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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

RJ | NINGUÉM FICA PRA TRÁS! - Andressa Feitoza, menor de idade presa política

Andressa Feitoza, secundarista do Colégio Estadual Julia Kubitschek, no Rio de Janeiro, foi uma das presas políticas do 12 de julho, véspera da final da Copa da FIFA.Por ser menor de idade, Andressa foi levada ao DEGASE, diferente dos seus companheiros de luta, que foram enviados para o Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu). No DEGASE sofreu e presenciou diversos tipos de tortura, que ela já denunciou em eventos públicos.


Como já era previsto, o Estado de Exceção imposto durante a realização dos megaeventos desde o ano passado, vem cobrando àqueles que ousaram sublevar a ordem vigente, resultando numa ditadura que se dá atrás das togas, isto é, dá-se por meio da cúpula do judiciário que ajuda ao lado da grande mídia fascista criminalizando ainda mais os movimentos sociais e populares.

As audiências vêm sendo marcadas e os nossos companheiros de luta precisam ainda mais do nosso apoio. Não podemos deixar (não mesmo) que se aconteça o mesmo que aconteceu com o Caio Silva, Fábio Raposo, linchados pela mídia no caso do cinegrafista Santiago Andrade (Band-Rio), sem se esquecer do morador de rua, Rafael Braga, que foi arbitrariamente preso durante as Jornadas de Junho, por carregar uma garrafa de pinho sol. Para a Polícia Civil, Rafael é um bandido criminoso por portar material incendiário, versão negada inclusive pela perícia da própria polícia.

A estudante Andressa Feitoza lutou por toda a população fluminense e para melhorar o seu país. Agora, está na hora de mostrarmos nossa força e ajudá-la de várias formas possíveis e cabíveis. Sua audiência está marcada para o dia 12 de novembro de 2014, numa quarta-feira, às 13 horas, na 2ª Vara da Criança e do Adolescente (2º andar). O endereço é: Avenida Rodrigues Alves, 731 - Santo Cristo, Rio de Janeiro.

Andressa Feitoza conta com o seu, com o meu, com o nosso apoio! A Frente Independente Popular - RJ continua com a campanha do NINGUÉM FICA PRA TRÁS! É importante que todos compartilhem e divulguem ao máximo nas redes sociais, nos locais de trabalho, aonde puderem espalhar, pois todos nós sabemos que essa prática criminosa do Estado só está começando.

Via: Frente Independente Popular - RJ

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cleomar, Dirigente da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Bahia é assassinado em emboscada


Nesta quarta-feira o camponês Cleomar, coordenadores da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Bahia foi emboscado e morto em Pedra Maria da Cruz, próximo à Área Revolucionário Unidos com Deus Venceremos, onde morava, trabalhava e lutava com seus companheiros. Cleomar organizou a produção coletiva de mel na área, e com  parte dessa produção ele e seus companheiros ajudaram manifestantes presos e perseguidos políticos no Rio de Janeiro, o que o deixava bastante feliz. Recentemente, Cleomar esteve presente no Congresso da Associação Internacional dos Advogados do Povo (IAPL) realizado no Rio de Janeiro.

Exigimos apuração e punição dos mandantes e executores de mais esse crime contra o povo!
Companheiro Cleomar! Presente na luta!




Reproduzimos abaixo nota da Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres:

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Polícial Militar coordenava milícias em fazendas de Ariquemes, Rondônia


Milícia armada era contratada pelas fazendas da região de Ariquemes.
"Capangas", "milícias", agentes penitenciários e policiais militares fortemente armados eram contratados para realizar "segurança" nas fazendas da região de Ariquemes, sob a coordenação de um oficial da Polícia Militar e ex-comandante do 7º Batalhão de Ariquemes"
A acusação, que não cita o nome do referido oficial,  foi revelada ontem 15 de outubro de 2014 em Ji Paraná, na 733ª Reunião da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, acontecida na Câmara de Vereadores da cidade.

A informação teria partido de relatório do Núcleo Integrado de Inteligência da própria Polícia Militar, segundo a qual "se as autoridades não tomarem providências a situação poderá eclodir em graves conflitos agrários entre os proprietários rurais e os trabalhadores rurais sem-terras, inclusive assassinatos de ambos lados". 
A Comissão, presidida pelo desembargador Gercino José da Silva Filho e pelo Doutor Aílson Silveira Machado, representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, recomendou a Corregedoria da Polícia Militar investigar a denúncia e apurar as responsabilidades da atuação de Policiais Militares em atividades ilegais de milícias na região.

Atuação irregular de polícia há anos é denunciada em Rondônia.
Camponeses há anos denunciam presença de militares junto a milícias armadas em Rondônia. Casos semelhantes estão sendo denunciados também na região de Vilhena, onde um ex-subtenente coordenaria a atuação de segurança privada nas fazendas da região de Vilhena, Chupinguaia e Corumbiara.

Escalada de violência
O mesmo relatório citado aponta também cita reações de parte de trabalhadores sem terra.  Um grupo de 09 agricultores permanecem presos sob acusações de porte ilegal de armas. Segundo a Ouvidoria Agrária, um veículo policial teria sido alvejado na região. 
Os camponeses também tinham relatado ação conjunta de jagunços e polícia contra eles. No Acampamento Monte Verde indivíduos armados terça feira dia 29 de Julho de 2014 ás 12 h. teriam baleado camponeses do acampamento situado no município de Monte Negro. Segundo as informações apresentadas na Ouvidoria Agrária, policiais militares da Buritis estariam ilegalmente trabalhando de seguranças do latifundiário Nadir Jordão dos Reis e atirando contra o acampamento no município de Monte Negro- RO. Segundo as informações recebidas pela CPT RO três camponeses resultaram baleados naquele dia.

Uma morte anunciada.
Pouco depois, a inícios de outubro (04/10/14),  dois supostos pistoleiros da fazenda Padre Cícero foram  alvejados, morrendo um deles, Elias Pereira Pinto,  no município de Monte Negro, próximo a Ariquemes.
Destruído acampamento de sem terra
No passado dia 03 de setembro de 2014 foi destruído o Acampamento Monte Verde, situado dentro de área ocupada em conflito com a Fazenda Padre Cícero. Durante reintegração de posse as moradias dos sem terra foram destruídos por uma pá carregadeira, depois dos ocupantes ter fugido nas matas próximas, em presença dos policiais que realizaram a reintegração, acompanhada também pelo Ouvidor Agrário Regional. A juíza mandante da reintegração de posse tinha proibido especialmente a destruição das moradias dos sem terra.

Policiais militares presentes em destruição de acampamento durante reintegração de posse.


Diversas acusações contra policiais.
Um policial chamado André, de Theobroma foi acusado em Julho de 2014 por camponeses do Acampamento Fortaleza de comandar os pistoleiros da Fazenda Seringal, popularmente conhecida como "Fazenda  da Viúva do Nenê da Nova Vida" e de realizar ameaças de vida contra algumas lideranças.

PM Ambiental teria expulso 96 famílias em Porto Velho.
Um cabo da PM Ambiental de Candéias de Jamari chamado de André Luiz da Cruz foi acusado por agricultores de Porto Velho de ter expulso sem ordem judicial 96 famílias da Colônia Areia Branca, no Lote 10, Gleba Candeias, da Linha da Coca Cola, assim como de ter ameaçado junto a popular conhecido como Júlio da Adventista as lideranças do grupo.

14 PMs de Porto Velho foram presos pela Corregedoria em 2012.
Em 2012 a ação decidida da justiça vizinha de Canutama, no estado de Amazonas, a Corregedoria da PM prendeu 14 PMs de Rondônia e um casal de fazendeiros de Porto Velho, acusados de estar terrorizando um grupo de ocupantes do Acampamento Rio Azul, no Estado de Amazonas, porém próximo à capital de Rondônia.

Necessidade da recomeçar a Reforma Agrária
Entre as causas da violência agrária no Estado de Rondônia foi apontada a diminuição da criação de novos assentamentos nos últimos anos, unida ao aumento do desemprego com a finalização das obras das Usinas do Madeira,  com sucateamento do INCRA, apesar de continuar premente para muitas famílias a necessidade de reduzir a desigualdade social, a de oportunidades de trabalhar na própria terra.
Respondendo as interpelações da Ouvidoria para evitar a continuação da violência agrária, entre as medidas propostas pelo representante da CPT RO, Josep Iborra Plans, está a petição de intensificar a obtenção de terras para criação de novos assentamentos de Reforma Agrária. Muitas famílias de pequenos agricultores continuam demandando terras para ter meios de vida dignos, especialmente depois da intensificação do desemprego e concentração fundiária das terras do estado.
Também foi sugerido solicitar a retomada de atuação da Comissão de Conflitos Agrários do Estado de Rondônia, que a Casa Civil do Governo do Estado convocava até poucos meses, com presença de autoridades e representantes dos movimentos sociais.

Via: CPT Rondônia 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Soldados de Israel Prendem Criança Deficiente Mental

Soldados das forças israelenses de ocupação da Palestina prenderam uma criança de 11 anos portadora de doença mental ontem (19/10) em Hebron, na Cisjordânia. Sob gritos racistas de colonos sionistas de um assentamento israelense vizinho (ilegal de acordo com as leis internacionais) os soldados agridem o menino, vendam e o jogam dentro de um veículo militar. A detenção durou cerca de 15 minutos até que o pai do menino convencesse que seu filho nem conseguia falar.

A acusação dos soldados era que o menino teria jogado pedras em blindados da força de ocupação. No vídeo é possível ver dois palestinos adultos tentando conversar para impedir a detenção e sendo impedidos por militares..

A cidade palestina de Hebron vive sob ocupação militar desde 1996, quando em uma sexta-feira, Baruch Goldstein, um colono judeu ultranacionalistas que viviam na colônia de Kiryat Arba, entrou disfarçado como um soldado no lado muçulmano e disparou sua arma contra fiéis, matando 29 deles.


sábado, 18 de outubro de 2014

Cacina de Nova Brasília: 20 anos de impunidade

Em 18 de outubro de 1994, 13 pessoas foram mortas durante uma invasão da Polícia Civil à favela Nova Brasília - dez com tiros na cabeça. Além disso foram registrados 3 casos de abuso sexual.



Sob alegação de cumprir 104 mandados de prisão temporária, 110 policiais civis da Divisão de Repressão a Entorpecentes da 21ª DP e de outras unidades da Polícia Civil, entraram na favela por volta das 5h da manhã, invadiram residencias, torturaram, violentaram sexualmente ao menos 3 pessoas, e executaram pessoas em uma praça da comunidade. Uma das vítimas, Evandro de Oliveira, morreu baleado nos dois olhos. Outra vítima recebeu 7 (sete) tiros na nuca e outros 2 tiros na cabeça.

Na época, o titular da DRE – Delegacia de Repressão aos Entorpecentes – Maurílio Moreira, afirmou que a operação foi uma resposta à ação na 21ª DP, metralhada três dias antes, quando 3 policiais ficaram feridos.

O inquérito referente ao caso foi arquivado em 2005 mesmo segundo o MP, as vítimas de abusos sexuais terem reconhecido na época os policiais envolvidos. O desarquivamento do inquérito da chacina da Favela Nova Brasília só foi determinado pelo Ministério Público do Rio em março de 2013, após atuação da OEA.

mais: http://teratologiacriminal.blogspot.com.br/2013/08/chacina-de-nova-brasilia-complexo-do.html

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Tribunal ordena divulgação de vídeos de alimentação forçada em Guantánamo

Uma juíza federal ordenou esta sexta feira a divulgação de 28 vídeos que retratam a alimentação forçada de um prisioneiro de Guantánamo em greve de fome, segundo avança o Wall Street Journal. O advogado de Abu Wa’el Dhiab tem esperança que, “assim que a verdade seja revelada”, estas “práticas horríveis sejam abolidas”.


 via: esquerda.net 
Inúmeros órgãos de comunicação social solicitaram ao tribunal, a 20 de junho, o acesso às gravações, classificadas como “secretas”.
A Juíza Distrital Gladys Kessler veio agora dar um parecer favorável ao pedido dos media, alertando, contudo, para a necessidade de proteger a identidade de todos os elementos gravados, que não o prisioneiro.
"O tribunal está bem ciente, como o governo tem enfatizado, que, até à data, nenhum tribunal ordenou a divulgação de informações classificadas envolvendo presos de Guantánamo, enfrentando assim a oposição do executivo", escreveu a juiz Kessler. "No entanto, para ser clara, isto não significa que, numa determinada situação, o tribunal não possa fazê-lo, se tal se justificar”, acrescentou.
O advogado de Abu Wa’el Dhiab já reagiu a esta decisão, afirmando que “os americanos poderão ver com os seus próprios olhos o tipo de abusos que estão a ser infligidos a estes prisioneiros que se encontram, de forma pacífica, em greve de fome”.
“Assim que a verdade seja revelada, acreditamos que estas práticas horríveis sejam abolidas”, frisou Jon Eisenberg.
A advogado da Associated Press, David Schulz, afirmou, por sua vez, que esta “é uma forte reafirmação do direito do público de saber o que está a fazer o seu governo”.
Abu Wa’el Dhiab foi informado na primavera de que seria reinstalado no Uruguai, juntamente com mais cinco prisioneiros. Contudo, à medida que esta transferência vai sendo adiada, o impasse com os oficiais militares norte americanos foi-se deteriorando, tornando-se, muitas vezes, violento.
A administração Obama tem procurado limitar a quantidade de informações divulgadas sobre o processo de Dhiab, sendo que, na quinta feira, o tribunal recusou um pedido para fechar uma audiência, que está agendada para segunda feira.
O prisioneiro sírio está detido em Guantánamo desde agosto de 2002.