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sábado, 10 de dezembro de 2016

ARSENAL DE GUERRA É ENCONTRADO NA POSSE DE LATIFUNDIÁRIOS

Reproduzimos denúncia feita pela Liga dos Camponeses pobres sobre a descoberta de armamento pesado em poder dos latifundiários.


E ENTÃO, SENHORES? MINISTÉRIO PÚBLICO DO MATO GROSSO APREENDE ARSENAL EM LATIFÚNDIO DE MINISTRO DE TEMER





A foto do arsenal é do MPE-MT. A reportagem abaixo do site “De olho nos ruralistas”:

Acompanhado pelas polícias Militar, Civil e Ambiental do estado, o MPE buscava 1.900 cabeças de gado quando se deparou com arsenal, nas propriedades Paredão, Jaturana e fazenda Shangrilá. A fazenda Paredão é de Marcos Antônio AssiTozzati, ex-assessor de Padilha. Como não possui sede própria, ela utiliza a estrutura da fazenda Jasmin Agropecuária, que pertence ao ministro – um dos principais do governo Temer. Nos alojamentos da Jasmin foram encontradas mais duas espingardas calibre 36.

As equipes também encontraram provas de desmatamento em área de preservação permanente e produtos tóxicos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. A apreensão do gado foi determinada para cessar os danos ao meio ambiente, conforme a Lei 9.605/98 (impedir ou dificultar a regeneração de vegetação). Caso Tozzati, apontado como dono do gado, não retire o rebanho em um prazo de 72 horas, terá de pagar uma diária de R$ 1 mil por cabeça.

As fazendas ficam no município de Vila Bela da Santíssima Trindade, fronteira com a Bolívia, a 520 quilômetros de Cuiabá.

Trabalho escravo

Na Fazenda Paredão, os fiscais identificaram péssimas condições nas acomodações dos funcionários, com presença de galões de gasolina e vasilhames de agrotóxicos. O MPE encaminhou fotos dos alojamentos para o Ministério do Trabalho. Há suspeita de trabalho análogo à escravidão.

A operação já bloqueou R$ 108 milhões em bens, determinadas pela Justiça de Mato Grosso por degradação ambiental em 51 propriedades rurais. A esposa de Padilha, Maria Eliane, também teve  R$ 3 milhões bloqueados pela Justiça. Ela é sócia do ministro em uma das fazendas. As decisões são do juiz Leonardo de Araújo Costa Tumiati.

Ao Ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) estão subordinados o INCRA e a FUNAI, que seriam os órgãos responsáveis pela “Reforma Agrária” e pela “regularização dos territórios indígenas”.
Confúcio Moura Temer e ÊnedyConfúcio Moura Temer e ÊnedyE então senhores mafiosos e bocas porcas do monopólio da imprensa? Não vão falar nada agora? Porque se uma quantidade muito menor de armas fossem apreendidas com um número muito maior de famílias camponesas (que muitas vezes lutando pela terra precisam se defender de grupos de extermínio da pm de Rondônia e de pistoleiros), os berros de “terrorismo”, “quadrilha”, “morte à LCP”, já estariam estampados em manchetes garrafais.



Rodrigo Silva Rodrigues dono do site jarunoticias preso na Operação Mors recebe das mãos do comandante Enedy o diploma de amigo da políciaRodrigo Silva Rodrigues dono do site jarunoticias preso na Operação Mors recebe das mãos do comandante Enedy o diploma de amigo da políciaE então, senhores? Vocês não vão falar nada do latifundiário usineiro e Presidente do Senado Renan Calheiros, que se recusou a cumprir liminar do Superior Tribunal Federal? Mas quando os camponeses se recusam a cumprir liminares de reintegração de posse (estas sim, sentenças em que os juizecos que a proferissem seriam enquadrados no abuso de poder) de terras públicas que já foram inclusive destinadas ao INCRA, cuja posse do latifúndio é flagrante desrespeito e escárnio à democracia que vocês tanto jactam, o que vocês vociferam contra os camponeses e a LCP? “Cadeia”, “quadrilha”, “bandidos”, “pena de morte”, “desrespeito à lei”, etc., etc., etc.



Uma vez mais, os fatos demonstram o monturo de lixo que são os que atacam os camponeses e a honrada Liga dos Camponeses Pobres. São quadrilhas de ladrões de terras públicas que preparam o assalto final às terras de Rondônia, e que não se envergonham de fazer um “presidente da república” posar para fotos com um comandante da polícia militar de Rondônia que têm evidentes ligações com os grupos de extermínio que agem a soldo do latifúndio.
Apoiar a luta dos camponeses pobres, indígenas e quilombolas, nunca foi tão importante como nestes dias que vivemos em que a colossal crise do imperialismo e do capitalismo burocrático no Brasil expõe as vísceras desta ditadura que vivemos, pois no “salve-se quem puder” de latifundiários e burgueses e seu monopólio de imprensa, o discurso de “respeitar a democracia” utilizado para resguardar injustiças e interesses de classe viraram letra morta por quem tanto o utiliza para atacar a luta do povo, principalmente a luta camponesa.

Viva a luta pela terra!
Terra para quem nela vive e trabalha!
Viva a Revolução Agrária!

Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres

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