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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

SEMINÁRIO: 22 ANOS DA RESISTÊNCIA CAMPONESA DE CORUMBIARA E OS CONFLITOS AGRÁRIOS NA ATUALIDADE



Dia 30 de Agosto (quarta-feira)- Horário: 19 horas
Local; Campus da UNIR (Auditório da UAB) – Porto Velho

A Associação Brasileira dos Advogados do Povo- ABRAPO e o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos convidam para o Seminário intitulado 22 ANOS DA RESISTÊNCIA CAMPONESA DE CORUMBIARA E OS CONFLITOS AGRÁRIOS NA ATUALIDADE a ser realizado no dia 30 de agosto de 2017 a partir das 19 horas no Auditório da UAB- Campus da UNIR –Porto Velho.

Em 1995, no município de Corumbiara, 600 famílias camponesas tomaram a fazenda Santa Elina. Grande aparato de policiais e pistoleiros, fortemente armados, invadiram o acampamento na madrugada do dia 9 de agosto. Os camponeses opuseram heroica resistência, e com as armas que tinham – paus, foices e espingardas – sustentaram combate até esgotarem seus recursos. Depois de rendidos, os camponeses foram humilhados, espancados, torturados e 9 camponeses foram executados, inclusive a menina Vanessa, de apenas 7 anos. Vários camponeses morreram tempos depois, em consequência das graves sequelas. Depois de diversas lutas, em 2010, famílias organizadas pelo CODEVISE – Comitê de Defesa das Vítimas de Santa Elina e a LCP finalmente retomaram a maior parte da fazenda Santa Elina, resistiram a ataques de todo o tipo, cortaram as terras por conta e distribuíram os lotes entre si, onde cada família logo começou a viver e trabalhar.
Hoje, passados 22 anos, as forças do latifúndio e do Estado continuam tratando a luta pela terra com violência. Segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Rondônia tem 106 áreas em situação de disputa, em 23 municípios.  Ao todo são 8.759 famílias acampadas, sendo 25% enquadradas em "alto grau de risco de conflitos graves", mas sabemos que esses números são muito maiores.
Centenas de camponeses já foram assassinadas nos últimos anos em Rondônia e os dados revelam a verdadeira situação de terror a que estão submetidos os camponeses em todo o País.  Seguem os assassinando crescentemente camponeses e indígenas, principalmente suas lideranças combativas. Só este ano fizeram massacres em Colniza (Mato Grosso) e em Pau D’Arco (Pará), totalizando só nesses dois episódios 19 camponeses executados.
Contamos com as organizações de direitos humanos, ativistas do movimento camponês, intelectuais, advogados, dirigentes sindicais, professores, estudantes e todos os trabalhadores que apoiam a justa luta dos camponeses por seu direito historicamente negado de ter um pedaço de terra para trabalhar e viver.
O momento necessita de discussão e ação das organizações que defendem os direitos do povo. Contamos com vossa participação.

        ABRAPO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ADVOGADOS DO POVO
CEBRASPO - CENTRO BRASILEIRO DE SOLIDARIEDADE AOS POVOS

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Interrupção imediata da agressão policial e militar contra o povo da Favela do Jacarezinho e Favelas da Zona Norte do RJ!

*Atualização: na manhã da segunda-feira, dia 21 de agosto, não bastasse o uso das polícias civil e militar, a "operação vingança" no Jacarezinho ganhou o auxílio de homens da polícia federal, força nacional, e tropas militares da marinha e do exército. A ação dos agentes da repressão se estendeu nas favelas de Manguinhos e Complexo do Alemão.

OPERAÇÃO POLICIAL NO JACAREZINHO É A GUERRA CONTRA O POVO POBRE

Desde a sexta-feira, dia 11 de agosto, a população que reside na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, tem sofrido com o terrorismo de Estado: uma operação que envolve a polícia civil e sua tropa de elite a CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais), a polícia militar com sua tropa de choque e as Forças Armadas. Resultando, até o momento, em seis moradores mortos.

Nesses dez dias de operação o Estado, por meio das polícias e do exército, têm levado terror a população do Jacarezinho, como tem feito em todas as favelas e bairros pobres da cidade do Rio de Janeiro, dando mostras da verdadeira face do Estado brasileiro. Um Estado burguês-latifundiário-serviçal do imperialismo, principalmente americano que governa para seus próprios interesses e benefícios de suas classes dominantes, violando os direitos do povo pobre e trabalhador de nosso país no campo e na cidade. 

As classes populares do país são as mais afetadas com o desemprego, a destruição da saúde pública, do sucateamento da educação pública, da falta de lazer, de saneamento básico, e principalmente do genocídio cometido contra a população pobre e negra. Esta população é o alvo principal da escalada de violência e repressão que é aplicada pelo Estado brasileiro na cidade e no campo.

Nesses onze dias, além dos moradores que foram brutalmente executados pelas balas claramente endereçadas das polícias, muitos ficaram feridos. Há relatos de moradores de que o helicóptero teria atirado contra crianças.

Os residentes da favela do Jacarezinho também estão tendo suas casas alvejadas, invadidas, além da falta de luz, falta de coleta de lixo, e escolas fechadas deixando centenas de crianças e jovens sem aula.  Muitos trabalhadores não conseguem se deslocar até seus locais de trabalho e muitos outros não conseguem voltar para casa.

O monopólio da imprensa com toda a sua verborragia clama pela “paz”, porém ao mesmo tempo faz coro com os membros do poder executivo sobre a necessidade de mais operações nas favelas, mais força policial, mais repressão, além de dizer que os moradores mortos são vítimas da violência “cotidiana”, como se o terror não tivesse sendo levado pelas polícias e forças armadas com a infame e surrada desculpa de combater o “tráfico de drogas”, nomeando de “auto de resistência” as execuções perpetuadas por eles.

As operações policiais, são verdadeiras invasões das favelas, com uso sem limites de todo aparato militar que os agentes do velho Estado dispõem (armas de grosso calibre, veículos blindados, os “caveirões”, helicópteros de guerra, bombas, e até cães treinados para o combate). O Estado brasileiro está empreendendo uma GUERRA CONTRA O POVO, sendo a região metropolitana do Rio de Janeiro seu principal laboratório.

A ocorrência da morte de um membro da CORE, no dia 11 de agosto na favela do Jacarezinho, somente serve de combustível para o discurso dos chefes de Estado, tanto da gerência federal quanto estadual, para justificar o uso da força militar e os ataques abertos e deliberados contra o povo pobre. Estimulam e açulam ainda mais os agentes da repressão, que atacam as massas com mais ferocidade e covardia.

Pesquisa do Ipea alega que em 2015 o número de vítimas de assassinatos cometidos pela polícia no Rio de Janeiro supera o número de vítimas de latrocínio, respectivamente 645 contra 133. Relatório da Human Rights Watch de 2016 afirma que "o número de mortos por ação policial é muito maior do que o número de baixas na polícia, fazendo com que seja difícil acreditar que todas estas mortes ocorreram em situações em que a polícia estava sendo atacada". No mesmo relatório consta que para cada policial morto, 23 pessoas foram mortas neste ano. Já no início de 2017 dados divulgados pelo ISP (Instituto de Segurança Pública) consta que a cada oito horas uma pessoa é morta pela polícia civil ou militar no Estado do Rio de Janeiro.

Toda essa repressão visa impedir que o povo se rebele e se levante contra toda a opressão. Esse é o verdadeiro objetivo e política desse Estado, seguidor fiel de seus patrões imperialistas com suas guerras de rapina e agressão aos povos.  Mas, assim como os povos de todo o mundo resistem, lutando sob as mais difíceis condições, o povo brasileiro vem cada vez mais se defendendo e avançando na sua mobilização, organização e luta.

Que tenham bem claro: Não conseguirão nunca manter o controle da população pobre frente ao aumento de sua exploração. A repressão a que estão submetidas as massas em nada vai alterar a disposição de lutar por direitos e por justiça, pelo contrário, cada vez mais o povo vê na sua luta o único caminho para construir uma Nova Democracia.  

A população que mora no Jacarezinho está exercendo seu direito de manifestação e realizando protestos diários pelo fim das operações policiais. Fazemos coro com as manifestações e exigimos que as polícias civil e militar parem sua guerra contra população e parem de assassinar os filhos do povo.

Denunciamos e exigimos que parem os tiros, as torturas cometidas principalmente contra os jovens que ali residem, as invasões das casas e todas as atrocidades que vem sendo cometidas pelas polícias na Favela do Jacarezinho.

As massas do país estão vivendo em condições degradantes, e sendo o povo pobre e trabalhador do campo e da cidade o que mais sofre com a crise política, econômica e moral que vivem as classes dominantes. A escalada de violência tem sido sempre a única resposta desse velho e apodrecido Estado. Porém, em cada uma dessas lutas se gesta uma grande e legítima rebelião popular. Essa é a história de lutas do povo brasileiro e de nossa humanidade.

Dessa forma nos somamos a essas manifestações e ainda convocamos as entidades democráticas e revolucionárias a se pronunciarem contra a guerra desenvolvida pelo genocida Estado brasileiro contra o povo pobre e trabalhador.
- Pelo fim imediato das operações e da agressão policial e militar contra o povo do Jacarezinho e favelas da Zona Norte do RJ!
- Contra a intervenção militar no Rio de Janeiro!


- Viva a luta e a mobilização do povo!



segunda-feira, 14 de agosto de 2017

INDIA - ATIVISTAS SÃO PRESOS ILEGALMENTE

Recebemos em nosso e-mail mais uma grave denuncia de repressão contra os ativistas de entidades democráticas defensoras dos direitos do povo na Índia. A denuncia foi enviada pelo dirigente da Frente Revolucionária Democrática, o poeta e escritor revolucionário Varavara Rao.
O governo Indiano tem usado de leis draconianos para perseguir e prender militantes que têm se lançado na defesa das massas que estão lutando contra o fascismo da gerencia Modi.
Contra as massas mais pobres daquele da Índia o governo abriu uma guerra total, a chamada "Operação Caçada Verde", onde se utiliza de grupos paramilitares, tropas de elite das forças policiais, e ataques aéreos para massacrar os povos que vivem em regiões ricas de recursos naturais (principalmente os povos originários, popularmente conhecidos como naxalitas) e entrega-los aos monopólios imperialistas.


Condenamos a detenção ilegal dos membros CDRO em Sukma, na Índia.
Exigimos sua libertação imediata!
Fazemos um chamado as forças democráticas!

Hyderabad,
13 de agosto de 2017

   Em 11 de agosto, um grupo de 18 membros da Coordenação da Organização de Direitos Democráticos (CDRO) Incluindo Telangana e Andhra Pradesh, foram para Chattisgarh para fazerem uma averiguação. Eles chegaram em Naganoor e Palnoor no dia 12 de agosto de 2017. No dia 13, eles foram então em três veículos para a aldeia Burkapal fazer a averiguação. No caminho foram parados pela polícia perto da prisão Sukma para verificação aleatória e todos que estavam nos carros (22 pessoas) incluindo os motoristas, foram levados para a prisão. Ao chegarem lá foram levados a força para o pátio e foram detidos.
  Todas as tentativas de comunicação com a prisão de Sukma falharam. Consideramos que esta prisão, dos membros da CDRO, foi uma tentativa da polícia de Sukma de frear o trabalho da CDRO em trazer os fatos sobre a violência nesta região para o mundo exterior. Faço um apelo às forças democráticas para condenar esta detenção ilegal e exigir a libertação imediata dos 22 membros da CDRO, incluso membros da CVX.

- Varavara Rao.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

COMPANHEIRO HÉLIO, PRESENTE NA LUTA!

É com pesar que informamos o falecimento de nosso companheiro Helio Silva, um dos fundadores do CEBRASPO, no dia 23 de julho.
Hélio levou uma vida de luta e dedicação pela libertação do povo brasileiro e a construção de uma nova sociedade. Filho da classe proletária, seu pai ferroviário e sua mãe doméstica, trabalhou desde a infância, e observando a vida dura que tinha junto a seus companheiros de trabalho foi ganhando consciência política e vendo a necessidade de se organizar para lutar contra o sistema de exploração do homem pelo homem.
Com o golpe militar de 1964 Helio juntou-se a Var-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares). Participou ativamente da luta armada contra o regime militar fascista e pela construção de uma nova sociedade. Preso pelos fascistas em 1972, lhe foi negado o direito a se alimentar durante oito dias. Barbaramente torturado, manteve postura firme e decidida NÃO DELATANDO NENHUM COMPANHEIRO OU COMPANHEIRA. Mesmo encarcerado Hélio venceu seus covardes algozes. Um exemplo de moral, decisão, e compromisso com a causa pela qual lutava. Teve ativa participação na histórica greve de fome do Presídio Frei Caneca que durou 32 dias durante a campanha pela anistia. Um dos únicos presos políticos do regime a ser condenado a morte pelos militares, Hélio também foi um dos últimos a ser libertado da cadeia. Não foi anistiado, teve sua pena reduzida.
Destacado militante anti-imperialista, fazia questão de marca presença nos atos e manifestações contra a guerra do Iraque e Afeganistão, em defesa do povo Palestino, e pela libertação dos presos políticos da Índia e do membros da ATIK presos na Alemanha. Em suas intervenções, principalmente quando se dirigia aos jovens, sempre destacava a importância de entender a necessidade de libertar o Brasil da dominação imperialista ianque. Defensor da aliança operário e camponesa, organizou junto ao CEBRASPO diversas ações em defesa da luta pela terra e contra a criminalização do movimento camponês. Durante os levantes de junho de 2013 se colocou prontamente a disposição para apoiar as manifestações da forma que pudesse, e na ocasião das prisões dos 23 ativistas antes da final da copa da Fifa em 2014 participou da campanha pela libertação dos presos políticos e prestou todo seu apoio e solidariedade aos familiares dos jovens perseguidos. Apoiador da imprensa popular e democrática, difundia o jornal A Nova Democracia por onde estivesse.
Nosso companheiro parte dessa vida, mas sua história ficará registrada junto a dos demais filhos e filhas do povo brasileiro que se abnegaram de seus interesses pessoais e lançaram-se a servir o povo de todo coração.
Para honrar sua memória mantemos nosso compromisso de manter erguida a bandeira que o companheiro levantava junto conosco nos últimos anos de sua vida: de defender o direito do povo lutar pelos seus direitos!

terça-feira, 1 de agosto de 2017

PALESTINOS RESISTEM A REPRESSÃO SIONISTA

Reproduzimos importante reportagem da edição 193 do jornal A Nova Democracia sobre as manifestações organizadas pelos palestinos contra a tentativa de Israel de impedir a visita de muçulmanos à mesquitas localizadas na parte antiga da cidade de Jerusalém.

Israel assassina ao menos seis e fere mais de mil palestinos

Uma onda de protestos diuturnos e uma ação armada estremeceram a Palestina nesta segunda quinzena de julho contra o fechamento do Domo da Rocha (local sagrado para os muçulmanos, onde fica a mesquita de Al-Aqsa) imposto pelo Estado de Israel, na Cidade Velha de Jerusalém.

Tropas dispararam bombas contra palestinos em JerusalémAmmar Awad /Reuters
Tropas dispararam bombas contra palestinos em Jerusalém
A agressão do Estado sionista ao fechar o Domo da Rocha no dia 14 despertou o sentimento nacional do povo palestino, que se lançou em massa em protestos de vários tipos.
Três jovens palestinos deram sua vida na ação armada contra os agentes da polícia sionista assim que o acesso à mesquita de Al-Aqsa foi fechado. Dois agentes foram aniquilados e um ficou ferido na entrada da Cidade Velha.
“A operação mostra que nosso povo está decidido a verter seu próprio sangue pela mesquita de Al-Aqsa”, exortou o Hamas por meio de seu porta-voz, Hazem Qasem.
Essa é a primeira ação armada naquela parte da cidade desde a Segunda Intifada (movimento de resistência e luta total contra o ocupante sionista) que se encerrou em 2005. Desde 2015, está em curso a Terceira Intifada.
A mesquita de Al-Aqsa é um local tradicional de orações para os árabes às sextas-feiras. A sua defesa intransigente pelos palestinos carrega um profundo sentimento nacional e de defesa da própria cultura. Por outro lado, há um permanente temor pelo Estado sionista de Israel de proibir a entrada de palestinos naquela região.
“Quanto mais força usarem os israelenses e mais medo impuserem, mais fortes serão os palestinos. Não vamos cansar!”, exclamou a jovem palestina Eiad Albial, no acesso à mesquita ao portal Palestina Libre. “É mais uma forma que eles usam para nos controlar!”, concluiu.
Em 16/07, diante das contundentes manifestações, o Estado sionista foi obrigado a reabrir a mesquita.
CÁRCERE CONTRA PALESTINOS
Assim que reabriu a mesquita, o Estado sionista de Israel instalou, após os vigorosos protestos, um arbitrário e ostensivo sistema de detectores de metais para revistar cada palestino que entrasse na Cidade Velha. Uma semana depois, com imensas rebeliões, foi obrigado a revogar seu ato.

A instalação do sistema revoltou as massas e foi considerado um desrespeito pelos líderes religiosos muçulmanos, que denunciaram como restrição ao direito de frequentar a mesquita de Al-Aqsa. As tropas sionistas, por outro lado, aplicam a mais bestial violência para submeter a nação palestina ao seu bel-prazer.
“Enquanto eles [tropas de ocupação sionista] permanecerem aqui haverá sempre a guerra, sempre os ataques; quando eles se forem haverá a paz”, declarou Efe Abeer, turista egípcia em visita à mesquita.
Em 21/07, três palestinos foram assassinados pelas forças israelenses durante protestos contra a instalação dos detectores. Os crimes ocorreram em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.
A primeira vítima recebeu um tiro na cabeça, no bairro de Ras al-Amud, em Jerusalém Oriental; a segunda vítima foi morta no distrito de Al-Tur, também em Jerusalém Oriental; e a terceira foi assassinada na Cisjordânia.
No dia 23/07, mais de 20 palestinos foram feridos em confrontos em Jerusalém. Já na cidade de Qalqilya, na Cisjordânia, ao menos três palestinos foram feridos por disparos de soldados israelenses.
Houve também confrontos e protestos em Qalandiya, entre Jerusalém e Ramallah.
Segundo o exército sionista, nove membros do Hamas (organização que tem dirigido a Resistência nacional palestina) foram detidos na Cisjordânia em 22/07. Dois dias depois, tanques e blindados bombardearam de Tel Aviv  posições do Hamas na Faixa de Gaza.
Entidades democráticas denunciam que ao menos 1090 cidadãos palestinos foram feridos em 10 dias de protestos (de 14 a 24/07), dentre os quais 29 feridos por munições de guerra, 374 por balas de aço revestida com borracha, 471 por intoxicação com gás lacrimogêneo e ao menos 216 por golpes ou espancamento.
EXÉRCITO ASSALTA HOSPITAL E PROÍBE ATENDIMENTOS
“São como cães famintos perseguindo a sua presa”, assim classificou Bassam Abu Libdeh (diretor-médico) a atitude do exército e da polícia sionistas que invadiram o hospital de Al Makassed (em Jerusalém Oriental) e aterrorizaram médicos e pacientes palestinos. Segundo denúncia da Anistia Internacional, os soldados ainda impediram ao menos duas vezes o tratamento de pessoas gravemente feridas entre nos dias 17 e 21/07.
Na citação, Libdeh se refere a um jovem de 19 anos gravemente ferido a quem foi impedido o atendimento pelos israelenses no dia 17. O jovem foi ferido por um disparo que atingiu a artéria e sangrava profundamente.
“Entraram com armas longas e granadas paralisantes, empurraram e apertaram a gente com agressividade. Procuravam um jovem ferido. Então começaram a andar pelo hospital perseguindo funcionários, enfermeiros, médicos e pacientes”, denunciou Abu Libdeh.