“24 meses, 43 estudantes – Dois anos de Ayotzinapa”
No dia 26 de setembro de 2016 ativistas
realizaram um ato, na praça do Largo do Machado na cidade do Rio de Janeiro,
para protestarem e relembrarem a passagem dos dois anos do desaparecimento
forçado, pelo Estado fascista mexicano, de 43 estudantes secundaristas. Durante
a atividade estava exposto o número 43 formado com as fotos dos estudantes e ao
longo do ato foram lidas as biografias dos jovens.
No início do mês de setembro ocorreu uma
apresentação no Grupo Tortura Nunca Mais- RJ de um resumo do relatório que o
GIEI (Grupo Internacional de Especialistas Independentes) apresentou ao governo
mexicano. Este grupo fez uma extensa e profunda investigação sobre o caso, que
apesar de não poder constar nos relatórios oficiais, constata as evidências
relacionadas ao desaparecimento dos estudantes. Entre as evidências está a
negação da ocorrência da cremação dos corpos em um mesmo momento. Outra
evidência que os peritos levantaram foi a presença de um quinto ônibus que
oficialmente não existia e que foi constatada sua presença por meio da
investigação que levanta a hipótese de ser este um veículo que transportava
drogas para os Estados Unidos.
Este
episódio evidencia o claro envolvimento das forças policias e militares do
governo mexicano com o narcotráfico, assim como a política de massacre do povo
mexicano a fim de manter sua subserviência ao imperialismo norte americano por
meio da exploração do povo.
Desde o ano de 2014, quando houve o ocorrido,
este mesmo Estado já assassinou e desapareceu com dezenas de ativistas, entre
eles estudantes e professores que lutavam por seus direitos como neste ano de
2016, no dia 19 de junho, quando seis professores foram mortos pela polícia
durante uma manifestação, onde mais de 53 pessoas ficaram feridas.
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