LIBERDADE PARA TODOS OS PRISIONEIROS PALESTINOS!

Compartilhamos com nossos leitores e apoiadores tradução de importante documento produzido pela Campanha Unitária para a Libertação de Georges Abdallah exigindo liberdade imediata de todos os prisioneiros políticos palestinos, detidos de maneiras ilegais e imorais pelo estado sionista de Israel na situação da pandemia. 

No documento, também é denunciado a situação desumana a qual são submetidas os prisioneiros, entre eles mulheres e crianças, e também pessoas com problemas de saúde que podem se encontrar nos grupos de risco da Covid-19, e ainda denuncia a presença de presos políticos que apresentam os sintomas da doença e que não possuem acesso a assistência médica. 

Os membros da campanha também destacam a necessidade de exigir, agora mais do que nunca, a liberdade de Georges Ibrahim Abdallah, encarcerado há mais de 35 anos nas masmorras do estado francês e de Ahmad Sa'adat, preso desde 2002.

O CEBRASPO vem, através desta postagem, declarar apoio ao documento da Campanha Unitária para a Libertação de Georges Abdallah e exigir também a liberdade de todos os presos palestinos, mantidos em sua maioria detidos ilegalmente e por tempo indeterminado e, em especial, de Georges Abdallah e Ahmad Sa'adat!

A seguir, o documento traduzido em sua íntegra:

LIBERDADE PARA TODOS OS PRISIONEIROS PALESTINOS!

A RESISTÊNCIA É UM DIREITO!

LIBERDADE PARA AHMAD SA'ADAT!

LIBERDADE PARA GEORGE ABDALLAH!

Em 17 de abril, o "Dia dos Prisioneiros Palestinos", instituído desde 1974, a Campanha Unitária para a Libertação de Georges Abdallah reafirma a necessidade de libertar todos os presos políticos revolucionários no mundo e, em particular, impor a libertação de todos os prisioneiros palestinos - símbolos vivos, nas cadeias da entidade sionista, da resistência de um povo inteiro contra o imperialista, sionista, colonialista e genocida projeto.

A entidade colonial sionista está infligindo tratamento desumano a todo o povo palestino, independentemente da idade deles. Podem ser detidos sem acusações, sem provas, por períodos de 6 meses renováveis à vontade, em outras palavras pela vida toda, graças a um "procedimento" único, inventado pela primeira vez pelo colonialismo britânico no início do século passado e adotada desde o final da segunda guerra pelo estado colonial: nomeadamente "detenção administrativa". Essa impostura permite que os carcereiros estendam indefinidamente o prisão de todos os detidos, mesmo no final de uma sentença, geralmente arbitrária, pronunciada por um tribunal de ocupação, mesmo para combatentes pacíficos da resistência que não usam luta armada, como estudantes e sindicalistas, e que, no entanto, são considerados pela entidade sionista como uma ameaça à sua segurança.

Os últimos censos relatam 5.000 prisioneiros palestinos, incluindo 432 em detenção administrativa, 43 mulheres, algumas das quais são casadas e separadas de seus filhos, 183 crianças com menos de 16, 6 parlamentares, 541 condenados à prisão perpétua, 47 a sentenças de mais de 20 anos, sem contar prisioneiros doentes sem assistência médica, alguns dos quais estão em estado crítico e na linha de frente neste contexto terrível do covid19.

Desde 1967, mais de 800.000 palestinos passaram pelas prisões sionistas. Todos palestinos famílias tiveram pelo menos um de seus parentes sofrendo o horror das prisões do ocupante.

Desde o ano 2000, mais de 8000 crianças palestinas foram presas, interrogadas e acusadas pela justiça militar do ocupante, ou seja, 500 a 700 por ano. Seus números triplicaram entre 2015 e 2016 e a maioria (3 em 4) é acusada de atirar pedras. Durante seus interrogatórios, essas crianças são submetidas à pior violência e tortura e, uma vez pronunciadas suas sentenças, eles são transferidos para as prisões da entidade sionista, violando todas as "normas" internacionais, sem qualquer sanção pronunciada contra a entidade sionista e seus cúmplices na França e no mundo.

Todos os 4 centros de interrogatórios, os 3 centros de detenção e as 18 prisões onde os palestinos detidos estão localizados nos territórios ocupados em 1948 (chamado "Israel" por imperialismo), com exceção da prisão de Ofer (Cisjordânia), em violação do direito internacional. 99,74% daqueles acusados ​​pela justiça militar da entidade sionista são condenados. A maioria deles está sujeita a "se declarar culpado" se eles querem que suas sentenças sejam reduzidas. Um prisioneiro palestino pode ser detido por até 180 dias sem consultar um advogado.

Todas essas estatísticas são indicativas e não refletem todos os abusos e torturas sofridos pelos palestinos prisioneiros, pois a entidade sionista se beneficia da cumplicidade dos médicos que trabalham com os investigadores.

Finalmente, não podemos falar sobre os presos políticos e, em particular, os palestinos sem

mencionando a luta exemplar pela causa palestina de nossos camaradas Georges Abdallah e Ahmad Sa'adat.

Georges Abdallah está detido na França há mais de 35 longos anos. Sua vida o compromisso com o povo palestino faz dele um lutador preso por sua resistência ao sionismo, colonialismo e imperialismo.

Ahmad Sa'adat, Secretário Geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina, inicialmente preso pela Autoridade Palestina em 2002 no quadro iníquo de "coordenação de segurança" com a entidade sionista e depois sequestrado pelas forças de ocupação israelenses, está detido nas prisões da entidade sionista desde 2006.

Para reafirmar a demanda e a urgência da libertação de todos esses combatentes da resistência presos, A Campanha Unitária para a Libertação de Georges Abdallah apóia e participa ativamente da Semana Internacional para a Libertação de Prisioneiros Palestinos, em resposta ao chamado de Samidoun e Ahmad Sa'adat livre. Vamos todos lutar juntos para ampliar esta campanha e fazê-la durar ao longo do tempo.

Vamos libertar todos os nossos companheiros combatentes da resistência!

Palestina viverá, Palestina vencerá!

Liberdade para Georges Abdallah, Ahmad Sa'adat e todos os prisioneiros palestinos!

Abaixo o imperialismo, o sionismo e os estados árabes reacionários!

Paris, 17 de abril de 2020

Campanha de Unidade pela Libertação de Georges Abdallah

Campagne.unitaire.gabdallah@gmail.com