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segunda-feira, 31 de julho de 2017

NOTA - ABAIXO AS PRISÕES E PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS APÓS O G20


LIBERDADE PARA OS PRESOS POLÍTICOS DE HAMBURGO!


Repudiamos veementemente a prisão de quase uma centena de ativistas internacionalistas nas jornadas de luta durante o congresso imperialista, o G20, na Alemanha. Cerca de 71 militantes foram presos e 15 foram levados sob custódia. Advogados denunciam a dificuldade de falar com seus clientes, a escassa alimentação e a insalubridade das celas, com um número de detentos superior ao permitido.
Não poderia ser de outra forma, o velho Estado imperialista alemão, chefiado pela arquirreacionária Ângela Merkel, tendo a missão de garantir que não houvesse nada que atrapalhasse as negociações, entre o pequeno número de países imperialistas, para espoliar ainda mais as colônias e semicolônias, tratou aos manifestantes uma brutal repressão e violência.
Canhões de água, veículos blindados e a intensa brutalidade das supostas “armas menos letais” foram usados contra manifestantes, centenas de pessoas ficaram gravemente feridas. São inúmeras as denúncias de invasões da polícia aos acampamentos organizados para acolher manifestantes estrangeiros. E um ataque covarde foi realizado no dia 08 de julho contra o Centro Internacional B5 (Internationale Zentrum B5), apartamentos privados de vizinhos ao Centro também foram atacados, além disso, a repressão ameaça fechar o antigo teatro Flora Vermelha (Rote Flora), outro centro político e cultural que também participou da organização dos protestos contra o G20.
No entanto, como vimos nos jornais, o uso de 20 mil agentes da repressão não intimidou os ativistas que, segundo relatos, se deslocaram de diversos países da Europa. Os protestos foram altivos e combativos, barricadas foram levantadas nas ruas de Hamburgo e comitês foram impedidos de chegar às reuniões da Cúpula do G20, nem mesmo Melania Trump, a esposa de Donald Trump, conseguiu deixar a residência oficial e chegar ao encontro.
Toda essa movimentação do aparelho repressivo do imperialismo europeu, com o governo alemão à cabeça, é reflexo não de uma demonstração de força, mas sim do desespero e temor que os governos possuem de que os ativistas e organizações democráticas e revolucionárias consigam influenciar cada vez mais as massas operárias e oprimidas desses países.
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO) saúda todas as lutadoras e lutadores que estiveram em Hamburgo na semana do G20, pois deram uma verdadeira prova de internacionalismo e solidariedade anti-imperialista. Sob consignas contra a guerra de agressão imperialista, morte ao capitalismo, pela liberdade dos presos políticos democratas e revolucionários, e em defesa das lutas de libertação nacional, transformaram o congresso dos países imperialistas e seus lacaios de turno em oposto dos seus propósitos: em um bastião da luta anti-imperialista e exemplo de altivez, coragem, e luta consequente para os ativistas de todo o mundo. Os acontecimentos de Hamburgo significam um marco na luta anti-imperialista.

Não podemos aceitar que os países imperialistas arrasem os povos com suas guerras de rapina, fazendo dos países agredidos seu butim. Assim como não podemos cair no jogo imperialista que procura colocar povos oprimidos contra povos oprimidos, ocidente contra oriente, europeus contra árabes, mulçumanos contra as demais religiões. A união dos povos contra o agressor imperialista, o verdadeiro terrorista da humanidade, é o único caminho consequente. Os presos políticos de Hamburgo são frutos dessa luta, e cabe a todos os democratas e verdadeiros internacionalistas defenderem sua libertação.

LIBERDADE AOS PRESOS POLÍTICOS DA ATIK! ATIK NÃO ESTÁ SOZINHA!
LIBERDADE A TODOS OS PRESOS POLÍTICOS DEMOCRATAS E REVOLUCIONÁRIOS DA ÍNDIA!
LIBERDADE PARA OS PRESOS POLÍTICOS DE HAMBURGO!


domingo, 23 de julho de 2017

ADVOGADOS DO POVO: SEGUIR O EXEMPLO DE GABRIEL PIMENTA



Reproduzimos em nosso blog uma matéria especial publicada pelo jornal A Nova Democracia pela passagem dos 35 anos do assassinato do advogado do povo Gabriel Pimenta.
Gabriel Pimenta: Em memória do incansável advogado do povo
Em 18 de julho deste ano, completam-se 35 anos do covarde assassinato de Gabriel Pimenta, abnegado advogado popular, ardoroso defensor dos camponeses, inimigo inconciliável dos latifundiários e grileiros e militante da causa da libertação de nosso povo.
No início da década de 1980, Gabriel Sales Pimenta, formado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mudou-se de Juiz de Fora (MG) para Marabá (PA), onde se integrou a luta dos camponeses pela posse da terra.
Trabalhou incansavelmente na defesa e organização dos trabalhadores rurais, colaborando na criação de sindicatos e associações. Foi representante legal do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Marabá e um dos fundadores da Associação Nacional dos Advogados dos Trabalhadores da Agricultura.
Nessa época, cerca de 160 famílias lutavam pela posse das terras da fazenda Mãe Maria, que ocupavam há mais de vinte anos, pretensamente do latifundiário Manuel Cardoso Neto, conhecido como “Nelito”, irmão do ex-gerente estadual de Minas Gerais, Newton Cardoso.
Gabriel Pimenta defendeu juridicamente a luta dos posseiros e foi o primeiro advogado a ganhar uma causa no judiciário em favor dos camponeses no conflitante sul do Pará, o que contrariou os interesses de latifundiários locais. Pimenta passou a sofrer constantes ameaças de morte.
No dia 18 de julho de 1982, em Marabá, o advogado do povo foi assassinado com três tiros de revólver nas costas, disparados a curta distância pelo pistoleiro José Crescêncio de Oliveira, contratado pelo chefe de pistolagem José Pereira Nóbrega, sócio de Nelito. Gabriel Pimenta tinha 27 anos de idade.

O processo judicial do assassinato de Gabriel Pimenta passou por diferentes varas e juízes, se arrastando ao longo das décadas. Nelito ficou preso apenas um mês e José Pereira Nóbrega ficou preso por apenas dez dias.

sábado, 22 de julho de 2017

PETIÇÃO INTERNACIONAL PELA LIBERDADE DO PROF. G. N. SAIBABA



Como parte da campanha internacional em defesa da vida e pela liberdade do democrata e defensor dos direitos do povo o professor Saibaba, preso político do governo indiano, entidades internacionais e intelectuais honestos criaram um abaixo assinado.
Em março deste ano o professor Saibaba foi condenado a prisão perpétua junto com mais cinco ativistas sob a acusação de pertencer ao movimento maoista na Índia.
Além da draconiana sentença o prof. Saibaba, que não possui 90% dos movimentos do corpo, não está recebendo os atendimentos médicos que necessita.
A petição tem o objetivo de, juntamente com outras iniciativas de base na Índia, colocar mais pressão sobre o governo e tribunais indianos para libertar e salvar a vida do professor Saibaba.

Para assinar a petição e saber mais informações acesse o link abaixo:

quarta-feira, 19 de julho de 2017

ABAIXO A CRIMINALIZAÇÃO DA LUTA PELA TERRA

Reproduzimos nota da Liga dos Camponeses Pobres desmontando todas as falsas acusações veiculadas pelo monopólio da imprensa, que com intuito de criminalizar a luta pela terra e a LCP produziu diversas manchetes divulgando que camponeses armados trocaram tiros com a policia militar de Rondonia. Porém ocorreu que mais uma vez as forças policias, lideradas pelo comandante Enedy, atacaram covardemente camponeses que  reivindicavam seu direito a terra. Reiteramos nosso repúdio a ação da polícia militar e nossa solidariedade a LCP  e aos camponeses injustamente detidos.

*Atualização: as últimas informações dos advogados é que são 39 presos, sendo 26 homens e 13 mulheres, entre elas una grávida e outra companheira com um recém nascido.

REPÚDIO A PRISÃO DE 48 CAMPONESES E A DIFAMAÇÃO DA LCP

No dia 17 de julho, um grande número de policiais fortemente armados e utilizando helicóptero prendeu cerca de 48 pessoas que aparentemente faziam parte do acampamento Enilson Ribeiro 2, que reivindicava as terras da fazenda Paraíso, localizada no km 29 da linha MC-07, em Cujubim. Tal operação foi autorizada e dirigida pelo comandante da pm Enedy, antigo perseguidor do povo e da LCP - Liga dos Camponeses Pobres.

A imprensa lixo desatou uma vez mais campanha de criminalização contra os camponeses e a LCP. Pululam na internet artigos sensacionalistas com títulos como: “Armados com fuzis, invasores trocam tiros com a polícia após invadir e destruir Fazenda”, “LCP troca tiros com a Polícia Militar” , “Os terroristas da LCP atacam”, “A guerrilha voltou a atacar”. Também acusam a LCP de fazer reféns, agressão, usar mulheres e crianças como escudo, etc.

Todas acusações mil vezes requentadas e vomitadas pela imprensa lixo, mentirosa, porta voz da polícia e do latifúndio. Tais acusações são na verdade tentativas de atacar a LCP, imputando crimes, para desmoralizar e isolar o movimento, jogando-o contra a opinião pública, com objetivo de incrementar ainda mais a repressão e os assassinatos.

A versão mentirosa do tal confronto armado, cai por terra pelas próprias imagens divulgadas por um site policial. O que se vê são policiais disparando contra a mata e barulho de fogos de artifício. Onde estão os mortos e feridos do enfrentamento? Onde estão as viaturas crivadas de bala? Onde estão os fuzis e armas de grosso calibre a não ser nas mãos dos policiais e nas manchetes dos jornalecos?

E a título de comparação, quando a polícia realmente trocou tiro com um bando de guaxebas na fazenda Tucumã, ano passado, prendeu um grupo de pistoleiros com verdadeiro arsenal de guerra que antes havia assassinado e queimado 2 jovens, não se fez alarde sobre isso e ainda facilitou a fuga de Moisés, policial guaxeba que chefiava os pistoleiros a mando do fazendeiro e que recentemente comandou a chacina de Colniza, matando 9 camponeses. Posteriormente os demais pistoleiros presos foram soltos. Como sempre dois pesos, duas medidas.

Repudiamos as tentativas de criminalizar a luta pela terra!

Repudiamos todas as tentativas de atacar, difamar e criminalizar a Liga dos Camponeses Pobres!

Repudiamos a onda de perseguição e assassinatos sistemáticos a lideranças camponesas cometidos por bandos armados com a cobertura ou atuação direta de policiais!

Repudiamos a ação da polícia do fascista Enedy, que desde que assumiu o comando só fez aumentar a perseguição, as prisões, abusos, despejos e assassinatos de camponeses!

Repudiamos as armações feitas pelo latifúndio que cria e financia bandos armados para assassinar, cometer toda sorte de abusos e crimes, e ainda jogar a responsabilidade nas costas dos camponeses!

Reiteramos nosso compromisso e apoio a luta pela destruição do latifúndio e conquista da terra! E conclamamos apoio e solidariedade aos camponeses presos!

O povo quer terra, não repressão!

Viva a Revolução Agrária!

LCP - Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental

segunda-feira, 10 de julho de 2017

MÉXICO - MILITANTE É COVARDEMENTE ASSASSINADA

Condenamos e denunciamos o assassinato da militante Meztli Sarabia Reyna no México



Meztli foi brutalmente executada por quatro paramilitares encapuzados dentro da sede de sua organização no Mercado Hidalgo de Puebla, na cidade de Puebla. A execução da militante seria parte de um ataque realizado contra a organização União Popular de Vendedores Ambulantes - UPVA 28 de outubro e um "recado" ao seu pai Rubén Sarabia Sánchez, conhecido como Simitrio

Meztli era ativista e filha do fundador e dirigente desta organização que se encontra detido, na qualidade de preso político, junto a outros militantes da Organização 28 de outubro. Diversas entidades e movimentos populares já haviam denunciado as ameaças de morte feitas a Meztli.

Junto ao corpo da militante foi deixado um bilhete em forma de ameaça: "Esto les pasará a todos los que apoyan a Simitrio. Putos lacras. Sigues tú Simitrio y los que apoyen a Simitrio. Putos extorsionadores. Fuera la 28”. (Isso ocorrerá com todos que apoiarem Simitrio. Putos desgraçados. Sigas seu Simitrio e os que apoiam a Simitrio. Putos extorquistas. Fora 28).

A UPVA 28 de Outubro tem sofrido recorrentes ataques do estado mexicano em decorrência de sua posição em defesa dos direitos dos trabalhadores.

LIDERANÇA CAMPONESA SOBREVIVENTE DA CHACINA DE PAU D'ARCO É ASSASSINADA!

"Assassinatos não vão parar a luta pela terra!" Afirma a LCP.

Reproduzimos importante nota que recebemos da Liga dos Camponeses Pobres- LCP denunciando dois assassinatos no Norte do país, no estado de Rondônia e Pará. Duas lideranças camponesas foram assassinadas, sendo uma delas sobrevivente da chacina de Pau D'arco no Pará, e outra coordenadora de uma área no estado de Rondônia. 



Segue denúncia:

"Goiânia, 08 de julho de 2017

Assassinatos não vão parar a luta pela terra!


O Companheiro ROSENILDO PEREIRA DE ALMEIDA, 44 anos, foi executado à tiros na noite da última sexta-feira, dia 7 de julho de 2017, em Rio Maria, Pará, onde residiam seus familiares. 

Rosenildo estava com seu netinho, de três ou quatro anos, na garupa da moto. Ele diminuiu a velocidade de sua moto em um quebra-molas, quando uma outra moto com dois elementos se aproximou e fizeram os covardes e fatais disparos.

 Rosenildo era conhecido por todos em Pau d’Arco como “Negão”.  Era um dos mais antigos lutadores pelas terras griladas da Fazenda Santa Lúcia; já estava no seu lote onde tinha porcos, galinhas e roça, quando veio a reintegração de posse.
 Rosenildo nunca se intimidou, sempre enfrentou, e ultimamente era um dos principais organizadores do ACAMPAMENTO JANE JÚLIA, organizado pelas famílias que lutam pela Fazenda Santa Lúcia junto com a Liga dos Camponeses Pobres do Pará e Tocantins. 

Rosenildo havia participado, nos últimos dias, da reconstituição feita pela polícia federal da “chacina de Pau d’Arco”. Corre o boato na região de que os nomes de quatro lideranças estão em uma lista, marcadas para morrer, e que o  Rosenildo seria um dos assinalados nessa lista.

O companheiro ADEMIR DE SOUZA PEREIRA, também de 44 anos, foi assassinado à tiros na tarde do dia 6 de julho de 2017, em Porto Velho, Rondônia. Ademir era Coordenador do ACAMPAMENTO TERRA NOSSA, organizado para lutar pelas terras griladas da Fazenda Tucumã, em Cujubim. O Acampamento coordenado por Ademir fica no município de Ariquemes. Ademir foi assassinado quando saiu por alguns instantes da mesa do Incra, quando uma pauta da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental estava sendo discutida com o Superintendente Regional, Cletho Brito. A esposa de Ademir, inclusive, estava do lado do Superintendente quando foi avisada da morte do marido.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

ÍNDIA: MILITANTE É SEQUESTRADA PELO ESTADO INDIANO E CORRE RISCO DE VIDA


Traduzimos uma nota, do blog Dazibao Rojo, que denuncia a prisão de uma militante indiana. O CEBRASPO vem denunciando em suas notas o fato dos agentes do estado indiano executarem militantes sem que esses tenham direito a defesa e sejam julgados diante o Tribunal de Justiça do país. Comumente os assassinados são justificados como sendo frutos de confrontos, caracterizados pelas entidades democráticas do país como “falsos encontros”. O Centro Brasileiro de Solidariedade denuncia esse ocorrido e exige do Estado indiano que apresente com vida a militante Kakarala Padma!

Segue tradução:

“ÍNDIA: Sequestram a camarada Kakarala Padma. Sua vida corre perigo!

   

Nova Delhi, 04.07.17

Segundo fontes da imprensa indiana, a camarada Kakarala Padma, que se encontrava na clandestinidade desde 2012, foi detida por agentes repressivos da Oficina Estatal de Inteligencia de Andhra Pradesh (SIB) próximo a Sennimalai no distrito de Erode.
Seu marido que também é um preso político, o camarada Vivek, qualificou como ilegal sua prisão e manifestou seu temor de que ela seja submetida a tortura e inclusive de que seja assassinada em um falso confronto. Exigiu que ela seja apresentada ao  tribunal ainda que as fontes repressivas tenham se negado a confirmar sua detenção. 
Ainda nessa linha o escritor e poeta revolucionario, Varavara Rao, presidente da Frente Revolucionaria Democrática, denunciou que a camarada Padma foi arrastada por um agente SIB Andhra e os “Greyhounds”  em Erode enquanto regressava de Ernakulam no Chennai Express. "Há uma ameaça para sua vida. Deve ser apresentada diante de um tribunal de justiça imediatamente ", afirmou Rao. “