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quarta-feira, 21 de junho de 2017

ÍNDIA: PRESOS POLÍTICOS EM GREVE DE FOME

DEZENAS DE PRISIONEIROS POLÍTICOS NOS CÁRCERES DE CALCUTÁ FAZEM GREVE DE FOME EM SOLIDARIEDADE E PROTESTO AS TORTURAS A REVOLUCIONÁRIA KALPANA MAITY

Traduzimos do blog maoistroad denúncia sobre a greve de fome de cerca de 80 prisioneiros políticos e a situação que se encontra a revolucionária indiana Kalpana Maity:

“Em torno de 80 prisioneiros políticos de quatro cárceres da Índia -três dos quais se encontram em Kolkota (Calcuta)- fizeram uma greve de fome de 24 horas desde o sábado passado como forma de protesto contra a tortura infligida a comunista-maoísta Kalpana Maity, que atualmente se encontra na prisão de Alipore. A greve nas prisões de Presidency, Dum Dum, Jalpaiguri e no presidio de mulheres de Alipore começaram às 6hs da manhã e terminou na mesma hora de domingo.

Ranjit Sur, membro da Associação para a Proteção dos Direitos Democráticos, uma organização cidadã de direitos humanos, declarou que tem estado em contato com os prisioneiros e que a organização havia recebido uma queixa por escrito de Maity detalhando a tortura a que foi submetida (Fonte: Indianexpress).
Nos deu a queixa escrita em sua última parição, que foi dia 6 de este mês. Devia apresentar ao juiz também, porém não pôde apresentar sua queixa a eles na última audiência. Segundo sua denúncia, Kalpana Mayti começou a sofrer de muitas dores desde que foi transferida a prisão de Alipore. Ela sofre de diabetes, artrites e uma série de outras enfermidades.

"Ela alega que o encarregado do cárcere deu instruções a todos os demais reclusos na prisão ameaçando-os para que não a audem. Os outros presos foram proibidos de falar com ela, e vice-versa. Também, a obrigam limpar sua própria cela e banheiro, algo que os demais internos não têm que fazer. A os outros reclusos é permitido passear ou fazer exercício no pátio da prisão, entretanto a Kalpana é negada esta facilidade", segundo afirma Ranjit Sur.


Apesar de Maity ser uma presa política, reconhecida pelo tribunal como tal, não foi tratada como tal: "Tem certas coisas que um preso político deve receber por lei, como uma mesa, cadeira, livros, jornais e material para escrita. As autoridades penitenciarias não lhe ofereceram isto. Ela tem estado isolada por completo".

Segundo Sur, Maity foi detida em 4 de dezembro de 2010, com outras quatro pessoas acusadas de serem maoístas, Sudip Chongdar, Barun Sur, Akhil Ghosh e Bimal Mallick, no distrito de Maidan em Calcutá. Ela era conhecida como pessoa próxima do maoísta Kishenji, era chamada de "sua sombra". "Os prisioneiros políticos decidiram que se a tortura não acabar, então irão entrar em greve de fome indefinida em todas os cárceres de Bengala Ocidental", confirmou Rajnit Sur.


Em 2012, pouco despois de chegar ao poder, o primeiro ministro Mamata Banerjee decidiusobre a liberação de 51 presos políticos que haviam sido condenados a cadeia perpetua e já haviam cumprido mais de 15 anos de prisão. As recomendações foram realizadas por um "Comité de Revisão para liberação de presos políticos", encabeçado pelo juiz Maloy Sengupta. Contudo, ainda que o Comitê Sengupta tenha recomendado a liberação de todos os presos políticos, isto nunca foi levado a cabo.”

LIBERDADE A TODOS PRESOS POLÍTICOS DEMOCRATAS E REVOLUCIONÁRIOS NA ÍNDIA E NO MUNDO!

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