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domingo, 25 de janeiro de 2015

Gregório Duvivier, Eduardo Viveiros, José Maria de Oliveira apoiam campanha pelo fim dos processos contra manifestantes

No dia 12 de julho de 2014, véspera da final da Copa da FIFA, a Polícia Civil, com aval do juiz Flávio Itabaiana, fez uma operação para prender mais de 20 ativistas. Os presos foram encaminhados para o complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu. As prisões eram uma tentativa do Estado de intimidar a juventude que se levantou nas jornadas de junho e ainda mantinha a combatividade nas lutas contra a Copa da FIFA. A data das prisões visava evitar um protesto na Final da Copa. A repressão foi em vão, pois mesmo assim, no dia seguinte às prisões, a juventude saiu às ruas para protestar contra os gastos com os mega-eventos, e além disso, pela liberdade dos presos políticos e liberdade de manifestação. Nesse dia, mais uma vez, quem de fato cometeu crimes foi a polícia militar, que contou com um gigantesco efetivo para cercar o ato e agredir brutalmente os manifestantes. Igualmente criminoso foi o judiciário e a Polícia Civil ao participar desse conluio contra o direito de manifestação. Agora 23 ativistas respondem a um processo político que faz lembrar o regime militar fascista de 1964.




O inquérito policial da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que provocou a ordem de prisão, chega a citar 70 organizações populares, como sindicatos, movimentos estudantis, páginas de internet, grupos culturais e de pesquisa acadêmica, coletivos de mídia, jornais, e organizações de luta popular em geral, ameaçando direitos democráticos fundamentais como a liberdade de organização, de expressão, de imprensa (que só é garantida aos grandes monopólios), e de manifestação. O papel assumido pela DRCI hoje se assemelha ao do antigo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) do Regime Militar, de polícia política, responsável pelo fichamento dos grupos políticos, de ativistas e democratas em geral.

Neste nefasto processo, Dilma e Pezão se unem utilizando suas forças de repressão (polícia militar e Força Nacional de Segurança) como "testemunhas" na tentativa de transformar os lutadores do povo em bandidos. Na verdade, bandidos são esses governos que roubam e desviam milhões às custas da miséria do povo, que assassinam todos os dias trabalhadores nas favelas e camponeses no interior do país.

Até o momento, o Estado mantém três jovens que respondem a esse processo encarcerados, Caio Silva e Fabio Raposo, que já estavam presos desde fevereiro de 2014, e o estudante de geografia da UERJ, Igor Mendes, por supostamente ter violado medida cautelar ao participar de uma celebração ao dia dos professores. Além deles, Rafael Braga está preso, condenado, mesmo depois de provado que o tal "coquetel molotov" que foi acusado de portar, não passava de uma garrafa de desinfetante. 

Igor, Caio e Fábio fazem parte dos 23 ativistas perseguidos políticos que respondem processo. Os outro 20 ativistas, mesmo estando fora das masmorras do sistema carcerário brasileiro, tiveram direitos suspensos por medidas cautelares. Elisa Quadros, a Sininho, e Karlayne Moraes, conhecida como Moa, foram obrigadas a passar para clandestinidade pela perseguição e criminalização do Estado, pois são consideradas até agora "foragidas" pelo judiciário. O crime de todos eles foi terem somado suas vozes ao grande grito de revolta dado em junho que até hoje ecoa pelo Brasil. O estopim da revolta veio com o aumento das passagens de ônibus para enriquecer ainda mais empresários de transporte, mas não foi apenas por 20 centavos. A revolta foi um dentre tantos levantes populares em séculos de exploração do povo, miséria e violência do Estado. Os 23 ativistas fazem parte dos milhões que se levantaram em 2013 e continuarão se levantando pelo país em defesa dos direitos do povo. Eles apenas representam o melhor da juventude, aqueles que lutam para transformar o país, por um futuro melhor, e que sonham com um mundo mais justo.

Com tamanha perseguição e criminalização desses militantes, suas mães e familiares que sofrem junto com esse processo formaram a Comissão de Pais e Familiares dos Presos e Perseguidos Políticos do Rio de Janeiro. Mesmo com apoio de advogados do povo que se voluntariaram na defesa dos ativistas, nossos filhos e filhas, existem inúmeros custos para enfrentar essas perseguições como viagens, cópias do processo que conta com mais de 7 mil páginas, cópias dos DVDs com escutas telefônicas, que já somam 11 mídias, digitalizações, e ainda panfletos, cartazes e faixas.

Para defender os direitos das nossas filhas, filhos e familiares, nós pedimos a ajuda e colaboração de todos.


Vakinha; http://www10.vakinha.com.br/VaquinhaE.aspx?e=337507

Tire uma foto de apoio e mande para nossa fanpage. Lá você também encontra as imagens da campanha:
https://www.facebook.com/CP4RJ


#LutarNãoéCrime
#EuApoioOs23
#LiberdadeDeManifestacao

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