAMENTO DO MÚSICO EVALDO DOS SANTOS ROSA POR SOLDADOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO EM GUADALUPE – RJ

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO) repudia o fuzilamento do músico Evaldo dos Santos Rosa por soldados do Exército brasileiro em Guadalupe – RJ em 07/04 último. Repudia também os ferimentos a bala sofridos por seu sogro, que o acompanhava no carro e por um homem, catador de lixo, que se dispôs a ajudá-lo, todos receberam tiros pelas costas e o CEBRASPO se solidariza com a dor dos familiares dessas pessoas.
Inicialmente, de forma mentirosa e cínica, o Comando Militar do Leste tentou usar de velha justificativa e disse que os militares atiraram contra criminosos que praticaram assalto na região. Porém, a verdade apareceu rapidamente e o fato gerou grande insatisfação na sociedade, obrigando o Exército reacionário a “mudar de opinião”, afirmar que iria “apurar o caso” e prender os envolvidos.
Nenhuma autoridade federal nem estadual se solidarizou ou pediu desculpas à família, escancarando, mais uma vez, o papel das Forças Armadas reacionárias: reprimir os pobres e defender esta velha ordem protegida a ferro e fogo pelo velho Estado burguês-latifundiário brasileiro.
Seria muito fácil se referir ao acontecimento como fatalidade, tal qual o fez o Ministro da Justiça Sérgio Moro, dizendo “essas coisas podem acontecer”, ou como “fato isolado” e “acidente”, como disse o Ministro da Defesa, afinal, é mais fácil atribuir a erro dos soldados a fuzilaria de uma família com crianças no carro, e dar, inclusive, uma penalidade somente a eles.
Entretanto, esses soldados não fariam o que fizeram, dar 80 tiros sem resistência por parte dos ocupantes do carro, se não estivessem incentivados pelos chefes a fazê-lo e se não tivessem certeza da sua boa vontade e impunidade, ao ponto de agir com deboche perante a dor da família que mostrou a presença de crianças no carro.
Tanto o governo Bolsonaro, quanto Witzel, aprofundam as políticas genocidas dos governos anteriores, conduzindo ao extermínio dos pobres, principalmente negros, com a desculpa do combate ao tráfico de drogas. Política essa que já tem matado milhares de pessoas no país, sem qualquer impacto significativo nas atividades ilícitas, que manipulam muito dinheiro e envolvem gente “de bem” de todas as esferas dos poderes, senadores, latifundiários, banqueiros.
Uma só investigação persistente, a do assassinato brutal da vereadora Marielle Franco, apreendeu mais armas do que as operações que a PM e o Exército fazem nas favelas, 117 fuzis foram encontrados em aparelhos de milicianos, sem matar ou ferir uma só pessoa.
Em 2018, no Rio de Janeiro sob intervenção militar, foram oficialmente registradas 1.532 mortes cometidas por policiais, sem mencionar os desaparecimentos forçados, somente nesse início de ano, no mês de janeiro, foram mais de 170 mortos. Essa é a política de massacre e extermínio que o Estado oferece ao povo. Toda solidariedade a Luciana Nogueira e sua família!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

UE: EURODEPUTADA DENUNCIA CASO SAIBABA À COMISSÃO EUROPEIA

O blog Dazibao Rojo noticiou que a eurodeputada galega, Lidia Senra, enviou novamente uma cartão a vice-presidenta da Comissão Europeia, Frederica Mogherini, exigindo uma resposta da Alta Representação da União Europeia em Relações Exteriores e Política de Segurança sobre a prisão ilegal do democrata e professor universitário GN Saibaba e a recente recusa do Supremo Tribunal de Nagpur em conceder liberdade sob fiança por motivos de saúde. 

No documento, a eurodeputada esclarece que Saibaba foi preso por defender os povos advasis e os dalits e denunciar a Operação "Caçada Verde". O documento é a continuidade de um diálogo iniciado em 2016, entre a Senra e a vice-presidenta da Comissão Europeia. Mogherini também já havia manifestado "preocupação" sobre o estado de Saibaba em 2017. Serna também apontou que especialistas dos Direitos Humanos da ONU já haviam recomendado a liberdade de Saibaba ao governo indiano. A eurodeputada conclui o documento exigindo a liberdade de outros ativistas, democratas e defensores dos direitos do povo, presos políticos da Índia, como Surendra Gadling, Sudha Bharadwaj, Varavara Rao, Vernon Gonsalves, Arun Ferreira, Shoma Sen, Sudhir Dhawale, Rona Wilson e Mahesh Raut ”

O professor G.N. Saibaba, 47 anos, possui paralisia em 90% do corpo e não pode se locomover sem cadeira de rodas. Ademais, vem sofrendo com problemas de saúde agravados pelas duas vezes que ficou encarcerado, a primeira entre maio de 2014 e junho de 2015, e a segunda entre dezembro de 2015 a abril de 2016. Saibaba está preso desde fevereiro de 2017, durante esse tempo, devido às péssimas condições de vida e ação deliberada do estado em negar atendimento médico ao Saibaba, desenvolveu e agravou cerca de 19 problemas de saúde.

A carta pode ser lida na íntegra abaixo:




terça-feira, 9 de abril de 2019

MA: NOTA DE REPÚDIO A PRISÃO DE CAMPONESES DO FÓRUNS E REDES DE CIDADANIA

Repercutimos carta de repúdio a prisão arbitrária de 5 ativistas da organização camponesa Fóruns e Redes da Cidadania do município de Arari no Maranhão. Os ativistas, presos políticos desde o dia 28 de fevereiro, eram camponeses residentes da comunidade quilombola do pequeno povoado de Cedro. Os companheiros presos foram acusados pelo suposto crime de "ameaça", porém o latifúndio é quem comete os crimes na região. A comunidade vive sob constante cerco dos latifundiários e sofre com a grilagem de terra. Os camponeses são impedidos de ir e vir e de construir suas casas, até o acesso a água os é negado. Tais crimes são cometidos com o apoio do aparato estatal. 

No inicio de março 300 moradores da região realizaram uma manifestação pela liberdade dos ativistas presos. As informações podem ser lidas nessa reportagem do jornal A Nova Democracia: https://anovademocracia.com.br/noticias/10501-ma-manifestacao-em-defesa-de-camponeses-presos?fbclid=IwAR2AKDdKhR-696a4jnNrVYHDpUOCJdu-pnXKKwT5TzRBRxTh9oq8hQk8vVA

Nós do CEBRASPO assinamos a nota abaixo e convocamos que as demais entidades defensores dos direitos do povo assinem e se manifestem em solidariedade aos camponeses em luta pela terra e pela liberdade imediata dos companheiros encarcerados.

Lutar não é crime!
Terra pra quem nela vive e trabalha! 

Segue a nota abaixo:


NOTA DE REPUDIO E SOLIDARIEDADE



As entidades da sociedade civil que esta assinam, vêm à púbico se manifestar nos seguintes termos: 

1 – Adriana de Jesus Rodrigues Fernandes, Alcion Lopes, Celino Fernandes, Jose Domingos Verde Diniz e Wanderson de Jesus Rodrigues Fernandes, todos moradores da Comunidade quilombola Cedro, município de Arari/MA e militantes dos Fóruns e Redes de Cidadania/MA, estão presos injustamente por ordem do juiz daquela comarca, Luiz Emilio Braúna Bittencurt Junior, estando no cárcere há mais de 30 dias;

2 - A promotora de justiça da comarca, Lícia Ramos Cavalcante Muniz, denunciou os prisioneiros pelos supostos crimes de ameaça, exercício arbitrário das próprias razões e associação criminosa, pretensão acolhida pelo poder judiciário, clara intenção de criminalizar camponeses e pescadores que vem combatendo o latifúndio que cercam os campos públicos de Arari;

segunda-feira, 1 de abril de 2019

ÍNDIA: COMITÊ PELA LIBERDADE DOS PRESOS POLÍTICOS CONDENA REJEIÇÃO DE FIANÇA PARA SAIBABA

Repercutimos em nosso blog a nota do Comitê pela Liberdade dos Presos Políticos (Índia) sobre a recente rejeição do judiciário ao pedido de libertação sob fiança por motivos de saúde do professor GN Saibaba.

No documento, o Comitê condena veementemente a repetida rejeição à liberdade sob fiança de Saibaba, ressaltando as graves e precárias condições de vida a que está sujeito o professor universitário. O Comitê também denuncia que, devido a já frágil saúde de Saibaba, as duras condições da prisão tem agravado e gerado novos doenças e demais problemas de saúde a qual enfrenta Saibaba, acrescentando que isso faz parte de um nefasto plano do governo de Maharashtra e pelas forças policiais sob o comando do governo federal para aniquilar o professor física e mentalmente. A nota aponta que diversas organizações já condenaram o estado e o tratamento desumano que tem sido dado a Saibaba, incluindo a Comissão de Direitos Humanos da ONU. 

Ainda no documento, há a denúncia de que Babu Bajrangi, líder da Bajrang Dal condenado pelo caso da revolta em Naroda Patiya de 2002, já foi libertado diversas vezes sob fiança por motivos de saúde, tanto do próprio Babu Bajrangi quanto de sua esposa e aponta que essa diferença na aplicação da lei, em momento que diversos ativistas democráticos, intelectuais, poetas e trabalhadores são perseguidos sob acusações espúrias, apenas comprova o caráter de classe da perseguição que tem sido realizada contra os ativistas. 

Abaixo, segue a nota em inglês, na sua íntegra:


COMMITTEE FOR THE RELEASE OF POLITICAL PRISONERS

185/3, FOURTH FLOOR, ZAKIR NAGAR, NEW DELHI-110025
27TH MARCH 2019

CRPP STRONGLY CONDEMNS REPEATED DENIAL OF BAIL TO PROF. GN SAIBABA,
RAISES CONCERNS ABOUT HIS WORSENING HEALTH CONDITION AND APPEALS
FOR HIS IMMEDIATE RELEASE TO ENSURE LIFE SAVING MEDICAL CARE, A
FUNDAMENTAL RIGHT OF EVERY PRISONER!

13, 18, 20, 28, 39

On the 26th of March 2019, the Bombay High Court denied Prof. GN Saibaba bail despite his worsening health condition. A wheel-chair bound professor of Delhi University with 90% disability due to post-polio paralysis, a human rights activist and a political prisoner incarcerated in Nagpur Central Jail since 2014, Prof. Saibaba has been in jail after being charged under several sections of the draconian Unlawful Activities (Prevention) Act (UAPA) on charges ranging from being member of a banned organization to advocating unlawful activities. Following the dramatic abduction and arrest of Prof. Saibaba from Delhi in 2014 by the Maharashtra police, he has been portrayed as a dreaded criminal and, worse, has been treated as sub-human by the very authorities who are expected to uphold the law of the land. He has been denied basic medical care since he has been an under-trial prisoner despite being diagnosed with maladies in pancreas and gall bladder necessitating immediate surgery. He has been kept in the anda cell or in solitary confinement denying him basic facilities under harrowing conditions. Since then, his health condition has deteriorated to a point where recovery is not possible. But with this denial of bail it is clear that he is bound to suffer a slow and painful death under the custody of the state.