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segunda-feira, 27 de maio de 2019

ESCALADA DA VIOLÊNCIA POLICIAL EVIDENCIA GUERRA CONTRA O POVO!


Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), somente nos primeiros quatro meses de 2019 foram registradas 558 mortes decorrentes de intervenção policial no Rio de Janeiro. De acordo com as estatísticas oficiais, a polícia militar NUNCA MATOU TANTO NO RIO DE JANEIRO. Para citarmos os exemplos mais alarmantes, no dia 5 de maio, por exemplo, oito pessoas foram mortas em uma operação no complexo da Maré. Três meses antes, no dia 8 de fevereiro, ocorreu a chacina do Fallet-Fogueteiro, em que 15 pessoas foram mortas e segundo os relatos de moradores 9 dentro de uma mesma casa foram executadas a facadas!

Não são poucos os casos em que após as operações policiais, moradores relatam que execuções sumárias aconteceram dentro das favelas.

No caso da Maré, moradores do Conjunto Esperança, onde foi o foco da operação, disseram ter visto 3 jovens ajoelhados no chão sem as armas tentando se render. Mesmo assim, os policias atiraram: “não teve operação, teve massacre". Uma outra moradora da comunidade, trabalhadora da educação disse: "estavam atirando de cima pra baixo com o helicóptero! Tivemos que colocar todas as crianças no refeitório e pedimos para que deitassem no chão, todos ficaram apavorados".
Essas mortes estão dentro do contexto de rastro de sangue que as forças policiais têm deixado nas favelas do Rio de Janeiro nesses primeiros meses do ano.

Não podemos deixar de destacar o caso do fuzilamento executado por soldados do exército que atiraram 257 vezes, acertando 80, contra o carro de uma família na zona norte da cidade. Faleceram o músico Everaldo dos Santos e o catador Luciano Macedo, atingidos por diversos tiros de fuzil. Após o ocorrido, o silêncio cúmplice do Alto Comando das Forças Armadas, além da esdrúxula afirmação do atual gerente de turno, o fascista Bolsonaro, de que o “exército não matou ninguém”, adiantaram a eventual impunidade dos envolvidos e do próprio exército. Não tendo sido surpreendente a soltura dos executores pelo Supremo Tribunal Militar no dia 23 de Maio.

E em todos os fatos quais respostas dão os porta vozes oficiais dos governos estadual e federal? 

PARA OS AGENTES DA REPRESSÃO AS CONDECORAÇÕES, PARA O POVO O DESPREZO.

Tanto o governo Bolsonaro quanto Witzel aprofundam as políticas genocidas dos governos anteriores, conduzindo ao extermínio dos pobres, principalmente negros, com a desculpa do combate ao tráfico de drogas. Política essa que já tem matado milhares de pessoas no país, sem qualquer impacto significativo nas atividades ilícitas, que manipulam muito dinheiro e envolvem gente “de bem” de todas as esferas dos poderes, senadores, latifundiários, banqueiros. Isso não vem de hoje, mas é resultado de anos de defesa de policiais assassinos e da política de extermínio e encarceramento em massa contra os pobres. Política essa mantida e aprofundada pelos anos de gerenciamento petista, a exemplo da ocupação criminosa do Haiti, e apoio político e financeiro às UPPs no Rio de Janeiro.

Diferentemente dos governos passados, alguns fatos, como o uso dos atiradores de elite nas favelas – denunciado durante meses pelos moradores de Manguinhos – e do caveirão voador – helicóptero de guerra blindado utilizado pelas forças da repressão – somente compravam que o que antes era realizado por baixo dos panos agora está sendo feito de forma aberta e declarada: a GUERRA CONTRA O POVO!

OU NÃO SERIA UM ATO DE GUERRA DISPARAR 257 TIROS DE FUZIL CONTRA O CARRO DE UMA FAMÍLIA? 

Saudamos os moradores das favelas e periferias, que não têm se deixado intimidar frente a esse ataque mortal contra suas vidas e organizam protestos e manifestações. Recentemente exemplos foram dados por trabalhadores do São Carlos, Complexo do Alemão, Vidigal e Rocinha que fecharam vias, “desceram o morro”, e se manifestaram por seus direitos e contra a violência policial.

Convocamos todos os democratas, progressistas e defensores dos direitos do povo a cerrar fileiras contra a GUERRA EM MARCHA CONTRA O POVO POBRE E TRABALHADOR, DA CIDADE E DO CAMPO. Na situação política atual é dever dos que estão ao lado dos trabalhadores do campo e da cidade ter participação ativa e denunciar o genocídio da juventude trabalhadora, principalmente negra, e se solidarizar com a luta das massas pelos seus direitos, direito a saúde, educação, ir e vir, e fundamentalmente pelo direito à organização e manifestação, pois como diz o velho ditado: “onde há opressão, há resistência”.

COMBATER E RESISTIR CONTRA O TERRORISMO DE ESTADO!


Manifestação da Greve Nacional da Educação, no dia 15 de maio, no Rio de Janeiro. Foto: Mídia 1508.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

CEBRASPO EXIBE FAIXA DE CAMPANHA DO DR. SERNAS EM ATO NO RIO DE JANEIRO

Durante ato realizado no Rio de Janeiro no dia 15/05, o CEBRASPO exibiu uma faixa da campanha pelo reaparecimento com vida de Dr. Sernas Garcia, advogado do povo vítima de desaparecimento forçado desde 10 de maio de 2018.

Foto: Ellan Lustosa/A Nova Democracia

O ato, que ocorreu no Centro do Rio, contou a com presença de cerca de 300 mil pessoas em luta contra os ataques à educação e à previdência, dentre os quais ativistas organizados pelo CEBRASPO exibiram a faixa em razão do chamamento à campanha internacional do Dr. Sernas, realizado pela organização Sol Rojo - Corriente del Pueblo, conforme repercutimos recentemente em nosso blog. 

Foto enviada por um apoiador

segunda-feira, 13 de maio de 2019

MÉXICO: CAMPANHA INTERNACIONAL PELO DR. SERNAS E PELO CAMARADA LUIS ARMANDO

Ativistas organizados pelo movimento Sol Rojo - Corriente del Pueblo fazem apelo internacional para impulsionar a campanha pelo reaparecimento do Dr. Sernas Garcia, vítima de desaparecimento forçado em 10 de maio de 2018, e pela campanha por justiça ao camarada Luis Armando Fuentes Aquino, assassinado 11 de abril de 2019. 
  

Em nota, o organização enumera uma série de ações repressivas e de perseguição contra os ativistas. A lista inclui violência detenções arbitrárias; vigilância, agressões físicas e ameaças de morte de ativistas por parte de agentes do estado ou de paramilitares; repressão policial em atos e manifestações organizados pelos solrojistas; invasões de sedes e roubo de equipamentos, como computadores e documentos jurídicos; ataques a acampamentos de desabrigados.
Tudo numa clara tentativa de intimidar e impedir o direito das massas se organizarem e lutarem pelos seus direitos.
Nós, do CEBRASPO, nos somamos à campanha internacional e fazemos um chamado para todas as organizações e entidades, democráticas, progressistas e revolucionárias a atenderem o chamado dos companheiros do Sol Rojo - Corriente del Pueblo, exigindo o reaparecimento do Dr. Sernas com vida e justiça para o camarada Luis Armando Fuentes Aquino.


Segue abaixo a nota, traduzida por nossos apoiadores, na íntegra:

"Faz um ano do desaparecimento forçado de nosso camarada Dr. Ernesto Sernas García, advogado do povo que fez a brilhante defesa dos 23 camaradas SolRojistas acusados dos delitos de terrorismo e porte de explosivos, e que graças ao trabalho deste servidor do povo, foram absolvidos, demostrando o julgamento - farsa armado pelo velho estado contra nossos camaradas.

O desaparecimento do nosso camarada coincide com esse momento tão importante do processo: o fechamento da instrução, quando se confirma que nossos camaradas foram detidos de forma arbitrária, submetidos à tortura encarcerados em penitenciárias de segurança máxima pelo único delito de lutar defendendo os direitos do povo.

FRANÇA: CENTENAS DENUNCIAM REPRESSÃO POLICIAL DURANTE ATOS DOS COLETES AMARELOS

Repercutimos denúncia de ativistas e jornalistas sobre a repressão contra as manifestações dos "Coletes Amarelos" que tem estremecido as ruas da França desde março. 

A denúncia, assinada por cerca de 350 jornalistas, fotógrafos e editores independentes, conta que houveram ao menos 90 jornalistas foram vítimas de violência policial desde o início das manifestações.

As violências incluem: ameaças, tentativas de destruição de equipamentos, violência física com cassetetes ou bombas de gás e de efeito moral e as chamadas armas não letais, detenções e criminalização. A nota também denuncia o confisco de equipamentos de proteção, como máscaras de gás, capacetes e óculos. 

Dentre as detenções realizadas contra os jornalistas, o estado acusa-os de "fazerem parte de um grupo com fins de cometerem atos de violência e de depredação", o que jornalistas acusam de ser um ataque contra e uma criminalização da liberdade de expressão. 



A nota também menciona outras entidades que condenaram a repressão contra os jornalistas e os manifestantes, como os Repórteres Sem Fronteiras e a Anistia Internacional.

A nota pode ser lida na íntegra no seguinte endereço: https://diario-octubre.com/2019/05/06/cientos-de-medios-denuncian-la-represion-policial-en-francia-durante-las-manifestaciones/#

quarta-feira, 8 de maio de 2019

LIGA DOS CAMPONESES POBRES DENUNCIA GUERRA NO CAMPO

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos reproduz nota da Liga dos Camponeses Pobres que denuncia as ameaças e ataques deste governo contra aqueles que lutam pelo sagrado direito a terra para quem nela vive e trabalha querendo aprofundar a matança no campo.

Como defensores do direito do povo lutar pelos seus direitos, reforçamos a denúncia da LCP e conclamamos a todas e todos os ativistas e militantes democráticos e revolucionários a denunciarem e repudiarem esta ofensiva reacionária contra os camponeses que lutam pelos seus direitos mais elementares.

Segue abaixo a nota na íntegra:




Na abertura da agrishow, em Ribeirão Preto, no último dia 29 de abril, Bolsonaro defendeu que os latifundiários que assassinem quem invadir suas terras não sejam nem processados e nem condenados por seus crimes. Bem como prometeu enviar ao Congresso projeto de lei que caracterize a luta pela terra como terrorista.

Também anunciou para os ladrões das terras públicas e dos camponeses pobres, os latifundiários, mais especificamente para os barões do agronegócio, que o seguro rural em seu primeiro ano de governo será de 1 bilhão de reais (aumento de 125 %), bem como pediu juros menores dos empréstimos contraídos pelos latifundiários com o Banco do Brasil: mais uma farra para estes parasitas que só exportam e não colocam um grão de feijão, que seja, no prato dos brasileiros.

Antes, já havia renovado a mordomia desses tubarões, com isenção de 40 bilhões de impostos dos insumos agrícolas, em sua grande maioria vendida por multinacionais cartelizadas.

No discurso na agrishow, de concreto, nada de novo, só mais do mesmo, além da defesa aberta da pistolagem e do genocídio no campo. Servil, sabujo e descarado, falou o que pensa e que agradaria aos donos da festa.

As bilionárias isenções de impostos para os barões do agronegócio e as transnacionais da agroindústria, junto com os trilionários juros pagos aos banqueiros e as remessas de lucros para o estrangeiro das grandes empresas, nunca deixaram de ser praticadas por nenhum governo que o antecedeu nos últimos 30 anos, só para ficar naquilo dos que gostam de encher a boca embelezando o tal “Estado Democrático de Direito” dessa velha ordem de exploração e opressão. Isto sim quebrou o Brasil, e não os míseros gastos do Estado com saúde, educação e aposentadoria, como proclamam aos quatro ventos os que hoje planejam o assalto à Previdência.

Impunidade para matar camponeses, indígenas, quilombolas, advogados, padres e militantes proletários que lutam por terra, pão, trabalho e justiça, também não é novo. Sempre foi assim.

Tratar a luta consequente do povo por direitos e reivindicações e o protesto popular contra os abusos e injustiças deste velho Estado de latifundiários e grandes burgueses como terrorista, a antecessora de Bolsonaro já o fizera, após as grandiosas rebeliões da juventude de 2013 e 2014, com a Lei Antiterrorista. E o imperialismo, principalmente norte-americano, já opera com este mantra no país desde o golpe militar de 1964.

O que tem de novo em tudo isso, sempre praticado e nunca falado, é que veio da boca do Presidente da República, eleito com 30% dos votos dos brasileiros em condições de votar, nas eleições mais desmoralizadas de todas as edições da farsa eleitoral dos últimos 30 anos.